A maioridade penal

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DIREITO PENAL 
Kátia de Paula Oliveira 
2° Período, N. U. 
 
A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 
 
	A maioridade penal, tema que vem sendo discutido por grande parte da sociedade brasileira, transita há vários anos pelo congresso, tema polemico e difícil de ser decidido, esse ano ganhou um up ao ser aprovado como proposta constitucional, porém ainda tem muitos que discordam dessa medida, por esse motivo até hoje a discussão nunca chegou a um consenso. 
	Há quem defenda a não aprovação da redução da maioridade penal devido alegarem que a mudança seria inconstitucional, por violar cláusula pétrea da Constituição, também argumentam que a medida trata apenas dos efeitos, sem combater as reais causas da participação do adolescente nos crimes, como a falta de acesso à educação, o desemprego e a desestrutura familiar. Ainda nesta linha de pensamento, muitos dizem que a medida só aumentará a crise no sistema penitenciário, servindo como escola, ja que estariam em convivência com criminosos mais experientes. Além do mais afirmam que o ECA já estabelece punições e queixam-se apenas do não cumprimento efetivo. 
	Por outro lado há os opositores, os que aprovam a medida, estes defendem que a atual legislação está ultrapassada, pois os jovens de hoje não são mais como os de antigamente, hoje eles tem acesso a informação e condições de compreender se o ato que pratica está ou não dentro da lei. Também afirmam que a medida não seria inconstitucional, já que o art. 60 da CF/88, no seu inciso 4° estabelece que as PECs não podem extinguir direitos e garantias individuais, visto que a PEC 171 não acaba com direitos, apenas impõe novas regras. Outra argumentação é que com essa medida o país se equiparia aos países desenvolvidos. Sem falar que a maioria da população brasileira aprova a redução da maioridade penal. 
	É fato que a redução da maioridade penal não irá diminuir a violência, porém a lei não servi para evitar crimes, mas sim punir. O jovem que comete estes atos, está ciente que tais atos são merecedores de punições mais rigorosas, mas devido a proteção que estes menores recebem e ainda de forma falha, pois o ECA não é eficiente nem mesmo com suas punições pobres que ele mesmo impõe, eles praticam atos ilícitos, e após serem detidos e liberados, voltam a pratica-los novamente, pois sabem da falha do sistema, sabem que não podem ser punidos como adultos, por isto, muitas vezes estes, são induzidos ao crimes por adultos por saber da falta de impunidade. 
	É preciso sim, que a medida seja aprovada, pois o jovem de 16 anos ele tem total discernimento de seus atos, sabe muito bem o que é certo e o que é errado. Isto não pode continuar, o cidadão de bem não pode continuar sendo prejudicado, por estes jovens que muitos julgam está em fase formação, mas são capazes de atos de tamanha crueldade. Muitos dizem que o que eles precisam é de educação, obviamente que sim, mas também precisam de punições mais rigorosas, e dá sim para as duas medidas andarem juntas. O que não pode é a falta de impunidade continuar.