Buscar

DETERMINAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES E SACAROSE PELO MÉTODO DO ÁCIDO 3,5-DINITROSSALICÍLICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE FARMÁCIA
determinação de açúcares redutores e sacarose pelo método do ácido 3,5-dinitrossalicílico 
Aluna: Marina Nunes de Abreu
Profa. Dra. Virgínia Farias Alves
Turma A01
Trabalho Nº2 como exigência 
da disciplina de Química 
e Bioquímica de Alimentos
Goiânia, 19 de abril de 2018
REVISÃO
Segundo a legislação Brasileira, “Néctar” é uma bebida não fermentada obtida por meio da diluição da parte comestível do vegetal ou de seu extrato (polpa de fruta) em água potável, podendo ser adicionados açúcares, e são bebidas destinada ao consumo direto (Brasil, 2003; BRASIL, 2009).
O pêssego, cujo nome científico é Prunus pérsica (L.) Batsch, possui uma composição química, estabelecida de acordo com a Tabela de Composição dos Alimentos (TACO), de: 89,3% de umidade, 0,8% de proteínas, traços de lipídeos, 1,4% de fibra alimentar, 0,5% de cinzas, 9,3% de carboidratos e seu valor energético total é de 36 kcal (SEIXAS, 2011; TACO, 2011). 
Para ser usada na indústria, a fruta precisa apresentar tamanho uniforme, coloração, aroma, sabor e textura desejáveis para o consumo (BOEIRA et al., 2007). O comércio do pêssego se dá, principalmente, por sua forma em conserva, porém a fruta também é facilmente encontrada na sua forma in natura, como polpa congelada e como suco (ROSSATO, 2009).
Apresenta capacidade antioxidante devido à presença de compostos fenólicos, vitamina C e compostos carotenoides (GETTENS, 2016), sendo estes últimos também responsáveis também pela pigmentação natural da fruta, que se apresenta amarelo-alaranjado, a substância predominante dos compostos carotenoides é o β-caroteno e o consumo deste está associado a um menor risco de morte prematura em consequência às doenças coronarianas (Silva et al., 2010). 
Os compostos fenólicos são as substâncias antioxidantes mais presentes no pêssego, sendo que o ácido clorogênico é o mais abundante, além de sua conhecida capacidade de inibição da ação dos radicais livres no organismo (DOSSIÊ ANTIOXIDANTES, 2009), sua ingestão está relacionada à redução de doenças como diabetes tipo 2 (GARAMBONE & ROSA, 2007).
A vitamina C, ou ácido ascórbico, tendo em vista os benefícios do seu consumo, principalmente pelo fato de possuir atividade antioxidante, é importante que se faça a ingestão adequada desta, sendo recomendado o consumo, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de aproximadamente 45mg de vitamina C por dia (FAO/OMS, 2001).
A Instrução Normativa n° 12 de 2003, que regulamenta os padrões de identidade e de qualidade gerais para sucos e néctares, determina que o néctar de pêssego deve apresentar um mínimo de 40g de suco ou polpa de pêssego para cada 100g do néctar, 11,0 de sólidos solúveis em °Brix a 20°C, 0,15g de ácido cítrico para cada 100g do néctar (acidez total) e 7g de açúcares totais para cada 100g do néctar, não havendo valores máximos especificados; a bebida deve apresentar, conjuntamente, cor amarelada, sabor característico e aroma próprio (BRASIL, 2003).
Tendo em vista estas informações, a aula teve como objetivo realizar a determinação de açúcares redutores, sacarose e açúcares totais pelo método do ácido 3,5 – dinitrossalicílico (ADNS), presentes em uma amostra de néctar de pêssego da marca La fruit.
MATERIAIS
MATERIAIS
APARELHAGEM
Espectrofotômetro;
Banho-Maria;
Balança analítica.
VIDRARIAS
Tubos de ensaio de 25mL;
Suporte de tubo de ensaio;
Balão volumétrico de 250mL;
Balão volumétrico de 100mL;
Pipetas;
Béquer;
Funil.
REAGENTES
Solução de ácido dinitrossalicílico 1%;
Solução 4,5% de NaOH;
Fenol;
Tartarato duplo de sódio e potássio;
Ácido clorídrico concentrado;
Hidróxido de sódio 6N.
REATIVO DE ÁCIDO 3,5-DINITROSSALICÍLICO 1%
Em 300mL de solução a 4,5% de NaOH adicionou-se 880mL de solução em 1% de ácido dinitrossalicílico e 255g de tartarato duplo de sódio e potássio. Preparou-se a seguinte solução: pesou-se 10g de fenol cristalino e adicionou-se 22mL de NaOH a 10%, completou-se o volume para 100mL. Esta solução e a de ácido dinitrossalicílico foram muito bem misturadas até que o tartarato se dissolveu bem. Fez em torno de 1500mL. Conservou-se em frasco âmbar bem fechado ao abrigo da luz em geladeira.
AMOSTRA
Néctar de pêssego da marca La fruit.
PROCEDIMENTO
Preparou-se a amostra que continha de 100 a 540 microgramas de glicose.
PADRÃO DE GLICOSE
Preparou-se uma solução padrão que continha de 100 a 540 microgramas de glicose. Para se preparar a solução estoque de glicose, pesou-se 54mg (0,054g) de glicose em papel de pesagem, transferiu-se para um balão volumétrico de 100mL e completou-se com água destilada. Posteriormente, retiraram-se alíquotas de 0,3; 0,5; 0,8; e 1,0mL transferindo para tubos de ensaio previamente enumerados, onde, em cada um deles, foram adicionados 2,0mL de ADNS. Finalmente, respectivamente, colocou-se 1,9; 1,7; 1,4; e 1,2mL de água destilada, deixando, assim, todos os tubos contendo um volume final de 4,2mL. Para o preparo do branco, adicionou-se em um quinto tubo de ensaio 2,2mL de água e 2,0mL de ADNS. Enfim, agitaram-se todos os tubos e os colocou em banho-maria fervente por 6 minutos, deixando-os esfriar em água fria após o tempo estabelecido para posterior leitura em espectrofotômetro regulado a 540nm.
AMOSTRA SEM HIDRÓLISE
pipetou-se 1mL de suco de pêssego e transferiu-se para um balão volumétrico de 100mL e completou-se com água destilada. Deste, retirou-se alíquotas de 0,3; 0,5; 0,8; e 1,0mL e transferiu-se para tubos de ensaio previamente enumerados, onde, em cada um deles, foram adicionados 2,0mL de ADNS. Finalmente, respectivamente, colocou-se 1,9; 1,7; 1,4; e 1,2mL de água destilada, deixando, assim, todos os tubos contendo um volume final de 4,2mL. Para o preparo do branco, adicionou-se em um quinto tubo de ensaio 2,2mL de água e 2,0mL de ADNS. Enfim, agitaram-se todos os tubos e os colocou em banho-maria fervente por 6 minutos, deixando-os esfriar em água fria após o tempo estabelecido para posterior leitura em espectrofotômetro regulado a 540nm.
AMOSTRA COM HIDRÓLISE
pipetou-se 4mL de suco de pêssego e transferiu-se para um balão volumétrico de 100mL e completou-se com água destilada. Retirou-se uma alíquota de 4mL e transferiu-se para tubo de ensaio, onde foi adicionado, em capela, 0,8mL de HCl e colocou-se em banho-maria a 60°C por 10 minutos, agitando a cada 2 minutos, para a reação de hidrólise. Em seguida, neutralizou-se com 1,6mL de NaOH 6N. Esfriou-se em água para não produzir furfural e hidroximetilfurfural (compostos escuros provenientes da degradação de açúcares). Transferiu-se para balão volumétrico de 50mL e completou-se com água destilada. Deste, retirou-se alíquotas de 0,3; 0,5; 0,8; e 1,0mL e transferiu-se para tubos de ensaio previamente enumerados, onde, em cada um deles, foram adicionados 2,0mL de ADNS. Finalmente, respectivamente, colocou-se 1,9; 1,7; 1,4; e 1,2mL de água destilada, deixando, assim, todos os tubos contendo um volume final de 4,2mL. Para o preparo do branco, adicionou-se em um quinto tubo de ensaio 2,2mL de água e 2,0mL de ADNS. Enfim, agitaram-se todos os tubos e os colocou em banho-maria fervente por 6 minutos, deixando-os esfriar em água fria após o tempo estabelecido para posterior leitura em espectrofotômetro regulado a 540nm.
RESULTADOS
MÉTODO MATEMÁTICO
A tabela 1 mostra os valores encontrados para as absorbâncias obtidas no espectrofotômetro para o padrão de glicose e para a amostra de suco de pêssego com e sem hidrólise.
Tabela1. Absorbâncias do padrão de glicose, amostra com e sem hidrólise.
	Tubo
	Alíquotas (mL)
	Quantidade de glicose nas alíquotas padrão (mg)
	Absorbâncias do padrão
	Absorbâncias da amostra sem hidrólise
	Absorbâncias da amostra com hidrólise
	1
	0,3
	0,162
	0,181
	0,062
	0,085
	2
	0,5
	0,270
	0,457
	0,218
	0,240
	3
	0,8
	0,432
	1,054
	0,517
	0,573
	4
	1,0
	0,540
	1,458
	0,804
	0,859
CÁLCULODA CONCENTRAÇÃO DA SOLUÇÃO PADRÃO
Para calcular a concentração de glicose utiliza-se uma regra de três simples. Considera-se a massa de glicose sendo 54mg.
Tubo 1 (0,3mL):
 
Tubo 2 (0,5mL):
 
Tubo 3 (0,8mL):
 
Tubo 4 (1,0mL):
 
Tabela 2. Concentração e absorbância da solução padrão de glicose.
	Tubo
	Alíquotas (mL)
	Concentração (mg/alíquota)
	Absorbâncias do padrão
	1
	0,3
	0,162
	0,181
	2
	0,5
	0,270
	0,457
	3
	0,8
	0,432
	1,054
	4
	1,0
	0,540
	1,458
CÁLCULO DA INCLINAÇÃO DA RETA (K)
Para efetuar os cálculos referentes à inclinação da reta (K), procedeu-se da seguinte forma:
Onde:
K = inclinação da reta
[ ] calculada = concentração de açúcar nos diferentes tubos de ensaio
Abs = absorbância obtida pela análise em espectrofotômetro do padrão de glicose
Tubo 1:
Tubo 2:
Tubo 3:
Tubo 4:
CÁLCULO DO K MÉDIO
Para o cálculo do K médio fez a média aritmética dos valores de K de cada alíquota.
CÁLCULO DA CONCENTRAÇÃO REAL
A concentração real de cada alíquota foi determinada conforme a seguinte equação:
Onde:
[ ] real = concentração
 = média dos Ks
Abs = absorbância
Alíquota 0,3mL:
Alíquota 0,5mL:
Alíquota 0,8mL:
Alíquota 1,0mL:
Tabela 3. Concentração real do padrão de glicose.
	Tubo
	Alíquota (mL)
	Absorbância
	Concentração calculada
	K
	Concentração real
	1
	0,3
	0,181
	0,162
	0,895
	0,102
	2
	0,5
	0,457
	0,270
	0,591
	0,259
	3
	0,8
	1,054
	0,432
	0,410
	0,597
	4
	1,0
	1,458
	0,540
	0,370
	0,826
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES PRESENTE NAS AMOSTRAS SEM HIDRÓLISE
Tabela 4. Absorção do padrão de glicose e da amostra sem hidrólise.
	Tubo
	Alíquota (mL)
	Absorbância do padrão
	Absorbância da amostra sem hidrólise
	1
	0,3
	0,181
	0,062
	2
	0,5
	0,457
	0,218
	3
	0,8
	1,054
	0,517
	4
	1,0
	1,458
	0,804
A concentração de açúcares foi calculada segundo o melhor ponto, o cálculo que segue demonstrado abaixo para a alíquota de 1,0mL da amostra sem hidrólise por possuir a absorbância próxima do valor médio da absorbância do padrão de glicose. A densidade da água é a mesma do que a da amostra, ou seja, 1mL equivale a 1g:
 
Utilizou-se a fórmula abaixo para calcular a concentração de açúcar redutor:
Onde:
[ ]açúcares = porcentagem de açúcares redutores em cada tubo;
 = média das inclinações da reta;
Abs = absorbância da amostra sem hidrólise;
Te = Concentração da amostra proveniente de cada diluição.
A concentração de açúcares redutores da alíquota de 1,0mL da amostra sem hidrólise foi de 4,55%.
Tabela 5. Resultados obtidos para a amostra sem hidrólise.
	Tubo
	Alíquota (mL)
	Absorbância do padrão
	Absorbância da amostra sem hidrólise
	K médio
	Te (mg)
	[ ] açúcares redutores
	4
	1,0
	1,458
	0,804
	0,5665
	10
	4,55
DETERMINAÇÃO DA AMOSTRA COM HIDRÓLISE, CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES E T.E.
Tabela 6. Absorção do padrão de glicose e da amostra com hidrólise.
	Tubo
	Alíquota (mL)
	Absorbância do padrão
	Absorbância da amostra com hidrólise
	1
	0,3
	0,181
	0,085
	2
	0,5
	0,457
	0,240
	3
	0,8
	1,054
	0,573
	4
	1,0
	1,458
	0,859
A concentração de açúcares foi calculada segundo o melhor ponto, o cálculo que segue demonstrado abaixo para a alíquota de 1,0mL da amostra com hidrólise por possuir a absorbância próxima do valor médio da absorbância do padrão de glicose. A densidade da água é a mesma do que a da amostra, ou seja, 1mL equivale a 1g:
 
Após a primeira diluição, houve uma segunda, da seguinte forma:
 
Utilizou-se a mesma fórmula utilizada para calcular a concentração de açúcar redutor:
A concentração de açúcares redutores da alíquota de 1,0mL da amostra com hidrólise foi de 15,21%.
Tabela 7. Resultados obtidos para a amostra com hidrólise.
	Tubo
	Alíquota (mL)
	Absorbância do padrão
	Absorbância da amostra com hidrólise
	K médio
	Te (mg)
	[ ] açúcares redutores
	4
	1,0
	1,458
	0,859
	0,5665
	3,2
	15,21
CÁLCULO DA PORCENTAGEM DE AÇÚCARES REDUTORES, TOTAIS E SACAROSE
Tabela 8. [ ] açúcares sem e com hidrólise das alíquotas localizadas na região central da curva padrão.
	[ ] açúcares sem hidrólise para alíquota de 1,0mL
	4,55%
	[ ] açúcares com hidrólise para alíquota de 1,0mL
	15,21%
Cálculo açúcares redutores:
% redutores = % sem hidrólise = 4,55%
%sacarose = (% com hidrólise - % sem hidrólise) x 0,95
%sacarose = (15,21 – 4,55) x 0,95
%sacarose = 10,66 x 0,95 = 10,13%
% totais = %sacarose + % sem hidrólise
%totais = 10,13 + 4,55 = 14,68%
Tabela 9. % de sacarose e de açúcares totais.
	% de sacarose
	10,13%
	% açúcares totais
	14,68%
MÉTODO DE EXCEL
TABELA DA CONCENTRAÇÃO E ABSORBÂNCIA DA SOLUÇÃO PADRÃO
Tabela 10. Concentração e absorbância.
	Tubo
	Alíquotas (mL)
	Concentração (mg/alíquota)
	Absorbâncias do padrão
	1
	0,3
	0,162
	0,181
	2
	0,5
	0,270
	0,457
	3
	0,8
	0,432
	1,054
	4
	1,0
	0,540
	1,458
GRÁFICO DA CURVA PADRÃO DE GLICOSE
Figura 1. Gráfico da concentração do padrão de glicose versus absorbância.
A equação da reta obtida foi: 
Sendo:
y = absorbância;
x = concentração (mg).
Logo, y = 3,4259x – 0,415.
CÁLCULO DA AMOSTRA SEM HIDRÓLISE
Para a realização deste cálculo, escolheu-se o ponto em que se localizava na região mais próxima da central do gráfico da curva padrão. Os valores escolhidos foram: alíquotas de 1,0mL e absorbância de 0,804:
Assim, temos 0,356mg ou 0,000356g de glicose. Logo:
 
 
CÁLCULO DA AMOSTRA COM HIDRÓLISE
Para a realização deste cálculo, escolheu-se o ponto em que se localizava na região mais próxima da central do gráfico da curva padrão. Os valores escolhidos foram: alíquotas de 1,0mL e absorbância de 0,859:
Assim, temos 0,372mg ou 0,000372g de glicose. Logo:
 
 
CÁLCULO DA PORCENTAGEM DE AÇÚCARES REDUTORES, TOTAIS E SACAROSE
% sem hidrólise = 3,56%
% com hidrólise = 11,62%
Para o cálculo de açúcares redutores, utiliza-se a fórmula:
% redutores = % sem hidrólise = 3,56%
Para o cálculo de sacarose, utiliza-se a fórmula:
%sacarose = (% com hidrólise - % sem hidrólise) x 0,95
%sacarose = (11,62 – 3,56) x 0,95
%sacarose = 8,06 x 0,95 = 7,66%
Para o cálculo de açúcares totais (AT), utiliza-se a fórmula:
AT = %sacarose + % sem hidrólise
AT = 7,66 + 3,56 = 11,22%
COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS UTILIZADOS, MATEMÁTICO E EXCEL
Tabela 11. Tabela comparativa entre os métodos matemático e excel.
	% de açúcares
	Método matemático
	Métodoexcel
	Açúcares redutores (sem hidrólise)
	4,55
	3,56
	Com hidrólise
	15,21
	11,62
	Sacarose
	10,13
	7,66
	Açúcares totais
	14,68
	11,22
DISCUSSÃO
A determinação de açúcares redutores e açúcares redutores totais em alimentos são realizados através de diversos métodos químicos não seletivos, estes fornecem resultados confiáveis, quando utilizados corretamente, devendo-se tomar o cuidado de eliminar os interferentes (Silva, 2003). 
O método do ácido 3,5 – dinitrossalicílico (ADNS) é um método colorimétrico, em que o ADNS na presença de glicose ou frutose se reduz a ácido 3-amino-5-nitrosalicílico, apresentando-se detectável por espectrofotometria a 540nm (SILVA et al, 2003; DEONTI; SANTOS e ALVES JÚNIOR, 2013). Conforme representado na figura a seguir:
Figura 2. O ácido 3,5 - dinitrosalicílico é reduzido pelo açúcar redutor em meio alcalino a 3-amino-5-nitrosalicílico e ácido aldônico.
A leitura do padrão de glicose encontrada, R = 0,9973, encontra-se dentro dos valores referenciais que determinam que o valor de R deve ser maior que 0,995.
Conforme explicado na metodologia, foi realizada uma hidrólise ácida para que ocorresse a hidrólise da sacarose, para isso, foi utilizado o ácido clorídrico concentrado, porém após a finalização do processo os tubos foram esfriados, com auxílio de água, de modo a evitar a formação de furfural e hidroximetilfurfural, que são compostos escuros provenientes da degradação de açúcares, que se produzidos na amostra iriam interferir na leitura das absorbâncias, prejudicando, assim, os resultados da concentração de açúcares (BORGES; PARAZZI e PIEDADE, 1987).
Foram realizados dois métodos (matemático e pelo Excel) para a determinação de açúcares redutores, sacarose e açúcares totais em uma amostra de néctar de pêssego. Os resultados encontrados foram relativamente próximos, sendo que o método do Excel apresentou valores menores que pelo método matemático, porém devido ao fato de o método do Excel ser mais sensível, por apresentar menos etapas e envolver um menor contato humano na realização dos cálculos, é um método de maior confiabilidade, dado que o ser humano é mais passível de erros.
A instrução normativa n° 12 de 2003, preconiza que o néctar de pêssego deve apresentar no mínimo 7g de açúcares totais para cada 100g do néctar, assim, os valores encontrados na aula prática (média entre os métodos de 12,95% de açúcares totais) mostram que a amostra apresentou quantidade de açúcares totais dentro dos padrões estabelecidos.
CONCLUSÃO
O método do ADNS é de relativamente fácil execução, porém de complexa realização de cálculos a fim de se obter os resultados. Os resultados das diferentes metodologias utilizadas foram próximos e satisfatórios. 
Durante a aula prática foi dito e está escrito no roteiro que a amostra seria de suco de pêssego, porém, na análise foi utilizado néctar de pêssego, esta mistura gerou dúvidas e deixou a redação deste relatório mais confusa. 
A professora foi de bastante ajuda explicando mais de uma vez como deveriam ser feitos os cálculos, facilitando o entendimento desta parte.
REFERÊNCIA
BOEIRA, J.B; STRINGARI, G.B; LAURINDO, J.B. Estudo da desidratação de pêssegos por tratamento osmótico e secagem. Boletim do Centro de Pesquisa de Processamento de Alimentos, v. 25, n. 1, p. 77-90, jan.- jun. 2007.
BORGES, M.T.M.R.; PARAZZI, C.; PIEDADE, S.M.D.S. Avaliação de Métodos Químicos de Determinação de Açúcares Redutores em Xaropes. Anais do 4° Congresso Nacional de STAB VII Convençaõ da ACTALAC. Olinda – PE, 1987.
BRASIL. Decreto n. 6871, de 04 de junho de 2009. Regulamenta a lei no 8.918, de 14 de julho de 1994 que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Diário Oficial da União, Brasília, 04 jun. 2009.
BRASIL. Instrução Normativa n.12, de 4 de setembro de 2003. Aprova o Regulamento Técnico para Fixação dos Padrões de Identidade e Qualidade Gerais para Suco Tropical; os Padrões de Identidade e Qualidade dos Sucos Tropicais de Abacaxi, Acerola, Cajá, Caju, Goiaba, Graviola, Mamão, Manga, Mangaba, Maracujá e Pitanga; e os Padrões de Identidade e Qualidade dos Néctares de Abacaxi, Acerola, Cajá, Caju, Goiaba, Graviola, Mamão, Manga, Maracujá, Pêssego e Pitanga. 2003. 
DEOTI, J. R.; SANTOS, A.A.; ALVES JUNIOR, S. L. Nova metodologia de dosagem de açúcares redutores confere maior velocidade à análise de parâmetros de processos fermentativos. Anais do 3º SEPE e 3º Jornada de Iniciação Científica, vol. 3, 2013.
DOSSIÊ ANTIOXIDANTES. Revista Food Ingredientes Brasil, n° 6, 2009. 
FAO/OMS. Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7ª Joint FAO/OMS Expert Consultation. Bangkok, Thailand, 2001.
GARAMBONE, E.; ROSA, G. Possíveis benefícios do ácido clorogênico à saúde. Alimentos e Nutrição, v.18, n.2, p. 229-235, abr.- jun. 2007.
GETTENS, Cristina Soares. Propriedades funcionais, nutricionais e atividade antimicrobiana de subprodutos agroindustriais de pêssego e sua aplicação em cookies. Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos, Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Pelotas, 2016. 
ROSSATO, Simone Bertazzo. Potencial antioxidante e compostos fenólicos de pêssego (Prunus persica L. Batsch). 2009. 61f. Tese (Doutorado em ciências farmacêuticas)- Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do sul, Porto Alegre, 2009.
SEIXAS, Rita Helena Moraes. Avaliação da Qualidade de Pêssego em Calda de Marcas Nacionais “Tipo Especial” e Importadas, das safras 1999/2000 e 2010/2011. 2011. 112 f. Dissertação (Mestrado em ciência e Tecnologia Agroindustrial)- Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2011.
SILVA, M.L.C; COSTA, R.S.; DOS SANTOS SANTANA, A; KOBLITZ, M.G.B.Compostos fenólicos, carotenóides e atividade antioxidante em produtos vegetais. Semina: Ciências Agrárias, v. 31, n. 3, p. 669-682, jul.- set. 2010.
SILVA, R. N.; MONTEIRO, V. N.; ALCANFOR, J. X.; ASSIS, E. M.; ASQUIERI, E. R. Comparação de métodos para a determinação de açúcares redutores e totais em mel. Ciência de Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 23, n. 3, p. 337, 2003.
SILVA, R. N.; MONTEIRO, V. N.; ALCANFOR, J. X.; ASSIS, E. M.; ASQUIERI, E. R. Comparação de métodos para a determinação de açúcares redutores e totais em mel. Ciência de Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 23, n. 3, p. 337, 2003.
TACO. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (2011).

Outros materiais