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EPIA_ESTUDO_PREVIO_IMPACTO_AMBIENTAL

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1 
ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL - EPIA 
 
TERMO DE REFERÊNCIA PADRÃO1 
 
 
I. APRESENTAÇÃO 
 
Um Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA tem por finalidade embasar, 
subsidiar e justificar a solicitação de licenciamento / autorização ambiental de 
empreendimentos / atividades efetiva ou potencialmente impactantes. Deve 
conter informações técnicas e legais que demonstrem a viabilidade ambiental, 
sob os aspectos técnico-científicos, jurídicos, administrativos e locacionais de 
um empreendimento / atividade. 
 
Os meios e fatores ambientais que devem ser abordados e avaliados em um 
Estudo Ambiental são aqueles preliminarmente sugeridos / indicados na 
MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS, instituída e aprovada conforme 
Portaria IAP No. 158/2009. 
 
Portanto, a estruturação e o desenvolvimento de um estudo ambiental 
preliminar inicia sobrepondo-se o empreendimento / atividade na Matriz de 
Impactos, para identificação daqueles meios e fatores naturais que podem, 
direta ou indiretamente, positiva ou negativamente, ser modificados / alterados 
/ impactados a curto, médio, longo prazo ou permanentemente. 
 
Cada empreendimento / atividade, por suas características próprias relativas ao 
grau de impacto e porte, demandam abordagens e detalhamentos técnicos 
mais aprofundados em certos meios (físico, biótico ou biológico, sócio-
econômico) e fatores naturais, em especial, quando vierem a gerar efluentes 
líquidos, gasosos e resíduos que podem afetar negativamente os recursos 
ambientais e a vida humana. 
 
Considerando tais características intrínsecas a determinadas atividades, outros 
estudos, análises e pesquisas laboratoriais e de campo (dados primários) 
poderão ser exigidos pelo IAP nas etapas subseqüentes ao licenciamento 
prévio. 
 
 
II. A MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
A Matriz de Impactos Ambientais relaciona os principais empreendimentos / 
atividades que são passíveis de licenciamento / autorização ambiental e indica 
os meios e fatores que devem ser avaliados, com maior ênfase, quanto a 
eventual impacto ambiental (positivo / negativo; temporário / permanente) e que 
necessitam ser considerados nos estudos e projetos que embasam o 
licenciamento / autorização ambiental de um empreendimento / atividade. 
 
1 VERSÃO ATUALIZADA EM 07 DE ABRIL DE 2010, ÀS 11:00 HORAS. 
 
 
 
 
 
2 
 
Como a Matriz de Impactos Ambientais é um instrumento indicativo cuja 
finalidade é servir de parâmetro para avaliação do grau de impacto ambiental 
negativo e/ou positivo, relacionado à localização, instalação, operação e 
ampliação de um empreendimento, atividade ou obra, constitui obrigação e 
responsabilidade do empreendedor e consultores técnicos que, ao identificar 
quaisquer outros fatores que possam ser impactados pela atividade pretendida 
licenciar, devam avaliá-los em igual profundidade sob os mesmos critérios 
apontados na Matriz. 
 
 
III. CONCEITUAÇÃO GERAL 
 
Antes de se iniciar a elaboração de um estudo ambiental preliminar, é preciso 
diferenciar impacto ambiental de dano ambiental. 
 
a. Alteração Ambiental (segundo a NBR ISO14001 - requisito 3.4.1): 
“qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte 
no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma 
organização”. É a alteração significativa no meio ou em algum de seus 
componentes por determinada ação ou atividade, em qualquer um ou 
mais de seus componentes naturais, provocadas pela ação humana. 
 
b. Alterações Ambientais (segundo a Resolução do CONAMA n.º 001 de 
23/01/86) - Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e 
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou 
energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, 
afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (II) as 
atividades sociais e econômicas; (III) a biota; (IV) as condições estéticas e 
sanitárias do meio ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais. 
 
c. Dano Ambiental (segundo Paulo Bessa Antunes): é o prejuízo ao meio 
ambiente. Dano ambiental é a lesão aos recursos ambientais, com 
conseqüente degradação – alteração adversa ou in pejus – do equilíbrio 
ecológico e da qualidade de vida (segundo MILARÉ, Édis. Direito do 
Ambiente. Doutrina – prática – jurisprudência – glossário. 2. ed. rev., 
ampl. e atualiz. São Paulo: RT, 2001. p. 427 e 428). 
 
d. Área de Influência: é aquela a ser afetada pelo empreendimento / 
atividade, considerando as bacias ou sub-bacias hidrográficas e a área 
atendida. 
 
• Área Diretamente Afetada – área que sofre diretamente as 
intervenções de implantação e operação do empreendimento / 
atividade, considerando alterações físicas, biológicas, 
socioeconômicas e das particularidades da atividade; 
 
 
 
 
 
 
3 
• Área de Influência Direta – área sujeita aos impactos diretos da 
implantação e operação da atividade. A sua delimitação deverá ser 
função das características sociais, econômicas, físicas e biológicas 
dos sistemas a serem executados e das características da atividade; 
 
• Área de Influência Indireta – área real ou potencialmente 
ameaçada pelos impactos indiretos da implantação e operação da 
atividade, abrangendo os ecossistemas e o sistema socioeconômico 
que podem ser impactados por alterações ocorridas na área de 
influência da atividade. 
 
 
IV. CRITÉRIOS FUNDAMENTAIS PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS 
 
Para avaliar, detalhada e previamente, os impactos ambientais provenientes de 
uma obra ou atividade, devem ser observados os seguintes critérios: 
 
a. Potencial de impacto das ações a serem levadas a efeito nas diversas 
fases da realização do empreendimento, em geral definido pelo tipo ou 
gênero de atividade (Classificação Nacional de Atividades Econômicas – 
CNAE); 
 
b. O porte do empreendimento, que pode ser caracterizado pela área de 
implantação, a extensão, o custo financeiro, a intensidade de utilização 
dos recursos ambientais (Lei Estadual Nº 10.233/1992); 
 
A situação da qualidade ambiental da provável área de influência, determinada 
por sua fragilidade ambiental, seu grau de saturação em relação a um ou mais 
poluentes, seu estágio de degradação, antes, durante e após a implantação e 
operacionalização de um empreendimento / atividade. 
 
 
V. DIAGNÓSTICOS E PROGNÓSTICOS 
 
Os estudos ambientais prévios devem estar direcionados não só para os 
impactos da área de influência direta e indireta do empreendimento, mas 
também para aqueles de abrangência regional. 
 
O diagnóstico, prognóstico e avaliações de impacto ambiental têm que estar 
embasados em estudos e pesquisas em campo, realizadas especificamente no 
local de implantação do empreendimento, assim como na região de influência 
direta e indireta da obra. 
 
Tais estudos devem ser mais aprofundados e detalhados em se tratando de 
empreendimentos e atividades situadas em e/ou no entorno de áreas de maior 
fragilidade ambiental, assim como naqueles locais considerados como 
Patrimônio Nacional. 
 
 
 
 
 
4 
 
A avaliação dos impactos ambientais provocáveis por um empreendimento / 
atividade não deve ficar restrita a mera formalidade de conferência de resposta, 
certa ou errada, às diretrizes definidas pelo Órgão Ambiental Estadual e 
repassadas ao empreendedor e equipe de consultores. Essa análise deverá 
responder cinco grandes questões: 
 
a. O empreendimento é, efetivamente, imprescindível e necessário? 
 
b. Existem alternativas para obter-se os produtos / serviços oriundos 
da implantação do empreendimento, sem que seja necessário 
provocar impactos ambientais negativos? 
 
c. O empreendimento causará impactos ambientais irreversíveis? 
 
d. Os impactos provocados, principalmente os negativos, podem ser 
evitados ou minimizados?e. Se não evitáveis ou minimizáveis, quais medidas mitigatórias e as 
compensatórias que deverão ser adotadas para que os impactos 
negativos sejam os menores possíveis? 
 
Para responder os questionamentos acima, o Estudo Prévio de Impacto 
Ambiental deverá: 
 
a. Avaliar as alternativas de concepção, tecnológicas, de localização 
e de técnicas construtivas previstas, justificando a alternativa 
adotada, sob os pontos de vista técnico, ambiental e econômico; 
 
b. Indicar os impactos (positivos e negativos) gerados sobre a área 
de influência, em todas as etapas do empreendimento, desde a 
etapa de implantação de obras até a operação, incluindo as 
ações de manutenção e a desativação das instalações; 
 
c. Indicar os impactos positivos e negativos; diretos e indiretos; 
primários e secundários; imediatos, de médio e longo prazos; 
cíclicos, cumulativos e sinérgicos; locais e regionais; estratégicos, 
temporários e permanentes; reversíveis e irreversíveis, bem como 
a sua distribuição social, para cada alternativa; 
 
d. Avaliar a compatibilidade com a legislação ambiental federal, 
estadual e municipal aplicável ao empreendimento e sua área de 
influência, com indicação das limitações administrativas impostas 
pelo poder público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
5.1 Abordagem Metodológica para Elaboração de Diagnósticos e 
Prognósticos Ambientais 
 
Diagnósticos ambientais e sócio-culturais em nível micro e macro-regional de 
todos os meios físico, biótico e sócio-cultural, são imprescindíveis e não sendo 
admitido postergá-los para etapas posteriores do licenciamento prévio. A falta 
dessa abordagem implicará em indeferimento de potencial licenciamento do 
empreendimento / atividade. 
 
O Diagnóstico Ambiental deve abordar os meios físico, biótico e sócio-
econômico, e deve ser realizado considerando uma análise integrada, multi e 
interdisciplinar, a partir dos levantamentos básicos primários e secundários. 
 
O Prognóstico Ambiental dos meios físico e sócio econômico, por sua vez, 
deverá considerar as alternativas de execução e de não execução do 
empreendimento, e também a proposição e existência de outros 
empreendimentos na vizinhança. 
 
Assim sendo, o Estudo Prévio de Impacto Ambiental deve abordar três grandes 
cenários estabelecidos e considerando as especificidades de cada tipologia do 
empreendimento / atividade: 
 
a. Cenário da imutabilidade: onde se considera que não haverá 
implantação de nenhum empreendimento ou atividade efetiva ou 
potencialmente impactante no local almejado, nas vizinhanças e/ou na 
mesma bacia hidrográfica, objeto da avaliação, mantendo-se as atuais 
condições sócio-ambientais da região e de seus habitantes; 
 
b. Cenário do homem e dos recursos naturais: mesmo não havendo a 
implantação do empreendimento / atividade, considera o engajamento 
do homem no processo produtivo, pressupondo poder contar com sua 
maior consciência para preservar os recursos naturais, assegurando a 
prosperidade da sua família e o futuro de seus descendentes; 
 
c. Cenário da implantação do empreendimento / atividade: considera 
que, com a implantação do empreendimento / atividade, mesmo que em 
um primeiro momento signifique impactar negativamente os recursos 
ambientais, em curto e médio prazo, haverá potencialização de 
alternativas econômicas para a região e para seus habitantes. 
 
 
5.2 Impactos Cumulativos e Impacto Sinergéticos 
 
Para a avaliação dos impactos sinergéticos (quando o impacto total de 
diferentes projetos excede a mera soma dos impactos individuais) e 
cumulativos (considerando os custos e benefícios sócio-econômicos deste 
 
 
 
 
 
6 
impacto, além dos benefícios ambientais, cumulativamente) deverão ser 
considerados diagnósticos ambientais em nível micro e macro-regional e 
utilizar informações contidas nos estudos disponíveis de inventário / viabilidade, 
complementados com fontes primária e secundária, considerando o 
empreendimento / atividade em sua totalidade. 
 
As descrições dos meios físico, biótico e sócio-econômico e suas interações 
deverão ser apresentadas, caracterizando a situação ambiental na área de 
influência antes e após a execução do empreendimento / atividade. 
 
Caso exista algum tipo de impedimento, limitação ou discordância para o 
atendimento de qualquer dos itens propostos neste Termo de Referência, sua 
omissão ou insuficiência deverá ser justificada com argumentação objetiva, 
porém bem fundamentada. 
 
 
5.3 Identificação dos Impactos Ambientais 
 
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental de qualquer empreendimento ou 
atividade deve identificar e descrever os prováveis impactos ambientais 
positivos e negativos; diretos e indiretos; primários e secundários; imediatos, de 
médio e longo prazos; cíclicos, cumulativos e sinérgicos; locais e regionais; 
estratégicos, temporários e permanentes; reversíveis e irreversíveis, bem como 
sua distribuição social, para cada alternativa, nas fases de execução de obras 
e operação, sobre os meios físico, biótico e antrópico, com ênfase em: 
 
5.3.1 Fase de execução de obras 
 
5.3.1.1 Impactos sobre a população, decorrentes da instalação das 
obras e das atividades desenvolvidas no canteiro, em 
especial os incômodos provocados por ruídos, poluição do 
ar, vibrações sonoras e do solo, e tráfego pesado; 
 
5.3.1.2 Impactos das interferências das obras nos sistemas de 
infra-estrutura e nos equipamentos urbanos; 
 
 
 
 
 
 
7 
5.3.1.3 Impactos sobre o nível do lençol freático e a estabilidade 
dos solos; 
 
5.3.1.4 Impactos dos movimentos de terra nos corpos d'água, a 
jusante das obras, especialmente quanto ao 
assoreamento; 
5.3.1.5 Impactos sociais, econômicos e culturais de eventuais 
desapropriação de imóveis e da remoção da população; 
 
5.3.1.6 Impactos sociais, econômicos e culturais decorrentes do 
aumento temporário de contingente humano no bairro, 
distrito, município e região. 
 
 
5.3.2 Fase de Operação 
 
5.3.2.1 Impactos sobre as condições de saúde da população 
atendida; 
 
5.3.2.2 Impactos na qualidade da água do corpo receptor; 
 
5.3.2.3 Impactos na qualidade das águas subterrâneas 
decorrentes de líquidos percolados; 
 
5.3.2.4 Impactos sobre a população, principalmente quanto a 
odores, proliferação de vetores, ruídos e transporte de 
resíduos; 
 
5.3.2.5 Impactos da extração de material para cobertura nas 
jazidas selecionadas; 
 
5.3.2.6 Impactos na paisagem; 
 
5.3.2.7 Impactos sociais, econômicos e culturais decorrentes do 
aumento do contingente humano no bairro, distrito, 
município e região. 
 
Para cada impacto identificado, deve ser determinadas sua magnitude e 
importância, especificando os indicadores de impacto adotados, os critérios, os 
métodos e as técnicas utilizadas. 
 
Esses estudos devem trazer uma síntese conclusiva dos impactos ambientais 
mais significativos, positivos e negativos, previstos em cada fase do 
empreendimento / atividade, incluindo o prognóstico da qualidade ambiental na 
área de influência, nos casos de adoção da alternativa locacional e tecnológica 
selecionada, e na hipótese de sua não implementação, determinando e 
justificando os horizontes de tempo considerados. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
VI. ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS 
 
De acordo com a Resolução CONAMA No. 001/86, na elaboração dos estudos 
ambientais devem ser contempladas todas as alternativas tecnológicas e de 
localização, confrontando com a hipótese de não realização do empreendimento, 
com a necessária justificativa técnica e locacional daquela alternativa de 
preferência do interessado. 
 
O exame das alternativas não deve conduzir os Consultores Técnicos a fixarem-
se somente na localização e nos processos de produção propostos pelo titulardo 
empreendimento, devendo também comentar outras soluções possíveis para a 
localização e operação. 
 
Ao estabelecer o comparativo entre alternativas locacionais e tecnológicas, 
deverá o estudo ambiental deverá demonstrar, sob a forma de tabela, cada uma 
dessas alternativas com os respectivos impactos positivos e/ou negativos. 
 
 
VII. EMBASAMENTO LEGAL 
 
O Inciso IV do Artigo 225 da Constituição Federal de 1988, determina 
exigibilidade de estudos de impacto ambiental para aquelas atividades ou 
obras potencialmente causadoras de significativa degradação do meio 
ambiente, com a devida publicidade. 
 
Complementarmente, outras normas foram editadas determinando a 
obrigatoriedade de estudos e projetos técnico-ambientais para embasar 
licenciamentos e/ou autorizações ambientais. Merecem destaque os seguintes 
diplomas legais e administrativos: 
 
i. Constituição Federal de 1988 
 
ii. Constituição do Estado do Paraná 
 
iii. Lei Federal No. 6.938/1981 
 
iv. Lei Federal No. 7802/1989 
 
v. Decreto Federal No. 4074/2002 
 
vi. Decreto Federal No. 99.274/1990 
 
vii. Lei Estadual No. 13.448/2002 
 
viii. Decreto Estadual No. 2.076/2003 
 
ix. Resolução CONAMA No. 001/1986 
 
 
 
 
 
9 
 
x. Resolução CONAMA No. 009/1987 
 
xi. Resolução CONAMA No. 279/2001 
 
xii. Resolução Conjunta SEMA / SESA / IAP No. 002/2005 
 
xiii. Resolução Conjunta SEMA/SEAB/IAP No. 001/2007 
 
xiv. Resolução CEMA No. 050/2005 
 
xv. Resolução CEMA No. 065/2008 
 
xvi. Resolução CEMA Nº. 0070/2009 
 
xvii. Resolução CEMA Nº. 72/2009 
 
xviii. Resolução SEMA No. 036/2008 
 
xix. Resolução SEMA No. 02/2009 
 
xx. Resolução SEMA No. 038/2009 
 
xxi. Resolução SEMA No. 021/2009 
 
xxii. Resolução SEMA No. 038/2009 
 
xxiii. Resolução SEMA No. 051/2009 
 
xxiv. Resolução CONAMA No. 279/2001 
 
xxv. Portaria IAP No. 026/2006 
 
xxvi. Portaria IAP No. 224/2007 
 
xxvii. Portaria IAP No. 160/2008 
 
Por conseguinte, ao elaborar-se um Estudo Prévio de Impacto Ambiental 
devem ser contempladas as restrições e condicionantes previstas nas 
legislações ambientais aplicáveis a cada tipologia de empreendimento. 
 
Com esse enfoque, o Estudo Prévio de Impacto Ambiental deverá avaliar e 
descrever eventuais compatibilidades e/ou incompatibilidades avaliadas à luz 
de todas as normas legais aplicáveis à tipologia de empreendimento / atividade 
que está sendo analisada, não bastando a simples enunciação das leis, 
decretos, resoluções, portarias e outras instruções existentes. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Para algumas tipologias de empreendimentos / atividades, as normas vigentes 
exigem a elaboração de estudos e projetos técnicos mais específicos, bem 
como descrição de tecnologias próprias em diferentes etapas do processo de 
licenciamento e, mesmo, durante a fase de operacionalização do 
empreendimento. 
 
A legislação vigente especifica empreendimentos / atividades para as quais é 
exigida a Avaliação de Impacto Ambiental – AIA e respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental – RIMA. Para tais situações, o IAP disponibiliza na Matriz de 
Impactos Ambientais, Termo de Referência específico. 
 
 
 
IX. FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA 
 
Um Estudo Prévio de Impacto Ambiental pode ser elaborado por qualquer 
profissional e/ou equipe técnica com qualificação e capacitação técnica 
compatível com as características do empreendimento / atividade, desde que 
devidamente registrado e em dia com os respectivos Conselhos de Classe e 
Sindical específicos. 
 
No entanto, a elaboração de estudos e projetos técnicos especializados, 
detalhamento de tecnologias específicas, especificação e compatibilização de 
equipamentos específicas para algumas etapas dos processos produtivos, é 
prerrogativa de profissionais com formação técnica própria à atividade avaliada 
e que estejam devidamente qualificados, capacitados e registrados no 
respectivo Conselho de Classe Profissional. 
 
Esses estudos e projetos técnicos especializados somente serão exigidos após 
potencial aprovação do Estudo Prévio de Impacto Ambiental. 
 
O profissional, com capacitação técnica compatível com as características do 
empreendimento / atividade devem ter independência prevista em contrato 
celebrado com o empreendedor para elaboração do estudo ambiental. Nesse 
contrato não pode ser estabelecido vínculo / condicionamento à concessão de 
licenciamento ambiental. 
 
O empreendedor deverá ter equipe técnica mínima multidisciplinar necessária 
para a abrangência de todos os aspectos ambientais envolvidos no 
empreendimento. A composição mínima de uma equipe técnica multidisciplinar, 
responsável pela elaboração dos estudos deve ser integrada por profissionais 
habilitados nas seguintes áreas, conforme segue: 
 
Para cada um dos fragmentos a serem avaliados, a composição mínima da 
Equipe Técnica será a seguinte, podendo um mesmo profissional poderá 
realizar os estudos de mais de um fragmento. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
a. Análise do meio sócio-econômico: 
• Geógrafo 
• Sociólogo e/ou Antropólogo 
• Economista 
• Advogado 
• Arqueólogo 
 
b. Análise do meio biótico: 
• Biólogo 
• Engenheiro Florestal 
• Engenheiro Agrônomo 
• Engenheiro Químico 
• Engenheiro Ambiental 
 
c. Análise do meio físico: 
• Engenheiro Civil 
• Arquiteto 
• Engenheiro Ambiental 
• Geógrafo 
• Geólogo 
• Engenheiro Agrônomo 
• Engenheiro Mecânico / Engenheiro Eletricista 
 
Ainda quando se tratar de elaboração dos estudos, devem ser observados os 
seguintes pressupostos: 
 
a. As pessoas físicas e/ou jurídicas contratadas para a elaboração dos 
estudos ambientais devem estar registradas no Cadastro Técnico 
Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa do Meio Ambiente, 
conforme Resolução CONAMA No. 001/88; 
 
b. Os estudos do meio antrópico, especialmente, devem ser realizados 
obrigatoriamente por antropólogos e/ou sociólogos; 
 
c. Os nomes dos integrantes da equipe multidisciplinar devem ser 
apresentados acompanhados da categoria profissional a qual pertence, 
respectivo registro, sua função na elaboração dos estudos, e a 
assinatura original de todos os integrantes; 
 
d. Devem ser apresentados também, o nome do coordenador, com seu 
endereço, telefone, fax e cópia do comprovante de inscrição no Cadastro 
Técnico Federal; 
 
e. O coordenador da equipe elaboradora deverá rubricar todas as páginas 
dos estudos; 
 
 
 
 
 
 
12 
f. É obrigatória a apresentação de ART - Anotação de Responsabilidade 
Técnica ou documento similar de Conselho de Classe respectivo, 
relativo à elaboração dos estudos, de acordo com art. 63, I e II, da 
Resolução CEMA No. 065/2008; 
 
g. O empreendedor deve atender todas as exigências das Resoluções do 
CONAMA e das leis ambientais e seus regulamentos e, as demais 
exigências contidas nos Termos de Referência para licenciamento 
ambiental. 
 
 
XI. FORMATO DE APRESENTAÇÃO DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO 
AMBIENTAL 
 
Para apresentação do um Estudo Prévio de Impacto Ambiental, o empreendedor 
deve respeitar instruções mínimas, estabelecidas pelo IAP, sob pena de não 
aceitação do trabalho apresentado. 
 
i. Complementações: a insuficiência de informações técnicas, baseadas 
em diagnósticos e prognósticos incompletos e que dificultem a perfeita 
compreensão de impactos potenciais ou efetivos do empreendimento / 
atividade, implicará em rejeição dos estudos inviabilizando eventual 
emissão de licenciamento / autorização ambiental. 
 
ii. Formato: o Estudo Prévio de Impacto Ambiental e demais estudos 
ambientais devem ser apresentados conforme segue: 
 
• Papel - branco, de tamanho A4 (210 x 297 mm), utilizando 
somente um lado do papel. 
 
• Parágrafo: 
 
� Espaço entrelinha = 1,5 ou 24 pontos- para texto, títulos e 
subtítulos; 
� Espaço entrelinha = simples ou 14 pontos - para nota de 
rodapé, citações diretas, resumo, título de tabelas, 
indicações de fontes de tabelas, referências bibliográficas; 
� Recuo = 2 cm 
 
• Fonte 
 
� Tipo: Arial - Tamanho: 12 (texto e subtítulos) 
� Arial 10 para digitação de citações longas, notas de 
rodapé, tabelas, quadros e ilustrações. 
� Títulos de capítulos são escritos em CAIXA ALTA. 
� Subtítulos de subseções levam maiúsculas apenas nas 
letras iniciais das principais palavras e são escritos em 
negrito. 
 
 
 
 
 
13 
 
• Margens 
 
� Esquerda: 3,0 cm 
� Direita: 2,0 cm 
� Superior: 3,0 cm 
� Inferior: 2,5 cm 
 
• Numeração de Páginas -As páginas devem ser contadas 
seqüencialmente a partir da folha de rosto, sendo que a 
numeração impressa em algarismos arábicos (1, 2, 3) deve 
ser colocada no canto superior direito e somente aparecerá 
a partir da introdução, indo até a última página do trabalho. Os 
elementos pré-textuais (sumário, resumo e listas) levam 
numeração romana minúscula (iii, iv, v) no centro inferior da 
página. As páginas de folha de rosto, dedicatória, 
agradecimentos e epígrafe não levam a numeração na folha 
apesar de serem contadas. 
 
• Fotografias - devem ser apresentadas em original, com suas 
respectivas legendas. 
 
• Mapas, tabelas e figuras – os mapeamentos temáticos deverão 
ser apresentados em formato A1 para a Área de Influência 
Indireta, e formato A3 ou outro de melhor visualização para a 
Área de Influência Direta, justificando cada caso que não possa 
atender essa exigência, por questões de base cartográfica ou 
para facilitar a apresentação dos dados disponíveis. Cópias 
devem ser legíveis, com escalas adequadas, informando as 
fontes, datas e outros detalhes que sejam necessários. 
 
iii. Publicidade: de acordo com a Resolução CONAMA No. 006/86 e 009/87 e 
a legislação ambiental pertinente, o empreendedor deverá publicar em 
jornais de circulação na área de influência do empreendimento e no Diário 
Oficial do Estado, que solicitou licença ambiental junto ao IAP. 
 
iv. Número de cópias ao IAP: 
 
♦ Estudo Prévio de Impacto Ambiental: cópias impressas: 
deverão ser entregues 2 (duas) cópias impressas, em meio físico 
(papel), sendo uma delas não encadernada para possibilitar 
eventuais cópias fotostáticas; 
 
♦ Estudo Prévio de Impacto Ambiental – cópias em meio digital: 
fornecer ao IAP 3 (três) cópias em meio digital (CD), com os 
arquivos textos em formato DOC ou PDF e os mapas e 
fotografias em formato PDF ou JPG ou JPEG, todos compatíveis 
com a plataforma Windows. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
XII. DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS MÍNIMOS A SEREM ANEXADOS 
EM UM ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
• Requerimento de licenciamento ambiental – RLA; 
• Outorga de Uso da Água, emitida pela SUPERINTENDËNCIA DE 
RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO AMBIENTAL - 
SUDERHSA; 
• Memorial Descritivo do Empreendimento; 
• Cadastro da consultora junto ao IBAMA (pessoa física); 
• Comprovante de pagamento de taxa ambiental referente à análise do 
estudo ambiental, calculada em função das características de cada 
empreendimento; 
• Publicações em jornal de circulação nos Municípios de abrangência 
do empreendimento e no Diário Oficial do Estado, informando que 
está dando entrada ao licenciamento ambiental junto ao IAP; 
• O IAP poderá exigir, a seu critério, outros documentos 
administrativos específicos para cada tipologia de empreendimento / 
atividade a ser avaliado. Sugere-se consultar a Central de 
Relacionamento IAP (www.iap.pr.gov.br). 
 
 
XIII. PRAZO PARA ANÁLISE 
 
Segundo o Artigo 13 da Resolução CEMA N° 065/2008, o IAP terá um prazo 
máximo de até 6 (seis) meses para análise e deferimento ou indeferimento de 
cada modalidade de licença, autorização ambiental ou florestal, a contar da 
data do protocolo do requerimento, ressalvados os casos em que houver 
EPIA/RIMA e/ou Audiência Pública, quando o prazo será de até 12 (doze) 
meses. 
 
A contagem desse prazo poderá ser suspensa durante a elaboração dos 
estudos ambientais complementares ou apresentação de esclarecimentos pelo 
empreendedor. A alteração poderá ocorrer desde que justificada e com a 
concordância expressa do empreendedor e do IAP. 
 
 
XIV. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO PRÉVIO DE 
IMPACTO AMBIENTAL 
 
Os estudos de ambientais deverão abordar, no mínimo: 
 
a. Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do 
empreendimento, confrontando-as com a hipótese de não execução do 
empreendimento / atividade; 
 
 
 
 
 
 
15 
b. Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais 
gerados nas fases de implantação e operação do empreendimento / 
atividade; 
 
c. Definir os limites das áreas geográficas a serem direta e 
indiretamente afetadas pelos impactos, denominada área de 
influência do empreendimento / atividade, considerando, em todos os 
casos, a micro-bacia hidrográfica na qual se localiza; 
 
d. Considerar os planos e programas governamentais, propostos e 
em implantação na área de influência do empreendimento / 
atividade e sua compatibilidade. 
 
 
XIV. ABORDAGENS DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
 
Um Estudo Prévio de Impacto Ambiental deve abordar, no mínimo, os 
seguintes tópicos: 
 
a. Diagnóstico ambiental da área de influência do empreendimento, 
com completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas 
interações com a atividade em estudo, tal como existem, de modo a 
caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do 
empreendimento. Nesse aspecto, muito mais do que a descrição teórica, 
a partir de mera consulta bibliográfica, o diagnóstico deverá conter uma 
análise crítica e consistente da realidade ambiental constatada em visita 
em campo, descrevendo eventual manutenção das características 
originais e os aspectos de degradação, considerando: 
 
• Quanto ao meio físico – impactos positivos e/ou negativos no 
subsolo, nas águas, no ar e no clima, nos recursos minerais, na 
topografia, nos tipos e aptidões do solo, nos corpos d'água, no 
regime hidrológico, nas correntes marinhas, nas correntes 
atmosféricas; 
 
• Quanto ao meio biológico e os ecossistemas naturais - 
impactos positivos e/ou negativos na fauna e na flora, destacando 
as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor 
científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas 
de preservação permanente; 
 
• Quanto ao meio sócio-econômico - impactos positivos e/ou 
negativos no uso e ocupação do solo, nos usos da água e na 
sócio-economia, destacando aqueles nos sítios e monumentos 
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, nas relações 
de dependência entre a sociedade local, nos recursos ambientais 
e na potencial utilização futura desses recursos. 
 
 
 
 
 
 
16 
b. Análise dos impactos ambientais provocáveis, de curto, médio e 
longo prazos, pelo empreendimento e de suas alternativas, através 
de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância 
dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos 
e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a 
médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de 
reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a 
distribuição dos ônus e benefícios sociais. 
 
c. Definição das medidas mitigadoras e das medidas compensatórias 
dos impactos negativos: com base na identificação dos impactos e 
passivos ambientais, deverão ser recomendadas medidas que venham a 
minimizá-los, compensá-los ou eliminá-los. As medidas mitigatórias 
serão caracterizadas quanto: i) ao componente ambiental afetado; ii) às 
fases da atividade em quedeverão ser implementadas; iii) ao caráter 
preventivo ou corretivo e sua eficácia; iv) ao agente executor, dom 
definição de responsabilidade; e v) a duração do impacto e da própria 
medida. Na definição das medidas mitigadoras para cada um dos 
impactos negativos identificados no item anterior, destacar: i) sua 
natureza (corretiva e/ou preventiva), ii) a fase do empreendimento em 
que deverão ser adotadas, iii) o fator ambiental ao qual se destina, iv) o 
prazo de permanência de sua aplicação, e v) o responsável por sua 
implementação. Deve ser avaliada a eficiência de cada medida e, quando 
não for possível a mitigação dos impactos negativos, devem ser previstas 
as aplicações de medidas compensatórias. Destacar as tecnologias, 
metodologias, equipamentos de controle e sistemas de tratamento de 
despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas para mitigação / 
compensação de cada um dos impactos negativos anteriormente 
identificados. 
 
d. Proposição de programas de acompanhamento e monitoramento, 
tanto para os impactos positivos quanto para os negativos, indicando os 
fatores e parâmetros a serem considerados, juntamente com um 
cronograma de sua implementação e os responsáveis pela aplicação, 
assim como a indicação e a justificativa: 
 
i. Da rede de amostragem, incluindo seu dimensionamento e 
distribuição espacial; 
 
ii. Dos métodos de coleta e análises de amostras; 
 
iii. Da periodicidade da amostragem para cada parâmetro; e 
 
iv. Dos métodos que serão empregados no processamento das 
informações obtidas. 
 
 
 
 
 
 
17 
Todos os estudos e projetos complementares a um Estudo Prévio de Impacto 
Ambiental deverão conter a seguinte estruturação em seu detalhamento básico, 
de forma a descrever os seguintes itens: 
 
i. Objetivos; 
 
ii. Metodologia e ações gerais de desenvolvimento do programa; 
 
iii. Detalhamento de cada uma das ações específicas de execução 
do programa; 
 
iv. Descrição da qualificação / quantificação da equipe de execução 
e material / equipamentos necessários; 
 
v. Cronograma de execução do programa (mínimo mensal), para 
cada ação descrita (preferencialmente sob a forma de tabela de 
correlação da ação X prazo); 
 
vi. Metodologia de acompanhamento das ações do programa, com 
previsão de elaboração de relatórios semestrais; 
 
vii. Apresentação da equipe técnica de elaboração do programa 
(nome dos profissionais e formação, registros no Conselho de 
Classe, registro no Cadastro Técnico Federal). 
 
 
XVI.1. Principais Programas e Projetos Complementares 
 
Deverão ser apresentados, quando couber, os seguintes programas: 
 
i. Programa de Gestão Ambiental do empreendimento / atividade, 
estabelecendo uma estrutura administrativa de coordenação e 
implementação de ações e procedimentos das demais medidas e 
programas ambientais, apresentando seu organograma com definição de 
hierarquia e atribuições; 
 
ii. Plano Ambiental de Construção, que deverá contemplar as diretrizes 
básicas a serem empregadas durante a execução das obras e a atuação 
de equipes de trabalho, estabelecendo mecanismos eficientes que 
garantam a execução das obras com o controle, monitoramento e 
mitigação dos impactos gerados, abrangendo os seguintes assuntos: 
 
a. Gestão de Resíduos Sólidos na fase de instalação (indicando os 
pontos de armazenamento e de estocagem temporária dos 
resíduos / subprodutos, os sistemas de controle e os procedimentos 
adotados associados às fontes identificadas e a disposição final 
associada a cada resíduos); 
 
 
 
 
 
 
18 
b. Gestão e Monitoramento de Efluentes Líquidos na fase de 
construção; 
 
c. Ações de capacitação dos trabalhadores nos procedimentos deste 
Plano Ambiental de Construção; 
 
d. Desmobilização das obras e retiradas de quaisquer estruturas / 
resíduos. 
 
iii. Programa de Monitoramento da Biota Aquática e bioindicadores; 
 
iv. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS na fase 
de operação; 
 
v. Programa de Gerenciamento de Efluentes na fase de operação; 
 
vi. Programa de Gerenciamento de Emissões Atmosféricas; 
 
vii. Programa de Gerenciamento de Emissões de Ruídos e Vibrações; 
 
viii. Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas, conforme 
Resolução CONAMA No. 357/05; 
 
ix. Programa de Gerenciamento de Riscos, contendo: 
 
a. Estudo de Analise de Riscos: o gerenciamento de riscos deve ser 
estruturado a partir de um Estudo de Análise de Riscos, baseado 
em técnicas de identificação de perigos, estimativas de freqüência e 
conseqüências, análise de vulnerabilidade e estimativa de riscos; 
 
b. Programa do Manual de Procedimentos Internos para 
Gerenciamento dos Risos pela Poluição oriunda das atividades de 
movimentação e armazenamento de óleo e substâncias nocivas ou 
perigosas, em conformidade com a Lei Federal No. 9.966/2000; 
 
c. Plano de Ação de Emergência, para incidentes envolvendo 
produtos químicos ou outras ocorrências acidentais; 
 
d. Plano de Emergência Individual (conforme Resolução CONAMA 
No. 398/08; 
 
x. Programa de Auditoria Ambiental, na fase de operação, de acordo 
com o escopo, metodologias e procedimentos sistemáticos e 
documentados constantes na Lei Estadual No. 13.448/02 e Decreto 
Estadual No. 2.076/03; 
 
 
 
 
 
 
19 
xi. Programa de Educação ambiental e Comunicação Social, para os 
seguintes públicos-alvo: populações de entorno; trabalhadores diretos, 
indiretos e terceirizados, entre outros, descrevendo os seguintes itens: 
 
a. Temas: indicação de temas específicos ou propostas metodológicas 
a serem desenvolvidos para cada um dos públicos-alvo 
identificados; 
 
b. Atividade: apresentar as atividades de planejamento e execução do 
programa, incluindo o cronograma detalhado, equipe técnica e 
material de apoio necessário; 
 
c. Interface com a comunidade: descrever as ações previstas de 
correlação do programa com a rede pública de ensino e com as 
comunidades do entorno, por meio das associações de bairro ou 
outros grupos. Informar se haverão atividades de incentivo ou apoio 
às escolas do entorno quanto ao desenvolvimento de ações de 
educação ambiental. 
 
xii. Outros programas e projetos a serem propostos em função das 
singularidades e características da região. Sugere-se consultar a Matriz 
de Impactos Ambientais. 
 
A responsabilidade de implementação dos programas e projetos de 
acompanhamento, monitoramento e mitigação de impactos é do 
empreendedor. Não será admitido o referenciamento genérico desses 
programas e projetos. No caso de recaírem a terceiros, sejam instituições 
públicas e/ou entidades privadas, deverão ser apresentados documentos 
declaratórios emitidos por tais instituições / empresas assumindo tais 
responsabilidades. 
 
 
XVII. ESTRUTURA BÁSICA DE UM ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO 
AMBIENTAL 
 
Os estudos e informações constantes de Estudo Prévio de Impacto Ambiental 
terão a seguinte seqüência: 
 
XVII.1. Informações Gerais 
 
d.1. Do Empreendedor: 
 
d.1.1. Nome ou Razão Social; 
d.1.2. CNPJ/MF; 
d.1.3. Inscrição Estadual; 
d.1.4. Representantes legais (com CPF e endereço completo); 
d.1.5. Endereço completo (logradouro, número, bairro, Cidade, CEP, 
telefone, FAX e endereço eletrônico). 
 
 
 
 
 
20 
 
d.2. Do Consultor / Empresa de Consultoria Ambiental 
 
d.2.1. Nome do responsável; 
d.2.2. Razão Social; 
d.2.3. CPF ou CNPJ/MF; 
d.2.4. Inscrição Estadual; 
d.2.5. Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou documento similar de 
Conselho de Classe respectivo; 
d.2.6. Número de registro do Conselho de Classe de todos os profissionais 
envolvidos; 
d.2.7. Número do Cadastro Técnico Federal do IBAMA; 
d.2.8. Endereço completo (logradouro, número, bairro, Cidade, CEP,telefone, FAX e endereço eletrônico); 
d.2.9. Dados da equipe técnica multidisciplinar elaboradora dos estudos, 
nome, área profissional, registro no respectivo conselho de 
classe, número do Cadastro Técnico Federal do IBAMA e 
assinatura da equipe. 
 
d.3. Caracterização Geral do Empreendimento: 
 
d.3.1. Justificativa e Objetivos do Empreendimento contendo: 
 
i. A descrição do problema, incluindo diagnóstico da situação atual 
considerando aspectos como: tipo, origem, quantidade de lixo 
produzido, tratamento eventualmente dado aos resíduos e locais 
onde os mesmos são dispostos; 
 
ii. Descrição do empreendimento / atividade com o máximo de 
detalhamento possível, utilizando, se possível for, ilustrações e/ou 
desenhos concepcionais; 
 
iii. Síntese dos objetivos do empreendimento e justificativa em 
termos de sua importância no contexto social da Região e dos 
Municípios de abrangência direta; 
 
iv. I Informações relacionadas ao modelo de gestão da disposição 
final (consorciada, individual, etc.); 
 
v. Os objetivos ambientais e sociais do empreendimento / atividade, 
compatibilidade com os sistemas de limpeza urbana e disposição 
final de resíduos, existentes e planejados, e com os demais 
planos, programas e projetos setoriais existentes ou previstos na 
área de influência do empreendimento, como por exemplo, 
Planos de Gerenciamento de Resíduos ou Plano Diretor de 
Limpeza Urbana; 
 
 
 
 
 
 
21 
v. Avaliação, enquadramento e compatibilização do 
empreendimento / atividade frente a zoneamento agro-ecológico, 
se existente, e eventuais impactos de sua localização frente às 
diversas atividades produtivas, inclusive aquelas de geração de 
energia elétrica, quando for o caso. Tal avaliação deve abranger o 
empreendimento / atividade como um todo, assim como aqueles 
a ele associados; 
 
vi. As tecnologias a serem empregadas, relacionando com outros 
empreendimentos / atividades similares existentes em outras 
localidades. 
 
 
d.3.2. Localização do Empreendimento: 
 
i. Definição concreta e objetiva da área de influência direta do 
empreendimento / atividade; 
 
ii. Apresentar as alternativas de concepção, de localização, 
tecnológica e construtiva estudadas, justificando a alternativa 
escolhida e os parâmetros de projeto adotados, sob os aspectos 
técnico, econômico e ambiental, e ainda sua compatibilidade com 
a Lei de Uso e Ocupação do Solo e demais regulamentos 
municipais; 
 
iii. Descrever e analisar, com o mesmo grau de profundidade e sob 
os mesmos critérios, as alternativas locacionais e tecnológicas 
estudadas avaliando os aspectos técnicos, econômicos e 
ambientais envolvidos (análise custo-benefício ampliada), ou seja, 
analisar as alternativas em termos de impactos ambientais, 
requisitos em termos de custo de capital e operação, 
confiabilidade, adaptação às condições locais e requisitos 
institucionais; 
 
iv. Quantificar os custos e benefícios de cada alternativa 
incorporando os custos calculados para as medidas mitigadoras 
propostas. Considerar inclusive a alternativa de não realização do 
projeto, a fim de esclarecer as condições ambientais sem ele; 
 
v. Apresentar justificativa da escolha da alternativa preferencial para 
implantação do empreendimento (proceder à apreciação sucinta 
de comparação das alternativas analisadas e, indicar qual, dentre 
elas, constitui-se na opção mais adequada às prioridades de 
investimento a serem implementadas); 
 
v. Em se tratando de terras indígenas e / ou aproveitamento de 
recursos hídricos, pesquisa e lavra de riquezas minerais, além 
 
 
 
 
 
22 
daquelas áreas de interesse público da União, é imprescindível a 
autorização do Legislativo Federal. 
 
 
d.3.3. Enquadramento Legal do Empreendimento contendo: 
 
i. Avaliação do conjunto de leis e regulamentos, nos diversos níveis 
(federal, estadual e municipal), que regem os empreendimentos 
econômicos e a proteção ao meio ambiente na área de influência 
e que tenham relação direta com a ação proposta, analisando as 
limitações por eles impostas, bem como as medidas para 
promover compatibilidade porventura necessária. 
 
 
d.3.4. Descrição detalhada do Empreendimento contendo: 
 
i. A localização do projeto, em escala adequada, indicando na área 
de influência direta e sua interatividade quanto a: 
 
• uso e a ocupação atual do solo; 
 
• setores, zonas ou bairros beneficiados pelo empreendimento / 
atividade; 
 
• corpos d'água e seus usos; 
 
• corpo receptor dos efluentes e o ponto de lançamento; 
 
• a cobertura vegetal; 
 
• os assentamentos populacionais, os equipamentos urbanos e 
de lazer; 
 
• vias de acesso. 
 
 
ii. Memorial Descritivo do empreendimento contendo, no mínimo, as 
seguintes informações: 
 
• concepção, dimensionamento preliminar e características 
técnicas dos elementos do sistema de tratamento e 
disposição final adotados; 
 
• área e população atendidas, e período de alcance do 
empreendimento / atividade; 
 
• descrição e cronograma detalhados das etapas de 
implantação; 
 
 
 
 
 
23 
 
• previsão de ampliação do sistema; 
 
• descrição dos sistemas operacionais, identificando as 
entidades responsáveis pela operação e manutenção do 
sistema; 
 
• caracterização quantitativa e qualitativa dos resíduos a serem 
gerados, tratados e/ou dispostos; 
 
• descrição do tipo de tratamento dos efluentes líquidos 
gerados, informando, se for o caso, a eficiência esperada e a 
caracterização da qualidade provável dos efluentes finais que 
serão lançados no corpo receptor; 
 
• medidas e equipamentos de controle de emissões 
atmosféricas, inclusive odores; 
 
• estimativa dos custos de implantação. 
 
 
iii. Para a destinação final dos resíduos a serem gerados, deverá ser 
apresentada a localização e caracterização das áreas de jazidas 
do material de cobertura, em escala adequada, indicando: 
 
• dimensão da área e cubagem da jazida; 
 
• cobertura vegetal; 
 
• corpos d'água e seus usos; 
 
• caracterização do solo, apresentando ensaios de 
granulometria e compactação; 
 
• vias de acesso. 
 
 
iv. Apresentação das seguintes representações gráficas do sistema, 
em escala adequada: 
 
• layout das instalações físicas, indicando a distribuição das 
áreas destinadas às diferentes unidades e componentes do 
sistema, inclusive unidades de tratamento e valorização de 
resíduos, compostagem, unidades de tratamento de efluentes 
líquidos e emissões atmosféricas, pátios de serviços e 
manobras, faixas de proteção, áreas de preservação 
permanente, entre outras; 
 
 
 
 
 
 
24 
• localização dos sistemas de drenagem de gases, de 
percolados e de águas superficiais; 
 
• localização das áreas previstas para ampliação ou 
implantação de unidades complementares ao 
empreendimento / atividade. 
 
 
v. Apresentação das seguintes informações sobre a etapa de 
execução de obras: 
 
• descrição das ações para limpeza do terreno, remoção da 
vegetação e movimentos de terra; 
 
• localização e dimensionamento preliminar das atividades a 
serem desenvolvidas no canteiro de obras (alojamentos, 
refeitórios, serralheria, depósitos, oficina mecânica, etc); 
 
• descrição dos equipamentos e técnicas construtivas que 
serão empregadas na desativação e recuperação das áreas 
de disposição a céu aberto, nos movimentos de terra, na 
edificação das unidades, etc; 
 
• origem e estimativa da mão de obra empregada; 
 
• localização e caracterização das áreas de empréstimo e bota-
fora 
 
 
vi. Apresentação das seguintes informações sobre a etapa de 
operação: 
 
• procedimentos operacionais da unidade de tratamento dos 
efluentes líquidos gerados (percolados);• procedimentos operacionais do sistema de drenagem de 
gases dos aterros; 
 
• procedimentos operacionais do sistema de controle das 
emissões atmosféricas de eventuais unidades de incineração; 
 
• procedimentos operacionais e programas de manutenção; 
 
• qualificação e estimativa de mão-de-obra. 
 
 
d.4. Área de Influência 
 
 
 
 
 
25 
 
Definir, justificar e mapear, em escala adequada, a área a ser afetada pelo 
empreendimento / atividade, considerando as bacias ou sub-bacias 
hidrográficas e a área atendida. Nesse enfoque, devem ser considerados e 
avaliados: 
 
d.4.1. Os limites da área geográfica onde as alterações ambientais 
podem e devem ser decorrentes do empreendimento / atividade; 
 
d.4.2. A área de influência destacando aquelas de incidência direta dos 
impactos, abrangendo os distintos contornos para as diversas 
variáveis enfocadas; 
 
d.4.3. A área de influência e incidência dos impactos, devidamente 
definida e justificada, acompanhada de mapeamento. 
 
Para cada um dos fatores ambientais – meio físico, biótico e socioeconômico – 
deverá se definida e caracterizada cada uma das áreas de abrangência 
específica, assim definidas: 
 
• Área Diretamente Afetada – área que sofre diretamente as 
intervenções de implantação e operação do empreendimento / 
atividade, considerando alterações físicas, biológicas, 
socioeconômicas e das particularidades da atividade; 
 
• Área de Influência Direta – área sujeita aos impactos diretos da 
implantação e operação da atividade. A sua delimitação deverá ser 
função das características sociais, econômicas, físicas e biológicas 
dos sistemas a serem executados e das características da atividade; 
 
• Área de Influência Indireta – área real ou potencialmente 
ameaçada pelos impactos indiretos da implantação e operação da 
atividade, abrangendo os ecossistemas e o sistema socioeconômico 
que podem ser impactados por alterações ocorridas na área de 
influência da atividade. 
 
 
d.5. Diagnóstico Ambiental da Área Diretamente Afetada 
 
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental deverá caracterizar, de forma clara e 
objetiva, a área de influência direta e indireta afetada pelo empreendimento / 
atividade, com a descrição da situação social, econômica e ambiental da 
mesma frente à ação proposta. Recomenda-se o uso de mapas e fotos 
datadas, como recursos ilustrativos, acompanhadas de legendas explicativas 
da área. 
 
As informações a serem abordadas neste item, devem propiciar a elaboração 
de diagnóstico da área de diretamente afetada pelo empreendimento / 
 
 
 
 
 
26 
atividade, refletindo as condições atuais dos meios: físico, biológico e sócio-
econômico. A avaliação ambiental deve ser realizada considerando os efetivos 
e/ou potenciais impactos, positivos e/ou negativos, que o empreendimento / 
atividade possa vir a provocar sobre os meios citados anteriormente, 
resultando num diagnóstico integrado. 
 
Para tanto, neste item deverão ser evidenciadas as principais características da 
área de influencia do projeto relacionando-as com os meios físico, biológico e 
sócio-econômico, considerando, os seguintes aspectos: 
 
d.5.1. Meio Físico – identificar, avaliar e descrever eventuais impactos, 
positivos e/ou negativos, que o empreendimento / atividade possa 
provocar sobre: 
 
• O clima, especialmente quanto ao regime das chuvas e 
precipitação pluviométrica (médias anuais e mensais; máximas e 
mínimas anuais), temperatura (média, mínima e máxima anual), 
velocidade e direção dos ventos predominantes; e, 
evapotranspiração; 
 
• As unidades geológico-geotécnicas que ocorrem na região com 
principais feições estruturais; 
 
• A geomorfologia da área diretamente atingida pelo 
empreendimento / atividade, incluindo: compartimentação 
geomorfológica e características das unidades que compõe o 
relevo (áreas de morros, planícies, encostas); 
 
• A topográfica, com levantamento planialtimétrico, em escala 
conveniente (1:500, 1:1.000 ou 1:2.000, dependendo da superfície 
e porte do empreendimento), com curvas de nível de metro em 
metro e indicação de todos os detalhes significativos do terreno e 
vizinhança (construções, poços, nascentes, etc.). Destacar 
eventuais alterações positivas e/ou negativas; 
 
• As dinâmicas do relevo (presença ou propensão à erosão 
acelerada e assoreamento, áreas sujeitas a inundações, 
desmoronamentos, etc); 
 
• As condições geológicas e geotécnicas da seqüência de base, 
quando se tratar de sistemas de disposição final de resíduos, e a 
conseqüente caracterização das obras para impermeabilização da 
base, coleta e tratamento de efluentes líquidos / chorume; 
 
• A geologia do terreno, pelo menos quanto à estabilidade, 
permeabilidade, plasticidade e porosidade; 
 
 
 
 
 
 
27 
• Os tipos de solos predominantes na área de influência do 
empreendimento e identificação daqueles com potencial de 
utilização como material de empréstimo, quando necessário; 
 
• A bacia hidrográfica e sub-bacia(s) em que se insere o 
empreendimento; 
 
• Os curso(s) d’água, poço(s) e outras coleções hídricas mais 
próximas; 
 
• A alteração no enquadramento da bacia hidrográfica e dos corpos 
d’água a serem utilizados para disposição de efluentes líquidos 
(conforme classificação na Legislação Estadual e na Resolução 
CONAMA nº 357/2005); 
 
• Os principais usos das águas à montante e a jusante do sistema 
de disposição final de resíduos sólidos / líquidos; 
 
• Os aqüíferos subterrâneos na área de influência com nível do 
lençol freático, localização de áreas de recarga e, informações 
sobre a qualidade das águas dos mesmos, no mínimo, quanto aos 
parâmetros de coliformes, DQO e Nitratos; 
 
• A qualidade da água do corpo receptor quanto às vazões 
máximas, médias e mínimas e aos parâmetros físico-químicos: 
pH, turbidez, OD, DQO, DBO, Nitrogênio e metais pesados; 
 
• Nos casos de empreendimentos / atividades que impliquem em 
dragagens, o Estudo deverá apresentar: 
 
▪ Para dragagem de aprofundamento: localização da área a 
ser dragada; volume estimado; identificação, localização e 
descrição das prováveis áreas de descarte do material 
dragado; caracterização do material de acordo com a 
Resolução CONAMA No. 344/2004, e alternativas 
tecnológicas da dragagem e disposição do material, com os 
detalhamentos seguintes: 
 
o Definição da malha amostral para caracterização do 
material dragado, abrangendo o pacote sedimentar a 
ser dragado e a camada de sedimento que ficará 
exposta após a dragagem, em conformidade com a 
Resolução CONAMA No. 344/2004; 
o A malha amostral deve ser apresentada em mapa, 
com a indicação de quais pontos corresponderão às 
amostras superficiais e quais serão testemunhos, 
sobrepondo-se às áreas onde se pretende realizar a 
dragagem; 
 
 
 
 
 
28 
o Caracterização granulométrica e geoquímica do 
sedimento das áreas a serem dragadas, comparando 
com local em condições prístinas – área de referência 
regional (background geoquímico), em conformidade 
com a Resolução CONAMA No. 344/2004; 
o Realizar estudos de toxicidade para os sedimentos 
que se enquadrem na situação referenciada no Inciso 
III do Artigo 7 da Resolução CONAMA No. 344/2004, 
para posterior escolha do local para a disposição. 
 
 
d.5.2. Meio Biótico - identificar, avaliar e descrever eventuais impactos, 
positivos e/ou negativos, que o empreendimento / atividade possa 
provocar sobre: 
 
• A cobertura vegetal, considerando: extensão e distribuição das 
formações vegetais, identificação dos diferentes estratos vegetais, 
ressaltando as Áreas de Preservação Permanente, as Unidades 
de Conservação e as espécies raras ou ameaçadas de extinção, 
bem como as de interesse econômico e científico,bem como a 
localização das áreas de ocorrência das mesmas; 
 
• A descrição e caracterização da fauna associada considerando: 
identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas de 
extinção, de interesse econômico e científico, incluindo a fauna 
bentônica, bem como a localização das áreas de ocorrência das 
mesmas, aspectos como hábitos alimentares, habitat (estrato 
vegetal), sítios de nidificação e alimentação significativos, fontes 
de dessedentação e abrigos. 
 
• A cobertura vegetal, mapeada em escala adequada, da área de 
influência do empreendimento indicando formações vegetais, os 
diferentes estratos vegetais, as áreas de preservação 
permanente, as unidades de conservação localizadas até 10 km 
da área do projeto. 
 
Na realização dos estudos de campo que necessitem de coletas, capturas, 
transporte e manipulação de materiais biológicos deverá ser observada a 
legislação ambiental pertinente, principalmente a necessidade de autorização 
de captura, coleta e transporte de fauna emitida pelo IBAMA. 
 
Após o diagnóstico da biota, deverão ser propostos, com as devidas 
justificativa técnicas, os bioindicadores, ou seja, as espécies, ou grupos de 
espécies que poderão ser utilizados como indicadores de alterações da 
qualidade ambiental em programas de monitoramento, na fase de operação. 
 
 
 
 
 
 
29 
d.5.3. Meio Antrópico - identificar, avaliar e descrever eventuais impactos, 
positivos e/ou negativos, que o empreendimento / atividade possa 
provocar sobre: 
 
• Caracterização geral do município no que se refere às condições 
sociais e econômicas da população, principais atividades 
econômicas, serviços de infra-estrutura, equipamentos urbanos, 
sistemas viário e de transportes; 
 
• Delimitação, utilizando mapeamento em escala adequada, das 
áreas de expansão urbana, industrial e turística e dos principais 
usos do solo: residencial, comercial, industrial, de recreação, 
turístico, agrícola, pecuária e atividades extrativas, bem como dos 
equipamentos urbanos e elementos do patrimônio histórico, 
arqueológico, paisagístico e cultural; 
 
• Às áreas consideradas como de patrimônio cultural, áreas 
tombadas, inventariadas nos âmbitos federal, estadual e 
municipal, bem como os sítios arqueológicos; 
 
• As condições sociais e econômicas da população urbana e rural, 
indicando aquelas beneficiadas e /ou prejudicadas pelo 
empreendimento / atividade; 
 
• As relações de dependências entre a sociedade local e os 
recursos ambientais; 
 
• A taxa de crescimento demográfico e vegetativo da população 
total, urbana e rural, e projeção para o período de alcance do 
empreendimento / atividade; 
 
• O dimensionamento preliminar e caracterização econômica e 
social da população a ser removida e daquela a ser afetada pela 
desativação dos locais de disposição de resíduos a céu aberto, 
bem como indicação dos locais propostos para reassentamento; 
 
• Geração quantitativa e qualitativa de resíduos gerados, de origem 
doméstica, industrial, e de serviços de saúde, assim como a 
descrição do atual sistema de destinação final; 
 
• Resíduos Sólidos - identificar as fontes de geração, estimativas 
quantitativas e seus respectivos resíduos sólidos a serem 
gerados. Indicar os pontos de acondicionamento e estocagem dos 
resíduos sólidos gerados ou a gerar, bem como os locais de 
disposição final. Caracterizar, sucintamente, os sistemas de 
controle e os procedimentos associados às fontes identificadas, 
indicando as formas e locais de disposição final de resíduos; 
 
 
 
 
 
 
30 
• As vias de acesso quanto às condições de pavimentação, 
conservação, sinalização e tráfego; 
 
• As condições de saúde da população quanto às principais 
doenças endêmicas e sua área de incidência. 
 
• A situação fundiária (número estimado de famílias a serem 
desalojadas, número de propriedades a serem desapropriadas, 
dentre outras); 
 
• Em se tratando de empreendimentos de geração de energia, 
hidrelétricos, observar o contido na Lei Federal No 7.542/1986, e 
na Portaria Interministerial No 69/1979 e na Portaria IPHAN No 
28/2003. 
 
Caso exista algum tipo de impedimento, limitação ou discordância para o 
atendimento de qualquer um dos itens propostos neste Termo de Referência, 
sua omissão ou insuficiência deve ser justificada com argumentação objetiva, 
porém, bem fundamentada. 
 
 
XVII. ESTUDO E DEFINIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E 
PREVENTIVAS 
 
Deverão ser descritas, com detalhes, as medidas, equipamentos ou 
procedimentos, de natureza preventiva ou corretiva, que serão utilizados para 
evitar os impactos ambientais negativos sobre os fatores ambientais físicos, 
bióticos e antrópicos, ou reduzir a sua magnitude, em cada fase do 
empreendimento, especificando o seu custo e avaliando sua eficiência, com 
ênfase em: 
 
a. Medidas mitigadoras e/ou preventivas aplicáveis objetivamente à 
tipologia do empreendimento / atividade em referência; 
 
b. Medidas de redução das interferências e incômodos das obras na 
população; 
 
c. Medidas de recuperação e recomposição paisagística das áreas 
de empréstimo e bota-fora, bem como das áreas de jazidas de 
material de recobrimento; 
 
d. Medidas de controle de erosão, recuperação e recomposição 
paisagística dos taludes; 
 
e. Medidas de minimização dos impactos decorrentes de 
desapropriação de imóveis e remoção da população; 
 
 
 
 
 
 
31 
f. Medidas para garantir a qualidade da água no corpo receptor, 
especialmente as alternativas de tratamento do percolado, 
avaliando sua eficiência em relação aos padrões de lançamento 
de efluentes líquidos; 
 
g. Medidas de proteção da qualidade das águas subterrâneas; 
 
h. Medidas e/ou equipamentos para controle de emissões 
atmosféricas, inclusive odores; 
 
i. Medidas para prevenção e controle dos impactos associados à 
proliferação de vetores; 
 
j. Medidas para prevenção de riscos à saúde; 
 
k. Medidas e/ou dispositivos para prevenção de acidentes, 
especialmente nos casos de aterros, incluindo faixas de 
segurança e do uso do solo no entorno do empreendimento; 
 
l. Medidas para redução dos impactos na paisagem. 
 
 
XVIII. PLANO DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO 
 
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental deve apresentar planos de 
acompanhamento e monitoramento de impactos e medidas mitigadoras, 
incluindo: 
 
a. Acompanhamento fotográfico periódico do empreendimento, 
durante a fase de execução de obras, indicando as condições do 
canteiro e da área de entorno; 
 
b. Acompanhamento fotográfico periódico dos projetos de 
recuperação e recomposição paisagística dos taludes e das áreas 
de empréstimo e bota-fora; 
 
c. Acompanhamento dos programas de desapropriação de imóveis, 
remoção e reassentamento da população; 
 
d. Monitoramento da qualidade das águas subterrâneas quanto a 
coliformes, DQO e Nitratos; 
 
e. Monitoramento da qualidade do corpo receptor quanto aos 
seguintes parâmetros: pH, turbidez, OD, DQO, DBO, Nitrogênio e 
metais pesados. 
 
f. Monitoramento da qualidade do ar da área de influência do 
empreendimento. 
 
 
 
 
 
32 
 
 
XIX. ESTUDOS TÉCNICO-AMBIENTAIS ESPECÍFICOS 
 
As normas ambientais em vigor exigem a realização de estudos e projetos 
técnicos, bem como descrição de tecnologias próprias para algumas tipologias 
de empreendimentos / atividades. Essas especificidades devem ser 
apresentadas nas etapas de licenciamento de instalação ou de operação e/ou 
durante a própria implementação da atividade, conforme as características do 
empreendimento. 
 
 
XIX.1. Projeto Básico Ambiental – PBA 
 
O Plano ou Projeto Básico Ambiental - PBA é o detalhamento de todas as 
medidas mitigadoras e compensatórias e dos programasambientais propostos 
no Estudo Prévio de Impacto Ambiental e compõe o processo de Licença de 
Instalação (LI) do empreendimento / atividade. 
 
O PBA destina-se a orientar e especificar as ações e obras que devem ser 
deflagradas e realizadas para recuperação do passivo ambiental de 
empreendimentos / atividades efetivas e/ou potencialmente impactantes. 
Conceitua-se passivo ambiental o conjunto de degradações constituído por 
externalidades geradas pela existência empreendimentos / atividades sobre 
terceiros e por terceiros sobre esses últimos. 
 
XIX.2. Plano de Controle Ambiental – PCA 
 
O Plano de Controle Ambiental – PCA é um estudo ambiental que alem da 
apresentação do empreendimento, identifica os impactos gerados e suas 
magnitudes, e das várias medidas mitigadoras, tudo dentro de planos e 
programas ambientais. 
 
É exigido para concessão de Licença de Instalação de atividade de extração 
mineral de todas as classes previstas no Decreto-Lei 227/67. Deve conter os 
projetos executivos de minimização dos impactos ambientais avaliados através 
de EPIA/RIMA na fase de Licenciamento Prévio - LP. 
 
No caso específico da extração mineral da Classe II, existe a possibilidade de 
substituição do EPIA/RIMA pelo Relatório de Controle Ambiental - RCA, a 
critério do órgão ambiental competente (Resolução CONAMA 009/90). 
 
XIX.3. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS 
 
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, constitui-se em um 
documento integrante do Sistema de Gestão Ambiental, baseado nos princípios 
da não geração e da minimização da geração de resíduos, que aponta e 
descreve as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos 
 
 
 
 
 
33 
referentes à minimização na geração, segregação, acondicionamento, 
identificação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, 
tratamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, 
tratamento externo e disposição final. 
 
Entende-se por resíduos sólidos qualquer forma de matéria ou substância, nos 
estados sólido e semi-sólido, que resulte de atividade industrial, doméstica, 
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços, de varrição e de outras atividades 
da comunidade, capazes de causar poluição ou contaminação ambiental. 
 
O PGRS deve ser elaborado pelo gerador dos resíduos e submetido à análise 
do órgão ambiental para aprovação, devendo ser elaborado por técnico 
devidamente habilitado e cadastrado junto ao IAP. 
 
De acordo com o determinado na Lei Estadual Nº 12.493/1999, todo e qualquer 
empreendimento / atividade que gere, acondicione, armazene, colete, 
transporte, trate e proceda a destinação final de deverá elaborar e apresentar 
ao IAP o PGRS, visando controle da poluição, da contaminação e a 
minimização de seus impactos ambientais. 
 
 
XIX.4. Plano de Análise de Risco – PAR 
 
Plano de Gerenciamento de Riscos – PGR ou Análise de Riscos – AR 
descreve detalhadamente como gerenciar os riscos associados a um projeto. 
Ele detalha as tarefas de gerenciamento de riscos que serão executadas, as 
responsabilidades atribuídas e quaisquer recursos adicionais necessários para 
atividade de gerenciamento de riscos. 
 
O objetivo principal do PGR é prevenir a ocorrência de acidentes que possam 
causar danos ao público e ao meio ambiente e reduzir sua severidade, 
quando um evento desta natureza ocorrer. 
 
O PGR poderá tornar-se, também, uma importante ferramenta para se reduzir 
custos destinados a reparação de danos, paralisação de produção, 
indenizações por afastamento parcial/total de funcionários e contratação de 
apólices de seguros. 
 
 
XIX.4.1. Empreendimentos / Atividades em que se aplica e Fase do 
Licenciamento Ambiental 
 
Como suporte ao licenciamento ambiental, o PGR é exigido de 
empreendimentos / atividades que envolvam a produção, operação, 
manuseio, processos de fabricação, armazenamento como matéria prima, 
produtos intermediários ou produto final, transporte e logística de substância 
tóxicas e/ou inflamáveis requerem, por parte do empreendedor, uma postura 
 
 
 
 
 
34 
mais objetiva quanto às atividades e procedimentos relacionados a estas 
substâncias. 
 
� Indústrias químicas e farmacêuticas; 
 
� Indústria do petróleo e petroquímicas; 
 
� Indústria do gás; 
 
� Unidades de refrigeração de indústrias alimentícias, de bebidas, 
frigoríficos, etc.; 
 
� Unidades de produção de água tratada; 
 
� Dutos de transporte de óleo, álcool e de gás; 
 
� Usinas termelétricas a gás. 
 
O PGR pode determinar a estruturação de dois tipos de planos, para aplicação 
em caso de emergência: 
 
� Plano de Contingência – detalha a ação conjunta dos órgãos públicos 
e empresas privadas em caso de emergência de grande porte; 
 
� Plano de Ação para Emergência – exigido das atividades cujo nível de 
risco, definido pela Análise de Risco, seja igual a 3 ou 4. Detalha a ação 
interna de uma empresa em caso de emergência. 
 
O Programa de Gerenciamento de Riscos deverá ser apresentado ao IAP 
sempre que solicitado. 
 
 
XIX.5. Plano de Emergência Individual – PEI 
 
Plano de Emergência Individual – PEI é o documento ou conjunto de 
documentos, que contenha as informações e descreva os procedimentos de 
resposta da instalação a um incidente de poluição por óleo, em águas sob 
jurisdição nacional, decorrente de suas atividades. 
 
 
XIX.5.1. Empreendimentos / Atividades em que se aplica e Fase do 
Licenciamento Ambiental 
 
a. Portos organizados; 
b. Instalações portuárias; 
c. Terminais; 
d. Dutos; 
e. Plataformas e respectivas instalações de apoio 
 
 
 
 
 
35 
f. Sondas terrestres; 
g. Refinarias; 
h. Estaleiros; 
i. Marinas; 
j. Clubes náuticos e instalações similares 
 
 
XIX.6. Projeto de Controle de Poluição Ambiental – PCPA 
 
O Projeto de Controle de Poluição Ambiental – PCPA é um projeto técnico 
de instalações, equipamentos e obras destinadas ao controle de poluição 
ambiental, geradas por poluentes líquidos, sólidos, gasosos e ruídos, em 
atividades consideradas potencial ou efetivamente poluidoras, que oferece 
elementos para a análise da viabilidade de atendimento aos limites e padrões 
ambientais estabelecidos pelo IAP, quando da operação da atividade e/ou 
empreendimento. 
 
 
XIX.7. Projeto de Utilização Agrícola de Efluentes e Resíduos 
 
Resíduo é definido como todo material que sobra de atividades da comunidade 
em geral, seja ele industrial, comercial ou agrícola. 
 
Muitos tipos de resíduos são gerados em diferentes quantidades, apresentando 
características diversas. Alguns apresentam características adequadas para 
serem aproveitados na agricultura como condicionadores do solo. 
 
Entretanto, contaminantes como metais pesados e patógenos humanos podem 
estar presentes nos resíduos. Desta maneira, a aplicação de resíduos ao solo 
deve ser feita com base em estudos que comprovem sua eficiência 
agronômica, bem como indiquem as condições em que estes devem ser 
utilizados para que não gerem impactos negativos ao ambiente e à saúde 
humana e/ou animal. 
 
A eficiência agronômica do resíduo indica a sua capacidade em promover 
melhorias em atributos do solo de interesse agronômico. O uso seguro do 
resíduo indica a forma adequada e as condições de uso para evitar a 
contaminação do ambiente e a entrada de contaminantes na cadeia alimentar. 
 
Daí, a obrigatoriedade de que, preliminarmente a indicação de uso de agrícola 
de resíduos estar amparada em projeto agronômico, elaborado por profissional 
devidamente habilitado e qualificado para tal área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
XIX.8. Declaração de Carga Poluidora 
 
Carga Poluidora é toda e qualquer quantidade de determinado poluente 
transportado ou lançado em um corpo de água receptor, expressa emunidade 
de massa por tempo; 
 
O responsável por fontes potencial ou efetivamente poluidoras das águas deve 
apresentar ao Órgão Ambiental competente, até o dia 31 de março de cada 
ano, declaração de carga poluidora, referente ao ano civil anterior, subscrita 
pelo administrador principal da empresa e pelo responsável técnico 
devidamente habilitado, acompanhada da respectiva Anotação de 
Responsabilidade Técnica. 
 
Essa declaração conterá, entre outros dados, a caracterização qualitativa e 
quantitativa de seus efluentes, baseada em amostragem representativa dos 
mesmos, o estado de manutenção dos equipamentos e dispositivos de controle 
da poluição. 
 
As Declarações de Carga Poluidora deverão ser elaborados por técnico 
habilitado e apresentados para análise do IAP, em 02 (duas) vias, subscritas 
pelo administrador principal da empresa e pelo responsável técnico 
devidamente habilitado, contendo a descrição precisa da atividade e do tipo de 
serviço prestado. 
 
A freqüência de encaminhamento das Declarações de Carga Poluidora deve 
ser de acordo com o estabelecido na Portaria IAP - 019/06. 
 
 
XIX.8.1. Empreendimentos / Atividades em que se aplica 
 
De acordo com o estipulado no Artigo 46 da Resolução CONAMA Nº 357, de 
17/03/2005, todo e qualquer empreendimento / atividade responsável por 
fontes potencial ou efetivamente poluidoras das águas deverá elaborar e 
apresentar ao IAP a Declaração de Carga Poluidora, visando controle da 
poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais. 
 
 
XIX.9. Inventário de Resíduos Industrias 
 
 
XIX.10. Relatório de Emissões Atmosféricas 
 
Emissões Atmosféricas são aquelas substâncias em forma de partículas, 
gases e aerossóis que se formam como subprodutos dos processos de 
combustão ou das transformações de matéria-prima que, quando lançadas à 
atmosfera em concentrações superiores à capacidade do meio ambiente em 
absorvê-las, causam alterações na qualidade do ar. 
 
 
 
 
 
37 
 
De acordo com a Resolução CONAMA No. 003/90 são padrões de qualidade 
do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas poderão 
afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar 
danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral. 
 
Ainda conforme a mesma regulamentação federal, entende-se como poluente 
atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em 
quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os 
níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: 
 
a. Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; 
b. Inconveniente ao bem-estar público; 
c. Danoso aos materiais, à fauna e flora; 
d. Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às 
atividades normais da comunidade. 
 
 
XIX.10.1. Empreendimentos / Atividades em que se aplica 
 
A Declaração de Emissões Atmosféricas é exigida de todo e qualquer 
empreendimento / atividade que, em sua operação, cause / provoque a 
emissão de partículas, gases e aerossóis que se formem como subprodutos 
dos processos de combustão ou das transformações de matérias-primas. 
 
 
XIX.11. Relatório de Auditoria Ambiental Compulsória 
 
 
XX. CONCLUSÕES 
 
De forma sucinta, objetiva e amparada nas avaliações realizadas no decorrer 
do Estudo Prévio de Impacto Ambiental apresentar conclusões que apontem 
pela viabilidade / inviabilidade ambiental do empreendimento / atividade, sob os 
seguintes enfoques: 
 
1. Prováveis modificações ambientais na área de influência da atividade, 
sobre os meios físico, biótico e socioeconômico decorrentes do 
empreendimento / atividade, considerando a adoção das medidas 
mitigadoras e compensatórias propostas; 
 
2. Adequação ambiental do empreendimento / atividade, amparada nos 
diagnósticos e prognósticos elaborados; 
 
3. Adequação técnica do empreendimento / atividade, demonstrada no 
prognóstico realizado; 
 
 
 
 
 
 
38 
4. Adequação legal do empreendimento, demonstrada frente a legislação 
vigente, mormente aquela específica para a tipologia da atividade 
avaliada; 
 
5. Adequação político-social, demonstrada pela compatibilidade do 
empreendimento / atividade com a política ambiental do País e do 
Estado do Paraná; 
 
6. Benefícios sociais, econômicos e ambientais decorrentes do 
empreendimento / atividade; 
 
7. Avaliação do prognóstico realizado quanto à viabilidade ambiental do 
empreendimento / atividade. 
 
Deverá ser elaborada como uma síntese que caracterize a área de influência 
de forma global, com o objetivo de integrar as informações dos meios físicos, 
biótico e socioeconômico, fornecendo subsídios à ampla identificação e 
avaliação dos impactos decorrentes da atividade, bem como a qualidade 
ambiental futura da região. 
 
Para isso, deverão ser caracterizadas as inter-relações existentes entre os 
meios físico-químico, bióticos, e socioeconômico, apresentando as tendências 
evolutivas da visão dos cenários futuros, de forma compreender a estrutura e 
da dinâmica ambiental da região, considerando as possibilidades de 
implantação e de não execução do empreendimento / atividade. 
 
 
XXI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Todas as referências bibliográficas utilizadas deverão ser mencionadas o texto 
e relacionadas em capítulo próprio, contendo, no mínimo, as informações 
referentes a autor, título, origem, ano e demais dados que permitam acesso à 
publicação.

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