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Slides de Defesas Preliminares

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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
3 
Se liga na JURISPRUDÊNCIA! 
[...] 2. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que “havendo a prévia instauração 
de inquérito policial, não desponta a necessidade de observância do rito previsto no art. 514 
do Código de Processo Penal, a teor do que dispõe a Súmula 330/STJ”. 
(STJ, AgRg no AREsp 342.925/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6ª Turma, j. 
06/02/2014, DJe 26/02/2014) 
 
[...] DELITO FUNCIONAL. NULIDADE. INOBSERVÂNCIA DO ART. 514 DO CPP. NOTIFICAÇÃO 
PARA A RESPOSTA PRELIMINAR. DISPENSÁVEL NO CASO DE AÇÃO PENAL INSTRUÍDA COM 
INQUÉRITO POLICIAL. SÚMULA N. 330 DO STJ. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 
AGRAVO DESPROVIDO. 
(STJ, AgRg no HC 160.700/SP, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do 
TJ/SE), 5ª Turma, j. 02/05/2013, DJe 08/05/2013) 
 
 
EMENTA: HABEAS CORPUS. DELITO DE CONCUSSÃO (ART. 316 DO CÓDIGO PENAL). 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO. OFERECIMENTO DE DENÚNCIA. FALTA DE NOTIFICAÇÃO DO 
ACUSADO PARA RESPOSTA ESCRITA. ART. 514 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PREJUÍZO. 
NULIDADE. OCORRÊNCIA. ORDEM CONCEDIDA. 
[...] 3. Na concreta situação dos autos, a ausência de oportunidade para o oferecimento da 
resposta preliminar na ocasião legalmente assinalada 
revela-se incompatível com a pureza do princípio constitucional da plenitude de defesa e do 
contraditório, mormente em matéria penal. Noutros termos, a falta da defesa preliminar à 
decisão judicial quanto ao recebimento da denúncia, em processo tão vincado pela garantia 
constitucional da ampla defesa e do contraditório, como efetivamente é o processo penal, 
caracteriza vício insanável. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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A ampla defesa é transformada em curta defesa, ainda que por um momento, e já não há 
como desconhecer o automático prejuízo para a parte processual acusada, pois o fato é que a 
garantia da prévia defesa é instituída como possibilidade concreta de a pessoa levar o julgador 
a não receber a denúncia ministerial pública. 
Logo, sem a oportunidade de se contrapor ao ministério público quanto à necessidade de 
instauração do processo penal - objetivo da denúncia do Ministério Público -, a pessoa acusada 
deixa de usufruir da garantia da plenitude de defesa para escapar à pecha de réu em processo 
penal. O que traduz, por modo automático, prejuízo processual irreparável, pois nunca se 
pode saber que efeitos produziria na subjetividade do magistrado processante a contradita do 
acusado quanto ao juízo do recebimento da denúncia. 4. Ordem concedida 
(STF, HC 95.712/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, j. 20/04/2010, DJe 21/05/2010) 
 
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. OBRIGATORIEDADE DE DEFESA PRÉVIA. ART.514 O CPP. 
PACIENTE QUE NÃO MAIS EXERCIA O CARGO PÚBLICO À ÉPOCA DA DENÚNCIA. PECULIARIDADE 
QUE AFASTA A EXIGÊNCIA. NULIDADE RELATIVA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAR O EFETIVO 
PREJUÍZO. CONDENAÇÃO TRANSITADA EM JULGADO. ORDEM DENEGADA. 
I – A partir do julgamento do HC 85.779/RJ, passou-se a entender, nesta Corte, que é 
indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do Código de Processo Penal, mesmo 
quando a denúncia é lastreada em inquérito policial (Informativo 457, STF). 
II– A jurisprudência do STF, contudo, firmou-se no sentido de que o “procedimento especial 
previsto no artigo 514 do CPP não é de ser aplicado ao funcionário público que deixou de 
exercer a função na qual estava investido” (HC 95.402-ED/SP, Rel. Min. Eros Grau). 
III – Esta Corte decidiu, por diversas vezes, que a defesa preliminar de que trata o art. 514 do 
Código de Processo Penal tem como objetivo evitar a propositura de ações penais temerárias 
contra funcionários públicos e, por isso, a sua falta constitui apenas nulidade relativa. 
IV – O entendimento deste Tribunal, de resto, é o de que para o reconhecimento de eventual 
nulidade, ainda que absoluta, faz-se necessária a demonstração do prejuízo, o que não 
ocorreu na espécie. Nesse sentido, o Tribunal tem reafirmado que a demonstração de 
prejuízo, “a teor do art. 563 do CPP, é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou 
absoluta, eis que (…) o âmbito normativo do dogma fundamental da disciplina das 
nulidades pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas”(HC 85.155/SP, Rel. 
Min. Ellen Gracie). 
V – Habeas corpus denegado.(STF HC 110361 / SC, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI , 
Julgamento: 05/06/2012, Segunda Turma, publicado em 01-08-2012) 
 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais 
de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará 
autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de 
quinze dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 4º As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais 
de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa 
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
§1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá arguir 
preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, 
especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SEQUÊNCIA DE ATOS DO PROCEDIMENTO EM PROCESSOS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA 
(PRERROGATIVA DE FUNÇÃO) 
1. OFERECIMENTO DE DENÚNCIA OU QUEIXA EM 15 DIAS (art. 1o) 
2. NOTIFICAÇÃO DO ACUSADO PARA OFERECER A SUA RESPOSTA EM 15 DIAS (art. 4o) 
3. OITIVA DO MP E/OU QUERELANTE SOBRE DOCUMENTOS EM 5 DIAS (art. 5o) 
4. DESIGNAÇÃO DA SESSÃO DE JULGAMENTO (art. 6o) 
- sustentação oral (15 minutos para acusação e 15 minutos para a defesa) 
- decisão em segredo de justiça (se recebida a denúncia ou queixa, designação da data para 
interrogatório) 
5. CITAÇÃO (art. 7o.) 
6. INTERROGATÓRIO (art. 7o.) 
7. DEFESA PRÉVIA EM 5 DIAS (art. 8o.) 
8. INSTRUÇÃO CRIMINAL CONFORME CPP, PODENDO OCORRER POR CARTA DE ORDEM (art. 9o.) 
9. DILIGÊNCIAS EM 5 DIAS (art. 10) 
10. ALEGAÇÕES ESCRITAS EM 15 DIAS (art. 11) 
11. SESSÃO DE JULGAMENTO (conforme Regimento Interno de cada Tribunal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ementa: PROCESSUAL PENAL. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA EM MOMENTO ANTERIOR À 
DIPLOMAÇÃO COMO DEPUTADO FEDERAL. CITAÇÃO NOS MOLDES DOS ARTS. 396 E 397 DO 
CPP. DEFESA APRESENTADANO JUÍZO MONOCRÁTICO. REMESSA DOS AUTOS AO STF. 
NECESSÁRIO EXAME DA POSSIBILIDADE DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA DO ART. 397 DO CPP 
ANTERIORMENTE AO INÍCIO DA INSTRUÇÃO. 
I - Recebida a denúncia antes de o réu ter sido diplomado como Deputado Federal, 
apresentada a defesa escrita, é de ser examinada a possibilidade de absolvição sumária, 
segundo a previsão do art. 397 do Código de Processo Penal, mesmo que o rito, por terem os 
autos sido remetidos ao Supremo Tribunal Federal, passe a ser o da Lei 8.038/90. 
II - Na hipótese, tendo constado no mandado citatório menção expressa à sistemática dos arts. 
396 e 397, ambos do Código de Processo Penal, não seria razoável exigir que o réu, ao invés 
de ofertar defesa escrita, apenas noticiasse ao Juízo monocrático sua novel situação de 
parlamentar e requeresse a remessa dos autos à Corte Suprema. 
III - Entendimento diverso colocaria em risco o direito à ampla defesa, ante a supressão da 
possibilidade de o acusado livrar-se do processo penal antes da instrução, o que é conferido 
tanto pelo art. 397 do CPP, quanto pelo art. 4º da Lei 8.038/90, este último aplicável às ações 
penais originárias. 
IV - Rejeitado o agravo regimental interposto pelo Ministério Público que pugnava pelo 
imediato início da instrução, com a oitiva das testemunhas arroladas pela acusação. V - 
 
 
 
 
 
 
 
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Remessa dos autos à Procuradoria Geral da República para manifestar-se acerca da defesa 
escrita do réu. (STF. AP 630 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, 
julgado em 15/12/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-059 DIVULG 21-03-2012 PUBLIC 22-03-
2012) 
 
 
EMENTA: AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA. PROCEDIMENTO ESPECIAL DISCIPLINADO NA LEI 
8.038/90. AGREGAÇÃO DAS PROVIDÊNCIAS PREVISTAS NOS ARTS. 395 A 397 DO CPP, 
PRÓPRIAS DO PROCEDIMENTO COMUM E SUMÁRIO. DESCABIMENTO, POR SE TRATAR DE 
PROVIDÊNCIAS COM FINALIDADES SEMELHANTES ÀS JÁ ADOTADAS PELOS ARTS. 4º E 6º DA 
LEI 8.038/90. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
(STJ. AgRg na APn 697 / RJ, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, CORTE ESPECIAL, DJe 
15/10/2012.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFORMATIVO STF Nº 702 (15 a 19 de abril de 2013) 
 Resposta à acusação e foro por prerrogativa de função - AP 679 QO/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, 
18.4.2013. (AP-679) 
O Plenário, ao resolver questão de ordem suscitada em ação penal, deliberou pelo 
prosseguimento do feito nos termos do art. 397 do CPP, com a consequente intimação regular 
das partes, incluído o processo em pauta para apreciação do tema. No caso, denunciado, na 
justiça comum, pela suposta prática do crime de recusa, retardamento ou omissão de dados 
técnicos (Lei 7.347/85, art. 10) fora, posteriormente, diplomado Senador, sem que, nesse 
intervalo, fosse-lhe oportunizado o oferecimento de resposta à acusação (CPP, artigos 396 e 
396-A) e sua respectiva análise pelo juízo (CPP, art. 397). 
Ademais, não teria apresentado resposta escrita (Lei 8.038/90, art. 4º), haja vista que, quando 
oferecida a exordial acusatória, o processo ainda não seria de competência do STF. O acusado 
requeria, então, a nulidade do recebimento da denúncia. Considerou-se que, uma vez esta 
Corte tendo reputado válido o recebimento da inicial ocorrido no juízo de 1º grau, seria 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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possível analisar a resposta à acusação — para a qual o juízo de piso já haveria citado a parte 
—, com os fins de absolvição sumária. 
Assim, seria válido o procedimento até o instante em que, com a superveniência da 
diplomação, deslocara-se a competência para o STF. Consignou-se que, transitoriamente, a 
Corte adotaria o rito previsto no CPP — exclusivamente para essa finalidade — e, em seguida, 
o procedimento previsto na Lei 8.038/90.... 
Anotou-se a semelhança entre a regra inscrita no diploma processual penal e a disposição da 
Lei 8.038/90 para essa finalidade. Registrou-se precedente no Plenário nesse mesmo sentido 
(AP 630 AgR/MG, DJe de 22.3.2012), embora, naquele caso, a defesa houvesse apresentado 
resposta à acusação perante o juízo comum. Invocou-se o princípio tempus regit actum, a 
significar que os atos praticados validamente, por autoridade judiciária então competente, 
subsistiriam íntegros. 
Vencido o Min. Marco Aurélio, que resolvia a questão de ordem no sentido de acolher a 
nulidade suscitada. Considerava, ainda, que o termo “recebê-la-á” contido no art. 396 do CPP 
[“Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a 
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à 
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias”] referir-se-ia à mera entrega da denúncia ao 
juízo, visto que a resposta à acusação voltar-se-ia contra esta peça. 
Não haveria lógica em se receber a inicial, com os efeitos jurídicos próprios, e oportunizar à 
defesa que impugnasse o ato que ensejara esta decisão. O recebimento da denúncia deveria 
ocorrer, portanto, em momento posterior à manifestação do acusado. Registrava que 
interpretação distinta implicaria afronta à isonomia, pois a Lei 8.038/90 permitiria ao 
denunciado — detentor de foro por prerrogativa de função — que se defendesse antes do 
recebimento da denúncia, e o Código de Processo Penal, voltado ao cidadão comum, não. Isso 
violaria o princípio do contraditório. AP 679 QO/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, 18.4.2013. (AP-679) 
 
Art. 4º - Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tribunal, far-se-á a notificação do acusado 
para oferecer resposta no prazo de quinze dias. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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§1º - Com a notificação, serão entregues ao acusado cópia da denúncia ou da queixa, do 
despacho do relator e dos documentos por este indicados. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE ___________ (Regra Geral) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO 
JUDICIÁRIA DE ___________ (Crimes da Competência da Justiça Federal) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO (OU DESEMBARGADOR) RELATOR 
 
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (OU SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA OU TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA ____ OU TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ___ REGIÃO) 
 
Processo número: 
 
 
 
Nome, já qualificado nos autos do processo às folhas ( ), por seu advogado e bastante 
procurador que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem, muito respeitosamente 
a presença de Vossa Excelência, apresentar com fundamento no artigo 514 do Código de 
Processo Penal (OU artigo 55 da Lei 11.343/06 OU art. 4o. da Lei 8.038/90) 
DEFESA PRELIMINAR ou DEFESA PRÉVIA 
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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1. Dos Fatos 
O candidato deve externar os fatos de forma sucinta. 
 
2. Das Preliminares 
Buscam-se falhas, defeitos que possam inviabilizar a defesa. NÃO se deve entrar no MÉRITO. 
Apresentar as mesmas preliminares que seriam deduzidas em sede de Resposta à Acusação. 
 
3. Do Mérito 
Apresentar os mesmos argumentos que seriam deduzidos em sede de Resposta à Acusação. 
 
4. Do Pedido 
(Procedimento de crimes de responsabilidade de servidor) 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer seja rejeitada a denúncia, na forma dos arts. 395 e 516, 
ambos do Código de Processo Penal. 
 Contudo, caso assim não entenda Vossa Excelência, requerdesde logo sejam realizadas 
as diligências e arroladas as testemunhas abaixo indicadas. 
 
(Procedimento da Lei de Tóxicos) 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer seja rejeitada a denúncia, na forma do art. 395 … do Código 
de Processo Penal. 
 Contudo, caso assim não entenda Vossa Excelência, requer desde logo sejam realizadas 
as diligências e arroladas as testemunhas abaixo indicadas. 
 
(Procedimento da Lei 8.038/1990) 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer seja rejeitada a denúncia ou julgado improcedente o 
pedido na forma do art. 6º da Lei 8038/90. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB 
 
Rol de testemunhas. 
1- 
2- 
3-

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