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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
1 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
1. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E HIPÓTESES DE CABIMENTO 
 
O Agravo em Execução é um recurso criminal que NÃO está expressamente 
previsto no Código de Processo Penal e sim na Lei de Execução Penal – LEP, Lei nº 
7.210/84, em seu artigo art. 197. Ele será cabível contra as decisões, despachos ou 
sentenças proferidas pelo Juiz da Vara de Execuções Penais. Neste sentido, vale lembrar 
o teor do artigo: 
 
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de 
agravo, sem efeito suspensivo. 
 
Quanto às hipóteses de cabimento do RESE, deve-se ter muito cuidado em 
relação à redação do art. 581 do CPP, tendo em vista que antes da LEP ele previa 
algumas hipóteses de Recurso em Sentido Estrito, entretanto, após a LEP, caberá 
Agravo em Execução da decisão, despacho ou sentença proferida pelo juiz da Vara de 
Execuções Penais que: 
1º) Conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena 
2º) Conceder, negar ou revogar livramento condicional 
3º) Decidir sobre a unificação de penas 
4º) Decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado 
5º) Impuser medida de segurança por transgressão de outra 
6º) Revogar a medida de segurança 
7º) Deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a 
revogação 
 
O agravo em execução não se destina a discutir mérito, e sim uma questão de 
execução da pena que foi obstada pelo juiz. Ou seja, a decisão do juiz das execuções 
penais terá algo ligado à execução de pena e que deverá ser reanalisado por meio do 
agravo em execução. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
2 
Ex. Pedir para revogar medida de segurança e o juiz decide por não conceder a 
revogação, caberá o agravo em execução. 
Ex. O réu tem decretada pelo juiz da vara das execuções penais a perda dos dias 
remidos porque cometeu uma falta leve, pode ser interposto agravo em execução sob o 
fundamento de que a perda dos dias remidos somente seria possível se o réu tivesse 
cometido falta grave. 
 
O procedimento do agravo em execução não é trazido de forma expressa pela 
LEP, entretanto o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante é no sentido de 
que deve ser aplicado o mesmo do Recurso em Sentido Estrito. Por esta razão, o seu 
prazo é de 5 dias para a petição de interposição e 2 dias para a apresentação de razões 
ou contrarrazões. 
Desta forma, o endereçamento da petição de interposição é para o próprio juiz da 
vara de execuções que proferiu a decisão a ser recorrida, devendo haver, assim como no 
recurso em sentido estrito, um pedido de retratação (o chamado efeito regressivo). 
Por sua vez, as razões do agravo em execução serão endereçadas ao Tribunal de 
Justiça ou Tribunal Regional Federal, a depender do caso se a decisão for proferida por 
juiz das execuções penais da alçada da Justiça Estadual ou Justiça Federal, 
respectivamente. 
Quanto aos efeitos do Agravo em Execução este, via de regra, não possui efeito 
suspensivo, por expressa disposição do art. 197 da LEP, entretanto excepcionalmente 
terá efeito suspensivo contra a decisão que julga extinta a medida de segurança pela 
cessação da periculosidade, consoante entendimento doutrinário e por interpretação do 
art. 179 da LEP. 
 
 OBS.: O prazo do Agravo em Execução está previsto expressamente na Súmula 
700 do STF e NÃO se confunde com o prazo do Agravo da esfera civil que é de 10 dias: 
 
Súmula 700 STF – É de cinco dias o prazo para interposição de 
agravo contra decisão do juiz da execução penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
3 
 OBS.: A lei de execução penal aplica-se ao preso provisório e ao preso definitivo, 
ou seja, as regras da LEP não são aplicadas somente ao preso definitivo, incluindo 
também o preso provisório, conforme art. 2º, parágrafo único da LEP. 
 
 OBS.: O direito à prisão especial subsiste apenas até o trânsito em julgado da 
sentença penal. 
 
 OBS.: Nem sempre a competência de aplicar a execução penal ao preso será do 
juízo das execuções penais. Não é apenas a vara de execuções penais que cabe aplicar a 
pena. Se existir no caso concreto um réu com competência por prerrogativa da função a 
execução da pena será realizada pelo órgão ao qual o sujeito tem foro por prerrogativa 
da função. Neste caso específico a petição de interposição será endereçada ao presidente 
do tribunal ao qual o réu é vinculado, e as razões para o Egrégio Tribunal, 
representando uma exceção. 
 
2. ESTRUTURA DO AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
2.1. Petição de interposição 
 
 
Endereçamento: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE 
EXECUÇÕES CRIMINAIS/PENAIS DA COMARCA DE __________ (Regra Geral) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA DE 
EXECUÇÕES CRIMINAIS/PENAIS DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DE __________ 
(Execução da Justiça Federal) 
 
Processo de execução número: 
 
 
(Nome do Recorrente), já qualificado no processo de execução às fls. __, por seu 
advogado formalmente constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável sentença ____, 
conforme fls. __, interpor tempestivamente o presente 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
com fundamento no artigo 197 da Lei 7.210/84– Lei de Execuções Penais. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
4 
Requer a realização do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, 
seja o presente recurso encaminhado a superior instância para o devido processamento 
e julgamento. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Comarca, data 
Advogado, OAB 
 
2.2. Razões ou Contrarrazões 
 
 
Endereçamento: 
 
RAZÕES (OU CONTRARRAZÕES) DO AGRAVO EM EXECUÇÃO. 
RECORRENTE: 
RECORRIDO: 
PROCESSO NÚMERO: 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL (DE JUSTIÇA, REGIONAL FEDERAL) 
COLENDA CÂMARA 
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 
 
1. Dos Fatos 
Seja mais sucinto no resumo dos fatos e mais enfático no resumo do processo. Cita-se o 
mínimo necessário para os fatos e o máximo para o processo. Deve-se expor como se 
chegou a sentença. 
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: 
“A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e 
direito a seguir aduzidos”. 
2. Do Direito 
Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz das execuções penais para 
depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento do agravo 
em execução. 
3. Do Pedido 
Deve-se fazer o pedido pleiteando o provimento do recurso para aplicar o direito 
referente a execução da pena ao caso concreto. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Comarca, data 
Advogado, OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
5 
3. CASOS PRÁTICOS 
 
CASO PRÁTICO RESOLVIDO 
 
 Carlos foi denunciado pelo representante do Ministério Público pela prática de 
crime capitulado no art. 121, § 2º, II e IV do Código Penal, pois teria, no dia 10 de 
fevereiro de 2006, matado por motivo fútil e recurso que tornou impossível a 
defesa da vítima a sua mulher, Lúcia. 
 Recebida a denúncia, o juizmandou citar o réu para responder às acusações. 
Oferecida a defesa, o acusado confessou a prática delitiva, informando ter 
praticado o delito porque viviam brigando ao longo do casamento e que não 
aguentava mais aquela situação. 
 Na audiência de instrução e julgamento, em outubro de 2006, as testemunhas 
de acusação e defesa foram ouvidas, bem como interrogado o acusado. Realizadas 
as alegações finais orais, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri proferiu decisão de 
pronúncia. Ao final da segunda fase do júri, o réu foi condenado pelo Conselho de 
Sentença, tendo o juiz sentenciado a pena de 18 anos, em regime inicialmente 
fechado. 
 Após o trânsito em julgado da decisão, Carlos começou a cumprir a pena em 
16 de janeiro de 2007. Em janeiro de 2012, 05 anos após o início do cumprimento 
de pena, o advogado do acusado requereu a progressão de regime do agente, tendo 
o juiz da execução penal negado o pedido, sob o fundamento de que Carlos, apesar 
de preencher os requisitos subjetivos para a progressão, não havia cumprido o 
lapso temporal de 2/5 previsto para crime hediondo, o que só ocorreria em 2016, 
com mais de 09 anos da pena. 
 Em face da situação hipotética, na condição de advogado constituído por 
Carlos, redija a peça processual privativa de advogado adequada à defesa de seu 
cliente, apresentando a argumentação adequada. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE 
EXECUÇÕES CRIMINAIS/PENAIS DA COMARCA DE ___________ 
Processo de execução número: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
6 
 
Carlos, já qualificado no processo de execução às fls. ___, por seu advogado 
formalmente constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de 
Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão que negou o pedido de 
progressão de regime, conforme fls. ___, interpor tempestivamente o presente. 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
com fundamento no artigo 197 da Lei 7.210/84 – Lei de Execuções Penais. 
Requer a realização do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, 
seja o presente recurso encaminhado a superior instância para o devido processamento 
e julgamento. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB 
 
 
RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO. 
RECORRENTE: 
RECORRIDO: 
PROCESSO NÚMERO: 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
COLENDA CÂMARA 
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 
 
1. Dos Fatos 
O agente foi denunciado pela suposta prática de crime de homicídio qualificado 
pelo motivo fútil e recurso que tornou impossível a defesa da vítima, nos termos do art. 
121, § 2º, II e IV, do Código Penal, pois teria, após teria matado a sua mulher, Lúcia. 
Recebida a denúncia, o réu ofereceu resposta à acusação, alegando o 
cometimento da prática delitiva porque viviam brigando ao longo do casamento e que 
não aguentava mais aquela situação. 
Durante a colheita de provas, as testemunhas de acusação e defesa foram 
ouvidas, bem como interrogado o acusado. Na própria audiência, foram oferecidas as 
alegações finais orais, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri proferiu decisão de 
pronúncia. Ao final da segunda fase do júri, o réu foi condenado pelo Conselho de 
Sentença, tendo o juiz sentenciado a pena de 18 anos, em regime inicialmente fechado. 
Transitada em julgado a sentença, o réu começou a cumprir a pena em regime 
fechado em 2007. Em janeiro de 2012, 05 anos após o início do cumprimento da pena, 
foi requerido ao juiz da execução o pedido de progressão, negado sob a alegação do 
não preenchimento do lapso temporal estabelecido na lei de crimes hediondos. 
A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e 
direito a seguir aduzidos. 
2. Do Direito 
Pela simples exposição dos fatos narrados, é inegável a ocorrência do equívoco 
por parte do juízo das execuções penais, visto a negação da progressão de regime pela 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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falta de lapso temporal. 
Analisando o caso concreto apresentado, verifica-se que o crime cometido pelo 
agente ocorreu em 10 de fevereiro de 2006. Por ser crime hediondo, nos termos do art. 
1º, I da Lei nº 8.072/90, estabelece a referida lei que a progressão de regime, nesses 
casos, deverá ocorrer desde que cumprido o lapso temporal de 2/5 da pena, não sendo o 
réu reincidente. 
Todavia, o art. 2º, parágrafo 2º teve sua redação determinada pela Lei nº 
11.464/2007, publicada no diário oficial dia 29 de março de 2007, não podendo 
retroagir, salvo para beneficiar o acusado. Com isso, não pode o condenado dos autos 
ser submetido e regido por lei prejudicial e posterior à data do cometimento do crime, 
conforme preceitua o art. 5º, XL da Constituição Federal que estabelece o princípio da 
irretroatividade da lei penal. 
Sendo assim, Carlos tem direito à progressão de regime, nos termos do art. 112 
da Lei das execuções penais, visto que já cumpriu mais de 04 anos da pena, ou seja, 
mais de 1/6, tempo necessário para a progressão, além de ter preenchidos os demais 
requisitos para a concessão do benefício. 
Além disso, é entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justiça, haja 
vista o teor da Súmula 471 que os condenados por crimes hediondos cometidos antes 
da vigência da Lei nº 11.464/2007 são regulados pelo constante no art. 112 da Lei de 
execução penal para a progressão do regime prisional. 
3. Do Pedido 
Diante do exposto, pleiteia-se o provimento do recurso e a reforma da decisão para que 
seja decretada a progressão de regime do agente, com base no art. 112 da Lei de 
execução penal. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB 
 
 
CASO PRÁTICO PROPOSTO 
 
 Em 10 de julho de 2010, Júnior, até então primário e de bons antecedentes, foi 
condenado definitivamente à pena de 10 (dez) anos de reclusão, a ser cumprida em 
regime inicialmente fechado, pela prática, no dia 10 de novembro de 2006, do 
crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. O acusado 
permaneceu preso desde o flagrante, tendo sido sua prisão preventiva decretada e 
mantida durante toda a instrução criminal e mesmo após sentença. A Defensoria 
Pública, em 30 de julho de 2010, requereu a progressão do cumprimento da sua 
pena para o regime Semiaberto, tendo o pedido sido indeferido pelo juízo de 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria necessário o cumprimento 
de 2/5 da pena, e que o início da execução somente teria ocorrido com o trânsito em 
julgado da condenação. Sabendo do insucesso do pleito da Defensoria, os 
familiares de Júnior procuram por você, para, na qualidade de advogado, buscar a 
medida processual cabível. Elabore a peça processual privativa de advogado 
pertinente ao caso concreto. 
 
 RESPOSTA: 
 
• Peça: AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no art. 197 da Lei 7.210/84 – 
Lei de Execuções Penais 
 
• Competência: 
 Interposição: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 
DA __________ VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS/PENAIS DA 
COMARCA DE ___________ 
 Razões: 
- EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
- COLENDA CÂMARA 
- ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 
 
 OBS.: Requerer o juízo de retratação. 
 
• Tese: Alegar que o agente tem, primeiro, direito à detração penal, com base no art. 42 
do Código Penal.Como o mesmo permaneceu preso durante todo o processo, já teria 
cumprido mais de 3 anos e 8 meses da pena privativa de liberdade a que foi condenado. 
Além disso, o crime por ele praticado ocorreu em data anterior ao advento da Lei 
11.464/2007, que alterou o art. 2º, § 2º, da Lei 8.072/90, motivo pelo qual, em face do 
princípio da anterioridade, tem direito à progressão de regime na base de 1/6 da pena, 
com fundamento no art. 112 da Lei de Execução Penal, o que é inclusive afirmado pela 
Súmula 471 do Superior Tribunal de Justiça. Portanto, aplicada a detração penal, Júnior 
já faz, inclusive, jus ao benefício do livramento condicional previsto no art. 83, I, do 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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Código Penal, uma vez que já cumpriu mais de 1/3 da pena que lhe foi aplicada, não 
importando se chegou ou não a receber a progressão de regime a que também fazia jus. 
 
• Pedido: Pedido de provimento do recurso e reconhecimento do direito do agravante ao 
livramento condicional, e, subsidiariamente, à progressão de regime com base no art. 
112 da Lei de Execução Penal.

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