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A instituição – grupo: diagramas de constituição (p.121) Regina Benevides de Barros Professora doutoranda: Marli Machado de Lima Toda instituição é criação Ao instituir formas, a sociedade articula redes de saberes-poderes. Toda instituição se constitui em um campo de forças; em um campo de tensão entre movimentos instituintes e instituídos. Cuidado com as generalizações • Risco de: um maniqueísmo globalizante do tipo: sociedade inventiva versus sociedade herdada porque mais encobre do que traz a luz a contingência, diversidade e multiplicidade dos exercícios de poder. Papel fundamental do IMAGINÁRIO “Cada sociedade só é capaz de formular certos problemas porque é capaz de imaginá-los. Cada sociedade forma problemas inseparavelmente de sua maneira de ser em geral, isto é, da maneira como investe o mundo.” (Castoriadis, C. 1986, p. 162) A história é poesis ...Ou seja criação incessante, constitui um social- histórico múltiplo e irredutível à logica binarizante de formas que determinam outras, por oposição ou complementaridade. Tensão entre indivíduo e sociedade tensão entre forças A instituição é, portanto, algo jamais acabado ou permanente, já que, seu aspecto instituinte – aquilo que é criação no social histórico - se presentifica em significações instituídas. A instituição grupo só pode ser falada, analisada, pensada, levando-se em consideração o social- histórico e que suas formas/forças ganham visibilidade. “O Imaginário produz efeitos, e são esses efeitos que nos interessam” Castoriadis “O grupo é a resultante de linhas vindas tanto do indivíduo quanto da sociedade, ou melhor, uma instancia intermediária criada para responder às demandas dos anseios individuais e da sociedade” (Benevides) Mistura dos dois – um pouco sociedade – um pouco indivíduo. “Traçar os diagramas de constituição de grupos é, puxar linhas de forças, de intensidades diversas, as relações “microfísicas, estratégicas, multipontuais, difusas que determinam singularidades” (Deleuze apud Benevides) “Traçar diagramas é recusar explicações transcendentais para a emergência da instituição grupo [...] Cada diagrama secreta/produz certos dispositivos, ao mesmo tempo que é por eles diferenciado. Não se pode pensá-los como independentes um do outro” (Benevides) A conscientização como estratégia – a totalidade não é a soma das partes, a totalidade tem características próprias Kurt Lewin • Princípios da gestalt – psicologia da forma • substituição do conceito de classe pelo conceito de campo • classe (o que pode ser classificado e quantificado) os de campo ( afirmam leis gerais da psicologia) Kurt Lewin • Ação individual: é a estrutura que o indivíduo estabelece com seu meio ambiente, em um determinado momento. • Esta estrutura é: um campo dinâmico, campo de força em equilíbrio instável. Cooley e Mead • Vão no rastro da busca de encontrar soluções para a dicotomia indivíduo/sociedade. Kurt Lewin: 1938 – pequenos grupos: noção de campo dinâmico (três tipos de líder: democrático, autocrático e leissez faire. – o democrático como menos tenso e menos agressivo. Kurt Lewin • Jogo de forças é pensado em relação ao todo • preocupação com a investigação da unidade do grupo • O grupo como: aquele que permite vencer as resistências à mudança e aquele que provoca modificações nas estruturas do campo social. • Temáticas: mudanças sociais, resistência a mudança, a coesão e os processos de interação entre os membros do grupo Kurt Lewin • Coordenador lider, sua tarefa: pensar e intervir sobre laços que os membros estabeleciam entre si e destes com o coordenador • 1944 – Lewin utiliza pela primeira vez - o termo dinâmica de grupo: designando um método de estudo que visava ao sistema de forças que impulsionam um grupo à ação e as que o impediam de agir. O grupo passa a ser definido: • Não pela proximidade ou pela simples semelhança entre seus membros, mas por se constituir em um conjunto de pessoas interdependentes, em um organismo • Abordagem lewiniana – denominada microssociológica – resposta ao dilema – indivíduo X sociedade • Caráter dinâmico na proposta de Lewin – diferenciação entre: a experiência grupal do conceito de grupo Grupo (Lewin) Instancia construída , espaço onde as ações de cada um ganham outros sentidos porque estão confrontadas com este interjogo de diálogos, movimentos, modificações no espaço de vida de cada um norteada pelo espaço vital do grupo Dois tipos de força no grupo Forças impulsoras – provoca locomoção Forças frenadoras – são o que impede duas propriedades das forças: direção e intensidade No campo teria valências diferenciadas: positivas (atração) negativas (repulsão) Kurt Lewin • Teoria e Ação devem estar constantemente associadas. Bibliografia • BARROS, R. B. de. Grupos: A afirmação de um simulacro. (2009, pg. 123 – 137)
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