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Questionário Economia Brasileira

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QUESTIONÁRIO
1)Comente a frase: “Em alguns momentos , a ciência econômica modela a realidade. Em outros, o inverso é verdadeiro.” Apresente um exemplo para cada situação.
2) Comente os dois principais eventos responsáveis pelo desequilíbrio causado na década de 70. Em seguida aponte as principais repercussões para a economia brasileira.
R- Os dois principais responsáveis pelo desequilíbrio causado na década de 70. Foram o 1° e o 2° choque de petróleo. No início da década de 70 o Brasil estava passando por uma situação delicada, pressões inflacionárias, problemas na balança comercial, pressões por melhor distribuição de renda e em 1973 ocorreu o 1° choque de petróleo, quando o preço do barril triplicou de valor e esse choque agravou ainda mais a situação. Nesse mesmo período houve uma formação de cartel que se estabelece a partir da OPEP. O aumento dos preços faz com que haja um deslocamento brutal de renda dos países demandantes para os países ofertantes. Em 1979 ocorreu o 2° choque de petróleo, ocasionando uma nova elevação no preço do barril de petróleo. Nesse mesmo ano ocorreu a crise da estagflação o que comprometia a constatação da curva de Philips.
3) Comente os motivos responsáveis pela deflagração do segundo choque de petróleo e dos problemas de estagflação.
R-No final da década de 70 países subdesenvolvidos passaram a apresentar uma realidade que contrariava a curva de Philips (existe um perfeito trade off entre inflação e desemprego). O cenário mostrava elevadas taxas de desemprego e inflação, contradizendo a curva de Philips.Em 1979, conjunturas políticas externas fizeram com que o preço subisse novamente, no segundo choque do petróleo.O choque do manteve o país ainda mais dependente da economia externa e a relação de troca do Brasil com o resto do mundo começaram a despencar, pois além da elevação do preço do petróleo, os países centrais conseguiram impor o aumento dos preços de seus produtos numa proporção muito maior ao dos produtos exportados. Para sair dessa dependência, os países importadores passaram a desenvolver formas de combustíveis alternativas como o álcool, a energia nuclear e o carvão. A exploração de jazidas de petróleo também se intensificou em muitos países. No Brasil o projeto Proálcool e o aperfeiçoamento da Petrobrás foram as maneiras encontradas para contornar o problema.
4) Apresente um dos principais motivos para o 2° PND para a implementação do plano em um cenário de instabilidade.
R- Veloso resolve lançar um plano de desenvolvimento econômico num período em que a maioria das economias optaram em se retrair. Com o choque de petróleo ocorreu um aumento nos preços, como o produto é inelástico, aumenta a receita. O deslocamento na renda dos países exportadores para os países importadores possibilitou o II PND. Um dos principais objetivos do II PND foi a Política anticíclica proposta pelos Keynesianos. Eles perceberam que era necessário fazer política econômica quando a economia apresentasse sinais de cansaço. A política anticíclica acontece quando a política adotada não aponta o resultado desejado. Para um economista Keynesiano os anos gloriosos era a descoberta da varinha de condão, um modo que o governo tinha de moldar a economia. O que segura a economia na crise é a demanda agregada, que mantém o nível de emprego. Na economia, houve uma euforia momentânea, que no longo prazo, mostrou suas deficiências. 
5) Na sua opinião o II PND sofreu mais influência política ou econômica?
R- Por questões puramente econômicas não era interessante fazer a economia avançar. O que motivou a expansão foram questões políticas. As pessoas estavam insatisfeitas devido a falta de liberdade de expressão e as pessoas tinham boas lembranças dos anos gloriosos. O II PND foi lançado para a manutenção da ditadura. Políticas contracionistas não iriam agradar as pessoas. Foi feito a partir do endividamento. A justificativa foi a liquidez mundial a partir dos petrodólares. A ideia era que o endividamento geraria para o país um crescimento tão grande que daria para pagar os juros, amortizar a dívida e ainda criar um montante que serviria para novos investimentos. Mas, a corrupção fez com que o II PND não alcançasse o sucesso.
6) Disserte sobre a hipótese da fragilidade financeira de Minsky. Em seguida, utilize esta formulação teórica para explicar a fissura na estratégia de desenvolvimento proposta durante o II PND.
R- O Endividamento foi justificado pela hipótese de que esses investimentos seriam aplicados e a lucratividade seria utilizada para pagar os juros e ainda fazer novos investimentos. Minsky aprimora e complementa tudo o que Keynes dizia (o lado financeiro determina o lado real da economia). O comportamento do ciclo econômico é fruto da combinação de posturas pelo lado da oferta e da demanda de crédito no mercado financeiro. Ele define três possíveis posições de financiamento: Hedge, Especulativo e Ponzi.Hedge: Trata-se do individuo que é avesso ao risco. Realiza investimentos se o retorno for maior que o valor investido. Especulativo: É aquele investidor que tem uma ideia, a projeta no fluxo de caixa, mas só realiza o investimento se o retorno for suficiente para pagar os juros. Ponzi: Realiza o investimento mesmo que o investimento não pague os juros nem amortização. Aposta em um cenário melhor no futuro. Minsky parecia com Schumpeter quando dizia que é a postura pelo lado da oferta e da demanda que vai fazer, por exemplo, que um país quebre se estiver precisando de dinheiro e a postura pelo lado da oferta seja de não emprestar (hedge). Houve a pior combinação os Bancos Hedge e as empresas Ponzi. 
7) Utilize a hipótese da fragilidade financeira para explicar a crise deflagrada em 2008.
R-A crise de 2008 se deu porque a postura tanto do lado da oferta quando da demanda era Ponzi. Os ciclos econômicos são modelados pela postura dos agentes da Oferta e da demanda de crédito. A hipótese da fragilidade cai como uma luva para explicar a crise de 2008, a segunda pior crise do capitalismo em todos os tempos. Se a combinação Ponzi-Ponzi é desfeita, as coisas complicam se uma empresa quer fazer um empréstimo. Se tivermos informação, conseguimos compreender melhor o funcionamento do mercado. Se os bancos estivessem bem informados quanto ao real valor dos imóveis e não se baseassem nos preços do mercado, estariam afastando a possibilidade de crise.
8) Discorra sobre o alcance das políticas promovidas pelo II PND e seus impactos nos estados nordestinos, em especial no que se refere a Pernambuco e Bahia.
R-Uma das políticas promovidas pelo II PND era tornar a matriz energética brasileira menos dependente do Petróleo. O II PND aconteceu em 1974. Em 1973 houve o 2° choque do Petróleo por se tratar de um bem inelástico e possível de grandes aumentos nos preços, onde ocorreu a destruição criativa (Schumpeter). Cria-se no Brasil o pró-álcool, que se apossa das terras para estimular o plantio do álcool. Para melhorar a situação da população, o ideal é haver uma pluralidade de produtos agrícolas. Em determinado momento, a cana de açúcar foi substituída pelo gado por que o preço da carne estava mais caro. O pró-álcool gerou uma série de estímulos do ponto de vista econômico como, por exemplo, a Zona da mata: monocultura e latifúndio, a concentração de renda e riqueza maior concentração da estrutura fundiária. Neste período Pernambuco começa a perder a sua liderança, a Bahia já foi muito mais privilegiada que PE, no que se refere ao Pólo de Camaçaripe.
	
9) Comente de forma detalhada a primeira fase do governo Figueiredo, a qual contempla o biênio 1979 – 1980.
R-1979 – 1980: Crescimento econômico. No biênio 1979 à 1980, o PIB cresceu a taxa média de 8% ao ano, motivada por um aumento as exportações e crescimento inercial dos investimentos públicos e privados de II PND. Esse crescimento marcava a real situação do país. Em economia não basta ter crescimento, pois, esse crescimento no longo prazo pode gerar distorções. Se o desempenho ao for suficientepara cobrir todos os desafios posteriores.
10) Comente de forma detalhada o 2° período do governo Figueiredo compreendido entre os anos 1981 – 1983.
R-1981 – 1983: Recessão Econômica. O fato do Brasil recorrer ao FMI faz ele ter que aceitar, as condicionalidades impostas. Exige disciplina e que o país seja um bom pagador e a implementação da agenda neoliberal (privatização) com o objetivo de reduzir o déficit. Mas, as empresas que foram privatizadas eram todas superavitárias. 50% do crédito para implantação de novas empresas veio do BNDES, assim, o país não era tão falido assim como pregado. As condicionalidades impostas pelo FMI faz com que as políticas restritivas entrem em cena, deixando o país em uma situação difícil. 
11) Comente de forma detalhada o 3° período do governo Figueiredo, equivalente ao ano de 1984.
R-1984: Recuperação. Se deu principalmente pela recuperação da economia mundial. O mundo vinha enfrentando problemas, mas em 1984 houve a recuperação mundial, principalmente Norte-Americana.
12) Faça uma análise da América Latina nos primeiros anos da década de 1980 e das repercussões deste contexto na economia Brasileira.
R-As reservas estariam caindo e havia uma crise se desenvolvendo na América Latina. Em 1982, o México decretou moratória. Isso afetou o Brasil porque os credores vendo o exemplo do México, negaram o crédito para a América Latina e o Brasil. Os credores criam expectativas negativas em relação ao futuro da América Latina e com isso negam os empréstimos necessários à sobrevivência desses países. Faz valer a relação risco/retorno (quanto maior o risco, maior o retorno). Taxas de juros muito altas cobradas pelos credores fazem o país recorrer ao FMI. Os países não querem recorrer ao FMI pra não ficarem negativados em relação a sua imagem. Além disso o FMI exige um contrato por ele determinado e isso incomoda os governos.
13) Apresente os fatores responsáveis pela crise da dívida na década de 1980. Em seguida, analise o comportamento do mercado de trabalho brasileiro.
Do ponto de vista econômico, o modelo de industrialização dependente, adotado no país desde a década de 1930, se esgotou por suas contradições internas nos anos 1980. E o resultado foi uma crise que resultou em uma década sem nenhum crescimento do PIB. Foram, do ponto de vista de geração de riqueza, anos perdidos. Porem, do ponto de vista político, tivemos nesse mesmo período, o reerguimento do movimento de massas. As lutas sociais foram retomadas e elas colocaram na ordem do dia, a ilegalidade da ditadura militar, apontando-a como responsável pela crise.
14) Explique as 4 teorias propostas para interpretação do processo inflacionário brasileiro. Na sua opinião qual delas é a mais adequada?
R- As 4 teorias propostas por economistas do PNDE, UNICAMP: 
Pacto Social: A inflação para os defensores do Pacto Social era fruto de um conflito distributivo. Deve haver uma distribuição funcional da renda, ou seja, a renda deve ser distribuída igualitariamente entre salário, aluguéis, juros e lucros; Se uma classe (capitalista) tem uma proporção da renda muito maior do que outra (trabalhadores), tendo uma economia injusta e um conflito distributivo. O conflito distributivo gera inflação a medida que a classe desfavorecida pressiona através de sindicatos por maiores salários; À medida em que os salários aumentam, o trabalho (fator de produção) se torna mais caro e esse aumento é repassado nos preços. O pacto social demanda credibilidade do governo. Se o governo não tem credibilidade, cada um vai agir por conta própria.
Choque Ortodoxo: Baseado na teoria quantitativo da moeda. Acreditam que a inflação é fruto de uma expansão monetária excessiva (forma espúria de financiar o déficit público). No LP o aumento da circulação da moeda não tem impacto sobre o produto, pois no LP todos os insumos são variáveis e o efeito vaza para os preços (que vão se equiparar ao aumento dos estoques). Para o monetarista, a política monetária expansionista é uma forma errada de financiar o déficit público, pois vai gerar deformações na economia. 
Choque Heterodoxo e Reforma Monetária: Para o economista Francisco Lopes, o problema de estabilização poderia ser solucionado através de um pacto da adesão compulsória (um congelamento de preços). Já Prida e André Rezende enxergavam o congelamento como engessando a economia, eliminando o mecanismo de auto-regulação do mercado causando assim, distorções alocativas. Economista heterodoxos defendem que o remédio para a inflação será a desindexação da economia e o congelamento dos preços. Os economistas Ortodoxosdefendem a supremacia do mercado (equilíbrio entre as forças), onde a economia se desenvolve na competitividade.
Das 4 teorias, a do choque heterodoxo é eleita a mais conclusiva. Se tem um plano cruzado inspirado na Teoria do choque heterodoxo.
15) Discorra sobre o desenho da agenda social e econômica elaborada pelo processo de redemocratização do país. Em seguida, comente as principais propostas em relação:
A necessidade de reforma agrária e os elementos presentes para o alcance do desenvolvimento rural.
R- O Brasil perdeu o time da reforma agrária de modo que hoje não é mais possível fazer. A concentração de terra é um pedaço econômico, mas optou-se por políticas de transferência de rendas devido aos altos outros proporcionados por tal reforma, não se sabe se as pessoas estão satisfeitas com esta política. A reforma agrária é a condição fundamental para o crescimento econômico e consequentemente o desenvolvimento do país.
A necessidade técnica de desconcentrar riqueza e renda, baseado na dinâmica proposta por Furtado quando analisa as principais características da economia canavieira.
R- O sistema capitalista é contraditório, pois vive do lucro, mas substituiu trabalhadores por máquinas mesmo sabendo que as máquinas não consomem. Assim privilegia a concentração de renda.
Em relação às demandas dos trabalhadores para avanços dos seus direitos.
R- 
Em relação aos caminhos necessários para controle do problema inflacionário.
16) Avalie as iniciativas propostas pela SUDENE para o desenvolvimento do Nordeste nas décadas de 70,80 e 90. Em especial, os esforços direcionados a Pernambuco. (Questão grande e de pesquisa).
17) Explique o plano cruzado seus erros e seus acertos.
R-O plano cruzado buscava reverter à inflação, entre outras medidas substituiu o cruzeiro para o cruzado, cortando três zeros do seu valor, congelou os preços por um ano, criou o índice de preço ao consumidor e cria o salário desemprego.
Nos primeiros meses houve um grande excesso de demanda. Depois da adoção do congelamento dos preços e da manutenção dos salários em continua ascensão, o plano que já dava mostras de ser inconsistente, começou desmoronar, pois com o excesso de demanda começaram faltar produtos que os empresários escondiam e só vendiam quando cobravam o ágio, que era um valor cobrado acima do produto que não aparecia nas notas fiscais, houve produtos como, por exemplo: carne e leite em pó que praticamente desapareceram do mercado. O governo para evitar que o plano tivesse um viés recessivo,transformou a correção monetária em ativos pré-fixados,sob a hipótese que a inflação futura seria nula,isso transformou a política monetária um tanto quanto folgada,contribuído para agravar o problema de excesso de demanda. Sem o Cruzado, seria impossível o Real. Ele mostrou o que se devia ou não fazer.
18) Explique o plano Bresser e a influência dos erros cometidos durante o plano cruzado no fracasso do segundo plano de estabilização heterodoxo proposto por Sarney. (Fracasso p/ cruzado – plano Bresser; Associar o fracasso do 1° e 2° plano com relação ao objetivo da estabilização da moeda).
R- Durante o Plano Cruzado uma modesta tendência de valorização cambial levou a um lock-out dos exportadores e ao ressurgimento do estrangulamento externo. Tinha como objetivo debelar o processo inflacionário. Tal plano incorporava as características positivas do PlanoCruzado. Este novo choque era fundamentalmente heterodoxo, mas incorporava alguns elementos ortodoxos. Neste período, o contexto econômico era inflacionário, chegando a 27% no mês de maio de 1987. Uma característica deste período foi que não ocorreu um planejamento de descongelamento. Durante o Plano Bresser uma modesta desvalorização real contribuiu para o fracasso do programa.
19) Apresente os principais elementos do plano verão.
R- Conhecido como Novo Cruzado foi o plano econômico instituído em 1989, depois do fracasso do Plano Bresser. Devido a crise inflacionária na década de 1980 foi editada uma lei que modificava o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o Cruzado Novo, inicialmente atrelada em paridade com o Dólar e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária. Empresas estatais foram privatizadas e vários funcionários demitidos, causando forte recessão.
20) Compare os três planos propostos durante o Governo Sarney para estabilizar a economia brasileira.
R- Os planos econômicos dos anos 80 e 90 (Bresser, Verão, Collor I e II), mal sucedidos na medida em que não conseguiram frear a inflação, de alguma forma alteraram o cálculo da correção monetária. Em algum momento durante a execução desses planos, o indexador oficial não refletiu a inflação real, criando uma ficção, uma “inflação legal”, que não representava a efetiva perda do poder de compra da moeda.Dessa forma, o governo beneficiava-se pagando débitos que não foram corrigidos, diminuindo a dívida pública mediante um verdadeiro confisco de seus credores. Tais planos beneficiaram indiretamente as instituições financeiras, já que suas dívidas não eram corrigidas segundo a inflação real. Seus créditos, todavia, eram assegurados com o cumprimento de cláusulas que garantiam a inflação real. Os poupadores foram os maiores prejudicados, já que, em um determinado período não tiveram a recomposição do poder aquisitivo dos valores depositados em poupança. 
21)Discuta o processo de abertura comercial proposto pelo presidente Collor, em seguida, compare os seus elementos com processos realizados pelo Japão, Coréia do Sul e os Tigres Asiáticos. (A Globalização e seus malefícios)
22) Apresente os problemas causados ao admitirmos a clássica relação direta entre taxa de juros e o risco na ótica de Stiglitz.
23) Analise o modelo de desenvolvimento econômico proposto por Collor, onde o estado deveria deixar de ser provedor dos bens e serviços, tornando-se um agente regulador.
24) Apresente os esforços feitos pelo governo Collor para conter o problema da inflação.
R- Em 1990, o governo de Fernando Collor de Mello, o primeiro eleito diretamente desde a instituição do Regime Militar. Seu plano para combater a escalada de preços era drástico e arriscado, pois envolvia o confisco de valores da poupança e contas-corrente superior a CR$50,00, por 18 meses. Novo insucesso se segue, e o governo tenta novamente com o Plano Collor II, que não traria nenhuma novidade no horizonte, conseguindo conter a inflação por pouco tempo. Mais um plano se sucede, o Plano Bresser, de curta duração e pouquíssima eficácia. À época do impeachment de Fernando Collor e posse de seu vice, Itamar Franco, a inflação havia chegado a 2708% ao ano.
25) Comente o processo de privatização promovido durante o governo FHC, suas justificativas e seus resultados.
R- O resultado final das privatizações revelou um aspecto peculiar do programa brasileiro: algumas aquisições somente foram feitas porque contaram com a participação financeira dos fundos de pensão das próprias empresas estatais (como no caso da Vale) ou da participação de empresas estatais de países europeus. O controle acionário da Light Rio, por exemplo foi adquirido pela empresa estatal de energia elétrica da França.Ao longo dos oito anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso, as privatizações lograram atingir a receita total de 78,61 bilhões de dólares, sendo 95% em moeda corrente (nessa percentagem estão incluídos os financiamentos concedidos pelo BNDES), e com grande participação dos investidores estrangeiros, que contribuíram com 53% do total arrecadado. Deste total, 22,23 bilhões de dólares referem-se à privatização do setor elétrico e, 29,81 bilhões de dólares à do setor de telecomunicações.
26) Comente as principais características do plano Real.
R- Plano de estabilização econômica conduzido pelo governo de Itamar Franco e desenvolvido pela equipe de FHC. Seu objetivo era controlar a hiperinflação.Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o governo lançasse um programa de longo prazo. Organizado em etapas o plano resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição de moeda antiga, cruzeiro pelo real. Num primeiro momento o plano obteve resultados positivos com controle de inflação e aumento das taxas de investimentos na economia. Embora a desindexação da economia tenha obtido êxito, o ajuste fiscal foi bastante limitado.

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