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Texto da disciplina: Desenvolvimento de Carreira Rita de Cassia da Silva Mello rita.mello@live.estacio.br Revisão Bianca Costa Glaciano bianca@glaciano.com.br Autoeficácia A autoeficácia , segundo Bandura (1994) é a capacidade que cada pessoa tem de exercer controle sobre seu próprio funcionamento e sobre os eventos que afetam suas vidas. Crenças na eficácia pessoal estão relacionadas as escolhas de vida, o quanto o indivíduo consegue se motivar, a resiliência à adversidade e a vulnerabilidade ao estresse e à depressão. Com isso, ser perseverante para alcançar o sucesso é essencial, pois no dia a dia encontramos com adversidades, revezes e frustrações. A autoeficácia é definida como a opinião da pessoa sobre suas capacidades em produzir níveis de desempenho em sua vida pessoal e profissional. Crenças de autoeficácia determinam como as pessoas sentem, pensam, motivam-se e comportam-se. Ao contrário, pessoas que duvidam suas capacidades ficam intimidadas diante de tarefas difíceis que veem como ameaças pessoais. Têm baixas aspirações e um fraco compromisso aos objetivos que escolhem. Bandura (1997) sugere que o nível ótimo de reação fisiológica depende não apenas da natureza da tarefa, mas também das inferências causais sobre a reação. Aquelas pessoas inclinadas a ver suas reações fisiológicas como indicadores de inadequação pessoal são mais prováveis de sofrer uma diminuição na sua percepção de auto-eficácia que aquelas que vêem suas reações como reações transitórias, comuns frente a situações de tensão, que mesmo os mais experientes naquele domínio vivenciam. Bandura (1997) afirma que o estado de humor também afeta o processamento de aprendizagem. Se pensamentos tristes imediatamente levam a pensamentos de fracassos passados, as crenças de auto-eficácia tendem a ser diminuídas, enquanto que se os humores positivos ativam pensamentos de conquistas, isso tende a aumentar a auto-eficácia. Do mesmo modo, as reações de estresse ao autocontrole ineficaz intensificam o estresse em razão da emoção antecipada. Ao ter pensamentos aversivos sobre sua inaptidão ou reações de estresse, as pessoas criam níveis elevados de estresse, que produzem as disfunções que eles temiam. Porém, assinala-se que essa é a fonte que possui menor influência na construção ou alteração das crenças de auto-eficácia. O planejamento da carreira é um processo contínuo. Se refere a administrar, ao longo da vida, trabalho, aprendizagens, lazer e transições (esperadas e inesperadas) de forma a alcançar ao futuro desejado. A carreira pode ser gerenciada, ao menos em parte, e o indivíduo tem a possibilidade de fazer muitas coisas que podem influenciar a sua vida relacionada ao trabalho (MCLLVEEN, 2009). A forma de planejar e desenvolver a carreira necessita de 2 itens importantes: - decisão - entendida como uma clareza de metas, é considerada importante na definição de planejamento, porque metas são necessárias a fim de direcionar o comportamento de um indivíduo no que diz respeito à carreira (GREENHAUS & COLS,1995). - comportamento - com o propósito de promover o seu desenvolvimento na direção desejada, e que exige um engajamento do indivíduo (MCLLVEEN, 2009). Nas atividades relativas ao planejamento de carreira a autoeficácia tem sido amplamente pesquisada no campo do desenvolvimento vocacional. A autoeficácia é considerada como uma das principais variáveis que influenciam nas escolhas, no desenvolvimento de carreira e no estabelecimento de metas profissionais (LENT & COLS, 1994). A autoeficácia profissional pode cumprir um papel importante no planejamento e no desenvolvimento de carreira. É razoável supor que quanto mais o indivíduo se percebe capaz de lidar com as demandas profissionais, ou seja, mais competente para o exercício profissional, maiores são as chances de que ele se envolva em atividades relacionadas ao desenvolvimento de sua carreira. Dessa forma, percebendo-se capaz de um bom desempenho, o indivíduo irá sentir-se mais motivado a explorar possibilidades e projetar-se no futuro, delineando metas e planos. (SWANSON & D’ACHIARDI, 2004). A autoeficácia é tida como um elemento que motiva o comportamento e contribui para um maior envolvimento e persistência nas atividades. Em especial, na área de carreira, a autoeficácia é importante para que o indivíduo supere as barreiras que identifica com relação ao seu desenvolvimento profissional, como a falta de oportunidades profissionais, a discriminação, o conflito entre os diferentes papéis de vida, entre outras (SWANSON & D’ACHIARDI, 2004). Segundo Bandura (1997) a autoeficácia exerce seu papel no desempenho principalmente através de quatro processos: Processos Cognitivos: relacionados à previsão ou expectativa acerca das possíveis conseqüências que determinada ação provocará, incluindo os objetivos desejados. De acordo com o modelo teórico, pessoas com percepções de autoeficácia mais elevadas geralmente possuem expectativas mais altas com relação ao desempenho, mantendo crenças de que obterão sucesso. Processos Motivacionais: A autoeficácia se relaciona a diversos constructos motivacionais, como expectativas, metas, quantidade de esforço e persistência despendidos nas tarefas. Assim, as pessoas que investem interesse mais duradouro em atividades nas quais se julgam capazes, e das quais obtém satisfação quando atingem o domínio necessário. Processos Afetivos: As crenças das pessoas em suas capacidades afetam a quantidade de stress e ansiedade que estas experimentam em situações consideradas difíceis ou ameaçadoras. Processos de Seleção: As percepções de autoeficácia também têm sido relacionadas às escolhas realizadas, visto que em geral, as pessoas costumam engajar-se em atividades que acreditam estar de acordo com as habilidades que julgam possuir. As crenças de eficácia podem ser desenvolvidas a partir de quatro principais fontes de informação: experiência direta, experiência vicária, persuasão social, e estados físicos e emocionais. Considerada a mais eficaz no desenvolvimento de forte senso de eficácia, a experiência direta diz respeito às experiências vividas pelo indivíduo. Os sucessos obtidos contribuem para a construção de uma forte crença na eficácia pessoal. Por outro lado, as falhas podem comprometê-la, especialmente se estas ocorrerem antes que um sentimento de eficácia esteja firmemente estabelecido (BANDURA, 1994). A segunda fonte são as experiências vicárias, fornecidas por modelos sociais. De acordo com Bandura (1994), ver pessoas parecidas a si mesmo, sendo bem-sucedidos por esforços mantidos, aumenta as crenças dos observadores de que eles possuem as capacidades e habilidades para dominar atividades comparáveis de forma bem-sucedida. A persuasão social é tida como a terceira forma de reforçar as crenças das pessoas em suas capacidades. Pessoas que são persuadidas verbalmente no sentido de que elas possuem as capacidades para realizar determinadas atividades são suscetíveis a mobilizar um maior esforço e mantê-lo, do que aquelas que mantêm autodúvidas e fixam-se nas deficiências pessoais quando surgem problemas. Além de levar as pessoas a tentarem com maior rigor para serem bem sucedidas, elas promovem o desenvolvimento de habilidades e um senso de eficácia pessoal (BANDURA, 1994)A quarta fonte geradora de autoeficácia são os estados emocionais e somáticos. As pessoas dependem, em parte, destes estados no julgamento de suas capacidades Autodeterminação O conceito, segundo o dicionário, é o ato ou efeito de decidir por si mesmo; livre escolha do próprio destino. A teoria da autodeterminação é das mais recentes, consistentes e reconhecidas teorias da motivação. A teoria da Autodeterminação teve origem no final do seculo XX por Deci e Ryan esta é talvez a teoria sobre a motivação mais válida e reconhecida depois da teoria de Maslow. ” (MAXIMINIANO, 2004). Nós próprios podemos alterar a nossa própria motivação numa determinada tarefa, dependendo da forma como “vemos” essa tarefa. Quando questionamos o que ganhamos na execução de uma determinada tarefa, além dos benefícios financeiros, estamos treinando competências específicas. Muitas dessas competências podem ser importantes e necessárias para tarefas do nosso interesse. A motivação é extremamente importante no ambiente de trabalho. O bom funcionamento das organizações, pode ser determinada pelos comportamentos, necessidades e desempenho dos colaboradores. “A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-se no processo no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou energizado por algum motivo ou razão”. (MAXIMINIANO, 2004). “Sempre que exercemos autodomínio e nos disciplinamos a fazer ou dizer o que é certo, especialmente sob estresse, criamos resistência às nossas tendências naturais. Essa resistência gera fricção. Trata-se do mesmo atrito ou calor que, ao ser aplicado a um cadinho contendo elementos químicos, faz com que esses produtos se cristalizem e assumam uma nova forma”. (MAXIMINIANO, 2004). Para assumir riscos, é necessário confiança. Maximiniano (2004) afirma que a autoconfiança é o produto de quatro fatores: Clareza - sobre quem você é e o que quer, Convicção - de seus valores, Compromisso - com o próprio plano de ação Consistência - o caminho para o sucesso exige persistência: não dá para assumir uma tarefa hoje, para amanhã deixá-la de escanteio Quando se fala em motivação nos remetemos a Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow, que explicou que os indivíduos serão motivados a satisfazer a necessidade mais importante em um determinado momento. (MASLOW\2000) Essas necessidades vão depender da situação do indivíduo no momento e de suas experiências recentes. Partindo das necessidades físicas, que são as mais básicas, cada necessidade deve ser ao menos parcialmente satisfeita antes do indivíduo desejar satisfazer uma necessidade no próximo nível acima. São elas: Fisiológicas: (respirar, comer, dormir...), Segurança: (do emprego, dos recursos, da saúde...) Sociais, (interação, amizades, família, relacionamentos...) Estima (aprovação da família, amigos e comunidade, confiança, conquista...) Realização pessoal (crescimento pessoal...) Os estudos de Maslow influenciaram muitos pesquisadores entre eles Frederick Herzberg, que desenvolveu a sua Teoria da Motivação-Higiene, onde levantava dados sobre o comportamento humano no trabalho, este estudioso afirma que: Para a empresa, a vantagem do estudo das atitudes no trabalho seria o aumento da produtividade, a diminuição do absenteísmo e melhores relações de trabalho. (MASLOW\2000). Assim, numa situação motivadora, se soubermos quais são as necessidades de alta intensidade (Maslow) dos indivíduos que desejamos influenciar, deveremos ser capazes de determinar os objetivos (Herzberg) que devem ser colocados no ambiente para motivar tais indivíduos. Ao mesmo tempo, quando sabemos que objetivos essas pessoas querem satisfazer, também sabemos quais são as suas necessidades de alta intensidade. Isso é possível porque se verificou que o dinheiro e os benefícios tendem a satisfazer às necessidades nos níveis fisiológico e de segurança; as relações interpessoais e a supervisão são exemplos de fatores de higiene que tendem a atender às necessidades sociais; maior responsabilidade, trabalho desafiante, crescimento e desenvolvimento são motivadores que tendem a satisfazer às necessidades de estima e auto-realização”. (www.administradores.com\2016). A motivação pode ser intrínseca, relacionada as questões próprias e internas do indivíduo, tais como: a curiosidade para aprender, a persistência mesmo frente às dificuldades, a ausência de qualquer tipo de recompensa ou incentivo para iniciar ou completar a tarefa, o desejo de realizar aquela atividade particular e, finalmente, a combinação de todas as variáveis apontadas (RYAN & DECI, 2000). Por outro lado, a motivação extrínseca apresenta-se como a motivação para trabalhar em resposta a algo externo à tarefa ou atividade, como para a obtenção de recompensas materiais ou sociais, de reconhecimento, objetivando atender aos comandos ou pressões de outras pessoas ou para demonstrar competências e habilidades. A complexidade de mensurar (para efeito de pesquisa, a escala de extração fatorial exploratória é uma opção. GUIMARÃES E BZUNECK , 2008) a motivação e a determinação de cada indivíduo, estão relacionadas com metas motivacionais, que são complexas e individuais, como por exemplo o prazer, o sucesso o prestígio, a necessidade, autoconfiança, valores, incentivos e expectativas. Ainda tem os interesses em satisfazer a família, a organização e a sociedade. Encontramos na Teoria da Autodeterminação “faz uma importante distinção entre duas diferentes questões motivacionais: porque? & para que?. Qual é o objetivo de sua atividade? e por que você quer realizar esse objetivo?; quais são as razões que o levam ao esforço para atingir esse objetivo?” Conforme Ryan e Deci (2000), pesquisas orientadas pela teoria da autodeterminação apresentam resultados que expressam relações entre os fatores ambientais que podem impedir ou prejudicar a autorregulação dos comportamentos, a interação social e o bem-estar pessoal. A desmotivação, como o próprio nome diz, é caracterizada pela ausência de motivação, ou seja, a pessoa não apresenta intenção nem comportamento proativo. A desmotivação implica na ausência de percepção de contingências entre as ações e seus desfechos, isto é, falta de motivos intrínsecos e extrínsecos. As afirmativas identificadas com a desmotivação são: “honestamente, não sei; acho que estou perdendo meu tempo, já tive boas razões para isso...” Planejamento para desenvolvimento de carreira O planejamento para o desenvolvimento de carreira é um conjunto de caminhos e metas bem definidos que servem como um guia de crescimento profissional. Nos últimos anos, o plano de carreira vem deixando de ser apenas um benefício oferecido pela empresa e passou a ser um plano individual, no qual cada um traça seus próprios objetivos. As pessoas podem ter trajetórias diferentes e o plano de carreira pode ter propósitos diferentes, como: promoção de cargos, aumento de salário, transferência de empresa, experiência no exterior, melhoria na qualidade de vida. Seja qual for o seu objetivo, fazer acontecer o seu plano de carreira exige muita dedicação, capacidade de se comunicar e planejamento. Qualquer profissional de qualquer área pode fazer um plano de carreira. Quem quer ter um plano de carreira terá que trabalhar em equipe, ter ciência das suas responsabilidades,ser dinâmico e colaborativo. E o principal: conhecer bem sua área de trabalho, o negócio da empresa para quem você trabalha ou presta serviço, definir seus objetivos. (www.administradores.com\2016). Administrar a carreira é definir a quem cabe esse papel principal. São as próprias pessoas, que motivadas pelas constantes mudanças no cenário profissional e a necessidade de qualificação, que impulsionam e gerenciam sua carreira. (CASTRO\1996). As pessoas precisam se conhecer, ter consciência de seu projeto profissional, reconhecer as oportunidades e exigência do mercado de trabalho. Assim como o planejamento é a reflexão sobre as ações que se pretende realizar para alcançar os objetivos, a gestão é a administração destas ações em nosso cronograma, no tempo e na rotina diária. (CASTRO\1996). A gerência do planejamento o mantém constantemente atualizado e em sintonia com as mudanças de nossa realidade, conferindo-lhe maturidade e longevidade (CASTRO\1996). Percebe-se em várias situações, uma certa resistência ao planejamento de carreira, pois encaram o sucesso profissional como algo que se ganha, que é dado por alguém. O foco se concentra nas pressões externas como remuneração, status, prestígio e podem esquecer de suas preferências pessoais. Estas pressões têm estimulado muitas pessoas a planejarem suas carreiras para que se tornem empreendedoras. (DUTRA\2002). Dutra (2002), afirma que as pessoas podem conduzir seu planejamento de carreira de várias formas, mas duas preocupações são essenciais: formar uma visão realista, clara e apurada de suas qualidades, interesses e inclinações pessoais, e estabelecer objetivos de carreira e preferências profissionais. Como ponto de partida a auto-avaliação, o auto-conhecimento. No desenvolvimento de carreiras, encontramos vária vezes com a questão da vocação profissional, que é a disposição natural que o indivíduo apresenta, observando suas habilidades, suas preferências, seus desejos, seu estilo de vida etc., fatores estes que vão direcionar em busca da profissão mais adequada. A vocação profissional é o caminho mais adequado para a escolha da carreira que se deseja seguir. O autoconhecimento, o interesse por determinado ramo de atividade, o mercado de trabalho, a realidade do trabalho no contexto social, seus projetos de futuro e as perspectivas de futuro para determinadas profissões. (PONTES\2002). A vocação é formada por dois elementos: a aptidão que uma pessoa tem para fazer determinada coisa e o interesse que ela sente por aquilo. O interesse vem de fora, ou seja, é influenciado pelas experiências individuais e pelo ambiente em que cada pessoa vive. É por isso que, muitas vezes, pessoas geneticamente idênticas (gêmeos) escolhem profissões diferentes. Já a aptidão, ou seja, a facilidade natural que uma pessoa tem para fazer determinada coisa, está escrita nos genes. (GARATTONI & COSTA\2016). É com base nisso que devem ser desenvolvidos os objetivos de carreira e o plano de ação, para consecução desses objetivos. Assim sendo, será possível identificar as oportunidades de carreira. A etapa seguinte é a capacitação para a vida profissional necessária para competir pelas oportunidades e para atingir as metas de carreira. Para Ruiz (2007), tem sido cada vez mais necessário que o profissional trabalhe e desenvolva sua carreira em função de seus objetivos, sejam eles profissionais ou pessoais. Para tanto, é necessário estabelecer um planejamento profissional que possibilite atingir suas metas e, ao mesmo tempo, reavaliar sua atuação de forma constante. Ruiz (2007), apresenta alguns itens muito importantes para esse planejamento. - Estabelecer objetivos – Definir e listar seus objetivos pessoais e profissionais, a curto, médio e longo prazo. Esses objetivos devem ser mensurados, para que se possa avaliar, ao final de cada período, se ele foi atingido ou não. - Planejar a carreira – após definir os objetivos, deve-se elaborar um plano de ação, um passo a passo, para que se possa atingi-los e em quanto tempo cada passo deverá ser executado. - Executar o plano – partir para a execução do planejamento. “AGIR”. - Dinheiro e satisfação – Em seu planejamento, deve unir a questão financeira às questões de ordem pessoal para a satisfação com o trabalho. - Reavaliação constante – de tempos em tempos, refletir sobre quais passos já deu, o que ainda está faltando e quanto ainda falta para atingir seu objetivo. Isso é essencial, pois somente assim será possível ter um quadro claro de seu andamento pessoal e profissional. - Check-points –ao final de cada ano, fazer uma análise sincera de tudo que realizou, no âmbito profissional e pessoal. Se for necessário, deve rever seus objetivos. Alterações no seu plano podem ser necessárias, pois o planejamento não é isento de erros. O importante é conseguir visualizar, friamente, seus pontos fortes e fracos e as providências que deve tomar para chegar sempre mais perto de seus objetivos. As organizações também se preocupam com esse planejamento. As principais vantagens para as organizações, para Pontes (2002), são: Contribuir, mediante o crescimento dos colaboradores, para que a organização atinja níveis mais elevados de qualidade e produtividade no trabalho que realiza. Ao deixar de administrar carreiras, as empresas perdem os benefícios que esta atividade gera, por isso deve contribuir para o crescimento profissional. O Planejamento de carreira tem como característica básica antecipar cenários futuros e compará-los com os pontos fortes que o indivíduo possui e aqueles que precisa desenvolver para atuar no mercado de trabalho. Investindo para evoluir. Evoluir significa aprimorar o que se faz, mas também quer dizer estar atento para fazer coisas novas. Ao fazer um investimento pessoal seu leque de competências e conhecimentos vai tornar-se mais versátil e um ativo mais valioso aos olhos dos empregadores. Questionamentos são comuns na hora de escolher a profissão. Seguir um curso de uma área que goste? Seguir um curso que tenha boa empregabilidade? Seguir um curso onde irei receber mais como profissional? Ao investir em si e na sua carreira, aumenta o seu "valor de mercado" e também as suas possibilidades de subir na carreira. Certo é que as mudanças fazem parte do dia-a-dia de trabalho e qualquer profissional avesso a essa mudança está condenado a não evoluir. (CARMO\2016). A vantagem mais óbvia, mas também mais importante é na formação profissional. A educação continuada vai potencializar o seu valor profissional, como ainda vai favorecer o seu desempenho. Além disso, os profissionais ficam atualizados sobre as mais recentes tendências, legislação, tecnologias e exigências práticas para as suas ocupações profissionais. . A atualização profissional deixou de ser uma opção para ser também uma condição e uma necessidade dentro do exercício da profissão, seja para aperfeiçoamento do currículo, seja por exigência natural do mercado. Estar atualizado e em constante processo de aprendizagem são ações importantes para o futuro. A velocidade das mudanças, a famosa globalização e o desenvolvimento tecnológico transformam incessantemente o ambiente de trabalho, de forma que hoje não há dúvidas de que "estudo" e "formação" não são apenas uma etapa da vida, mas uma constante ao longo de toda a carreira. Empregabilidade e evolução são fatores fundamentais àsobrevivência Aline do Carmo, consultora de RH da Catho Online, faz um alerta: “Os cursos de idiomas e as experiências internacionais são essenciais no mundo dos negócios. Para quem quer ingressar em grandes organizações e ocupar cargos de liderança, essas vivências somarão pontos positivos, pois conhecer outras culturas e dedicar-se ao aperfeiçoamento de uma língua são qualidades apreciadas pelas empresas”. Além do investimento em graduação, MBA, especialização, é necessário também pensar no currículo, item essencial na busca ao 1º. emprego ou de uma recolocação. O documento deve ser elaborado com cuidado, pois será o primeiro contato do selecionador com o candidato. Redija-o de forma clara, objetiva, concisa, uma leitora atraente. Algumas empresas pedem que o candidato envie portfólio trabalhos realizados (registro profissional como fotografias, projetos, gravações, recortes de jornais e revistas, peças produzidas, etc) , ou até mesmo um pequeno vídeo em inglês sobre o motivo que deseja trabalhar naquela empresa.(MELLO, 2008). Outro item importante é a rede de networking: Seus relacionamentos devem saber o que você procura. Além disso, pesquise em sites especializados, leia artigos sobre o mercado e os profissionais que estão sendo procurados, para conseguir identificar diversas oportunidades. “Observe o que as empresas estão exigindo como ponto forte nas vagas anunciadas e analise se você possui tais qualificações. Caso perceba que está defasado, participe de cursos e palestras na sua área, oferecidos por universidades e instituições renomadas. Essas são excelentes ocasiões para investir no seu desenvolvimento, principalmente quando existe o foco daquilo que se quer alcançar. Você poderá, inclusive, conhecer profissionais com quem poderá trocar muitos conceitos e ideias”. (CARMO\2016). Sempre que falamos em empregabilidade, estamos afirmando que se trata da capacidade do indivíduo de manter-se em atividade produtiva. Por isso, para acompanhar essas exigências, precisamos nos manter atualizados, desenvolvendo habilidades que nos beneficie. Curry (2016) lista os pilares da empregabilidade que são: 1. Adequação da Profissão à vocação – É importante adequarmos a profissão àquilo que gostamos e sabemos fazer. Isso dará mais prazer em ir ao trabalho, aumentando o nível motivacional e consequentemente nossa produtividade. 2. Competência Profissional - O indivíduo que não mantem-se informado e atualizado, deixa de ser atrativo. É preciso conhecer e saber usar as novas ferramentas, sejam elas físicas, emocionais, técnicas ou organizacionais. 3. Idoneidade - aqui está relacionado a honestidade, ética, valores morais e a boa conduta profissional de forma geral. Quem quer contratar alguém sem essas atribuições? 4. Saúde física e mental- é de conhecimento a importância de se manter um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Devemos separar um tempo para o lazer, família e práticas esportivas. Uma boa saúde mental faz com que a pessoa sinta-se bem consigo mesmo e com seu trabalho. Todos esses pilares devem ser geridos juntos, funcionando em conjunto e com equilíbrio. Lembre-se que a responsabilidade por sua carreira é apenas sua. Não delegue para ninguém e nem para a empresa a gestão das suas metas profissionais. Pegue as rédeas para si, promova mudanças em sua mente e em seus desejos, ampliando sua compreensão de mundo. Manter a empregabilidade depende da sua capacidade de gerenciar sua vida pessoal e profissional. Tomada de decisão O desenvolvimento de carreira é um fenômeno constante e que envolve períodos alternados de aprendizagem, de reaprendizagem e pela necessidade contínua do profissional estar adaptado às mudanças no ambiente de trabalho (OLIVEIRA,2001). O desenvolvimento de carreira também está relacionado com as necessidades e desejos de cada pessoa. Capacidades e potenciais, alegrias e ansiedades, entre outros estão presentes nas tomadas de decisões. O desenvolvimento de carreira diz respeito às transformações da vida, às pressões e aos controles do meio-ambiente, aos laços que unem as pessoas e às responsabilidades com os familiares. Dessa forma, o desenvolvimento de carreira, com suas características multidimensionais, está relacionado à percepção que o indivíduo tem dos diferentes aspectos que exercem influência na tomada de decisão. (MCDANIELS & GYSBERS\1992.) Ao assumir o desenvolvimento da própria carreira o profissional direciona a forma do seu crescimento profissional, além de possibilitar um maior grau de visibilidade quanto aos aspectos que facilitam ou dificultam o processo de tomada de decisão. A determinação dos objetivos possibilita a definição das prioridades, além de poderem facilitar nas decisões com mais precisão e clareza. Tomar decisões é uma atividade que praticamos diariamente, de uma forma ou de outra. Por isso a habilidade de tomar decisões eficazes é uma das competências mais importantes que uma pessoa pode desenvolver. Quando desenvolvemos um modelo bem-sucedido de tomar decisões temos os seguintes ganhos: (DINIZ\2016). - Aumento da segurança e da confiança em um momento de decisão; - Cada vez mais as decisões passam a ser tomadas de forma rápida; - Quanto maior a responsabilidade, maior é o impacto das decisões; - Essencial para momentos de crise; - Permite maior competitividade no mercado. Diniz (2016), afirma que existem quatro grandes tipos de decisões a serem tomadas no nosso dia a dia: - Decisões intrapessoais ou individuais – são as decisões que só afetam o meu bem estar e o de mais ninguém, como: “ devo dormir mais 40 minutos ou levanto e pratico exercícios?” - Decisões interpessoais – são as decisões que afetam também o bem estar de outras pessoas, como: “ devo sair pra jantar com a minha esposa ou fico em casa vendo futebol?” - Decisões de grupo – precisam ser tomadas por grupos de diferentes formas e tamanho. Decisões organizacionais – decisões que podem ser tomadas por pessoas ou grupos, mas que impactam as empresas e seus resultados no seu dia a dia. A Competência Racional é conhecimento, as habilidades e atitudes que facilitam a aquisição, o desenvolvimento e a manutenção de relacionamentos sociais mutuamente satisfatórios. É a capacidade de relacionar-se com as pessoas, de conviver em grupo. Competência pode ser definida como uma mobilização de recursos para desempenhar uma determinada tarefa ou função. Competência cognitiva é aquela relacionada à capacidade de aprender. Implica a reorganização de esquemas disponíveis em nosso estoque de conhecimentos. Saber distinguir a realidade social, relações com pessoas e tipos de linguagem que podem ser usados para cada ocasião particular, são exemplos de competência comunicativa. Já a capacidade de adequação do profissional ao mercado de trabalho, ampliando esse horizonte, a capacidade de prestar serviços e obter trabalho remunerado utilizando-se das competências é a empregabilidade. É a lista de pré- requisitos necessárias para ser desejado pelo mercado que cresce continuamente. Significa “o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam o profissional importante para qualquer empresa”. Capital intelectual diz respeito à experiência mais as habilidades da pessoa assim como os valores, a cultura e o potencial de conhecimento. Ter uma visão eclética do mercado e uma posturaaberta, absorvendo todas as informações de que dispõe, não é uma forma de aumentar o seu capital intelectual, pois torna a pessoa dispersa e fora de foco. Investir em relacionamentos é um passo importante pois pode aumentar o capital intelectual da pessoa. E ainda existe dois grandes aspectos que precisam ser considerados para uma boa escolha: pessoas e processos. Pessoas impactam as decisões por seus estilos e características distintas usadas durante os processos. Já o processo de tomada de decisão pode ser usado por qualquer pessoa para melhorar o seu resultado. (DINIZ\2016). Mowen apud Diniz (2106), lista características que as pessoas devem desenvolver para se tornar um bom tomador de decisões. Segundo o autor as características são: Focam no processo e não no resultado; Aprendem com a experiência; Eles têm diversão em experimentar; Têm visão sistêmica; Sabem quando delegar/empoderar; Eles sabem quando pedir ajuda; Eles implementam as decisões com precisão e força. O processo é a chave da eficácia na decisão, pois qualquer pessoa pode tomar uma decisão melhor se ela se propuser a seguir um processo bem desenhado. Dutra (2016) divide a decisão em quatro fases: 1. Definição do problema ou da oportunidade Nessa fase, defini-se com clareza quais são os objetivos da decisão a ser tomada e os resultados esperados. É definido também quem participa da decisão e como participar. É uma fase que não pode ser pulada nem eliminada. 2. Discussão Nesse momento do processo buscam-se as informações necessárias. Baseando-se nas mesmas alternativas, identificam-se três ou quatro para serem analisadas e comparadas. É muito importante buscar sempre mais alternativas antes de seguir em frente. Depois disso precisam ser avaliados riscos e benefícios de cada alternativa para que se possa compará-las. 3. Tomada de Decisão O fato de uma decisão ser baseada em um processo bem definido não implica em eliminar os fatores emocionais e a intuição do processo. No momento de decidir, tudo deve ser levado em consideração. 4. Implementação Chegou a hora de avaliar a decisão e implementá-la. Temos um check- list bem simples para avaliar uma decisão, o que ajuda muito na reflexão e pode também melhorar as próximas decisões. Veja abaixo: (DINIZ\2016). Analisando uma decisão: Qualidade: Todas as informações importantes forma analisadas? Analisando somente números e fatos, essa é a melhor decisão? Implementação: As pessoas envolvidas entenderam a decisão? Estão comprometidas? Custo: Quanto dinheiro, energia e tempo serão gastos? Envolvimento: As pessoas certas foram envolvidas e ouvidas no processo? O processo foi conduzido de forma que todos possam aprender com ele? Na publicação: http://noticias.universia.com.br novas profissões estão em destaque no mundo do trabalho, principalmente na área da tecnologia. Algumas delas são: 1) Especialista em Análise da WEB São engenheiros ou matemáticos encarregados de medir os dados de audiência e publicidade de um site com a finalidade de melhorar seu posicionamento. Sua função principal consiste em interpretar a relação do marketing online com as informações retiradas das estatísticas. 2) Arquiteto de Informação São os responsáveis pela estrutura e organização de um portal ou site com o objetivo de melhorar sua navegabilidade. Os arquitetos da informação planificam os elementos para um site seja mais acessível e trabalham em colaboração com programadores e designers gráficos. 3) Especialista em Usabilidade O novo profissional tem como principal missão conhecer o que os usuários buscam e querem. Esse pesquisador de mercado ou analista realiza estudos frequentes para saber o que os clientes gostariam que melhorasse no site. Seu saldo salarial varia de 18 a 42 mil euros mensais. 4) Consultor de E-business O especialista em marketing analisa as necessidades de uma empresa na internet. Ele emprega diferentes estratégias para atrair cliente através da internet. 5) Advogado especialista em Internet O advogado especialista em novas tecnologias trata de tópicos como a contratação online, comércio eletrônico, assinatura digital, proteção de dados, propriedade intelectual e gestão de conteúdos, condições gerais de contratação na web e problemática jurídica dos nomes de domínio, entre outras questões. 6) Gerente de Comunidades em Redes Sociais Sua principal função consiste na comunicação da empresa com o público através das redes sociais como Facebook, Twitter e Linkedin. Uma de suas funções consiste em fomentar conversas e debates na rede e interagir com os comentários dos usuários sobre a empresa. Formando a imagem de líder A liderança é uma habilidade muito importante no desenvolvimento das atividades diárias. Nos últimos anos, o conceito de liderança vem passando por transformações. A ideia do chefe autoritário foi deixada de lado. A liderança é intrínseca a cada um, e deve ser aplicada ao longo de sua carreira, evidentemente, cada qual dentro de suas responsabilidades. A liderança, por sua vez, consiste na capacidade de influenciar as pessoas em diferentes situações e contextos. Ocorre em grupos de diversos segmentos, onde o processo de comunicação entre as pessoas funciona como norte para consecução dos objetivos almejados. O trabalho individual está dando lugar para a realização de tarefas em equipes. Isto porque, atualmente as empresas demandam conhecimentos diferenciados para o atingimento dos resultados desejados, o que leva a formação de equipes formadas por pessoas que se complementam nos diferentes espaços organizacionais. (ROBBINS E DECENZO\2014). As equipes altamente eficazes ou de alta performance, são compostas por pessoas comprometidas que confiam umas nas outras; tem um claro sentido de propósito em relação ao seu trabalho; são eficazes comunicadores dentro e fora da equipe; certificam-se que todos na equipe estão envolvidos nas decisões do grupo; e seguem um processo que os permitem planejar, tomar decisões e garantir a qualidade de seu trabalho (WELLINS;BYHAM e WILSON, 1994). Robbins e Decenzo (2004), afirmam que uma equipe de trabalho tem uma ‘sinergia’. Já Mota (1997) afirma que: ”liderar é a capacidade que um indivíduo possui de influenciar alguém ou um grupo de pessoas significa uma força psicológica, onde um age de modo a modificar o comportamento de outro de modo intencional, essa influência envolve poder e autoridade, alterando assim o modo de agir do influenciado”. A capacidade de influenciar as pessoas é uma das principais características de um líder, no entanto, e muitas vezes encontramos com pessoas que não estão prontas para ocupar essa função ou que não tenham o perfil necessário para tal. Nas organizações o verdadeiro líder não é necessariamente aquela pessoa melhor em tudo, mas aquela que conhece um pouco de cada setor entendo a importância de cada setor, reconhecendo os potenciais de cada pessoa influenciando-as para que elas atinjam os resultados esperados. (CHIAVENATO \2003). O indivíduo que está à frente de uma equipe não deve abraçar todas as funções e fazer tudo sozinho, pelo contrário deve delegar a cada pessoa objetivos que é comum a todos. (CHIAVENATO\2003). Um líder encoraja a equipe inspirado a todos dando abertura para as pessoas que estão abaixo na hierarquia do processo não criando barreiras,uma equipe dentro de uma empresa deve ser o reflexo do líder mostrando se ela está bem estruturada ou não. Liderar tornou-se uma competência gerencial em que o líder estimula sua equipe para atingir bons resultados com flexibilidade, inovação e motivação para o trabalho a ser desenvolvido. (CHIAVENATO\2003). Liderar gerações diferentes é um desafio constante. Nas organizações se encontram os Baby Boomers (surgiu logo após a 2ª. Guerra Mundial, seguem as regras à quais foram submetidos por anos) a Geração X ( surgiu em meados da década de 60 e estendendo-se até o final dos anos 1970, valorizam a estabilidade e o aporte financeiro), Geração Y ( pessoa que nasceu na década de 80, trouxe a tecnologia inovadora, e a rapidez em realizar tarefas ao mesmo tempo sem comprometer o serviço. Demonstraram aversão as regras à muito ditadas e causaram conflitos por isso.) e a Geração Z. (jovens nascidos em meados dos anos 90, composta por adolescentes que começam, aos poucos, entrar no meio profissional. Os integrantes da geração Y está cada dia mais inserida no mercado de trabalho e com tanta agilidade e disposição para o novo (enviando mensagens, navegando na internet, ouvindo música e baixando vídeos), que vem também causando medo e preocupação a antigas gerações com Baby Boomers e Geração X, de acordo com Lancaster e Stillman (2011). Gomes (2016) afirma que atualmente, os líderes possuem uma visão ampla, enxerga além de resultados e tem claro que é dele a missão de motivar, inspirar e envolver sua equipe em um objetivo comum. O autoconhecimento é uma característica extremamente importante para os membros da equipe, afinal é através dele que será identificado se os valores, crenças, visão e missão individual estão alinhados ao objetivo pelo qual estão engajados O quê diferencia um grupo de pessoas de uma Equipe de Alta Performance? Uma Equipe de Alta Performance possui definição clara do objetivo a ser alcançado e trata-se de um desafio tão forte a ponto de virar um sonho, uma paixão do grupo. Liderança, pode ser desenvolvida. Outra característica muito importante é a presença do Empowerment, onde os integrantes desta Equipe trazem sua inteligência para o trabalho e usam seu conhecimento, experiência e motivação para criar resultados saudáveis. Com relação ao relacionamento interpessoal, temos uma característica muito importante que é a confiança. Existem 4 elementos necessários para que exista a confiança em uma equipe: Credibilidade, Coerência, Receptividade/Aceitação, Clareza/Sinceridade. Juntamente com a confiança nasce a interdependência, onde cada pessoa, além de se preocupar com o seu resultado, passa a se preocupar com o resultado de todos. Onde o propósito final é único, ou seja, da Equipe. (GOMES\2016) Sucesso x fracasso: mudando o foco Para desenvolver uma carreira sólida e de sucesso é necessário esforço, investimento e força de vontade. Uma carreira de sucesso pode levar muito tempo para ser construída. No entanto, pequenos erros podem levar a completa desmotivação. Todo profissional que deseja construir uma carreira plena precisa refletir suas atitudes. É imprescindível ter clareza das próprias capacidades, pensar antes de agir e, desenvolver a carreira com ética e comprometimento. Nem sempre tudo dá certo, por maior que seja o esforço, e é necessário saber lidar com o erro para ser capaz de corrigi-lo e aprender com ele. São duas as possibilidades: subestimar-se ou superestimar-se. Ao encarar as próprias habilidades como insuficientes, o profissional fica desmotivado. Ao contrário, o superestimado pode cometer erros graves pelo excesso de confiança por achar que sabe mais do que realmente sabe. É preciso haver um equilíbrio saudável para correr riscos controlados. Uma nova filosofia que surgiu nos últimos anos para avaliação profissional é o intitulado CHA - conhecimento, habilidade e atitude, afirma Silva (2016). Ele define: Conhecimento é o sabor teórico. O conhecimento, em geral, presente apenas na mente do profissional. Habilidade é o saber fazer. O ideal seria a junção de conhecimento e habilidade, mas essa combinação nem sempre é possível. Atitude está ligada a ação. Não adianta ter conhecimento e habilidade e não ter atitude. Conhecimento se adquire estudando e habilidade vem com a prática. Atitude é querer fazer. Brum (2016) afirma que a diferença entre o sucesso e o fracasso muitas vezes está nos pequenos detalhes, nas atitudes que tomamos ou deixamos de tomar perante os desafios e as oportunidades que encontramos. Seja na vida pessoal ou profissional, os que conseguem atingir seus objetivos são as pessoas que não desistem dos seus sonhos, tem sensibilidade para não serem demasiadamente insistentes e são persistentes ao ponto de perceber o momento de mudar de estratégia para alcançar suas metas. Algumas pessoas acabam não tendo o entusiasmo e a disciplina suficiente para perseguir seus objetivos. São pessoas que não sabem esperar o tempo certo para “colher os frutos” ou que não tem foco suficiente e acabam querendo fazer mil coisas ao mesmo tempo, “pulando de galho em galho” e assim não conseguem chegar a lugar algum, e acabam desistindo de uma carreira. Outras querem muito alcançar seus objetivos, porém acabam “se agarrando” em uma estratégia falha ou são demasiadamente insistentes, tornando-se chatas e irritantes. As pessoas persistentes sabem que é importante motivação e técnica para atingir suas metas. São disciplinadas para manter o foco nos resultados e sábias para mudar de estratégia afim de realizar seus sonhos. A grande diferença entre o insistente e o persistente é o que último entende que os “cenários” vão mudando e que as vezes se faz necessário realizar correções de rota ou mudanças de estratégias para chegar ao sucesso. (BRUM\2016). Como escolhemos pensar, sentir e reagir diante dos desafios da vida é o que faz a diferença entre a esperança e o desespero, o otimismo e a frustração e, consequentemente, a vitória e a derrota. O aprendizado é que pode dar a você a perspectiva correta para ajudá-lo a superar a situação. A partir da década de 1990, surgiu um novo conceito de carreira, que prevê uma relação de independência no desenvolvimento da carreira do indivíduo com a organização. Ela pode ser, segundo Dutra, (1996): Carreira em linha - As estruturas em linha (que geram a carreira do indivíduo em linha) ordenam diversas posições em uma única direção, sem alternativas, conduzindo o indivíduo a caminhos únicos, voltados para a especialização Carreira em rede - As estruturas em rede, que geram a carreira em rede, apresentam várias alternativas para cada posição da empresa, permitindo ao profissional optar pela trajetória que mais lhe agrade, conforme os critérios de acesso estabelecidos (NELSON, 1984). O sistema de carreiras paralelas - Fixa parâmetros para o desenvolvimento dos profissionais técnicos (bem como para os demais profissionais) e estabelece canais de negociação de expectativas entre as pessoas e a empresa. Carreira sem fronteiras - Prevê o desenvolvimento de uma relação independente e transacional entre organização e indivíduo, onde o empregado não se limita a ter relações comerciais com um empregador único. Isto pode resultar em uma carreira com muitos empregadores por modificações nos vínculos empregatícios e até ocupações ou uma carreira que ganha à significação de exterior, independente da organização.(DUTRA\1996).Construindo seu caso de sucesso Na atualidade, é responsabilidade do profissional a condução de sua própria carreira. Não é mais preocupação exclusiva das empresas a carreira de cada colaborador. É preciso criar e manter a empregabilidade. Conforme Lussier, Reis e Ferreira (2010), para alcançar o sucesso, é preciso planejar a carreira. O sucesso poderá ser determinado pelo que você faz bem ou pelo que você gosta de fazer ou ainda por aquilo que combine as suas melhores habilidades e interesses. A carreira certa é aquela que equilibra a vida profissional e a afetiva. As etapas deste processo podem ser desenvolvidas a partir de reflexões sobre: autoconhecimento, autoavaliação, listar os pontos fortes e fracos, determinar suas preferências de carreira, alinhar vocação e mercado de trabalho, estabelecer objetivos, desenvolver um plano e monitorá-lo. Todo o esforço despendido para a obtenção de novos conhecimentos somente terá valor se estes puderem ser utilizados nas atividades desenvolvidas pelo indivíduo. Sendo assim, o planejamento e a gestão de carreira torna-se um fator preponderante na condução da trajetória profissional e estimula o indivíduo a fazer uma análise de suas competências e principalmente a entender a si próprio, tornando mais fácil a condução de seus ideais, facilitando o encontro do trabalho certo, e consequentemente aumentando seu nível de satisfação. Para planejar é traçar os caminhos, não é prever o futuro, mas antecipar o que pode acontecer. Significa uma mudança de atitude. BIBLIOGRAFIA BANDURA, A. 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