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2 - PRINCIPIOS DA ADMINISTRACAO PUBLICA docx

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DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 2 
 
Prezado concurseiro, 
Sou o professor Evandro Zillmer, atualmente sou Analista Judiciário do Superior Tribunal de 
Justiça e, antes disso, fui militar de carreira da Força Aérea Brasileira por mais de 20 anos. 
Esse é o nosso segundo módulo de direito administrativo que estou disponibilizando 
GRATUITAMENTE para meus alunos e ex-alunos. 
Certamente, caso o seu edital peça direito administrativo, o tópico PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA estará presente. 
Além dos 5 princípios básicos da administração pública (LIMPE), as bancas gostam muito dos 
dois princípios que formam o regime jurídico administrativo, então, foco neles. 
Caso queira acompanhar meu trabalho, possuo outras redes sociais, nas quais eu compartilho 
informações sobre concursos, dicas de preparação, resoluções de questões e uma infinidade de 
benefícios que meus alunos poderão usufruir. Seguem os links: 
https://www.youtube.com/c/ProfEvandroZillmer 
https://www.instagram.com/evandrozillmer/ 
https://www.facebook.com/groups/165864320751489/ 
 
Desde já agradeço pela confiança no meu trabalho e desejo que faça um ótimo proveito para 
as suas pretensões de ser um ótimo servidor público. 
 
Bons estudos e lembre-se que você é capaz, basta perseverar. 
 
Prof. Evandro Zillmer 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 3 
 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
Os princípios são as bases fundamentais de um sistema de normas, que condicionam toda a 
estruturação de um determinado ramo do Direito. São comandos genéricos e abstratos, 
aplicáveis a diversas situações. 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio “é por definição, mandamento nuclear 
de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre 
diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão 
e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que 
lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.” 
 
1 – REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
Regime quer dizer o conjunto de normas e de princípios aplicáveis a uma determinada 
situação. 
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para designar, em sentido 
amplo, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se à 
Administração Pública. Já a expressão regime jurídico-administrativo é reservada tão 
somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito 
Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na 
relação jurídico-administrativa. 
 
O Regime Jurídico Administrativo é um conjunto de prerrogativas e sujeições concedido à 
Administração Pública, para melhor cumprimento dos interesses públicos. 
CESPE/TCU/2009 – O Regime jurídico-administrativo fundamenta-se, conforme entende a 
doutrina, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e na 
indisponibilidade do interesse público. 
Regime Jurídico da Administração
(Regime Jurídico Administrativo – em sentido 
amplo )
REGIME DE DIREITO PRIVADO
- Horizontalidade
- Não tem prerrogativas e sim, restrições de Direito Público.
- Art. 173 CF/88
- Ex. Petrobrás
REGIME DE DIREITO PÚBLICO (Regime Jurídico 
Administrativo – em sentido estrito)
- Verticalidade
- Tem prerrogativas e restrições
- Ex. INSS, BACEN
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 4 
 
(2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) O regime jurídico administrativo tipifica o próprio direito 
administrativo e confere à Administração prerrogativas não aplicáveis ao particular e 
instrumentais à cura do interesse público, tais como a autotutela e o poder de polícia, dentre 
outras tantas, que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o privado. 
Interesse público primário: representa a Administração Pública no sentido finalístico, 
extroverso, ou seja, é o interesse público propriamente dito, pois, dirigido diretamente aos 
cidadãos (de dentro do Estado para fora – Administração Extroversa) 
Interesse público secundário: diz respeito aos interesses do próprio Estado, internos, 
introversos, portanto inconfundíveis com os primários. Ex. locação de imóvel para guardar 
livros enquanto a biblioteca seja reformada. 
 
1.1 – SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO 
Significa que a Administração Pública é colocada em posição VERTICAL (diferenciada) quando 
comparada aos particulares, ou seja, ela possuirá prerrogativas (privilégios). No caso de 
confronto entre o interesse individual e o público, será o público que prevalecerá. 
É princípio implícito da Administração Pública. 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado não é absoluto, comportando 
limites e relativizações. Ex. direitos individuais, direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico 
perfeito, etc. 
 
1.2 – INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
Esse princípio faz com que a Administração, por intermédio de seus agentes, não tenha vontade 
própria, por estar investida no papel de satisfazer a vontade de terceiros, quais sejam, o 
coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a Administração Pública sofre restrições em sua 
atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc. 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino asseveram que o princípio da indisponibilidade do 
interesse público está diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração 
Pública, ao contrário do que ocorre com o princípio da supremacia do interesse público, que, 
de forma direta, fundamenta essencialmente os atos de império do Poder Público, nos quais ele 
se coloca em posição vertical em relação aos administrados. 
Por fim, Maria Sílvia Di Pietro afirma que, por não ser possível à Administração dispor dos 
interesses públicos, “os poderes que lhe são atribuídos têm o caráter de poder-dever; são 
poderes que ela não pode deixar de exercer, sob pena de responder por omissão. 
Assim, a autoridade não pode renunciar ao exercício das competências que lhe são outorgadas 
por lei; não pode deixar de punir quando constate a prática de ilícito administrativo; não pode 
deixar de exercer o poder de polícia para coibir o exercício dos direitos individuais em conflito 
com o bem-estar coletivo; não pode deixar de exercer os poderes decorrentes da hierarquia; 
não pode fazer liberalidade com o dinheiro público. Cada vez que ela se omite no exercício dos 
seus poderes, é o interesse público que está sendo prejudicado. 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 5 
 
========================================================== 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS 
São aqueles que estão escritos com todas as 
letras em uma norma de caráter geral (se 
aplica a toda a Adm Pub Brasileira) 
Ex. Legalidade 
São aqueles que não estão expressos em 
uma norma de caráter geral. Ex. 
Razoabilidade. 
 
 
OBS: A lei 9.784/99, art. 2º, traz expressamente o princípio da razoabilidade, porém, essa 
lei é de caráter geral apenas para a Administração Pública Federal, e não para toda a 
Administração Pública brasileira, por isso esse princípio é considerado implícito. 
 
Colisão entre princípios: 
No caso de conflito entre princípios, haverá uma ponderação de valores (teoria da 
ponderação de interesses). Essa teoria nos diz que não há princípios absolutos, assim, todos 
os princípios do nosso ordenamento jurídico são importantes e devem ser levados em 
consideração. Desse modo, de acordo com as circunstânciasdo caso concreto, deve-se 
ponderar os interesses e verificar qual princípio deve prevalecer. 
OBS: NÃO há hierarquia entre os princípios da Administração Pública. 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS (EXPRESSOS OU 
EXPLÍCITOS) 
PRINCÍPIOS GERAIS 
LIMPE – art. 37, caput, CF/88 
- Legalidade 
- Impessoalidade 
- Moralidade 
- Publicidade 
- Eficiência 
OBS:o princípio da EFICIÊNCIA, foi 
incluído na CF/88 pela EC 19/98, tornando-
se princípio expresso. 
Todos os demais princípios: Ex. 
- Razoabilidade e Proporcionalidade 
- Supremacia do interesse público 
- Indisponibilidade de interesse público 
- Autotutela 
- Continuidade 
- etc 
 
COPESE/UFT/DPE-TO/2012 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 6 
 
OBS: os princípios constitucionais se aplicam a toda Administração Pública, ou seja, tanto a 
administração direta como a indireta de todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) e 
de todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
 
 
2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
2.1 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
O princípio da Legalidade significa a subordinação da Administração Pública à vontade popular, 
sendo assim, a Administração Pública só pode praticar as condutas previstas em lei. Podemos 
afirmar, ainda, que o princípio da legalidade é um dos pilares do Estado Democrático de 
Direito. 
Possui duas acepções: 
 
EM RELAÇÃO AOS PARTICULARES EM RELAÇÃO À ADM PUB 
- Art. 5°, II, CF/88 = Ninguém será obrigado 
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei. 
- o particular só deixará de agir quando a lei 
proibir. 
- o particular poderá fazer tudo o que a lei 
não proíbe (autonomia de vontade) 
- A Administração Pública só poderá fazer o 
que a lei permitir (vontade legal) 
 
OBS: surge como decorrência natural da indisponibilidade do interesse público. 
OBS: pode sofrer CONSTRIÇÕES em virtude de situações excepcionais. É o que ocorre quando 
tem que se cumprir um ato mesmo não previsto em lei em sentido estrito (criada pelo Poder 
Legislativo). Ex.: Medidas Provisórias e Decretos Autônomos, não são Leis criadas pelo Poder 
Legislativo, mas possuem força de lei. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NÃO É ABSOLUTO. 
OBS: A atividade administrativa não pode ser exercida contra legem nem praeter legem, 
mas apenas secundum legem. 
ESAF: Em face da sistemática constitucional do Estado brasileiro, regido que é pelo fundamento 
do Estado Democrático de Direito, a plenitude da vigência do princípio da legalidade (art. 37, 
caput, CF/88) pode sofrer constrição provisória e excepcional. 
CESPE/2010: Em decorrência do princípio da legalidade, a Administração Pública não pode, 
por simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor 
vedações aos administrados, para tanto, ela depende de lei. 
CESPE/2012 - De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de defesa e o estado de 
sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na administração pública. 
CESPE/2012 - Segundo jurisprudência do STJ, a administração, por estar submetida ao 
princípio da legalidade, não pode levar a termo interpretação extensiva ou restritiva de direitos, 
quando a lei assim não o dispuser de forma expressa. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 7 
 
Atualmente, tem-se assimilado o princípio da juridicidade, como uma nova roupagem à 
ideia de legalidade. Pelo princípio da juridicidade, o administrador estaria vinculado a toda 
ordem jurídica – que inclui os princípios a ela inerentes -, e não somente à ideia de lei em 
sentido formal. 
 
2.2 - PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
Pode ser estudado sob 3 aspectos (acepções) distintos: 
1 – dever de tratamento isonômico aos administrados 
Consoante a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a Administração não pode atuar com vistas 
a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público 
que tem que nortear o seu comportamento. 
Nesse primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade é corolário da isonomia ou 
igualdade. 
O princípio da impessoalidade, para fins de concurso público, pode ser confundido com o 
princípio da isonomia, ou seja, eles se confundem. A realização e concurso público é 
consequência da aplicação do princípio da impessoalidade/isonomia. 
 
2 – dever de sempre satisfazer o interesse público 
O administrador público deve sempre buscar a satisfação do interesse público, isto é, deve 
seguir a finalidade de todas a leis. Para Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade é 
sinônimo do princípio da finalidade. 
 
3 – imputação dos atos praticados pelos agentes públicos à pessoa jurídica em que 
atuam. 
Art. 37 § 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
OBS: o princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados por um funcionário 
de fato é o princípio da impessoalidade. É o caso do servidor que ingressou no serviço público 
para um cargo de nível superior e depois de algum tempo foi descoberto que ele apresentou 
um diploma falso no ato da posse. Os atos praticados por esse servidor continuam valendo, 
pois, apesar de não ser um servidor de direito, ele era um servidor de fato, agindo em nome 
do Estado. 
ESAF/2008 – O princípio constitucional do direito administrativo, cuja observância forçosa, na 
prática dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja 
o seu fim legal, de interesse público, é o da impessoalidade. 
CESPE/2012 - Em decorrência dos princípios da impessoalidade e da boa-fé, reconhecem-se 
como válidos os atos praticados por agente de fato, ainda que este tivesse ciência do ilícito 
praticado. 
ESAF/2007 – São exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade, exceto: 
a) licitação 
b) concurso público 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 8 
 
c) precatório 
d) otimização da relação custo/benefício (eficiência) 
e) ato legislativo perfeito 
 
 
2.3 – PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Impõe que os agentes públicos atuem com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a 
isonomia e demais preceitos éticos, sempre perseguindo a boa administração. 
MORAL ADMINISTRATIVA MORAL COMUM 
- são as condutas que o agente público deve 
tomar no exercício da função pública. Ex: não 
chegar atrasado, agir com discrição, 
probidade, etc. 
- são as condutas que o agente público deve 
tomar fora da administração pública, fora do 
exercício da atividade. Apesar de em 
várias situações as duas se 
interligarem, elas não se confundem. 
 
Moralidade administrativa (relacionada a boa-fé, lealdade e justeza) X Probidade 
administrativa (relacionada a má qualidade da administração). 
A moralidade é o gênero e a probidade é uma das espécies da moralidade administrativa. A 
probidade é um aspecto da moralidade administrativa. A moralidade e a probidade 
não são sinônimas. 
OBS: a moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato administrativo. 
 
 
2.4 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Apresenta dupla acepção, a saber: 
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos 
quedevam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público. 
b) exigência de transparência da autuação administrativa. 
Segundo Matheus Carvalho, a publicidade sempre foi vista como forma de controle da 
administração pelos seus cidadãos. A sociedade só poderá controlar os atos 
administrativos se estes forem devidamente publicizados, sendo impossível efetivar essa 
garantia em relação a atos praticados de forma alheia ao conhecimento popular. 
Art. 5°, XXXIII - todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. 
OBS: Em regra os atos da Administração Pública devem ser divulgados pelo Diário Oficial. Se 
o município não tiver DO, deve publicar em quadro de avisos. Caso o ato do município seja de 
publicação obrigatória em DO, o ato será publicado no DO do estado ao qual pertence o referido 
município. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 9 
 
OBS: a publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição de sua 
validade, mas sim de condição de eficácia e moralidade. Negar a publicidade a ato oficial é 
considerado ato de improbidade administrativa. 
OBS: a publicidade deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público. 
CESPE/TJ-AL/2012 - O princípio da publicidade assegura a divulgação ampla dos atos 
praticados pela administração pública, quer tratem eles de assuntos de interesse particular, 
quer tratem de assuntos de interesse coletivo ou geral, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas em lei. 
 
 
2.5 – PINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
Somente foi incorporado na CF/88 pela EC-19/98, tornando o princípio da eficiência expresso 
para toda a Administração Pública brasileira. 
Segundo Di Pietro, o princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode 
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o 
melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em 
relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, 
também como o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço 
público. 
Impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com 
rapidez, perfeição e rendimento. 
OBS: O princípio da eficiência relaciona-se com a Administração gerencial, enquanto o princípio 
da legalidade relaciona-se com a Administração burocrática. 
O princípio da eficiência é uma consequência do princípio da economicidade, essa economia 
está diretamente relacionada com o custo-benefício. 
A ênfase se dá nos resultados alcançados pela Administração Pública e não nos meios para 
alcançar os resultados. 
CESPE/2018 - O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da 
produtividade e economicidade, sendo este um dever constitucional da administração, que 
não poderá ser desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de responsabilização pelos seus 
atos. 
 
 
3 –PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
3.1 – PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE 
Em regra, esses princípios são implícitos. 
O princípio da razoabilidade é consequência do devido processo legal, e se reflete no bom 
senso das atividades administrativas. 
O princípio da proporcionalidade impõe à administração a adequação entre meios e fins, 
sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (lei 9.784/99, art. 2°, VI). 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 10 
 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, enuncia-se com esse princípio (razoabilidade) que a 
Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do 
ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e 
respeitosa das finalidades que presidiram a outorga da competência exercida. Segundo o 
mesmo autor, os atos que violem o princípio da razoabilidade devem ser invalidados, 
autorizando o controle judicial desses atos. 
CESPE: O princípio da razoabilidade se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser 
considerado aceitável, e sua inobservância resulta em vício do ato administrativo. 
Um ato razoável deve ser um ato adequado, necessário e proporcional, ocorrendo dessa forma 
que alguns autores dizem que o princípio da proporcionalidade deriva do princípio da 
razoabilidade. 
CESPE/TER-RJ/2012 - No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins 
é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio da 
eficiência. (FALSO – AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE) 
 
 
3.2 – PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA E DA TUTELA 
O princípio da autotutela é a possibilidade de a administração pública rever os seus próprios 
atos, seja para anulá-los (ilegais) ou revogá-los (inconvenientes ou inoportunos), de ofício 
ou mediante provocação de terceiros interessados. 
Já o princípio da tutela administrativa é o controle finalístico que a administração direta 
efetua sobre as entidades da administração indireta, visando garantir a observância de suas 
finalidades institucionais. 
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial. 
Os atos ilegais devem ser anulados e os legais podem ser revogados. 
SÚMULA 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 
O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos editados pela Administração Pública, 
mas poderá revogar os seus próprios atos quando editados no exercício da função 
administrativa, quando inconvenientes ou inoportunos. 
 
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA PRINCÍPIO DA TUTELA ADMINISTRATIVA 
- é a Adm Pub como um todo revendo 
os seus próprios atos, anulando-os ou 
revogando-os. 
- decorre do poder hierárquico. 
- também é chamado de princípio do controle. 
- controle finalístico, tutela administrativa ou 
supervisão ministerial. 
- tem relação de vinculação, e não de 
subordinação. 
- está presente na administração pública indireta. 
- decorre do poder de polícia administrativa. 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 11 
 
 
ESAF/ATRF/2012 - A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal – STF enuncia: “A 
administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial”. Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou o princípio da autotutela. 
ESAF/AFRF/2012 - A possibilidade jurídica de submeter-se efetivamente qualquer lesão de 
direito e, por extensão, as ameaças de lesão de direito a algum tipo de controle denomina-se 
princípio da sindicabilidade. 
ESAF/CGU/2012 - O princípio que instrumentaliza a Administração para a revisão de seus 
próprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da sua atuação e, no que toca 
ao controle de legalidade, representando potencial redução do congestionamento do Poder 
Judiciário, denomina-se autotutela. 
 
3.3 – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
O princípio da segurança jurídicatem a finalidade de evitar alterações supervenientes que 
possam causar instabilidade social e diminuir os efeitos traumáticos de novas disposições, 
protegendo sempre a estabilidade jurídica. 
A Constituição em seu art. 5°, XXXVI, dispõe que a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
A lei 9.784/99, em seu art. 2° Parágrafo único assevera que nos processos administrativos 
serão observados, entre outros, os critérios de: XIII - interpretação da norma administrativa 
da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
CESPE/2004 – A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de norma 
administrativa encontra-se consagrada no ordenamento jurídico pátrio e decorre do princípio 
da segurança jurídica. 
CESPE/ANATEL/2012 - O princípio da segurança jurídica resguarda a estabilidade das 
relações no âmbito da administração; um de seus reflexos é a vedação à aplicação retroativa 
de nova interpretação de norma em processo administrativo. 
Segundo Rafael Carvalho Resende Oliveira, a decadência administrativa é a perda do direito 
de anular o ato administrativo ilegal, tendo em vista o decurso do tempo. Nesse caso, os 
princípios da segurança jurídica, da confiança legítima e da boa-fé, prevalecem sobre o 
princípio da legalidade por opção do próprio legislador que estabelece prazo para a anulação 
de atos ilegais. 
Teoria do fato consumado: 
Segundo o STJ, aplica-se a teoria do fato consumado apenas em situações excepcionalíssimas, 
nas quais a inércia da administração ou a morosidade do Judiciário deram ensejo a que 
situações precárias se consolidassem pelo decurso do tempo (RMS 34.189). 
OBS: a teoria do fato consumado não se aplica em matéria de concurso público. Assim, não 
se aplica a teoria do fato consumado na hipótese em que o candidato toma posse em virtude 
de decisão liminar, salvo situações fáticas excepcionais. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 12 
 
3.4 – PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
LEI N. 8.987/95, art. 6°, § 3o - Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: 
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, 
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
ESAF/2012/CGU – A impossibilidade de o particular prestador de serviço público por 
delegação interromper sua prestação é restrição que decorre do princípio da continuidade do 
serviço público. 
 
 
3.5 – PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO 
O princípio da motivação impõe a Administração Pública a obrigação de apresentar as razões 
de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as razões de direito (o dispositivo legal) que 
a levaram a praticar determinado ato. 
A motivação é a apresentação dos motivos por escrito. Motivo e Motivação não são expressões 
sinônimas. A motivação faz parte da forma do ato, isto é, ela integra o elemento forma e não 
o elemento motivo. Se o ato deve ser motivado para ser válido, e a motivação não é feita, o 
ato é nulo por vício de forma (vício insanável) e não por vício de motivo. 
Não é um princípio de caráter absoluto, existem exceções ao princípio da motivação: 
- cargos em comissão e cargos de confiança. 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: consiste em, simplesmente, explicitar que a 
administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial (portanto, controle de 
legalidade ou legitimidade) relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos – 
fático e legal – que ela declarou como causa determinante da prática de um ato. 
Aplica-se tanto aos atos vinculados como aos discricionários. 
 
ATOS QUE NECESSARIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS: 
Lei 9.784/99 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos 
e dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, 
laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
 
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MOTIVAÇÃO ALIUNDE (em outro lugar): Art. 50 § 1o A motivação deve ser explícita, clara 
e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de 
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte 
integrante do ato. 
CESPE/2008 – Pelo princípio da motivação, é possível a chamada motivação aliunde, ou seja, 
a mera referência, no ato, à sua concordância com anteriores pareceres, informações, decisões 
ou propostas, como forma de suprimento da motivação do ato. 
CESPE/ABIN/2008 - Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da 
autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em 
parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. 
 
 
3.6 – PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE 
A finalidade legalmente estabelecida para as entidades da Administração Pública indireta não 
pode ser administrativamente alterada pelos seus dirigentes, sob pena de responsabilização 
nas esferas penal, administrativas e cível. 
FCC/2016 - Um dos princípios do Direito Administrativo denomina-se especialidade. Referido 
princípio decorre dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse 
público e concerne à ideia de descentralização administrativa. 
 
 
 
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4 - QUESTÕES: 
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça) De acordo com o entendimento do STF, 
no que se refere à inscrição de candidatos que possuam tatuagens gravadas na pele, não 
havendo lei que disponha sobre o tema, os editais de concursos públicos 
a) estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos em que essas tatuagens violem 
valores constitucionais. 
b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta entre tatuagem e conduta 
atentatória à moral e aos bons costumes. 
c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e livre exercício da função pública. 
d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da polícia militar. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Informativo 835/STF: 
O STF, ao analisar o tema em sede de repercussão geral, fixou a seguinte tese: 
Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com 
tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores 
constitucionais. 
STF. Plenário. RE 898450/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/8/2016 (repercussão geral) 
(Info 835). 
Percebam que é uma decisão recente e, portanto, ainda deve ser muito explorada pelas bancas 
de concurso. 
 
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02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime 
Jurídico Administrativo, é correto afirmar:a) O princípio da impessoalidade destina-se a 
proteger simultaneamente o interesse público e o interesse privado, pautando-se pela 
igualdade de tratamento a todos administrados, independentemente de quaisquer preferências 
pessoais. 
b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações públicas,as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias destas duas últimas. As 
subsidiárias não dependem de autorização legislativa justamente por integrarem a 
Administração Pública Indireta. 
c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem pública prescindem 
de autorização específica para fins do exercício do controle externo. 
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica sanções por infrações 
administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de exercício de Poder de Polícia com base 
na hierarquia. 
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato vinculado, concedida 
desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
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Letra a) O princípio da impessoalidade visa proteger o interesse da coletividade (interesse 
público) e não o interesse privado como afirma a alternativa. A segunda parte da alternativa 
está correta, porquanto pauta-se pela igualdade de tratamento entre os administrados. 
Letra b) As subsidiárias não fazem parte da administração indireta. São entidades integrantes 
da administração indireta as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista. Também está errado afirmar que a criação de subsidiárias não 
precisa de autorização legislativa. Precisa sim, porém, essa autorização, segundo o STF, pode 
ser genérica (autorização legislativa na própria lei que autorizou a criação da entidade), ou 
seja, não precisa uma nova autorização a cada subsidiária criada. 
Letra c) Segundo o STF, as contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de 
origem pública dispensam autorização específica para fins do exercício do controle externo 
(prescindir = dispensar) 
Letra d) a aplicação de sanções pela administração pública aos seus servidores (atos punitivos 
internos) decorre imediatamente do exercício do poder disciplinar e mediatamente do 
poder hierárquico. 
Letra e) a licença é sim ato negocial e trata-se de ato vinculado, concedida sempre que 
cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei. 
 
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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do direito 
administrativo, julgue o item que se segue. 
Considerando os princípios constitucionais explícitos da administração pública, o STF estendeu 
a vedação da prática do nepotismo às sociedades de economia mista, embora elas sejam 
pessoas jurídicas de direito privado. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
O STF tratou do assunto nepotismo na Súmula Vinculante n. 13, de seguinte teor: “a 
nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 
terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta 
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”. 
Perceba que a referida vedação abrange todas as entidades da administração indireta, 
incluídas, portanto, as pessoas jurídicas de direito privado. 
Ademais, é correto afirmar que a Suprema Corte considerou os princípios explícitos da 
administração pública (LIMPE) para vedar a prática do nepotismo. Assim, o STF entendeu 
que violaria os princípios da moralidade, da impessoalidade e até mesmo poderia 
violar o princípio da eficiência nos casos de ocorrência de nepotismo na administração 
pública. 
 
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04 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito) De acordo com o art. 54 da Lei n. 9.784/1999, o 
direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis 
para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo 
comprovada má-fé. Trata-se de hipótese em que o legislador, em detrimento da legalidade, 
prestigiou outros valores. Tais valores têm por fundamento o princípio administrativo da 
a) presunção de legitimidade. 
b) autotutela. 
c) segurança jurídica. 
d) continuidade do serviço público. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
O princípio da segurança jurídica tem a finalidade de evitar alterações supervenientes que 
possam causar instabilidade social e diminuir os efeitos traumáticos de novas disposições, 
protegendo sempre a estabilidade jurídica. 
Segundo Rafael Carvalho Resende Oliveira, a decadência administrativa é a perda do direito 
de anular o ato administrativo ilegal, tendo em vista o decurso do tempo. Nesse caso, os 
princípios da segurança jurídica, da confiança legítima e da boa-fé, prevalecem sobre o 
princípio da legalidade por opção do próprio legislador que estabelece prazo para a anulação 
de atos ilegais. 
 
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05 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em 
importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, foi considerada 
inconstitucional lei que destinava verbas públicas para o custeio de evento cultural tipicamente 
privado, sem amparo jurídico-administrativo. Assim, entendeu a Corte Suprema tratar-se de 
favorecimento a seguimento social determinado, incompatível com o interesse público e com 
princípios que norteiam a atuação administrativa, especificamente, o princípio da 
a) presunção de legitimidade restrita. 
b) motivação. 
c) impessoalidade. 
d) continuidade dos serviços públicos. 
e) publicidade. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
O princípio da impessoalidade pode ser estudado sob 3 aspectos (acepções) distintos: 
1 – dever de tratamento isonômico aos administrados 
2 – dever de sempre satisfazer o interesse público 
3 – imputação dos atos praticados pelos agentes públicos à pessoa jurídica em que 
atuam. 
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No caso, o favorecimento a seguimento social determinado violaria o princípio da 
impessoalidade no seu primeiro aspecto, o dever de tratamento isonômico aos administrados. 
 
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06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em 
importante julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a Corte Superior 
a impossibilidade de acumulação de cargos públicos de profissionais da área da saúde quando 
a jornada de trabalho superar sessenta horas semanais. Assim, foi considerada a legalidade da 
limitação da jornada de trabalho do profissional de saúde para sessenta horas semanais, na 
medida em que o profissional da área da saúde precisa estar em boas condições físicas e 
mentais para bem exercer as suas atribuições, o que certamente depende de adequado 
descanso no intervalo entre o final de uma jornada de trabalho e o início da outra, o que é 
impossível em condições de sobrecarga de trabalho. Tal entendimento está em consonância 
com um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa, qual seja, o princípio da 
a) publicidade. 
b) motivação. 
c) eficiência. 
d) moralidade. 
e) impessoalidade. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
No caso, para que o servidor possaexercer suas atribuições com eficiência, ele precisa de um 
adequado intervalo de descanso entre uma jornada e outra. 
Assim, o STJ reconheceu a impossibilidade de cumulação de cargos de profissionais de saúde 
quando a jornada de trabalho superar 60 horas semanais. Isso porque, apesar de a Constituição 
Federal permitir a cumulação de dois cargos privativos de profissionais de saúde, deve haver, 
além da compatibilidade de horários, observância ao princípio constitucional da eficiência, o 
que significa que o servidor deve gozar de boas condições físicas e mentais para exercer suas 
atribuições. (REsp 1565429). 
 
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07 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) O princípio da 
razoabilidade 
a) se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado aceitável, e sua inobservância 
resulta em vício do ato administrativo. 
b) incide apenas sobre a função administrativa do Estado. 
c) é autônomo em relação aos princípios da legalidade e da finalidade. 
d) comporta significado unívoco, a despeito de sua amplitude, sendo sua observação pelo 
administrador algo simples. 
e) pode servir de fundamento para a atuação do Poder Judiciário quanto ao mérito 
administrativo. 
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GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, enuncia-se com esse princípio 
(razoabilidade) que a Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a 
critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas 
equilibradas e respeitosa das finalidades que presidiram a outorga da competência exercida. 
Segundo o mesmo autor, os atos que violem o princípio da razoabilidade devem ser invalidados, 
autorizando o controle judicial desses atos. 
Letra b) O princípio da razoabilidade incide também sobre a função legislativa do Estado, 
servindo como mecanismo para o controle da atividade legislativa. 
Letra c) O princípio da razoabilidade não é autônomo em relação aos princípios da legalidade 
e da finalidade. Isso porque o princípio da razoabilidade fundamenta-se nos princípios da 
legalidade e finalidade, ou seja, uma ação desarrazoada da administração pública 
invariavelmente também será ilegal e com fim diverso da finalidade pública. 
Letra d) Totalmente errada. A razoabilidade não comporta significado unívoco, o que pode ser 
razoável para uns, pode não ser para outros. Assim, sua observação não é algo simples para o 
administrador público. 
Letra e) o judiciário não analisa o mérito administrativo quando atua. Assim, quando um ato 
possui vício de razoabilidade ele é, na verdade, um ato ilegal. 
 
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08 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) 
A atuação da Administração é pautada por determinados princípios, alguns positivados em 
âmbito constitucional ou legal e outros consolidados por construções doutrinárias. Exemplo de 
tais princípios são a tutela ou controle e a autotutela, que diferem entre si nos seguintes 
aspectos: 
a) a autotutela é espontânea e se opera de ofício, enquanto a tutela é exercida sempre 
mediante provocação do interessado ou de terceiros prejudicados. 
b) a autotutela se dá no âmbito administrativo, de ofício pela Administração direta ou mediante 
representação, e a tutela é exercida pelo Poder Judiciário. 
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder 
disciplinar e a autotutela do poder hierárquico. 
d) a tutela decorre do poder hierárquico e a autotutela é expressão da supremacia do interesse 
público fundamentando o poder de polícia. 
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades 
da Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos. 
GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
O princípio da autotutela é a possibilidade de a administração pública rever os seus próprios 
atos, seja para anulá-los (ilegais) ou revogá-los (inconvenientes ou inoportunos), de ofício 
ou mediante provocação de terceiros interessados. 
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Já o princípio da tutela administrativa é o controle finalístico que a administração direta 
efetua sobre as entidades da administração indireta, visando garantir a observância de suas 
finalidades institucionais. 
A letra a está errada porque tanto a autotutela como a tutela administrativa podem ser 
operadas de ofício quanto por provocação de terceiros interessados. 
A letra b está errada pois tanto a autotutela como a tutela são realizadas pela própria 
administração pública, e não pelo Judiciário. 
Na letra c, realmente ambas são exercidas pela própria administração. E a autotutela realmente 
deriva do poder hierárquico. Porém, a tutela administrativa não deriva do poder disciplinar, 
mas sim do poder de polícia administrativa. 
Na letra d, conforme pontuado acima, a tutela decorre do poder de polícia e a autotutela do 
poder hierárquico. 
A letra e é o gabarito da questão. 
 
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09 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere a lição de 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou 
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que 
nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p. 99). 
Essa lição expressa o conteúdo do princípio da 
a) impessoalidade, expressamente previsto na Constituição Federal, que norteia a atuação da 
Administração pública de forma a evitar favorecimentos e viabilizar o atingimento do interesse 
público, finalidade da função executiva. 
b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver 
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento em 
prol do princípio da eficiência. 
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de 
forma que os demais princípios e regras podem ser relativizados. 
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e 
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva. 
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de 
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) é o gabarito da questão. O princípio da impessoalidade visa tratamento isonômico, 
atingimento do interesse público e a não promoção pessoal do agente público. 
Letra b) pelo princípio da legalidade, a administração pública deve sempre atuar de acordo 
com o previsto em lei, em sentido amplo e estrito, não se admitindo a mitigação do 
cumprimento da lei em prol do princípio da eficiência. 
Letra c) é verdade que o princípio da eficiência orienta a atuação e o controle da administração 
pública pelo resultado, porém, os demais princípios e regras não podem ser relativizados. 
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Letra d) o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é princípio basilar do 
direito administrativo. Junto com o princípio da indisponibilidade do interesse público sobre o 
privado, formam o chamado regime jurídico administrativo. No entanto, eles não estão acima 
dos demais princípios,na verdade, os princípios estão todos no mesmo nível, não existe 
hierarquia entre os princípios da administração pública. 
Letra e) via de regra, os atos devem ser públicos, em respeito ao princípio da publicidade. No 
entanto, alguns atos podem ser sigilosos, quando houver interesse público justificado e nos 
casos de segurança nacional. 
 
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10 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) A respeito dos princípios da 
administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir. 
Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer 
constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela 
autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Uma das acepções do princípio da impessoalidade é a vedação à promoção pessoal do agente 
público. Assim, está correta a assertiva. 
 
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11 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Acerca de administração pública, 
organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir. 
O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Segundo a doutrina de Rafael Carvalho Rezende Oliveira, o ordenamento jurídico consagrou 
diversos instrumentos jurídicos aptos a exigir a publicidade dos atos do Poder Público, tais 
como: o direito de petição ao Poder Público em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder (art. 5º, XXXIV, ‘a’ da CRFB); o direito de obter certidões em repartições 
públicas para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal (...). Assim, 
correta a assertiva ao afirmar que o direito de petição é um dos instrumentos para a 
concretização do princípio da publicidade. 
 
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12 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) No que se refere ao controle e à 
responsabilidade da administração, julgue o item subsequente. 
A legalidade de qualquer ato administrativo pode ser submetida à apreciação judicial. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
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Realmente todos os atos podem ser submetidos à apreciação judicial. Além disso, o Poder 
Judiciário efetua controle de legalidade tanto em atos vinculados como em atos discricionários. 
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial. 
 
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13 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Em relação aos princípios da administração pública e 
à organização administrativa, julgue o item que se segue. 
O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver determinado, ciente 
de que desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o princípio da 
indisponibilidade do interesse público. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
O princípio da indisponibilidade do interesse público faz com que a Administração, por 
intermédio de seus agentes, não tenha vontade própria, por estar investida no papel de 
satisfazer a vontade de terceiros, quais sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a 
Administração Pública sofre restrições em sua atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc. 
 
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14 (2017/CESPE/SEDF/Direito) Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no 
serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do 
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se 
sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze 
dias após a data da publicação do resultado. 
Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os princípios da legalidade 
e da impessoalidade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Realmente houve violação dos princípios da legalidade (edição de portaria sem ser o sujeito 
competente) e impessoalidade (beneficiar amigos ao invés de buscar a isonomia). 
Para complementar, nos termos da lei n. 9.784/99, os atos de caráter normativo não podem 
ser delegados. Com efeito, houve mais uma ilegalidade na edição da referida portaria. 
 
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15 (2017/CESPE/SEDF/Administrador) À luz da legislação que rege os atos 
administrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o 
seguinte item. 
Legalidade e publicidade são princípios constitucionais expressos aplicáveis à administração 
pública direta e indireta do DF. 
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GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
CF/88, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
Assim, correta a assertiva. 
 
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16 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
O princípio fundamental do controle determina que o controle das atividades da administração 
federal seja exercido em todos os seus níveis e órgãos, sem exceções. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Essa é uma daquelas questões do CESPE complicadíssimas. Conforme o aluno vai acumulando 
experiência em questões de concursos, ele observa que as expressões do tipo “sem exceções”, 
“sempre”, “nunca”, etc quase sempre estão erradas, principalmente quando se tratar de 
questão do CESPE. 
No entanto, essa é uma daquelas regras que realmente não comporta exceções. 
Segundo o art. 13 do Decreto Lei n. 200/67, o controle das atividades da administração federal 
deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos. Portanto, correta a assertiva. 
 
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17 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
Os princípios que regem a administração pública federal brasileira estão estabelecidos no Título 
I – Dos Princípios Fundamentais, da Constituição Federal de 1988. 
GABARITO: Errado 
COMENTÁRIO: 
Os princípios que regem a administração pública federal estão estabelecidos no Título III – 
Da Organização do Estado, Capítulo VII – Da Administração Pública, Seção I – Disposições 
Gerais, no Art. 37. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
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18 (2016/CESPE/FUB/Assistente- Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
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Entre esses princípios inclui-se aquele que autoriza que o administrador público federal, em 
determinadas situações, delegue competência para a prática de atos administrativos. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
O princípio em comento é o princípio da hierarquia. Segundo esse princípio, os órgãos da 
administração pública devem ser estruturados de forma tal que haja uma relação de 
coordenação e subordinação entre eles, cada um titular de atribuições definidas na lei. 
Como consequência desse princípio surge a possibilidade de revisão de atos dos subordinados, 
delegação e avocação de atribuições, aplicação de penalidades. Do ponto de vista do 
subordinado, há o dever de obediência. 
Por fim, essa relação de hierarquia só existe no exercício da atividade administrativa, não existe 
nas atividades legislativas e judicantes. 
 
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19 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) No que diz respeito aos 
poderes e deveres dos administradores públicos, julgue o item que se segue. 
O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever 
de eficiência. 
GABARITO: Errado 
COMENTÁRIO: 
O dever de o administrador público agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever 
de moralidade. 
O dever do administrador público de agir de forma célere e econômica se refere ao seu dever 
de eficiência. 
 
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20 (2016/CESPE/FUB/Auxiliar de Administração) Com relação à administração pública, 
julgue o item que se segue. 
Como um dos princípios da administração pública brasileira, a publicidade destina-se a garantir 
a transparência dos atos dos agentes públicos. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
O princípio da publicidade apresenta dupla acepção, a saber: 
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos 
que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público. 
b) exigência de transparência da autuação administrativa. 
Correta, portanto, a assertiva. 
 
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21 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito dos princípios básicos da 
Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que o princípio 
a) de impessoalidade demanda objetividade no atendimento do interesse público, vedada a 
promoção pessoal de agentes públicos. 
b) de legalidade demanda atuação da Administração pública conforme a lei e o Direito. 
c) de moralidade demanda atuação da Administração pública segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa-fé. 
d) da eficiência demanda celeridade na atuação da Administração pública, se necessário em 
contrariedade à lei, dada a primazia do resultado sobre a burocracia. 
e) de publicidade demanda a divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as 
hipóteses de sigilo previstas no ordenamento jurídico. 
GABARITO: Letra D 
COMENTÁRIO: 
Todos os conceitos estão corretos, exceto a alternativa d. 
A eficiência demanda celeridade na atuação da administração pública, porém, não poderá 
contrariar a lei, sempre deverá buscar eficiência agindo em conformidade com o ordenamento 
jurídico. 
 
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22 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) Os atos e provimentos administrativos 
são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em 
nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da Administração Pública, de sorte 
que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que formalmente manifesta a 
vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à Constituição) 
Esse comentário refere-se ao princípio da Administração pública da 
a) impessoalidade. 
b) legalidade. 
c) moralidade. 
d) eficiência. 
e) publicidade. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
O princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados por um funcionário de 
fato é o princípio da impessoalidade. 
É o caso do servidor que ingressou no serviço público para um cargo de nível superior e depois 
de algum tempo foi descoberto que ele apresentou um diploma falso no ato da posse. Os atos 
praticados por esse servidor continuam válidos, pois, apesar de não ser um servidor de direito, 
ele era um servidor de fato, agindo em nome do Estado. 
 
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23 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Técnico de Controle Interno) Acerca da 
administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF. 
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios 
necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e 
garantindo a maior rentabilidade social. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Consoante o que preleciona Alexandre de Morais, o princípio da eficiência pode caracterizar-se 
como “aquele que impõe à Administração Pública direta e indireta a seus agentes a persuasão 
do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, 
transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, primando 
pela adoção dos critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos 
recursos públicos, de maneira a evitar-se desperdícios e garantir-se maior 
rentabilidade social. Note-se que não se trata da consagração da tecnocracia, muito pelo 
contrário, o princípio da eficiência dirige-se para a razão e fim maior do Estado, a prestação 
dos serviços essenciais à população, visando à adoção de todos os meios legais e morais 
possíveis para a satisfação do bem comum”. 
 
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24 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Auditor de Controle Interno) Com relação 
ao controle no âmbito da administração pública, julgue o item seguinte. 
O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a administração pública tem 
sobre seus próprios atos e agentes. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Exato, o controle administrativo deriva do princípio da autotutela da administração pública. 
A Súmula n. 473/STF retrata o referido princípio: 
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial. 
 
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25 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em 
importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, considerou a Suprema Corte, 
em síntese, que no julgamento de impeachment do Presidente da República, todas as votações 
devem ser abertas, de modo a permitir maior transparência, controle dos representantes e 
legitimação do processo.Trata-se, especificamente, de observância ao princípio da 
a) publicidade. 
b) proporcionalidade restrita. 
c) supremacia do interesse privado. 
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d) presunção de legitimidade. 
e) motivação. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Esse julgado foi na ADPF 378/DF: 
"[...] No processo de impeachment, as votações devem ser abertas, de modo a 
permitir maior transparência, accountability e legitimação. No silêncio da Constituição, 
da Lei 1.079/1950 e do Regimento Interno sobre a forma de votação, não é admissível que o 
Presidente da Câmara dos Deputados possa, por decisão unipessoal e discricionária, estender 
hipótese inespecífica de votação secreta prevista no RICD, por analogia, à eleição para a 
comissão especial de impeachment. Além disso, o sigilo do escrutínio é incompatível com a 
natureza e a gravidade do processo por crime de responsabilidade. Em processo de tamanha 
magnitude, que pode levar o Presidente a ser afastado e perder o mandato, é preciso 
garantir o maior grau de transparência e publicidade possível. Nesse caso, não é 
possível invocar como justificativa para o voto secreto a necessidade de garantir a liberdade e 
independência dos congressistas, afastando a possibilidade de ingerências indevidas. Se a 
votação secreta pode ser capaz de afastar determinadas pressões, ao mesmo tempo, ela 
enfraquece a possibilidade de controle popular sobre os representantes, em violação aos 
princípios democrático, representativo e republicano. Por fim, a votação aberta (simbólica) foi 
adotada para a composição da comissão especial no processo de impeachment de Collor, de 
modo que a manutenção do mesmo rito seguido em 1992 contribui para a segurança jurídica 
e a previsibilidade do procedimento. [...]" 
 
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26 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil) Sem ter sido aprovado em concurso 
público, um indivíduo foi contratado para exercer cargo em uma delegacia de polícia de 
determinado município, por ter contribuído na campanha política do agente contratante. 
Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da 
a) supremacia do interesse público. 
b) impessoalidade. 
c) eficiência. 
d) publicidade. 
e) indisponibilidade. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Precipuamente é o mesmo que “sobretudo”, “principalmente”, “essencialmente”. 
No caso, houve violação ao princípio da impessoalidade, na sua acepção de isonomia. Se ele 
ingressou no serviço público sem concurso público, apenas por ter contribuído para a campanha 
DIREITO ADMINISTRATIVO FACILITADO 
 
Prof. Evandro Zillmer 27 
 
do agente contratante, houve violação ao postulado da isonomia entre os que pretendiam o 
cargo em questão. 
 
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27 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) O regime jurídico administrativo tipifica o próprio 
direito administrativo e confere à Administração 
a) prerrogativas instrumentais à consecução de fins de interesse geral, não a sujeitando, no 
entanto, a restrições, isso em razão do princípio da supremacia do interesse público sobre o 
privado. 
b) prerrogativas não aplicáveis ao particular e instrumentais à cura do interesse público, tais 
como a autotutela e o poder de polícia, dentre outras tantas, que lhe permitem assegurar a 
supremacia do interesse público sobre o privado. 
c) privilégios em face do particular, que podem ser exercidos de forma ampla e irrestrita, em 
razão de sua posição vertical face aos mesmos. 
d) restrições e prerrogativas necessárias à consecução dos seus fins, que são igualmente 
identificáveis nas relações entre os privados em razão do princípio da isonomia. 
e) amplo poder em face do particular, que se sujeita aos seus comandos independentemente 
do fim objetivado, uma vez que o agir administrativo é presumidamente de acordo com a lei. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o regime jurídico administrativo é dividido em dois supra princípios: o da supremacia 
do interesse público sobre o privado (privilégios) e o da indisponibilidade do interesse 
público (restrições). Assim, erra a alternativa ao afirmar que não há restrições para a 
administração pública. Podemos citar como restrições, o concurso público, a licitação, o dever 
de agir, o dever de prestar contas, etc. 
Letra b) realmente a autotutela e o poder de polícia são prerrogativas da administração pública 
para alcançar seu objetivo principal: o interesse público. 
Letra c) os privilégios não podem ser exercidos de modo amplo e irrestrito. Pelo contrário, 
esses privilégios só poderão ser exercidos nos estritos limites definidos em lei. Por fim, vale 
ressaltar que a supremacia do interesse público sobre o privado é princípio não absoluto (já 
falamos que não existem princípios de natureza absoluta no direito administrativo). 
Letra d) as prerrogativas e restrições não são identificáveis nas relações entre os privados. 
Letra e) independente do fim objetivado não, o fim objetivado pela administração pública é 
sempre o interesse da coletividade. 
 
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28 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo) A Administração pública está sujeita a 
regime jurídico administrativo, quea) não se aplica às hipóteses de desconcentração do serviço 
público, método de gestão administrativa utilizado para flexibilização do regime jurídico 
aplicável à atuação da Administração. 
b) não se aplica às hipóteses de descentralização do serviço público, que passa a ser de 
competência de pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta do Estado. 
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Prof. Evandro Zillmer 28 
 
c) não se aplica às autarquias, porque integrantes da Administração pública indireta. 
d) aplica-se às autarquias, pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração 
pública indireta do Estado. 
e) pode ser afastado por decisão discricionária do Administrador, desde que justificada, em 
razão dos princípios da eficiência e economicidade. 
GABARITO: Letra D 
COMENTÁRIO: 
Dica de prova: nessa questão temos duas alternativas completamente opostas 
(contraditórias), as letras c e d. Quando isso acontece, a resposta geralmente é uma delas. 
Assim, o primeiro passo é avaliarmos nas outras alternativas que sobraram se alguma delas 
tem o mesmo conceito que as contraditórias. Vejam a letra b e a letra c. Em outras palavras 
elas dizem a mesma coisa, ou seja, elas não podem ser a nossa resposta. Assim, só nos resta 
a letra d. Por fim, mesmo que essa técnica não fosse possível, se tivéssemos que chutar essa 
questão e soubéssemos que as letras c e d eram contraditórias, o eventual chute resumir-se-
ia a apenas duas opções, e não cinco. 
Dito isso, vamos às alternativas: 
Letra a) o regime jurídico administrativo aplica-se à técnica da desconcentração (criação de 
órgãos). 
Letra b, c, d) aplica-se também às hipóteses de descentralização (criação de entidades da 
administração indireta). Na verdade, o regime jurídico administrativo aplica-se a toda a 
administração pública (administração direta e indireta). 
Letra e) o regime jurídico administrativo é definido em lei, não há, portanto, 
discricionariedade. 
 
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29 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação) Sobre os princípios da 
Administração pública é exemplo de infração ao princípio da: 
I. legalidade, atuação administrativa conforme o Direito.II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um 
inimigo. 
III. publicidade, se negar a publicar as contas de um Município. 
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I e III. 
e) II e IV. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
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Prof. Evandro Zillmer 29 
 
I – errado – atuar conforme o direito não é infração ao princípio da legalidade, pelo contrário, 
atuar conforme o direito é obediência ao princípio da legalidade. 
II – correto – realmente desapropriar um imóvel para prejudicar um inimigo viola o princípio 
da moralidade administrativa. As desapropriações devem buscar sempre o interesse público. 
No caso, além do princípio da moralidade também podemos afirmar que haverá violação ao 
princípio da impessoalidade, os quais, aliás, costumam caminhar lado a lado. Assim, 
normalmente quando um desses princípios é violado o outro também o é. 
III – correto – de fato, se negar a publicar as contas de um município fere o princípio da 
publicidade. 
IV – errado - quando uma autoridade pública nomeia parentes para sua assessoria, ele está 
praticando nepotismo, conduta vedada pela Súmula Vinculante n. 13/STF. A prática do 
nepotismo viola os princípios da moralidade e da impessoalidade de forma direta. 
Afirmar que o nepotismo viola a eficiência administrativa não é sempre verdadeiro, depende 
do caso concreto, por isso o erro da questão. Assim, a prática do nepotismo poderá violar o 
princípio da eficiência, caso fique comprovado que o nomeado não era competente para o cargo. 
Súmula Vinculante n. 13 - a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor 
da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, 
viola a Constituição Federal. 
 
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30 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Quando a União firma um convênio com 
um estado da Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e 
determinado governador ou outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos da 
soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de comando político não 
exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) 
tem entendido que a inscrição do nome de estado-membro em cadastro federal de 
inadimplentes devido a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura ofensa ao 
princípio da administração pública denominado princípio do(a) 
a) intranscendência. 
b) contraditório e da ampla defesa. 
c) continuidade do serviço público. 
d) confiança legítima. 
e) moralidade. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
INFORMATIVO 791 - STF 
O princípio da intranscendência subjetiva impede que sanções e restrições superem a 
dimensão estritamente pessoal do infrator e atinjam pessoas que não tenham sido as 
causadoras do ato ilícito. Assim, o princípio da intranscendência subjetiva das sanções 
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proíbe a aplicação de sanções às administrações atuais por atos de gestão praticados 
por administrações anteriores. A inscrição do Estado de Pernambuco no CAUC ocorreu em 
razão do descumprimento de convênio celebrado por gestão anterior, ou seja, na época de 
outro Governador. Ademais, ficou demonstrado que os novos gestores estavam tomando as 
providências necessárias para sanar as irregularidades verificadas. Logo, deve-se aplicar, no 
caso concreto, o princípio da intranscendência subjetiva das sanções, impedindo que 
a Administração atual seja punida com a restrição na celebração de novos convênios 
ou recebimento de repasses federais. STF. 1ª Turma. AC 2614/PE, AC 781/PI e AC 2946/PI, 
Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 23/6/2015 (Info 791) 
 
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31 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) O princípio da proteção à confiança da 
administração pública 
a) determina que a administração pública atenda apenas ao que a lei impõe. 
b) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões administrativas, 
possibilitando a criação de obrigações para o particular. 
c) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica. 
d) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da administração pública. 
e) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o princípio da legalidade é que determina que a administração pública atenda apenas 
ao que a lei impõe. 
Letra b) dar à administração pública o poder de execução imediata das decisões 
administrativas é atributo da autoexecutoriedade e possibilitar a criação de obrigações ao 
particular é característica do atributo da imperatividade dos atos administrativos. 
Letra c) é verdade que o princípio da proteção à confiança da administração pública 
corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica. 
Letra d) os princípios da legalidade e da proporcionalidade/razoabilidade são considerados 
limitações à discricionariedade administrativa, o princípio da proteção à confiança não. 
Letra e) os princípios expressos no art. 37 da CF/88 são o nosso famoso LIMPE – 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
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32 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Acerca de função administrativa 
e atos administrativos, julgue o item a seguir. 
Em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, o Estado somente poderá 
exercer sua função administrativa sob o regime de direito público. 
GABARITO: Errada. 
COMENTÁRIO: 
Esse princípio – indisponibilidade do interesse público - faz com que a Administração, por 
intermédio de seus agentes, não tenha vontade própria, por estar investida no papel de 
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Prof. Evandro Zillmer 31 
 
satisfazer a vontade de terceiros, quais sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a 
Administração Pública sofre restrições em sua atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc. 
Ademais, o Estado exercerá sua função administrativa predominantemente sob o regime 
de direito público, no entanto, em alguns casos poderá ser regido por regras de direito 
privado, cito como exemplo um contrato de locação de imóvel de propriedade de particular. 
Nesse caso o Estado fará esse contrato de locação regido pelas regras do direito civil. 
 
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33 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) No que se refere aos 
princípios da administração pública, julgue o item subsequente. 
O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos. 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIO: 
O princípio da publicidade apresenta dupla acepção, a saber: 
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos administrativos 
que devam produzir efeitos externos

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