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4.2 Teorema do Valor Médio Material online: h-p://www.im.ufal.br/professor/thales/calc1-‐2010_2.html Teorema de Rolle: Seja f uma função que satisfaça as seguintes hipóteses: a) f é contínua no intervalo [a,b] b) f é diferenciável no intervalo (a,b) c) f(a) = f(b) Então existe um número c em (a,b) tal que f’(c)=0. Prova: caso 1: f(x) = k constante Teorema de Rolle: Seja f uma função que satisfaça as seguintes hipóteses: a) f é contínua no intervalo [a,b] b) f é diferenciável no intervalo (a,b) c) f(a) = f(b) Então existe um número c em (a,b) tal que f’(c)=0. f’(x)=0 para qualquer x em (a,b) caso 2: f(x) > f(a) para algum x em (a,b) Pelo Teorema de Weierstrass, f atinge um valor��� máximo f(xM) em algum xM em [a,b]. Como f(a)=f(b)< f(x) para algum x,��� xM deve estar no aberto (a,b). Como f é diferenciável em (a,b) e xM é ponto de máximo, temos f’(xM)=0,��� Dai c=xM. Prova: Teorema de Rolle: Seja f uma função que satisfaça as seguintes hipóteses: a) f é contínua no intervalo [a,b] b) f é diferenciável no intervalo (a,b) c) f(a) = f(b) Então existe um número c em (a,b) tal que f’(c)=0. Analogamente, f atinge um valor mínimo f(xm) em algum xm em (a,b), onde teremos f’(xm)=0,��� Dai c=xm. caso 3: f(x) < f(a) para algum x em (a,b) Exemplo: Teorema de Rolle: Seja f uma função que satisfaça as seguintes hipóteses: a) f é contínua no intervalo [a,b] b) f é diferenciável no intervalo (a,b) c) f(a) = f(b) Então existe um número c em (a,b) tal que f’(c)=0. Considere uma bola jogada para cima de uma altura inicial de 2m. Em algum momento, a bola para de subir e desce, até atingir novamente a altura de 2m. Logo, se f é uma função que dá a altura da bola em metros no instante t, o Teorema de Rolle nos garante que em algum momento a velocidade da bola se anula, pois: f(t0)=f(t1)= 2, onde t0 é o instante de tempo inicial e t1 o instante de tempo final onde a altura mede 2m. Como a função altura é contínua e diferencial, existe c em (t0, t1) tal que f’(c)=0. 2m f(c) Exemplo: Teorema de Rolle: Seja f uma função que satisfaça as seguintes hipóteses: a) f é contínua no intervalo [a,b] b) f é diferenciável no intervalo (a,b) c) f(a) = f(b) Então existe um número c em (a,b) tal que f’(c)=0. Demonstre que a equação x3 + x - 1 = 0 tem exatamente uma raiz real. Temos que f(0) = -1 < 0 e f(1) = 1 > 0. Pelo Teorema do Valor Intermediário, como f é contínua, existe um número c entre 0 e 1 tal que ��� f(c) = 0. Logo, f tem pelo menos uma raiz real. Suponha agora que f tem duas raízes reais. Então ��� f(a) = f(b) = 0. f é derivável e contínua em todo ponto, pois é polinômio. Logo, pelo Teorema de Rolle, existe c entre a e b tal que f’(c) = 0. Mas isso é um absurdo, pois f’(c) = 3x2 + 1 ≥ 1 para todo x. f �(c) = f(b)− f(a) b− aou y=f(x) A = (a, f(a)) B = (b, f(b)) P = (c, f(c)) f �(c) = f(b)− f(a) b− aou f �(c) = f(b)− f(a) b− aou Prova: Equação da reta por A e B: Considere a funcão h(x) que dá a diferença entre f e a função linear cujo gráfico é a secante que por A e B. y − f(a) = f(b)− f(a) b− a (x− a), mAB = f(b)− f(a) b− a y = f(a) + f(b)− f(a) b− a (x− a), f �(c) = f(b)− f(a) b− aou Prova: y = f(a) + f(b)− f(a) b− a (x− a), 1. h é contínua em [a,b] 2. h é derivável em (a,b) 3. h(a) = 0 = h(b) Pelo Teorema de Rolle, existe c em (a,b) tal que h’(c) = 0 0 = h�(c) = f �(c)− f(b)− f(a) b− a � f �(c) = f(b)− f(a) b− a h�(x) = f �(x)− f(b)− f(a) b− a .Mas Exemplo: Se um objeto se move em linha reta com função posição s = f(t), então a velocidade média entre t = a e t = b é Pelo Teorema do Valor Médio, em algum instante t = c entre a e b, temos vm = f(b)− f(a) b− a Mas f’(c) é a velocidade instantânea do objeto quando t = c. Logo, o Teorema do Valor Médio nos diz que em algum momento entre a e b a velocidade instantânea é igual a velocidade média. f �(c) = f(b)− f(a) b− a = vm Por exemplo, se um carro percorre 180 km em duas horas, sua velocidade média é de 90 km/h. Logo, em algum instante nessas duas horas, o velocímetro marcou 90 km/h. Exemplo: Suponha que f(0) = -3 e f’(x) ≤ 5 para todos os valores de x. Quão grande f (2) pode ser, supondo que f é contínua e derivável em toda parte? Aplicando o Teorema do Valor Médio ao intervalo (0,2), temos: f �(c) = f(2)− f(0) 2− 0 = f(2) + 3 2 Mas f’(c) ≤ 5, logo: f(2) + 3 2 ≤ 5 f(2) + 3 ≤ 10 f(2) ≤ 7 Exemplo: Suponha que f(0) = -3 e f’(x) ≤ 5 para todos os valores de x. Quão grande f (2) pode ser, supondo que f é contínua e derivável em toda parte? Aplicando o Teorema do Valor Médio ao intervalo (0,2), temos: f �(c) = f(2)− f(0) 2− 0 = f(2) + 3 2 Mas f’(c) ≤ 5, logo: f(2) + 3 2 ≤ 5 f(2) + 3 ≤ 10 f(2) ≤ 7 f’(c) = 0 = f(b) – f(a) f(b) = f(a) Podemos, analogamente, tomar b < a e chegar a mesma conclusão de que f(b) = f(a). Logo, f(x) = f(a) para todo x, e f é constante. Corolário: Se f’(x) = g’(x) para todo x em um intervalo aberto (a,b) então f – g é constante em (a, b), isto é, f(x) = g(x) + c, onde c é uma constante. Seja F(x) = f(x) – g(x). F’(x) = f’(x) – g'(x) Como f’(x) = g’(x) em (a,b) , F’(x) = 0 Pelo corolário anterior, F é constante em (a,b). Demonstração: Exemplo: Demonstre que arctg(x) + arccotg(x) = π/2. Seja F(x) = arctg(x) + arccotg(x). F �(x) = 1 1 + x2 − 1 1 + x2 = 0 Pelo corolário, F é constante. Resta mostrar que essa constante vale π/2. Basta tomar um valor qualquer de x, por exemplo, x=1: F(1) = arctg(1) + arccotg(1) = π/4 + π/4 = π/2. Logo, arctg(x) + arccotg(x) = F(x) = F(1) = π/2. Exercício: Mostre que se x > 0. Vamos tentar usar o Teorema do Valor Médio… √ 1 + x < 1 + 1 2 x Tome f(x) = √ 1 + x f �(x) = 1 2 √ 1 + x Se x > 0, f �(x) < 1 2 Pelo Teorema do Valor Médio, como f é contínua e derivável quando x > 0, podemos tomar qualquer intervalo positivo (a, b), de modo que existe c em (a, b) tal que f �(c) = f(b)− f(a) b− a < 1 2 √ 1 + b−√1 + a b− a < 1 2 Exercício: Mostre que se x > 0. Vamos tentar usar o Teorema do Valor Médio… √ 1 + x < 1 + 1 2 x Tome f(x) = √ 1 + x f �(x) = 1 2 √ 1 + x Se x > 0, f �(x) < 1 2 Pelo Teorema do Valor Médio, como f é contínua e derivável quando x > 0, podemos tomar qualquer intervalo positivo (a, b), de modo que existe c em (a, b) tal que f �(c) = f(b)− f(a) b− a < 1 2 √ 1 + b−√1 + a b− a < 1 2 √ 1 + b−√1 + a < 1 2 (b− a) Para chegar próximo da expressão desejada, façamos b = x: √ 1 + x−√1 + a < 1 2 x− 1 2 a √ 1 + x < √ 1 + a+ 1 2 x− 1 2 a Finalmente, faça a = 0: √ 1 + x < 1 + 1 2 x Exercício: Encontre o número c que satisfaz a conclusão do Teorema do Valor Médio na função f(x) = e−2x, [0,3] f �(x) = e−2x · d dx [−2x] = −2 · e−2xSolução: f(0) = e−2·0 = e0 = 1 f(3) = e−2·3 = e−6 = e−6 − 1 3− 0 f �(c) = −2 · e−2c −2 · e−2c = f �(c) = f(b)− f(a) b− a log � e−2c � = log � 1− e−6 6 � c = −1 2 log � 1 6 (1− e−6) �Exercício: Suponha que para todo x. Mostre que Solução: 3 ≤ f �(x) ≤ 5 18 ≤ f(8)− f(2) ≤ 30. Vamos aplicar o Teorema do Valor no intervalo (2,8). f �(c) = f(8)− f(2) 8− 2 = f(8)− f(2) 6 Como : 3 ≤ f �(c) ≤ 5 3 ≤ f(8)− f(2) 6 ≤ 5 18 ≤ f(8)− f(2) ≤ 30
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