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Endodontia - 1º Bimestre - completo

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Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
Topografia da cavidade pulpar 
 
Importância do estudo da anatomia da cavidade pulpar 
 O conhecimento da anatomia interna dos elementos dentais é fundamental para: 
 o planejamento do tratamento endodôntico; 
 uma correta interpretação radiográfica; 
 evitar iatrogenias. 
 
 
A cavidade pulpar 
• Em dentes jovens, a cavidade pulpar é 
ampla; 
• Entretanto, devido à contínua deposição 
de dentina secundária durante a vida, os 
espaço pulpares tornam-se gradualmente 
menores. 
 
• Outros fatores podem influir na taxa de 
calcificação dos dentes: 
– desgastes (fisiológicos ou patológicos); 
– cárie; 
– traumas mecânicos. 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 
Características gerais da cavidade pulpar 
 • Biologicamente, o canal radicular pode ser 
dividido em: – canal dentinário 
 – canal cementário 
• Separando estas duas estruturas existe o limite 
CDC (cemento-dentina-canal). 
O canal principal pode apresentar 
ramificações ou fusões, a saber: Características Anatômicas 
 
 Incisivo central superior: 
máx. = 28,5 mm 
mín. = 18,0 mm 
média = 21,8 mm 
angulação : 3º, 15º 
desvio para distal: 25% 
um canal: 100% 
 Incisivo lateral superior: 
máx. = 29,5 mm 
mín. = 18,5 mm 
média = 23,1 mm 
angulação: 5º, 20º 
desvio para distal: 80% 
um canal:100% 
 
 
 Canino superior: 
máx. = 33,5 mm 
mín. = 20,0 mm 
média = 26,4 mm 
angulação: 6º 17º 
desvio para distal e vestibular 
um canal: 100% 
 Primeiro pré-molar superior: 
máx. = 25,5 mm 
mín. = 17,0 mm 
média = 21,5 mm 
angulação: 7º, 11º 
um canal: 15% 
dois canais: 85% 
 Segundo pré-molar superior: 
máx. = 26,0 mm 
mín. = 17,0 mm 
média = 21,6 mm 
angulação: 7º,7º 
um canal: 60% 
dois canais: 40% 
 Primeiro molar superior: 
máx. = 25,5 mm 
mín. = 18,0 mm 
média = 21,3 mm 
angulação: 0º, 15º 
três canais: 30% 
quatro canais: 70% 
 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Segundo molar superior: 
máx. = 27,0 mm 
mín. = 17,5 mm 
média = 21,7 mm 
angulação: 5º, 11º 
três canais: 50% 
quatro canais: 50% 
 Incisivo central inferior: 
máx. = 27,5 mm 
mín. = 16,5 mm 
média = 20,8 mm 
desvio para distal 
angulação: 0º, 15º 
um canal: 73% 
dois canais: 27% 
 Incisivo lateral inferior: 
máx. = 29,0 mm 
mín. = 17,0 mm 
média = 22,6 mm 
desvio para distal 
angulação: 0º, 10º 
um canal: 80% 
dois canais: 20% 
 Canino inferior: 
máx. = 32,0 mm 
mín. = 19,5 mm 
média = 25,0 mm 
angulação: 3º, 2º 
um canal: 88% 
dois canais: 12% 
 Primeiro pré-molar inferior: 
máx. = 26,5 mm 
mín. = 17,0 mm 
média = 21,9 mm 
angulação: 5º, 3º 
um canal: 69% 
dois canais: 31% 
 Segundo pré-molar inferior: 
máx. = 27,5 mm 
mín. = 17,5 mm 
média = 22,3 mm 
angulação: 5º, 9º 
um canal: 98% 
dois canais: 2% 
 Primeiro molar inferior: 
máx. = 27,0 mm 
mín. = 19,0 mm 
média = 21,9 mm 
angulação: 10º, 13º 
três canais: 78% 
quatro canais: 22% 
Em 78% dos casos, o primeiro molar 
apresenta 3 canais: dois mesiais (MV e ML) 
e um distal. Pode apresentar um quarto 
canal na raiz distal. 
 Segundo molar inferior: 
máx. = 26,0 mm 
mín. = 19,0 mm 
média = 22,4 mm 15º 13º 
angulação: 15º, 13º 
 
Instrumentais Endodônticos 
• Os instrumentos endodônticos podem 
ser divididos em: 
 – Instrumentos manuais: 
 Extirpa-nervos; 
 Alargadores; 
 Limas: – Tipo K 
 – Hedströem – Inst. rotató. 
 
Instrumentos Manuais 
• A padronização internacional para 
instrumentos manuais determina: 
 – matéria-prima empregada na fabricação 
(aço inoxidável); 
– forma geral; 
– comprimento; 
– diâmetro; 
– conicidade; 
– cor de identificação. 
• Os instrumentos manuais utilizados no 
preparo biomecânico obedecem à 
seguinte forma geral: 
 
 
Extirpa-nervos 
 • Também chamado de 
extirpa-polpas, são 
constituídos por hastes 
metálicas, cilíndricas, 
providas de um cabo de 
plástico colorido ou 
metal; 
• Apresentam em sua 
parte ativa farpas 
levantadas da própria 
massa metálica, dispostas 
circularmente. 
1. Introduzir no canal radicular; 
2. Rotacionar o instrumento no sentido horário 
(360º a 720º); 
3. Tracionar (1 a 2 vezes) 
• Devem ser utilizados apenas em canais 
relativamente amplos e retos, pois o uso em 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
canais atresiados pode causar a fratura do 
instrumento. 
Alargadores 
 • A parte ativa é uma 
espiral de secção triangular 
de passo longo; 
• Destinam-se a ampliar os 
canais radiculares de 
forma uniforme e 
progressiva; 
• Devem ser usados justos 
no canal radicular, 
estabelecendo um contato 
íntimo com as paredes dentinárias. 
1. Introduzir no canal radicular; 
2. Rotacionar o instrumento no sentido 
horário (½ volta); 
3. Tracionar; 
4. Repetir a partir do passo 1, até o 
instrumento não encontrar mais 
resistência nas paredes dentinárias do 
canal radicular. 
 
Limas tipo K 
 • A parte ativa é uma espiral 
de secção quadrangular de 
passo curto; 
• Desempenham papel 
semelhante aos alargadores, 
porém também podem ser 
usados na limagem das 
paredes dentinárias do canal 
radicular; 
1. Introduzir no canal 
radicular; 
2. Tracionar exercendo 
pressão nas paredes laterais do canal 
radicular; 
3. Repetir a partir do passo 1, até o 
instrumento não encontrar mais 
resistência nas paredes dentinárias do 
canal radicular. 
Limas tipo K – Alargamento: 
1. Introduzir no canal radicular; 
2. Rotacionar o instrumento no sentido 
horário (¼ volta); 
3. Tracionar 
4. Repetir a partir do passo 1, até o 
instrumento não encontrar mais 
resistência nas paredes dentinárias do 
canal radicular. 
 
 
 
 
 
 
Limas Hedströem 
• A parte ativa é uma espiral 
de secção cônica; 
• Possuem excelente 
capacidade de corte; • Não 
servem para ampliação 
inicial dos canais, devendo 
ser usadas somente após o 
uso de outras limas e para 
regularização das paredes. 
1. Introduzir no canal 
radicular; 
2. Tracionar exercendo pressão nas 
paredes laterais do canal radicular; 
3. Repetir a partir do passo 1, até que um 
instrumento mais calibroso possa ser 
introduzido no canal. 
 
Normal ISO 
• Os instrumentos endodônticos manuais 
exibem comprimentos variáveis, visando 
atender às diferenças anatômicas 
características de cada elemento dental. 
 • A parte que varia em comprimento nos 
instrumentos endodônticos manuais é o 
intermediário; 
• Segundo a norma ISO, a parte ativa deve 
ter, no mínimo, 16 mm de comprimento; 
• A norma ISO recomenda os 
comprimentos de 21; 25; 28 e 31 mm para 
limas e alargadores; 
• Os comprimentos mais utilizados (e, 
portanto, mais comuns) são: – 21 mm; – 25 
mm; – 31 mm. 
 
Diâmentro 
• O diâmetro de um instrumento é medido 
a partir do D0 , em centésimos de 
milímetros, e encontra-se gravado no cabo 
do mesmo; 
 
• Além disso, o código de cores do cabo 
permite a rápida identificação de cada 
lima. 
Exemplos: 
D0 = 0,15 mm = 15/100 mm = 150 µm → lima 15 
D0 = 0,35 mm = 35/100 mm = 350 µm → lima 35 
D0 = 0,70 mm = 70/100 mm = 700 µm → lima 70 
 
 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 
• Os instrumentos manuais são divididas 
em séries, de acordo com a tabela: 
. 
Conicidade 
• As limas e alargadores possuem uma 
conicidade padronizada de 2% (taper 0.02); 
• Assim, para cada milímetro percorrido na 
parte ativa do instrumento, seu diâmetro 
aumenta em 20 µm 
 
Cor de identificação 
• Os instrumentos endodônticos manuais 
têm cores de cabo específicas, que 
representam o seudiâmetro D0 ; 
• Isto facilita a identificação do tamanho da 
lima desejada durante os atos operatórios. 
 
1ªsérie 
2ªsérie 
3ªsérie 
Série especial 
 
 
Instrumentos rotatórios 
• Brocas: 
– Gates-Glidden; 
– Largo; 
– LN. 
 
Brocas Gates-Glidden 
• Confeccionadas em aço inoxidável, são 
empregadas no preparo dos terços cervical 
e médio do canal radicular; 
 
• Devem ser introduzidas e retiradas do 
interior do canal radicular sempre 
acionadas; 
• Não admitem movimento de báscula. 
• São utilizadas no preparo dos terços 
cervical e médio de canais radiculares sem 
curvaturas nestas regiões; 
• Devem ser levadas ao canal e removidas 
sempre acionadas; 
• Elas agilizam o preparo, reduzindo o 
tempo operatório. 
• Não devem ser realizados movimentos 
de báscula durante seu uso; 
• Devem ser removidas do canal quando 
houver resistência ao seu avanço, pois 
podem fraturar. 
Abertura coronária 
É a fase operatória inicial do tratamento 
endodôntico. 
 “Permite o acesso ao interior da cavidade 
pulpar através da remoção do teto da 
câmara pulpar e a realização de desgastes 
compensatórios, que possibilitam o acesso 
direto e sem obstáculos ao forame apical” 
 
Instrumental Utilizado 
• Material para isolamento absoluto e 
instrumental clínico (espelho, explorador, 
curetas, pinça clínica, etc...) 
• Brocas: 
 Brocas diamantadas esféricas: 
1012/1013/1014 
 Brocas esféricas de aço : 02/03/04 
(Alta e Baixa rotação) 
 Brocas tronco-cônicas: 4083 / Endo 
Z (s/ ponta ativa) 
 
Passos iniciais 
 Radiografia periapical inicial 
 Remoção de tecido cariado 
 Remoção de restaurações com infiltração 
 Isolamento absoluto 
 
Isolamento Absoluto 
Isolamento apenas do dente a ser tratado 
 
Abordagem 
Fase inicial da abertura. Determinação do 
ponto de eleição e desgaste da superfície 
de esmalte. 
 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
Direção de trepanação 
Manobra feita em dentina, posicionando a 
broca em direção à área de maior volume 
da câmara pulpar 
 
Forma de contorno 
Realizada por meio da remoção do teto da 
câmara pulpar. 
Mas depende: 
 Do tamanho da câmara pulpar 
 Da forma da câmara pulpar 
 Do número de canais e suas 
curvaturas 
 
Forma de Conveniência 
Realizada por meio de desgastes compen-
satórios com o objetivo de permitir melhor 
visão da câmara e fácil acesso aos canais 
radiculares. 
 
*Obs: Quando há dentina secundária, 
dentina reacional e calcificações na 
câmara o volume da câmara pulpar está 
reduzido e podem exigir modificações na 
técnica de abertura alterando o contorno 
final da cavidade. 
 
 Irrigação e Aspiração 
Solução Irrigadora: 
NaOCl - Hipocolrito de sódio a 1% (líquido 
de milton). 
Funções do Hipoclorito: 
 Neutralização de produtos tóxicos 
 Bactericida 
 Auxiliar na instrumentação 
 Ação solvente de matéria orgânica 
 Não ser irritante em condições de uso 
 
 Irrigação e Aspiração juntas, ao mesmo 
tempos. 
 
 Enfisema por extravazamento (?) 
 Pulpectomia (?) 
Neutralização do conteúdo séptico-
tóxico do canal radicular: 
 Em dente com polpa necrosada existe: 
 – elevada incidência de microrganismos 
Necropulpectomia II (anaeróbios Gram-
negativos); 
– grandes concentrações de endotoxinas; 
– subprodutos da degradação de proteínas: 
Cadaverina e Putrescina. 
 
 A introdução direta de instrumento no 
canal radicular em casos de necropul-
pectomia I e II está contra-indicada pois: 
 – há formação de êmbolo forçando o 
conteúdo séptico-tóxico para a região 
periapical; 
– poderá haver a agudização de um 
processo crônico (Flare-ups). 
Neutralização progressiva: Solução 
Irrigadora 
 Como solução irrigadora de escolha, 
utiliza-se: 
 – Em necro I, hipoclorito de sódio a 1,0% 
 – Em necro II, hipoclorito de sódio a 2,5% 
 
Neutralização progressiva: Técnica IMEDIATA 
Realizada na mesma sessão de tratamento: 
 Abertura coronária; 
 Isolamento absoluto; 
 Inundação da câmara pulpar com solução 
irrigadora; 
 Com uma lima tipo K compatível com o 
diâmetro do canal, remover a porção mais 
superficial de tecido necrótico com 
movimento de ¼ de volta no sentido horário 
e tração. 
 Irrigar; 
 Avançar com instrumento em direção ao 
ápice, sem exercer pressão; 
 Caso o instrumento não avance mais, 
diminuir seu diâmetro; 
 Quando o instrumento atingir o CAD – 3mm, 
radiografar; 
 Estabelecer a odontometria e continuar a 
neutralização até o CRT: 
 Em necro I, CRT = 1mm aquém do 
CRD 
 Em caso de necro II: 
 - Continuar com a neutralização até o CRD 
(instrumento apical foraminal) 
- Estabelecer o CRT (batente apical) 1mm 
aquém do CRD 
 
Neutralização progressiva: Técnica MEDIATA 
Utilizada em canais atrésicos e/ou curvos 
 Abertura coronária; 
 Isolamento absoluto; 
 Colocação de bolinha de algodão com traços 
de formocresol ou tricresol-formalina; 
 Restauração provisória; 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 O conteúdo séptico-tóxico do canal estará 
neutralizado após: 
 ± 48 horas para o caso de necro I 
 ± 72 horas para necro II 
 Realizar o preparo biomecânico do canal 
radicular na sessão seguinte. 
Limite CDC 
• O maior problema encontrado pelos 
profissionais é como identificar precisamente 
este limite. 
 
O forame apical 
• O forame apical nem sempre está localizado 
no ápice anatômico do dente, podendo situar-
se lateralmente, muitas vezes até três 
milímetros aquém deste. 
• A distância do forame até o ápice anatômico 
é maior em dentes mais velhos do que em mais 
novos, devido à deposição de cemento na 
região apical; 
• Esta distância também é maior nos dentes 
posteriores do que nos anteriores. 
O Comprimento de Trabalho 
 • Determina o limite de atuação dos 
instrumentos no interior do canal radicular; 
• Existem, na prática endodôntica, três 
situações distintas: 
– Biopulpectomia; 
– Necropulpectomia I; 
– Necropulpectomia II. 
• O comprimento de trabalho deve ser 
estabelecido aquém do comprimento real do 
dente: 
– para biopulpectomias, CT = 1 a 2mm < CRD 
– para necro I, CT = 1 mm < CRD 
– para necro II, CT = 0,5 a 1 mm < CRD 
 
Biopulpectomia 
• Há vitalidade da polpa; 
• O tratamento endodôntico visa remover a 
polpa e preservar o coto pulpar, mantendo a 
condição de saúde do periápice; 
 • O comprimento de trabalho deve ficar de 1 a 
2 mm aquém do ápice radiográfico. 
 
Necropulpectomia I 
• Não há vitalidade pulpar; 
• Não há lesão periapical visível 
radiograficamente; 
• O tratamento endodôntico visa remover 
fatores etiológicos (polpa necrosada), 
mantendo a condição de saúde do periápice; 
• O comprimento de trabalho deve ficar de 1 
mm aquém do ápice radiográfico. 
Necropulpectomia II 
• Não há vitalidade pulpar; 
• Há lesão periapical visível radiograficamente, 
presença de biofilme apical e conseqüente 
reabsorção do canal cementário; 
 • O tratamento endodôntico visa remover 
fatores etiológicos (polpa necrosada), 
promovendo o reparo tecidual do periápice; 
• O comprimento de trabalho deve ficar 0,5 a 
1mm aquém do ápice radiográfico. 
Métodos de determinação do comprimento 
de trabalho 
• Uma grande variedade de métodos de 
determinação do comprimento de trabalho 
tem sido sugerida no intuito de minimizar erros 
durante a odontometria: 
– Método tátil; 
– Método radiográfico (usado); 
– Método eletrônico. 
 
Método Radiográfico 
 • O exame radiográfico é capaz de determinar 
o ápice radiográfico, mas não determina a 
posição do forame apical; 
• Obtém-se uma imagem bidimensional de um 
objeto tridimensional, o que prejudica a 
interpretação radiográfica 
Odontometria 
• A odontometriavisa estabelecer um limite 
apical para o “campo de ação da Endodontia”, 
que deve ficar restrito ao canal dentinário; 
• Convencionou-se este como sendo o limite 
“CDC”; 
• Intervenções aquém ou além deste limite 
dificultam o reparo tecidual da região. 
• O prognóstico é desfavorável quando: 
 O limite da instrumentação e/ou 
obturação ultrapassa o ápice anatômico; 
 Há extrusão de dentina infectada e 
débris para a região apical; 
 A instrumentação é incompleta, com 
formação de degrau e subobturação: 
 Persistência de fragmentos pulpares 
inflamados ou infectados no terço apical 
do canal radicular; 
 Infiltração de fluido do tecido 
perirradicular para o espaço não 
preenchido pelo material obturador 
 
 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
Odontometria: Técnica de Ingle 
1. Obter a radiografia de diagnóstico (também 
chamada de radiografia inicial); 
2. Medir o dente na radiografia de diagnóstico, 
desde a borda incisal (ou ponta da cúspide) até 
o ápice; 
3. Diminuir 3 mm desta medida e transferir 
este comprimento para uma lima ISO (ex: #15), 
marcando com um cursor de silicone. Este é o 
Comprimento de Trabalho Provisório (CTP); 
4. Colocar o instrumento no interior do canal 
radicular, de modo que o cursor toque a borda 
incisal ou a cúspide do dente. Não utilize limas 
Hedström; 
5. Realizar uma nova tomada radiográfica; 
6. Na radiografia, medir a diferença entre a 
ponta do instrumento e o ápice radicular; 
7. Somar o Comprimento de Trabalho 
Provisório (CTP) com a medida da ponta do 
instrumento ao ápice da raiz. Desta forma, será 
obtido o Comprimento Real do Dente (CRD); 
8. Diminua 1 milímetro do CRD e transfira a 
nova medida para o instrumento; 
9. Este é o Comprimento de Real de Trabalho 
(CRT); 
10. Realizar nova tomada radiográfica. 
• Caso o instrumento na segunda radiografia 
de odontometria não estiver no CRT, volte ao 
item 6; 
• Ao determinar corretamente o CRT, anote a 
medida de cada canal na ficha do paciente, 
pois estes dados serão usados posteriormente. 
 
Observações 
 Caso haja distorção perceptível na radiografia 
de diagnóstico, esta deve ser repetida; 
 O cursor de silicone (stop) deve estar apoiado 
em um ponto de referência bem definido e 
sadio. 
 Não realizar a odontometria com limas 
Hedstroëm, pois há maior risco de fratura; 
 Observar atentamente a posição correta dos 
canais na radiografia, para não inverter sua 
posição; 
 Registrar imediatamente as medidas dos 
canais na ficha do paciente. 
 
 
Preparo biomecânico dos 
canais radiculares 
 
Preparo do Canal Radicular 
 Preparo químico-mecânico 
 Preparo biomecânco 
 Preparo mecânico 
 
Limpeza 
Remoção de todo o conteúdo do sistema 
de canais (remanescentes pulpares, 
microrganismos, produtos tóxicos 
microbianos, raspas de dentina, material 
obturador anterior) 
Modelagem 
Conferir ao canal uma forma apropriada 
para facilitar o seu posterior 
preenchimento (obturação) 
Etapas Anteriores 
 Anestesia (se necessário) 
 Isolamento absoluto 
 Abertura coronária 
 Esvaziamento do canal (polpa viva/morta) 
 Odontometria 
 
Seleção do instrumento inicial , lima Inicial 
 O primeiro instrumento a ser usado na 
modelagem deverá ser compatível ao 
diâmetro anatômico do canal na porção 
apical correspondente ao comprimento 
real de trabalho (CRT= 1 aquém do CRD) 
 A exploração e o esvaziamento, já 
realizados, auxiliarão na escolha correta 
 Importante: Deve-se remover 
previamente qualquer interferência no 
terço cervical para que o ajuste do 
instrumento ocorra efetivamente na 
porção apical. 
 
Instrumentação Clássica ou convencional 
 É aquela onde todos os instrumentos são 
utilizados até o comprimento real de 
trabalho (CRT), durante o preparo do 
canal radicular” 
 Irrigação com Hipoclorito de sódio (NaOCl 
1%-2,5%) a cada troca de instrumento 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Batente Apical: ponto de travamento do 
cone de guta percha no momento da 
obturação. Barreira para limitar a 
obturação dentro do canal dentinário. 
 
 
 
Cinemática dos instrumentos 
 Alargamento: movimento empregado aos 
alargadores e limas tipo K 
 Limagem: movimento empregado às 
limas tipo K e Hedströem 
 Pré-curvatura dos instrumentos: 
necessária em canais curvos 
 
Considerações importantes 
 Os instrumentos devem ser usados da 
maneira indicada, passando 
gradativamente e ordenadamente dos 
mais finos para os mais calibrosos. 
 Durante toda a instrumentação é 
fundamental uma atenciosa vigilância 
visual da relação entre o cursor e a borda 
de referência. 
 A introdução do instrumento deve ser um 
movimento passivo (sem intenção de 
desgaste). O corte da dentina se dará na 
retirada, em quantidade proporcional à 
pressão exercida. 
 Durante a instrumentação é 
imprescindível observara a ordem 
seqüencial dos instrumentos. Equívocos 
ou saltos intencionais geram iatrogenias 
com graves conseqüências. 
 
Erros de procedimento 
 Trepanação: perfuração da raiz através 
do canal, geralmente entre o terço médio 
e apical 
 Degrau: deformação ou reentrância na 
parede do canal 
 Condensação apical de restos teciduais 
como raspas de dentina, resíduos de 
polpa etc... 
 “ZIP”: deformação do forame determi-
nando uma abertura foraminal de forma 
elíptica 
 
Instrumentação escalonada ou telescópica 
 Mullaney & Petrich (1968) 
 Clem (1969) 
 Martin: Step-Back 
 É indiscutivelmente uma das manobras 
mais executadas na prática endodôntica 
 Consiste na dilatação do canal com 
subseqüente recuo (anatômico ou 
programado) dado a cada lima de 
numeração crescente utilizada 
 Escalonamento: 
 Confere ao canal uma forma cônica 
 Melhora a irrigação e aspiração 
 Facilita a obturação 
 Recuo programado de 1mm a cada troca 
de instrumento (4 limas a partir da 
memória) 
 Recapitulação é realizada com a lima 
memória. Visa regularizar as paredes do 
canal e remover raspas de dentina 
acumulada na porção apical 
Obturação 
 Representa a fase final do tratamento 
endodôntico 
 A obturação é o retrato da endodontia 
 Consiste no preenchimento da porção 
modelada do canal radicular com 
materiais inertes ou anti-sépticos que 
promovam um selamento tridimensional, 
inviabilizando a sobrevivência de 
microrganismos e evitando a infiltração 
de líquidos, além de estimular ou 
oferecer condições para que ocorra o 
processo de reparo. 
 
Condições clínicas necessárias 
 O dente não deve apresentar dor 
espontânea ou provocada (percussão ou 
palpação) 
 O canal deve estar corretamente limpo e 
modelado 
 O canal deve estar seco, sem exudato 
(inflamação ou infecção) 
 Ausência de fístula ou tumefação na 
mucosa oral 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Ausência de odor desagradável (quando o 
canal é aberto) 
 A restauração provisória deve estar 
intacta 
 
Limite apical da obturação 
 Está intimamente relacionado com o 
limite apical da modelagem (CRT) 
 Todo o espaço modelado deve ser 
preenchido 
 Melhores resultados (clínicos e 
histológicos) quando 1mm do forame 
apicala obturação ficou 
 
Materiais obturadores 
 Materiais em estado sólido: Cones de 
Guta Percha (principais calibrados, 
secundários ou acessórios) 
 Materiais em estado plástico: Cimentos e 
Pastas 
 
Cones de Guta Percha 
 Principais (calibrados) Normas ISO 15-
40/45-80 
 Secundários: R7/R8/RS 
XF/FF/MF/F/FM/M/ML/L/XL A/B/C/D 
 Vantagens: 
 Adaptam-se facilmente às 
irregularidades do canal 
 São bem tolerados pelos 
tecidos perirradiculares 
 São radiopacos Podem ser facilmente 
plastificados por meios físicos 
(calor) e químicos (solventes 
orgânicos) 
 Possuem estabilidade 
dimencional 
 Não alteram a cor da coroa 
dental 
 Podem ser facilmente 
removidos do canal radicular 
 
 Desvantagens: 
 Têm pouca rigidez, o que 
dificulta seu uso em canais 
atrésicos e curvos 
 Não apresentam adesividade 
(necessidade do uso de cimentos 
endodônticos) 
 
 
 
Cimentos endodônticos 
 Não existe um cimentos ideal 
 A base de Óxido de zinco e Eugenol 
(Grossman N-Rickert Endomethasone) 
 A base de Resinas – resinosos. (AH 26 AH 
Plus) 
 A base de Ionômero de vidro (Ketac-
Endo) 
 Contendo Hidróxido de cálcio (Sealapex 
Sealer 26 CRCS Apexit) 
 
Propriedades dos cimentos obturadores 
 Propriedades Biológicas 
 Boa tolerância tecidual 
(biocompatibilidade) 
 Ser reabsorvido em casos de 
extravasamento acidental 
 Estimular ou permitir o “Selamento 
Biológico” 
 Ter ação antimicrobiana 
 Propriedades Físico-químicas: 
 Ser de fácil inserção 
 Ser plástico no momento da 
inserção, tornando-se sólido 
posteriormente. 
 Possuir bom tempo de trabalho 
 Propiciar um bom selamento 
 Apresentar estabilidade 
dimensional (não deve sofrer 
contrações) 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Não deve ser permeável 
 Possuir bom escoamento 
 Apresentar adesividade às paredes 
do canal 
 Ser insolúvel nos fluidos teciduais 
 Ser impermeável no canal 
 Ser radiopaco 
 Não manchar as estruturas dentais 
 Ser passível de esterilização 
 Ser de fácil remoção (retra-
tamentos) 
 
Seleção do cone principal 
 Deve apresentar diâmetro similar ao 
diâmetro do canal na porção apical 
 Escolha baseada em dois fatores: 
 No calibre do último instrumento 
utilizado durante o preparo 
biomecânico (Instrumento 
memória) 
 No comprimento de trabalho para 
o preparo biomecânico (CRT) 
 O cone principal é colocado no canal para 
avaliar, tactilmente, se ele está adaptado 
 Quando bem adaptado, o cone deve 
oferecer discreta resistância à tração 
(remoção do canal) – Travamento do 
cone 
 
Espaçadores 
 Utilizados para realização da conden-
sação lateral dos cones de guta percha 
 Deve ser introduzido 1mm aquém do CRT 
para não deslocar o cone principal da 
posição. 
 
Condesadores de Paiva 
 Realização do corte do excesso de 
material obturador (instrumento 
aquecido) 
 Realização da condensação vertical da 
guta percha (instrumento frio) 
 
Técnicas 
 Clássica: Procedimento de obturação 
onde o canal é preenchido com cimento 
obturador antes de se levar o cone 
principal, também com cimento, seguido 
da condensação lateral 
 Biológica controlada: Procedimento de 
obturação onde o cone principal é levado 
ao canal envolto em cimento obturador, 
com exceção de sua ponta (extremidade 
apical) 
Técnica de Obturação 
1. Escolher o cone principal 
(semelhante ao diâmetro da lima 
memória, no CRT) 
2. Verificada a adaptação, realiza-se a 
radiografia de confirmação 
3. O canal deve estar repleto de 
hipoclorito de sódio 1% 
4. Realiza-se a aspiração da solução 
irrigadora (NaOCl 1%) 
5. Secagem do canal com cones de 
papel do mesmo calibre do cone 
de guta percha principal 
6. Os cones devem ser colocados até 
o CRT 
7. Manipula-se o cimento obturador 
seguindo as orientações do 
fabricante 
8. Introdução do cone de guta 
percha principal envolto em 
cimento, no CRT 
9. Com um espaçador previamente 
selecionado, realiza-se a 
condensação lateral (introdução 
até 1mm aquém do CRT) 
10. Remova o espaçador com rotação 
no sentido anti-horário e, 
imediatamente, introduza um cone 
secundário ou acessório no local 
11. Para espaçadores A ou B, utilize 
cones R7 e, para espaçadores C ou 
D, cones R8 
12. Repita este procedimento até o 
total preenchimento do canal 
13. A medida que o canal vai sendo 
preenchido, o espaçador entra 
cada vez menos em profundidade 
no canal 
14. Se algum cone acessório entortar 
no momento da introdução, retire-
o e insira outro no local 
15. Repita este procedimento até o 
total preenchimento do canal 
16. A medida que o canal vai sendo 
preenchido, o espaçador entra 
cada vez menos em profundidade 
no canal 
17. Se algum cone acessório entortar 
no momento da introdução, retire-
o e insira outro no local 
18. Quando o espaçador não entrar 
mais, indica que o canal já está 
totalmente preenchido 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
19. Para se verificar a qualidade da 
obturação, realiza-se uma nova 
tomada radiográfica 
20. Se não houver necessidade 
correções, o excesso coronário dos 
cones é cortado no nível cervical 
com um condensador de Paiva 
aquecido em lamparina, 
compatível com o diâmetro do 
canal 
21. Com um condensador de Paiva 
frio, realiza-se a condensação 
vertical do material obturador 
22. Desta forma há uma melhor 
adaptação do material obturador 
às paredes do canal 
23. Finalmente, realiza-se a limpeza da 
cavidade pulpar com uma bolinha 
de algodão e álcool, e realiza-se a 
restauração provisória 
24. Após a remoção do isolamento 
absoluto, realiza-se a radiografia 
final para documentação do caso 
Técnica de abertura 
coronária de dentes 
anteriores 
 
Incisivos 
Ponto de Eleição: 
Porção central da face 
palatina dos dentes 
superiores e lingual dos 
dentes inferiores 
Forma de contorno: 
Triangular 
 
 
 
Caninos 
Ponto de Eleição: 
Porção central da face 
palatina dos dentes 
superiores e lingual dos 
dentes inferiores 
Forma de contorno: 
Oval/Losangular 
 
 
 
 
Abordagem 
 Broca diamantada esférica de diâmetro 
compatível com o dente em alta rotação 
 Posicionada no ponto de eleição, 
perpendicular à superfície lingual do 
dente. 
 Desgaste é feito até que se alcance a 
junção amelo-dentinária 
 
Direção de Trepanação 
 Brocas esféricas de aço inox ou 
tungstênio em alta velocidade 
 Quase paralela ao longo eixo do dente 
(30 a 45°) 
 Aprofunda-se em dentina até atingir a 
câmara pulpar (Sensação de “cair no 
vazio”) 
 Observar a inclinação implantação do 
dente 
 “Para se certificar da exposição da 
câmara pulpar, deve-se fazer a sondagem 
do fundo da cavidade que está sendo 
confeccionada, a medida que vai se 
aprofundando com a broca” 
 
Remoção do teto da câmara pulpar 
 Com movimentos de tração de dentro 
para fora da câmara, amplia-se a área 
exposta. 
 A parede vestibular da câmara pulpar não 
deve ser tocada com a broca 
 
Presença do teto da câmara pulpar 
 “Com a extremidade angulada da sonda 
exploradora no 5, deslizando de dentro 
para fora da cavidade pela parede 
vestibular, faz-se a inspeção da 
persistência de teto” 
 “Se a sonda prender, remover com broca 
no 4083 ou Endo Z, apenas a incisal no 
local correspondente ao corno pulpar 
persistente” 
 
Erro de abertura 
 Não remoção total do teto: a não 
remoção de todo o teto da câmara pulpar 
pode provocar escurecimento de coroa 
dental 
 Perfuração da parede vestibular, causa: 
 Uso de brocas de haste longa 
 Direção de trepanação incorreta 
 Falta de observação da inclinação 
do dente no arco 
 Formação de degrau na parede vestibular 
Causa: 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Uso de brocas tronco-cônicas de ponta ativa 
 Angulação incorreta durante a abertura 
 Tentativa de corrigir erros anteriores 
 Formação de degrau na parede proximal 
Causa: 
 Uso de brocas tronco-cônicas de 
ponta ativa 
 Angulação incorreta durante a 
abertura 
 
Forma de Conveniência 
 Desgaste compensatórioRealizada com 
broca tronco cônica diamantada no 4083, 
Endo Z ou Batt. 
 Broca posicionada na embocadura do 
canal e tracionada p/ lingual com 
movimentos de dentro p/ fora 
 Remoção do ombro lingual 
 Incisivos e caninos inferiores podem 
apresentar 2 canais (1 vestibular e outro 
lingual) 
 Necessidade de realizar correta remoção 
do ombro lingual para localização do 2o 
canal 
 
Técnica de abertura 
coronária de pré-molares 
(superior e inferior) 
 
Passos iniciais 
 Radiografia periapical inicial 
 Remoção de tecido cariado 
 Remoção de restaurações com infiltração 
 Isolamento absoluto (apenas do dente a 
ser tratado Grampos: 207/209) 
 Anestesia (se necessário) 
Ponto de eleição dos pré-molares 
Porção central da face oclusal dos pré-
molares superiores e inferiores. 
 
Direção de Trepanação 
Perpendicular ao longo eixo do dente nos 
pré-molares superiores e inferiores 
Forma de contorno 
 Oval com maior diâmetro no sentido 
vestibulo-lingual. 
 Fatores que podem influenciar: Podem 
exigir modificações na técnica de 
abertura alterando o contorno final da 
cavidade (em dentina secundária, dentina 
reacional, calcificações na câmara, 
número de canais) 
Técnica de Abertura: 
 Abordagem: 
 Broca diamantada esférica de 
diâmetro compatível com o dente, 
em alta rotação 
 Posicionada no ponto de eleição, 
paralela ao longo eixo do dente. 
 Desgaste é feito até que se alcance 
a dentina 
 Ampliar no sentido V-P 
 Não ampliar a abertura no sentido 
mesio-distal 
 Brocas 1012, 1013, 1014 
 
 Direção de Trepanação: 
 Brocas esféricas de aço em alta 
rotação. 
 Direcionada para a porção mais 
volumosa da câmara pulpar 
 Observar a inclinação implantação 
do dente 
 Brocas: 02,03,04 
 
 Trepanação da Câmara Pulpar: 
 Sensação de “queda no vazio” 
 Movimento de tração contra o teto 
da câmara pulpar 
 Não toque com a broca no 
assoalho da câmara pulpar 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Presença de teto: 
 Verifique a presença de teto da 
câmara com explorador 5 
 Forma de contorno: Remoção do Teto: 
 Com uma broca esférica em baixa 
rotação, remova todo o teto 
remanescente 
 Brocas Esféricas com haste loga 
(28mm) 
 Forma de Conveniência 
 Com a Broca 4083 dê divergência 
às paredes da cavidade e remova 
irregularidades 
 Localização da entrada de canais 
 Com o explorador endodôntico 
(reto), localize a entrada dos 
canais. 
Técnica de abertura 
coronária de Molares 
(Inferiores) 
 
1º Molar Inferior 
 Câmara Pulpar: 
 Assoalho da câmara apresenta 
forma triangular com vértice para a 
distal, onde se localiza a entrada 
do canal distal 
 Cubóide com tendência a forma 
triangular, próxima do assoalho 
 Teto apresenta projeções 
referentes às cúspides (Cornos 
pulpares) 
 Parede mesial acentuadamente 
convexa dificulta a localização dos 
canais 
 Na mesial, encontram-se 
depressões correspondentes às 
entradas dos canais 
mesiovestibular e mesiolingual 
Raízes: 
 Apresenta 2 raízes diferenciadas e 
separadas na maioria dos casos. 
 Pode apresentar, 
excepcionalmente, uma terceira 
raiz (suplementar) disposta na 
porção lingual próxima à raiz distal 
 
 Canais Radiculares 
 Em 78% dos casos, o primeiro 
molar apresenta 3 canais: dois 
mesiais (MV e ML) e um distal 
 Pode apresentar um quarto canal 
na raiz distal, em 14,3% dos casos. 
 
 Canal Distal 
 Achatado no sentido M-D, amplo, 
longo e reto em 73,54% dos casos 
 Pode apresentar desvio para distal 
em 10,5% dos casos 
 Um instrumento introduzido no 
seu interior ficaria com o cabo 
voltado para mesial 
 
 Canais Mesiais 
 São atresiados, longos e achatados 
 Apresentam curvatura para distal 
em 79% dos casos 
 A trajetória inicial destes canais é 
de distal para mesial, devido a 
convexidade da parede mesial da 
câmara pulpar 
 Apresentam curvatura de mesial 
para distal, a partir do terço médio 
ou apical 
 Podem apresentar as seguintes 
formas: 
 Trajetória paralela e 
independente, terminando 
em 2 forames 
 Trajetória convergente 
terminando em um único 
canal 
 Canal único e amplo (em 
pacientes jovens) 
 
 Complicações anatômicas: 
 O assoalho da câmara pulpar pode 
apresentar uma ramificação 
denominada canal “cavo-inter-
radicular” (32% dos casos) 
 A raiz mesial apresenta em sua 
superfície distal, no terço cervical, 
uma concavidade que representa 
uma região de possível trepanação 
durante a instrumentação (Zona de 
perigo) 
 Presença de um terceiro canal na 
raiz mesial (2,6% dos casos) 
 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
2º Molar Inferior 
 Câmara Pulpar: 
 Semelhante ao 1o molar 
 Teto apresenta 4 projeções 
referentes às cúspides MV, ML, 
DV e DL 
 Assoalho da câmara apresenta 
forma triangular com vértice 
para a distal, onde se localiza a 
entrada do canal distal 
 Na mesial, encontram-se 
depressões correspondentes às 
entradas dos canais 
mesiovestibular e mesiolingual 
 
 Raízes: 
 Apresentam-se separadas em 
71% dos casos 
 Desde a cervical em 39,2% dos 
casos, e a partir do terço 
médio em 31,8% 
 No restante são comumente 
fusionadas, resultando em 
canais mais estreitos e mais 
difíceis de tratar 
 
 Raízes e Canais radiculares (curvaturas) 
 RAIZ MESIAL: 
Reta: 27,2% 
Distal: 60,8% 
Vestibular: 4,0% 
Baioneta: 8% 
 
 RAIZ DISTAL: 
Reta: 57,6% 
Distal: 18,4% 
Mesial: 13,6% 
Vestibular: 4,0% 
Baioneta: 6,4% 
 
 Variações e complicações anatômicas 
 O segundo molar inferior 
apresenta, na grande maioria 
dos casos, 3 canais radiculares 
 As dificuldades técnicas são 
semelhantes à do 1º molar 
 Os canais mesiais se unem com 
maior freqüência no 2º molar 
 Ocasionalmente, o 2º molar 
pode apresentar 2 canais, 
sendo um mesial e outro distal 
(situados no centro de cada 
raiz). 
 Isolamento absoluto 
 Grampos: 201, 26, 14, 14A, 
 Abertura Coronária: 
 
 Ponto de eleição: Centro 
da face oclusal (fossa 
central) 
 Direção de trepanação: 
Longo eixo do dente. 
Observar o eixo de 
implantação do dente no 
arco 
 Brocas esféricas 
diamantadas 
(1012/1013/1014) 
 Brocas esféricas de aço 
(02/03/04) 
 Forma de contorno: 
Triangular ou Trapezoidal 
com base maior para 
mesial 
 Verifique a existência de 
teto 
 Broca n° 4083 
Técnica de abertura 
coronária de Molares 
(Superiores) 
1º Molar superior 
 Câmara Pulpar: 
 Cubóide, achatada no sentido 
mesio-distal, com tendência a 
forma triangular, próxima do 
assoalho 
 As paredes laterais são geralmente 
convexas, principalmente a mesial 
 Teto apresenta projeções 
referentes às cúspides (Cornos 
pulpares) 
 
 Assoalho da Câmara Pulpar: 
 Apresenta um formato triangular 
com base do triângulo para a face 
vestibular 
 A parte central apresenta-se lisa, 
polida e convexa, apresentando 
em seus ângulos mesial, distal e 
palatino, depressões que 
correspondem aos orifícios de 
entrada dos canais radiculares 
Endodontia – A1 – 5º Semestre – Odontologia – Universidade de Franca 
 Os canais podem estar interligados 
por um sulco em forma de Y (50% 
dos casos) 
 
Raízes: 
 Apresenta raízes separadas em 
100% dos casos 
 Em 65% dos casos existe apenas 1 
canal em cada raiz 
 Em 28% dos casos são encontrados 
4 canais, sendo dois localizados na 
raiz mesiovestibular 
 
 Canal Mesiovestibular: 
 O Orifício de entrada está situado 
abaixoda Cúspide correspondente 
 Entrada em forma de fenda no 
sentido vestibulo-palatino, 
podendo apresentar um orifício em 
cada extremidade correspondendo 
a dois canais (um V, e outro P) 
 Os canais V e P da raiz 
mesiovestibular são difíceis de 
serem identificados, uma vez que 
ocorre sobreposição dos mesmos 
na tomada radiográfica ortoradial 
 Em 78% dos casos apresenta uma 
curvatura para distal no terço 
apical 
 Uma lima colocada no canal 
mesiovestibular ficaria com seu 
cabo inclinado para o lado 
distolingual 
 
 Canal Palatino: 
 Único, com comprimento e 
diâmetro maior que os 
vestibulares, o que possibilita um 
maior alargamento 
 Apresenta-se reto em 40% dos 
casos, e com desvio para vestibular 
em 55% dos casos 
 Um instrumento colocado no canal 
palatino ficaria com o cabo voltado 
para a vestibular 
 
 Canal Distovestibular: 
 Único, sendo mais curto e mais 
atresiado dos canais do 1º molar 
superior 
 É na maioria das vezes de fácil 
acesso por ser de forma 
arredondada e reto em 54% dos 
casos. 
 Pode apresentar discreta curvatura 
para distal em 17% dos casos, ou 
para a mesial em 19% dos casos. 
 
2º Molar Superior 
 
 Câmara Pulpa: 
 Semelhante ao 1º molar, porém 
com maior achatamento MD 
 Entrada do canal DV mais próxima 
da entrada do canal MV C 
 
 Raízes e Canais Radiculares: 
 Apresentam-se separadas em 50% 
dos casos (nos 50% restantes, 
raízes fusionadas) 
 Os canais radiculares apresentam-
se semelhantes ao 1º molar 
superior, porém com menor 
incidência de 2 canais na raiz 
mesiovestibular 
 
 Complicações anatômicas: 
 O maior achatamento da câmara 
pulpar do 2º MS faz com que a 
entrada do canal DV fique muito 
próxima da entrada do canal MV 
 A tentativa de localizar a entrada 
do canal DV mais para a distal, 
conduz o profissional a uma 
perfuração do assoalho da câmara 
pulpar 
 O 2º MS pode apresentar 2 canais 
na raiz mesiovestibular em 35% 
dos casos 
 Sobreposição do arco zigomático 
na imagem radiográfica 
 
 Ponto de eleição: central da face oclusal 
(fossa central) 
 Forma de contorno: triangular com base 
para a vestibular

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