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RESUMO DO LIVRO PESQUISA EM UM MUNDO REAL cap 6,7,8

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RESUMO DO LIVRO PESQUISA EM UM MUNDO REAL
CAPÍTULO 6 
 Desenho de Pesquisa: Método Quantitativo
Segundo o Livro “Pesquisa No Mundo Real” de David E. Gray: “o desenho de pesquisa é o plano geral para a coleta, mensuração e análise de dados”. Ele tem como função ilustrar o estudo como um todo e é amplamente utilizado nas pesquisas quantitativas. Esse tipo de pesquisa está de acordo com os ideais positivistas e, portanto, busca obter resultados objetivos, válidos e replicáveis advindos de uma abordagem dedutiva.
	
 A estrutura da pesquisa experimental
A pesquisa experimental depende de um método estruturado e rigidamente enquadrado a parâmetros para que seja considerada válida. Ao iniciar uma pesquisa quantitativa primeiramente é necessário identificar as questões e indagações iniciais acerca do assunto de interesse e uma vez que esse estiver estabelecido, deve haver um aprofundamento no assunto, o que pode ser feito através da revisão de teorias ou estudos já realizados acerca dele. Através da análise desses materiais é possível não 
no resultado. Com a escolha das variáveis acaba a etapa de planejamento e dá-se início a etapa só aprender mais sobre a área de interesse de estudo, mas também observar se há contradições entre pesquisas ou lacunas que podem ser preenchidas. Por fim, partindo
. A partir das informações obtidas a fase seguinte consiste em elaborar uma avaliação sobre tudo o que foi descoberto na forma de um relatório formal, o qual deve contemplar uma série de requisitos. Primeiramente ele deve informar a motivação do estudo e as perguntas ou hipóteses básicas sobre as quais o construiu. Além disso, é necessário desse ponto já é possível formular hipóteses ou perguntas a serem respondidas e uma vez que o objetivo do estudo está estabelecido o pesquisador poderá estabelecer por qual viés levará sua pesquisa.
A formulação de uma hipótese consiste na produção de uma declaração especulativa acerca de um assunto. Quando esta é criada no intuito de ser analisada objetivamente através de um estudo experimental quantitativo, ela não pode vir carregada de nenhum tipo de juízo de valor da parte do pesquisador, visto que é apenas uma especulação dedutiva acerca do resultado da interação entre duas ou mais variáveis. O estudo subsequente irá se dirigir no intuito de atestar ou refutar a hipótese construída.
No caso da formulação de perguntas, estas podem ser divididas em vários tipos e o tipo escolhido irá determinar paradigmas de pesquisa distintos. Podem ser: descritivas, normativas, correlacionais ou de impacto. As perguntas descritivas têm como intuito levantar dados mensuráveis acerca do foco de pesquisa e assim descrevê-lo. As normativas questionam a diferença entre o que realmente acontece e os parâmetros e padrões impostos. As perguntas correlacionais buscam estabelecer a relação entre variáveis sem estabelecer uma relação de causa e efeito, enquanto as perguntas de impacto analisam a relação causal entre as variáveis. É importante enfatizar que durante o estudo novas questões podem ser levantadas, gerando novas perguntas. 
Após todo o processo de definição do objetivo do estudo, através da criação de perguntas ou hipóteses iniciais, o passo seguinte é a identificação das variáveis envolvidas. As variáveis podem ser Dependentes (VD) ou Independentes (VI), sendo a primeira um evento resultante e a segunda o motivo causador da ocorrência de um evento qualquer. O pesquisador nesse processo precisa ter extrema cautela na hora de escolher as variáveis que irão ser articuladas e não permitir que variáveis externas influenciem operacional da pesquisa experimental.
A etapa Operacional consiste na parte mais prática da pesquisa, nela que o estudo propriamente dito irá se iniciar e inúmeras variedades de desenhos de pesquisas serão possíveis. 
O uso da estatística é primordial nas pesquisas quantitativas, tanto em sua forma descritiva, quanto inferencial. A análise de dados feita de forma descritiva resume e descreve o resultado, enquanto as inferenciais fazem conclusões a partir de uma amostra. Essa análise estatística irá possibilitar que perguntas sejam respondidas e hipóteses sejam comprovadas ou contraditasexpor como estas foram transformadas em desenhos de pesquisa, sendo vital que este possa vir a ser replicado por outra pessoa para validar sua veracidade. Por fim, se estabelece as diferenças e semelhanças entre as hipóteses e os resultados obtidos na pesquisa, gerando assim conclusões e possivelmente novas teorias.
 Desenho da pesquisa experimental e quase-experimental
No modelo experimental, o pesquisador tem controle do que, quando, quem, onde e como vi ser feito o experimento. O verdadeiro desenho experimental se baseia nesse controle do pesquisador. Porém, quando há limitações desse controle, o experimento passa a se caracterizar como um quase-experimento e neste tipo de pesquisa, só é possível observar as categorias de sujeito, sem manipulá-las. Além disso, às vezes o laboratório não consegue replicar completamente a realidade. Nesses casos o desenho quase experimental é indicado. 
Existem desenhos experimentais falhos e desenhos experimentais consistentes, ambos possuem algumas subdivisões. Os desenhos falhos devem ser evitados por não conseguirem produzir resultados de forma verídica ou livre de influências externas. Eles se subdividem em: “Não experimental, com grupo intacto”, onde nenhuma variável é manipulada e há apenas a observação, mas não há evidencias suficientes de causa-efeito. Outra forma de desenho falho é o “Pós-teste somente com grupo controle não equivalente”, onde grupos não são equivalentes e portanto, não se pode deduzir seguramente nada a partir da diferença de resultados. E por último o desenho “Grupo, pré-teste/pós-teste”, onde o mesmo grupo é medido antes e depois da manipulação de uma variável independente e é constatado que o experimento não é seguro porque atuam forças sobre o grupo no espaço entre um teste e outro. Ou seja, há uma incidência de variáveis estranhas ao experimento influenciando o resultado.
A outra definição de desenho experimentais, são os desenhos consistentes, mais seguros, os quais possuem elementos que estabelecem o controle do experimento, como a existência de um grupo controle e a seleção aleatória de sujeitos nos grupos. Esse tipo de desenho se divide em: “Desenho de pesquisa usando grupo experimental com controle”, onde os sujeitos são distribuídos aleatoriamente nos grupos, fazendo pré- teste e pós teste com os dois grupos. “Desenho de pesquisa quase-experimental com controle não equivalente”: onde os sujeitos não foram distribuídos aleatoriamente, mas não se pode concluir com segurança que os resultados diferiram devido a manipulação de uma variável independente. “Desenho de pesquisa evolutivo” o qual mede e revela associação entre variáveis no decorrer do tempo (estudo transversal), mas não as analisando de forma causal. E por fim, “Desenhos fatoriais”, que investiga o impacto da mudança decorrente de duas ou mais variáveis (caráter causal).
Generalizando amostras para populações
De acordo com o livro já citado, para se ter uma boa amostra, ela precisa ser representativa, isso é extremamente importante para o sucesso do experimento. Para isso o método experimental dá diretrizes para a sua seleção, que pode ser tanto aleatória, quanto intencional ou não aleatória. No caso da seleção aleatória há a randomização, que consiste em uma escolha aleatória onde todos os participantes tem a mesma probabilidade de serem selecionados para o grupo controle ou para o grupo experimental. Esse tipo de seleção também possui subtipos, sendo eles: aleatória simples, amostragem aleatória estratificada, amostragem por Cluters e amostragem por etapas.
A seleção Aleatória simples consiste na seleção de pessoas dentro de uma população homogênea. A amostragem aleatória estratificada faz amostras aleatórias de alguns grupos de pessoas. Já a Amostragem por Cluters é usada quando se seleciona aleatoriamente grupos e não indivíduos.E a Amostragem por etapas consiste na seleção de um grupo seguida de outra etapa de seleção, a qual resulta na subdivisão do grupo escolhido anteriormente.
Como já foi citado anteriormente, além da seleção aleatória há a seleção intencional, esta também é subdividida em: Amostragem intencional (onde o próprio pesquisador seleciona), a Amostra por cotas (o pesquisador busca sujeitos de estratos diversificados para a amostra ser representativa) e a amostragem por conveniência (seus participantes se voluntariam para o experimento). 
Todos esses diversos tipos de seleção tem algo em comum: a necessidade de que os resultados encontrados na amostra possam ser generalizados para a população, mas para isto é primordial se ter uma amostra representativa dessa população.
 Desenhando instrumentos de pesquisa válidos e confiáveis
Quando se trata da pesquisa experimental os fatores mais importantes e que precisa ser respeitado desde o início são as diretrizes do método experimental, pois são eles que garantem a validade e a confiabilidade na pesquisa. Segundo o livro “Pesquisa no mundo real” o Princípio da validade consiste na pesquisa avaliar o que se pretende, ou seja, a área temática do instrumento de pesquisa deve coincidir com a área temática definida operacionalmente. O conceito de validade é dividido em subgrupos, estes estão especificados a seguir:
Validade interna - todos os membros dos grupos de controle e experimental são semelhantes, homogêneos. Está relacionada com questões de causa e efeito.
Validade externa - Relativa a possibilidade de generalização para um contexto mais amplo. A demonstração direta da validade externa envolve a realização de mais estudos com diferentes participantes em contextos distintos. Também pode ser comprovada com argumentos razoáveis de que os sujeitos da amostra compartilham características que permitem a generalização.
Validade de critério - Nova mensuração de um valor já sabido e comparação com esse valor. Se coincidirem é sinal que a nova pesquisa tem validade
 Validade de constructo - Mede coisas abstratas, que precisam ser previamente definidas operacionalmente.
Validade de conteúdo - O teste "x" é válido? será que as aulas ensinaram o que propuseram e o teste está de acordo com o conteúdo exposto em aulas?
Validade preditiva - Demonstra o quanto algum teste prevê um traço futuro.
Validade estatística - Até que ponto o desenho de pesquisa esta adequado com o objetivo?
Além do Princípio da Validade, existe os Princípios da Confiabilidade. A confiabilidade se define como a coerência entre duas medidas. Existem algumas formas de medir o nível desta coerência: o Teste de Estabilidade (que consiste em aplicar o mesmo teste em diferentes ocasiões e comparar se houve variação entre os resultados), o teste de Equivalência (onde um grupo faz testes avaliando um mesmo aspecto, mas com instrumentos diferentes), a Consistência interna, a Confiabilidade interavaliadores (onde mais de um avaliador é usado para medir o fenômeno e suas avaliações são comparadas) e a Confiabilidade intra-avaliador (onde será feita investigação da análise da pesquisa feita pelo avaliador para verificar a coerência).
CAPÍTULO 7 
 Desenho de Pesquisa: Método Qualitativos 
	Ao contrário do capítulo anterior, que se trata de métodos quantitativos, esse agora abrange o tema de métodos qualitativos, mostrando que são diferentes em diversos aspectos. A pesquisa qualitativa busca compreender à fundo a sociedade em questão, englobando todas suas características, costumes e muitas das vezes participando delas para um melhor entendimento. 
	O objetivo desse estudo é acima de tudo criar a empatia pelo sujeito que participa do experimento, tendo um papel muito importante para todo o contexto, não sendo apenas um comum trabalho de campo. Alguns pesquisadores dessa área procuram a generalização de seus resultados, e outros preferem um resultado mais confiável. As ferramentas para o uso de coletas de dados também são variadas, sendo mais diferentes que em outros tipos de experimentos. 
	Existem algumas críticas à pesquisa quantitativa, uma delas é pelo desenho criar um certo distanciamento entre o pesquisador e pesquisado, trazendo assim objetividade. Esse fator objetivo, trouxe críticas também de posições epistemológicas e de outras áreas, por não haver um certo tipo de empatia e igualdade. 
 	A maior parte da pesquisa qualitativa apresenta diversos tipos de características, como ser o principal objetivo compreender os indivíduos e esclarecer seus atos; o modo intenso em que se mantém o contato com o meio externo; o pesquisador ter uma visão global do estudo e ter a sensibilidade de incluir as percepções dos pesquisados, não criar um distanciamento. 
	O termo “estudo de caso”, é bastante conhecido nessa área, significa ser um método da abordagem e investigação, utilizando a pesquisa qualitativa para obter a coleta de dados, sem seguir uma linha rígida, mas com cautela para analisar todos aspectos do sujeito que está sendo pesquisado. Os desenhos baseados nesse caso são na maioria das vezes flexíveis, mesmo que na etapa do desenho ocorram questionamentos. 
	A etnografia, é um estudo em que descreve e revela a cultura de diversas sociedades, como sua etnia, raça, costumes e também manifestações materiais de suas atividades. 
	A etnometodologia, é uma corrente sociológica na qual a realidade socialmente construída está presente na vivência cotidiana de cada indivíduo. Já a fenomenologia, é um conjunto de fenômenos que se manifestam, consiste em estudar a essência das coisas e do mundo. 
	A pesquisa ação- participante, tem como objetivo realizar uma modificação social para favorecer o participante que venha a ser oprimido, isso é feito em um processo de pesquisa em que uma certa sociedade é analisada em sua real existência. 
	A análise narrativa e bibliográfica, consiste em uma história contada com todos os detalhes e fatos ocorridos na realidade, contendo a coleta de dados através de uma entrevista narrativa, que concerne em saber todo o acontecimento em tempo cronológico. Seu objetivo maior é ter a experiência de vivência e troca com o sujeito submetido a pesquisa, e ter um conhecimento abrangente do assunto tratado. 
	Os estudos culturais se importam com os indivíduos oprimidos por conta de sua raça, cor, ou qualquer outra característica que possa, de certa forma, não estar inserido nos papéis padrões impostos pela sociedade. Esses estudos contam com diversas referências para ter uma abordagem mais completa, como textos, observações e procura de outros profissionais que se interessam pelo mesmo assunto em pauta. 
	Já os estudos de gênero, são quaisquer assuntos que dizem respeito aos sentidos que o sexo assume em um indivíduo que naturalmente participa de uma certa sociedade. Esse estudo tem a participação essencial da teoria feminista, por poderem opinar e falar abertamente sobre assuntos, podendo não só ter o poder de voz, como também a oportunidade de interferir e mudar determinados aspectos. Ao contrário do método quantitativo, que utiliza isso de uma forma totalmente neutra, não permitindo esse tipo de articulação e ação, por meio das mulheres. 
	As abordagens do desenho qualitativo, é o método em que os desenhos mostram as perguntas da pesquisa e como elas serão apresentadas. Para exemplificar melhor, é como se fosse um diagrama, onde na sua parte interna contém os dados e perguntas para uma fácil apresentação na hora do processo de pesquisa. Algo importante de ser citado, é que esse método é emergente, podendo ser mudado durante todo o processo, não sendo algo exato e imposto. 
	Manter a determinação do foco da pesquisa é essencial, deixando com que o estudo esteja claro e sucinto, sem dúvidas ou questionamentos sobre do que o pesquisador está querendo tratar. Uns autores famosos auxiliam para que essa técnica seja perfeitamente realizada, usando assim um sistema gráfico, que exemplica totalmente a pesquisa, dando norteamentos e noções básicas para o seguimento do experimento.A formulação das perguntas das pesquisas no método qualitativo, é indutivo, por não poder haver esse questionário antes do experimento. Isso é claro que não é uma regra que é seguida arduamente, em certos casos é necessário que haja alguma estrutura pronta para ter uma noção básica do que irá fazer. Mas, para alguns autores, essa técnica de não utilizar perguntas prontas, faz com que o pesquisador obtenha ainda mais informações sobre o sujeito em questão. 
	A determinação das unidades de análise é imprescindível em qualquer método de pesquisa, inclusive o método qualitativo. Isso inclui qual grupo que o pesquisador irá escolher para seu experimento, sendo individual, em grupos, em unidades de saúde, de instituições, de regimentos, entre outros. 
 	Já a determinação de dados qualitativos, é para especificar o tipo, característica, qual o método de coleta utilizado, descrever o comportamento do indivíduo, entre outros. Ser bem específico e ao mesmo tempo sucinto com o que for analisar. 
	A utilização da literatura na pesquisa qualitativa é essencial para o seu desenvolvimento, dentre elas se encontram a literatura empírica, que procura explicitar o conhecimento atual através da vivência de cada indivíduo; a literatura teórica, é uma descrição detalhada e análise crítica da atual etapa do conhecimento; a literatura metodológica, que é utilizada para a revisão de tipos de abordagens de acordo com o assunto em questão que se está tratando, ou seja, dependendo do tema da pesquisa e suas referências. 
	A ética em todo tipo de pesquisa, com qualquer método escolhido para ser aplicado no experimento, independente da ocasião, ela é imprescindível. Sendo assim, o caso da pesquisa qualitativa, assim como as outras, desempenha um papel importante e deve seguir essa ética com rigidez, para que não ocorra nenhum tipo de irresponsabilidade diante do compromisso assumido não só para o desenvolvimento da pesquisa, mas também com as pessoas que foram submetidas a esse experimento, tendo assim empatia por elas e sabendo respeitar e seguir as regras e normas impostas pelo código de ética. 
CAPÍTULO 8
 Desenho de Pesquisa: Métodos Mistos 
	O capítulo em questão, irá retratar a ideia de duas abordagens que supostamente se opõem, mas ao mesmo tempo podem se completar. Os métodos quantitativos e qualitativos quando juntos, em pelo menos um aspecto, podem dar origem aos desenhos de métodos mistos. 
	Nesses dois métodos podem ser ressaltados diversas diferenças que neles existem, e que não deixam de serem importantes. Para exemplicar, pode-se enfatizar as posições epistemológicas, a relação entre pesquisador e sujeito, o foco em que se direciona a pesquisa, a relação com a teoria, a abrangência das conclusões e por fim, a natureza de dados.
	No aspecto epistemológico, os dois métodos – quantitativos e qualitativos – referem-se a padrões diferentes. Enquanto o método quantitativo, segue um viés objetivo, ou seja, a realidade existe independente do que o pesquisador defende, o método qualitativo, se contrapõe, seguindo o viés construtivista, isto é, tudo o que existe é criado e compreendido por cada um.
	Na relação do pesquisador com os indivíduos pesquisados, o método quantitativo se difere do qualitativo, em questão de respectivamente, uma o pesquisador estabelece certa distância entre o sujeito pesquisado e aponta a realidade social como monótona, já a outra, cria uma relação direta com pesquisador e o sujeito, além de defender que estão mais envolvidos com as atividades que ocorrem ao longo do tempo.
	A pesquisa quantitativa tem como foco de pesquisa a coleta de fatos para poder contestar afirmações. Enquanto, para a pesquisa qualitativa, a verdade só é contestada a partir das relações do indivíduo com o meio externo. 
	As pesquisas quantitativas iniciam-se dedutivamente com o objetivo de comprovar a teoria, enquanto a qualitativa cria pelo método indutivo as pesquisas e as estabelecem posteriormente. Então, observa-se que as diferenças entre os métodos qualitativos e quantitativos não são claras como alegam. 
	Com relação a abrangência de conclusões, as pesquisas quantitativas são denominadas de nomotéticas, ou seja, tentam impor conclusões com personalidade legislativa. Enquanto, as pesquisas qualitativas são vistas como ideográficas, isto é, baseiam suas conclusões em tempo decorrido e lugares específicos. 
	Por fim, os dados das pesquisas quantitativas são em forma de números e grande parte das vezes apresentados na forma positiva, diferente dos dados qualitativos que são em formas de textos, imagens ou outros modelos de visualização. 
	Contudo, alguns autores encaixaram essas diferenças e semelhanças dos métodos quantitativos e qualitativos em três escolas de pensamento: puristas, situacionistas e pragmatistas. Os puristas afirmam que esses dois métodos são excludentes. Os situacionistas afirmam que os dois métodos de pesquisa são complementares um ao outro. Já o pragmatismo considera que o qualitativo e o quantitativo são uma falsa oposição e aponta que ambos deveriam estar dentro de um único método de pesquisa. 
	A definição de coleta de pesquisa de métodos mistos está em construção, mas já foi definida como coleta ou análise de dados quantitativos e qualitativos. A quantitativa permite identificar as relações entre as variáveis existentes e generalizar todo o processo. A qualitativa tem como objetivo analisar casos nas suas singularidades.
	Pelo viés filosófico, a pesquisa de métodos mistos aborda um sistema denominado pragmático, aderindo o método da indução, da dedução e da abdução como métodos investigativos.
	Os tipos de desenhos mistos, vão depender dos tipos de perguntas de pesquisas que serão feitos e como a junção dos métodos podem alterar os resultados das pesquisas.
	Algumas vezes o viés de qualitativo ir antes do quantitativo, é muito utilizado ao desenho de métodos mistos, quando o resultado de um estudo qualitativo tem função de informar a fase quantitativa da pesquisa. Esse desenho é utilizado em ocasiões que pouco se sabe sobre o ambiente em que se está realizando o trabalho de campo. Então, o método qualitativo identifica e explora, proporcionando clareza aos resultados. 
	E o processo ao contrário, do quantitativo vir antes do qualitativo, acontece quando os resultados de uma pesquisa quantitativa são utilizados para elaborar um procedimento qualitativo. 
	Já os dois métodos concomitantemente, por diversas razões os desenhos mistos não necessariamente serão independentes, sendo assim, podem trabalhar simultaneamente, um aprofundando a validade do outro.
	Os benefícios dos desenhos com métodos mistos são as descobertas feitas pelo Greene e colaboradores, que encontraram cinco objetivos para utilizarem uma combinação dos métodos, são eles: triangulação, complementariedade, desenvolvimento, iniciação e expansão. Dentre esses, 80% está relacionado com a complementariedade ou expansão. 
	A triangulação, é o arranjo de diversos métodos quantitativos ou de qualitativos e quantitativos onde cada um possa preencher o lugar faltante do outro, além disso, quando combinado quantitativo e qualitativo, as pessoas podem ser entrevistadas ou entrevistadoras. 
	A complementariedade, é a associação de métodos qualitativos e quantitativos é fundamental para calcular a sobreposição de elementos, diferente da triangulação que utiliza vários métodos para avaliar um único elemento.
	O desenvolvimento, já é um tópico que relaciona com o desenvolvimento, o resultado do primeiro método aplicado servirá como base para a aplicação do segundo método. Já a iniciação, é a objetivo da iniciação é provocar um questionamento durante as pesquisas realizadas. No caso da expansão, utilizam-se os métodos mistos e tem possibilidade de abrangência dos conteúdos das pesquisas. 
	O objetivo das pesquisas é no final o produto ser maior que as somas das partes de quantitativos e qualitativos, mas isso nem sempre ocorre como planejado, algumas causas são a mensuração, a má interpretação dos dados coletados quandoestes vieram na junção de dois métodos incompatíveis. Portanto, há diversas dúvidas quanto as conclusões dos métodos mistos.

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