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Leis Federais de Prótese e Órtese

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Leis Federais de Prótese e Órtese
COFFITO
RESOLUÇÃO Nº 404 DE 03 DE AGOSTO DE 2011
Artigo 3º - Para o exercício da Especialidade
Profissional em Fisioterapia Traumato-ortopédica é
necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas
de Competência:
VIII) Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses, adaptações e tecnologia assistiva;
Quando Foi Criada a Lei Federal de Prótese e Órtese
Decreto nº 3.298/99 (artigo 18), que regulamenta a Lei nº 7.853/89
Art. 18. Incluem-se na assistência integral à saúde e reabilitação da pessoa portadora de deficiência a concessão de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, dado que tais equipamentos complementam o atendimento, aumentando as possibilidades de independência e inclusão da pessoa portadora de deficiência.
Considerando a autorização estabelecida pela RS nº 79 de 02/09/93 do Conselho Nacional de Saúde, resolve:
 1 - Incluir no Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde - SIA/SUS a concessão dos equipamentos de órteses, próteses e bolsas de colostomia constantes do Anexo Único. 
2 - A concessão das órteses e próteses ambulatoriais, bem como a adaptação e treinamento do paciente será realizada, obrigatoriamente, pelas unidades públicas de saúde designadas pela Comissão Bipartite. Excepcionalmente, a referida comissão poderá designar instituições da rede complementar preferencialmente entidades universitárias e filantrópicas para realizar estas atividades. 
3 - Caberá ao gestor estadual/municipal, de conformidade com o Ministério da Saúde, definir critérios e estabelecer fluxos para concessão e fornecimento de órteses e próteses, objetivando as necessidades do usuário. 
4 - O fornecimento de equipamentos deve se restringir aos usuários do Sistema Único de Saúde que estejam sendo atendidos pelos serviços públicos e/ou conveniados dentro da área de abrangência de cada regional de saúde. 
5 - Fica estabelecido que a partir da competência setembro/93, o Recurso para Cobertura Ambulatorial - RCA será acrescido de 2,5 %, destinado ao pagamento das órteses e próteses fornecidas aos usuários. 
Análise de Lei
O não cumprimento da lei representa ofensa à Constituição Federal (em especial aos artigos 1º, inciso III, 5º caput, 196 e 198, inciso II), que estabelece como fundamento do país democrático em que vivemos a dignidade da pessoa humana e dispõe ser a saúde um direito de todos e um dever do Estado, que tem a obrigação de proporcionar um atendimento integral. Fere também a Lei que criou o SUS - Sistema Único de Saúde (Lei 8080/90) que garante o acesso aos serviços de saúde de maneira eficaz e sem qualquer discriminação.
Além disso, o Decreto nº 3.298/99 (artigo 18), que regulamenta a Lei nº 7.853/89, estabelece expressamente que está incluída na assistência integral à saúde a concessão de órteses, próteses, bolsas coletoras e materiais auxiliares, o que, portanto, deve ser fornecido gratuitamente, às custas do sistema público de saúde.
PRÓTESES E ÓRTESES – Exemplos:
 901-6 - COLETE CADEIRA DE BRAÇO;COLETE TAYLOR. Item de Programação 18 - PROTESE E ORTESE Nível de Hierarquia 3,4,7,8. Esp. Ativ. Profissional 20,28,33,41.
917-2 - ÓRTESE PARA CORRIGIR GENU-VALGO 
(CRIANÇA). Item de Programação 18 - PRÓTESE E ÓRTESE
 Nível de Hierarquia 3,4,7,8.Esp. Ativ. Profissional 20,28,33,41.
 921-0 - ÓRTESE PARA MARCHA
 BILATERAL EM POLIPROPILENO (CRIANÇA).
 Item de Programação 18 – PRÓTESE E ÓRTESE Nível
 de Hierarquia 3,4,7,8. Esp. Ativ. Profissional 20,28,33,41.
945-8 - PRÓTESE PIROGOFF OU SYME (NACIONAL) PÉ SACH. Item de Programação 18 - PROTESE E ORTESE. Nível de Hierarquia 3,4,7,8.. Esp. Ativ. Profissional 20,33
957-1 - MULETAS CANADENSE OU AXILAR (PAR). Item de Programação 18 - PROTESE E ORTESE. Nível de Hierarquia 3,4,7,8.. Esp. Ativ. Profissional 20,28,33,41. 
 969-5 - CADEIRA DE RODAS PARA TETRAPLÉGICO,
 ESPADAR ALTO, ARTICULADA. Item de Programação
 - PROTESE E ORTESE. Nível de Hierarquia 3,4,7,8.. 
 Esp. Ativ. Profissional 20,28,33,41.
COMO SOLICITAR
Para solicitar órteses, próteses, cadeira de rodas ou outros meios auxiliares de locomoção através do SUS é muito simples:
1º Passo – Procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência e faça uma consulta com um médico do PSF ou credenciado pelo SUS. Havendo indicação, ele vai prescrever, em formulário do SUS, o tipo de equipamento necessário.
2º Passo – Anexe à prescrição dada pelo médico cópia dos seguintes documentos:
a)    CPF e RG
b)    Cartão do SUS (Cartão Nacional de Saúde)
c)    Comprovante de Residência com CEP
d)    Informe pelo menos um número de telefone para contato
3º Passo – Entregue toda a documentação na Secretaria de Saúde do seu município. A Secretaria de Estado da Saúde é dividida administrativamente em 24 Direções Regionais de Saúde, independentes financeiramente e com a responsabilidade de garantir o fornecimento dos equipamentos na sua área de abrangência. Não existe compra ou fornecimento centralizado no nível central da Secretaria de Estado de Saúde, porque a concessão pressupõe o atendimento do usuário numa unidade de saúde, com a presença de equipe profissional especializada, que garanta a prescrição correta e sua adaptação, de modo que o uso desse equipamento efetivamente contribua para a melhoria da qualidade de vida do indivíduo e sua conseqüente inserção social.
Critérios de concessão
 Para fazer juz à concessão dos equipamentos, o usuário deverá ser elegível considerando aspectos para priorização: 
 Criança 
Adulto, em particular aquele em atividades laborativas. 
Grau de benefício que será obtido.
Prognóstico e capacidade de utilização.
O momento mais adequado para o início do uso do equipamento. 
Se o equipamento destina-se à correção ou controle de deformidades progressivas.
Equipamento destinado à manutenção de correções obtidas através de tratamento cirúrgico. 
Equipamento com caráter funcional e fundamental ao processo de reabilitação. 
Portadores da Síndrome de Talidomida (Lei Federal n°8686 de 2-7-93).
Síndrome de Talidomida
A Síndrome de Talidomida é originada pela má formação Congênita, caracterizada pela aproximação ou encurtamento dos membros junto ao tronco do feto , ocasionada pelo medicamento do mesmo nome utilizado como sedativo na década de 50.
Lei que garante prótese para portadores da Síndrome de Talidomida
 Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome da Talidomida conseguiu, através da edição da Lei nº 8686/93 e da Portaria MS 97/97, instituir a obrigatoriedade dos Estados no sentido de priorizar o fornecimento aos portadores da Síndrome da Talidomida, de aparelhos de prótese, órtese e demais instrumentos de auxílio, assim como da assistência médica e das intervenções cirúrgicas necessárias para minimizar os efeitos das deformidades físicas suportados por tais pessoas.
Art. 3º Os portadores da "Síndrome de Talidomida" terão prioridade no fornecimento de aparelhos de prótese, órtese e demais instrumentos de auxílio, bem como nas intervenções cirúrgicas e na assistência médica fornecidas pelo Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde - SUS.
Análise da Lei
A falta de conhecimento da legislação por parte das administrações públicas, faz com que muitas das crianças atingidas pela Síndrome da Talidomida não recebam assistência médica adequada, assim como as próteses, órteses ou os equipamentos de auxílio a que têm direito. Por esse motivo, estão perdendo seu direito de viver a infância, considerando inclusive o laser, a escola e toda a fase lúdica do aprendizado a que todos temos direito. Isso sem considerar ser a infância a melhor fase
para adequação de uso dos equipamentos necessários.

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