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Rogério Ferrari / Viviane Leite Histologia do Sistema Reprodutor M3 - 2012.1 Rogério Ferrari / Viviane Leite Sistema Reprodutor Masculino Obs.: Túbulo seminífero túbulo reto rede testicular ducto eferente ducto epididimário ducto deferente ducto ejaculatório (local onde deferente se junta à vesícula seminal) uretra prostática uretra membranosa uretra peniana. Testículo Função: produção de testosterona e gametas masculinos; Cápsula fibrosa e espessa – tecido conjuntivo denso modelado – albugínea testicular (túnica albugínea); que protege o testículo e envia septos. o Extensões fibrosas da túnica albugínea formam septos e divides cada testículo em lóbulos testiculares. o Cada lóbulo testicular contém cerca de 4 túbulos seminíferos, que são responsáveis pela espermatogênese; Túnica vasculosa – tecido conjuntivo frouxo vascularizado, abaixo da túnica albugínea; Túbulo seminífero – composto por uma delgada camada de tecido conjuntivo denominada túnica própria e pelo epitélio germinativo (ou seminífero), relativamente espesso, com sua lamina basal; Na prova diferenciar se é testículo pré-púbere (luz irregular, fechada, e só tem duas linhagens celulares, que é células de Sertoli e espermatogônias) ou testículo pós-púbere (luz aberta, e visualizam-se células germinativas nos diversos estágios). O epitélio seminífero é constituído por: o Células espermatogênicas em vários estágios de meiose: Espermatogônias do tipo A e B localizados próximo à lâmina basal. Tipo A sofrem mitose para produção de mais espermatogônias do tipo A. O tipo B se divide para produzir espermatócitos primários que migram para mais perto do lúmen. Os espermatócitos primários sofrem a primeira divisão meiótica (reducional) para produzir espermatócitos secundários, que sofrem a segunda divisão meiótica (equacional) e produzem espermátides que sofrerão o processo de espermiogênese diferenciando-se em espermatozóides. o E as células de Sertoli: Produção e secreção de ABP Sustentação física, metabólica e nutricional das células da linhagem espermatogênicas Formam a barreira hematotesticular Realiza a fagocitose dos restos da espermátide que esta se transformando em espermatozóide Células de Leydig ou intersticial o Localizadas por entre os túbulos seminíferos, no tecido conjuntivo vascularizado (interstício). Os vasos sanguíneos estão relacionados a nutrição e ainda por transportar testosterona aos outros órgãos. o Característica: célula arredondada, nucléolo evidente, citoplasma vacuolizado (com gotículas lipídicas, que é um hormônio esteróide que utiliza colesterol) Rogério Ferrari / Viviane Leite o Funções: Produção de testosterona Relação histofisiológica células de Leydig e Sertoli o O FSH atua no testículo, estimulando a célula de Sertoli a produzir ABP e inibina. A ABP é uma proteína que vai se ligar a testosterona dentro do túbulo seminífero para que ela estimule a espermatogênese. Isso é necessário porque a testosterona é um hormônio lipídico e acabaria se difundindo; assim, para garantir concentrações mínimas de testosterona dentro do túbulo, há necessidade da ABP. A testosterona vai estimular as células mióides a produzir a proteína moduladora de Sertoli (P- MOD-S) e essa proteína age na célula de Sertoli estimulando a produção de inibina que atua por FB (-) na adenohipófise, inibindo a secreção de FSH. o O LH por sua vez é um hormônio que atua na célula de Leydig, produtora de testosterona em resposta ao LH. Nesse caso, a própria testosterona faz o FB (-) em relação ao GnRH e LH, mantendo o balanço hormonal. Mediastino testicular (Hilo) o Tecido conjuntivo denso. Túbulo reto (intratesticular) Função: levam os espermatozóides dos túbulos seminíferos para a rede testicular. Na lamina para diagnostico é preciso ver a transição entre o epitélio germinativo (que é estratificado) e o epitélio simples do túbulo reto (na primeira metade apenas células de Sertoli e na segunda metade células cúbicas simples). Rede testicular (intratesticular) Função: os espermatozóides passam do túbulo reto para a rede testicular (localizadas no interior do mediastino testicular) que por sua vez levam os espermatozóides ao ducto eferente. Revestidos por um epitélio cúbico simples cujas células possuem microvilosidades e um único cílio. A contração das células mióides circunjacentes e a ação ciliar movimentam os espermatozóides ao longo do túbulo. Ducto eferente Epitélio misto – cilíndrico ciliado (relacionado a motilidade) ou cúbico com microvilus (relacionado a absorção). Recebe espermatozóide da rede testicular e os liberam para o epidídimo onde eles amadurecem e se tornam móveis. Uma delgada camada de músculo liso também esta presente. Epidídimo Local de armazenamento e maturação final dos espermatozóides, o que inclui o desenvolvimento da motilidade. Epitélio pseudo estratificado cilíndrico estereociliado (envolvidos na reabsorção de fluidos). Fibras musculares lisas em torno que ajuda a fazer a propulsão. Dividido em cabeça, corpo e cauda: a camada muscular é inversamente proporcional a espessura do epitélio. Rogério Ferrari / Viviane Leite Ducto deferente É um tubo muscular que transporta espermatozóides do epidídimo para o ducto ejaculador. Sua porção terminal, a ampola, é dilatada e se une à vesícula seminal para formar o ducto ejaculador. Epitélio pseudoestratificado cilíndrico estereociliado. Lâmina própria – tecido conjuntivo Túnica muscular (músculo liso) - produzem contrações peristálticas durante a ejaculação, constituída de três camadas: o Longitudinal interna o Circular média o Longitudinal externa Adventícia vascularizada Vesícula seminal Função: produzem uma substancia rica em frutose, relacionada com o processo de nutrição e manutenção dos espermatozóides. Mucosa (pregueada) o Epitélio pseudoestratificado (pode variar sendo cúbico ou cilíndrico simples) o Células secretoras o Eixo central de tecido conjuntivo fibroelástico Túnica muscular (músculo liso) – cria contrações peristálticas durante a ejaculação e força a secreção para dentro do ducto ejaculador, sendo constituída por duas camadas: o Circular interna o Longitudinal externa Ducto ejaculador A ampola do ducto deferente liga-se a vesícula seminal formando o ducto ejaculador, que se abrirá na uretra prostática. Cordão espermático Função: regulação da temperatura Componentes o Artéria testicular o Plexo pampiniforme o Ducto deferente o Tecido adiposo e conjuntivo Uretra São três segmentos da uretra masculina: o Uretra prostática: é o local onde desembocam-se os ductos prostáticos e os dois ductos ejaculadores. Epitélio de transição Estroma fibromuscular o Uretra membranosa: passa através do diafragma urogenital, é o local do esfíncter urinário externo. Local onde se abre as glândulas bulbouretrais. Epitélio estratificado cilíndrico (geralmente pseudo) Glândulas bulbouretrais: Função: secretar uma solução lubrificante e viscosa diretamente na uretra, liberada um pouco antes da ejaculação. O epitélio dessas glândulas varia de cúbico simples a cilíndrico simples Rogério Ferrari / Viviane Leite o Uretra peniana (esponjosa): encontrada no interior do corpo esponjoso do pênis. Epitélio estratificado de cúbico (mais no inicio) a pavimentoso (próximo da fossa navicular) Tecido conjuntivo denso Vasos sanguíneos A lâmina própria de todas as três regiões é composta de tecido conjuntivo frouxofibroelástico. Ela contém numerosas glândulas de Littre, cuja secreção mucosa lubrifica o epitélio que reveste a uretra. Próstata Circunda a uretra prostática e também os ductos ejaculadores. Função: sua secreção é rica em muitas substâncias químicas, incluindo acido cítrico, lipídios e enzimas proteolíticas. Secreção alcalina que neutraliza a acidez da uretra. Cápsula: tecido conjuntivo denso não modelado, vascularizado contendo células musculares lisas que circundam a próstata e penetra na glândula como estroma fibromuscular. Glândulas prostáticas – túbulo alveolares: o Epitélio cúbico simples ou pseudo-estratificado Glândulas da mucosa – camada próxima da uretra Glândulas da submucosa – circundam a glândula da submucosa Glândulas principais – circundam a glândula da submucosa Pênis Função: funciona na eliminação da urina e como o órgão copulatório masculino. É envolvido por pele delgada. O tecido erétil é composto de espaços vasculares revestidos por endotélio e separados por trabéculas de tecido conjuntivo (estroma fibromuscular). Esses espaços são preenchidos com sangue durante a ereção. Internamente 3 corpos cilíndricos de tecido erétil correm ao longo de sua extensão: o Corpo esponjoso (ventral): Circunda a uretra esponjosa Tecido erétil o Corpos cavernosos (dorsais): 2 conjunto de tecido erétil é dividido por septos descontínuos do corpo do pênis, que são os dois corpos cavernosos. Albugínea peniana - tecido conjuntivo fibroso Aparelho Reprodutor Feminino Ovários (pré-pubere, período reprodutivo, pós-menopausa) Funções: o Armazenam pré-gametas (ovócito I) no folículo ovariano. o Permite o desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos. o Permite o desenvolvimento e maturação do gameta feminino (ovócito II) o Liberação do gameta feminino (sitio de ovulação) o Produz hormônios (estrogênio e progesterona) Estrutura histológica o Superfície Epitélio cúbico simples o Córtex Túnica albugínea – tecido conjuntivo denso com muitas glândulas. Rogério Ferrari / Viviane Leite Folículos ovarianos Estroma – tecido conjuntivo altamente celularizado (fibroblastos, que produzem a MEC e se diferenciam em estruturas que vão participar da formação folicular). Observam-se folículos em atresia, corpo lúteo e corpo albicans. o Medula Tecido conjuntivo frouxo Muito vascularizado o Hilo Tecido conjuntivo frouxo Altamente vascularizado (artéria e veia) Células hílares (secretoras de androgênio) Ciclo ovariano: O crescimento folicular é estimulado por FSH secretado pela hipófise. As células foliculares que envolvem o ovócito I se dividem por mitose formando uma camada única de células cubóides e neste momento o folículo é chamado de folículo primário unilaminar. As células foliculares continuam proliferando e originam um epitélio estratificado chamado de camada granulosa, passando a se chamar folículo primário multilaminar. Uma espessa camada amorfa, chamada zona pelúcida, composta de varias glicoproteinas é secretada e envolve todo o ovócito, durante esse estagio. A teca também começa a surgir, porém não é possível diferenciar teca interna e teca externa. Certa quantidade de liquido, chamado líquido folicular, começa a se acumular entre as células foliculares. Os pequenos espaços que contem esse fluido se juntam e as células da granulosa se reorganizam formando uma grande cavidade, o antro folicular. Esses folículos são chamados folículos secundários ou antrais. Durante a reorganização das células da granulosa, algumas células desta camada se concentram em determinado local da parede do folículo formando um pequeno espessamento, o cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito. Alem disso um pequeno grupo envolve o ovócito constituindo a corona radiata. Que acompanha o ovócito quando este abandona o ovário. Enquanto essas modificações estão ocorrendo, o estroma situado em torno do folículo se modifica para formar as tecas foliculares, com duas camadas – a teca interna e a teca externa. Quando atinge seu máximo desenvolvimento, esse folículo é o folículo maduro ou de Graaf. Os outros folículos que estava crescendo com uma certa sincronia entram em atresia. A ovulação ocorre na época próxima a metade do ciclo menstrual (14º dia) Imediatamente antes da ovulação o ovocito I completa a divisão meiótica para dar origem a um ovócito II. O estimulo para a ovulação é um pico de secreção de LH, liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento. A teca interna sintetiza o hormônio esteróide androstenediona que é transportado para as células da granulosa, que transformam androstenediona em estrógeno, através da enzima aromatase. Após a ovulação, as células da granulosa e as células da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam e formam uma glândula endócrina cordonal temporária chamada de corpo lúteo. Sob efeito do LH, as células modificam seus componentes enzimáticos e começam a secretam progesterona e estrógenos, que irão fazer com que haja preparação geral do endométrio para a implantação do blastocisto. No corpo lúteo observa-se dois tipos de células: Granulosa-luteinicas (mais internas e maiores, oriunda da granulosa, produz esteróide, progesterona) e Tecoluteinicas (mais externas e menores, oriunda da teca, produz estrogênio). Rogério Ferrari / Viviane Leite Pelo estimulo inicial do LH o corpo lúteo é programado para secretar durante 10-12 dias. Se não houver nenhum estimulo adicional, suas células degeneram por apoptose. Passa a ser chamado de corpo lúteo menstrual. As células do corpo lúteo irão sofrer apoptose, e essa região será invadida por fibroblastos, que produzirá colágeno, formando um tecido cicatricial branco denominado corpo albicans (área em que o estroma se reorganizará). Uma das conseqüências da secreção decrescente de progesterona (por falta de estimulo de LH) é a menstruação. Altas taxas de estrógeno circulante inibem a liberação de FSH. No entanto depois da degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteróides diminui e FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o crescimento de folículo e iniciando o ciclo menstrual. Se uma gravidez se instalar, a mucosa uterina não pode descamar, para isso um sinal para o corpo lúteo é dado pelo embrião implantado, cujas células do sinciciotrofoblasto sintetizam um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (HCG). A ação do HCG é semelhante a do LH, estimulando o corpo lúteo. Tuba uterina Funções: o Capturam gameta o Servem de local preferencial para fecundação o Capacitação do espermatozóide Mucosa o Epitélio cilíndrico simples ciliado com células secretoras Cílios: movimentam o ovócito e o fluido formado por células secretoras não ciliadas em direção ao útero. Células secretoras: produzem muco, que nutre os espermatozóides e auxiliar na maturação final. o Lamina própria – tecido conjuntivo frouxo Túnica muscular (músculo liso) – também auxilia o movimento do ovócito por ondas peristálticas produzidas por: o Camada circular interna o Longitudinal externa Serosa o Epitélio pavimentoso simples o Tecido conjuntivo Regiões da tuba: o Infundíbulo: é a extremidade aberta que recebe o ovócito secundário que foi liberado pelo ovário. Ele apresenta projeções denominadas fimbrias. Obs.: Quanto mais próximo do infundíbulo essas projeções são maiores e a camada muscular mais delgada. São os vasos da lamina própria da mucosa que sob estimulo do estrogênio ficam túrgidos e cheios, assim atuba estica e acaba colocando suas fimbrias na superfície do ovário, para que na ovulação o ovócito liberado possa ser capturado e assim não ser perdido na região pélvica. Rogério Ferrari / Viviane Leite o Ampola: e a porção mais longa das tubas uterina e é o local usual de fertilização. Camada muscular mais delgada, projeções muito desenvolvidas. o Istmo: região estreita da ampola que conduz o ovócito a região intramural. Camada muscular e projeções com médio desenvolvimento. o Intramural: camada muscular bastante espessa e projeções pouco desenvolvidas. As projeções são formadas por TCF e epitélio cilíndrico simples ciliado (motilidade) e secretor (produz secreção para capacitação do espermatozóide). Na prova se ela mostrar uma projeção colocar como prega da mucosa. Útero Funções: o Sitio de implantação do embrião o Sitio de desenvolvimento da gestação o Participa da formação da placenta o Participa do parto normal A parede uterina do corpo e do fundo é composta por três camadas principais: o Endométrio / mucosa uterina: local de implantação do blastocisto durante a gravidez. Epitélio cilíndrico simples Estroma vascularizado Glândulas uterinas: tubulosas simples secretora de glicogênio O crescimento cíclico, a degeneração e o reparo do endométrio resultaram na identificação de três camadas em sua estrutura: Estrato basal: encontra-se próximo ao miométrio e é relativamente imutável durante o ciclo. Ele serve como fonte de células para a reestruturação do endométrio após a menstruação. Nele se encontra as artérias retas. Estrato esponjoso: é a camada mais espessa, caracterizada por um estroma de aspecto esponjoso. Estroma compacto: uma camada mais delgada, caracterizada por um estroma mais denso. Obs.: juntos, o estrato esponjoso e o estrato compacto sofrem a maior modificação durante o ciclo menstrual e são conjuntamente referidos como estrato funcional (nele se encontra as artérias espiraladas, que sofrem vasoconstricção na ausência de progesterona, o que torna o estrato funcional isquêmico, resultando em sua degeneração). Obs.: Na prova, quando observar que a luz da glândula é limpa (sem secreções) e as células do estroma está bem junto (coesas) significa que o endométrio esta na primeira fase do ciclo menstrual que é a fase proliferativa (diagnóstico: útero fase proliferativa). E quando observar que a luz da glândula contém secreções e as mesmas são tortuosas e o estroma do endométrio contém células espaçadas é a fase secretora ou lútea. o Miométrio: músculo liso composto em 3 camadas: Estrato submucoso: fibras longitudinais internas Estrato vascular ou mediano: fibras circular média Estrato subseroso: fibras longitudinais externa o Perimétrio: Serosa (peritônio parietal): superfície externa do fundo e a parte posterior do corpo. Ou adventícia no restante. A parede uterina do colo (cérvix) é composta por: o Endocérvix: Rogério Ferrari / Viviane Leite Epitélio cilíndrico simples mucossecretor Apresenta glândulas cervicais também revestidas por esse epitélio, que não sofre ação hormonal, e são capazes de reter espermatozóides fazendo com que permaneça viável para fecundação. o Ectocérvix: Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Na lâmina observa-se: luz endocérvix ectocérvix fórnice vagina Vagina Função: é o órgão copulatório feminino e serve como o canal do parto. Mucosa: o Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. o Lamina própria elástica densa Túnica muscular: músculo liso o Circular interna o Longitudinal externa Adventícia Mama Função: responsáveis pela produção de leite. O mamilo e a aréola (região mais baixa) são revestidos por pele delgada. Constituída por: o Epiderme – epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. o Derme: Papilar: tecido conjuntivo frouxo mais próximo da epiderme. Reticular: tecido conjuntivo denso mais profundo. É uma glândula exócrina túbulo alveolares compostas de secreção apócrina (para liberação de lipídeos) e merócrina (para liberação de proteínas), constituída por 15 a 20 lobos que se irradiam do mamilo e estão separados um dos outros por tecido adiposo e tecido conjuntivo denso. Por entre os lóbulos (intralobular) encontra-se tecido conjuntivo frouxo. Ductos: o Ducto lactífero próximo mamilo: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. o Seio lactífero e ducto lactífero que chegam a ele: epitélio cúbico estratificado. o Ductos menores que chegam aos ductos lactíferos: epitélio cilíndrico simples. Células mioepiteliais estreladas, localizadas entre o epitélio e a lamina basal, também envolvem os alvéolos em desenvolvimento e tornam-se funcionais durante a gravidez. Os alvéolos possuem dois estágios: o Os alvéolos das glândulas mamárias em repouso (mama gestacional em desenvolvimento), que sob o efeito da prolactina e hormônios sexuais femininos vão proliferar as células finais dos ductos para formar os alvéolos mamários. Os alvéolos estarão sem secreção em sua luz ou atresicos. o Os alvéolos das glândulas mamárias lactante (mama em lactação) são constituídos por células cubóides parcialmente envolvidas por células mioepiteliais. Alguns alvéolos estarão repletos de secreção. Glândula de Montgomery (aréola) - secreções com propriedades antibacterianas, lubrificantes e odoríferas. Fibras musculares lisas (mamilo) – circulares e longitudinais. A contração dessas fibras musculares é responsável pela ereção do mamilo. Rogério Ferrari / Viviane Leite Placenta Funções o Transporte placentário de substâncias: gases, nutrientes, hormônios, eletrólitos, anticorpos, produto de excreção. o Secreção endócrina: produção de hormônios esteróides e hormônios protéicos. A placenta é formada por dois componentes: o Componente fetal: córion frondoso o Componente materno: decídua basal Componente fetal: o Primeiramente é preciso saber que o córion é formado por: mesoderma extra- embrionário; citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Existindo dois tipos de córion: Córion frondoso – ramifica-se de modo profuso e aumentando de tamanho, é a parte que possui arborização. Apenas esse é o componente fetal da placenta. Córion liso: área nua relativamente avascular. o Na 1ª semana de gestação inicia-se a nidação. Na 2ª semana ocorre a formação do córion e a formação da vilosidade coriônica primária (que são projeções do córion). Na 3ª semana forma-se a vilosidade coriônica secundária (que é quando o mesênquima cresce para dentro das vilosidades primarias a fim de formar um eixo de tecido conjuntivo frouxo). Assim a constituição da vilosidade coriônica secundária é: mesoderma extra-embrionário, citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Ainda na terceira semana surge a vilosidade coriônica terciária (que é quando algumas células mesenquimais se se diferenciam em capilares sanguíneos e em seguida fundem-se para formar redes capilares arteriovenosas). Nesse momento então, o córion terciário é formado por mesoderma extra-embrionário vascularizado, citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. Numa vilosidade coriônica é possível distinguir três regiões: vilosidade tronco, vilosidade livre e vilosidade de ancoragem. Componente materno: o É a decídua basal, que possui células principais (redondas) que produzem os fatores que controlam a invasão do sinciciotrofoblasto. Designa decídua a camada funcional do endométrio gravídico. A reação decidual são reações endometriais celulares e vasculares resultantes da gravidez. A decídua é formada por 3 partes: decídua basal (componentematerno da placenta), decídua capsular e decídua parietal. Da decídua basal partem septos placentários que se projetam em direção ao tecido fetal, delimitando cotilédones. Os cotilédones possuem vilosidades coriônicas livres, de ancoragem e tronco. Tendo aproximadamente cerca de duas ou mais vilosidades tronco por cotilédone. Nesses cotilédones está o espaço interviloso que possuem sangue da mãe. Obs.: as vilosidades coriônicas que surgem do córion projetam-se para os espaços intervilosos contendo sangue materno. Os espaços intervilosos cheios de sangue materno derivam das lacunas que se formam no sinciciotrofoblasto durante a 2ª semana. O sangue penetra no espaço vindo das artérias espiraladas da decídua basal. Dessa maneira o componente fetal é composto por: placa coriônica; vilosidade coriônica terciária na primeira metade da gestação e vilosidade quaternária (caracterizado por ter citotrofoblasto descontinuo revestindo-as internamente) na segunda metade da gestação; e manto citotrofoblástico. Já o componente materno por decídua basal e septos placentários que formara os cotilédones. Rogério Ferrari / Viviane Leite A membrana placentária: o Na primeira metade da gestação é composta por: Endotélio do vaso sanguíneo fetal, Lâmina basal do vaso sanguíneo fetal, Mesênquima, Citotrofoblasto Sinciciotrofoblasto. o Na segunda metade da gestação a membrana é composta por: Endotélio do vaso sanguíneo fetal, Lâmina basal do vaso sanguíneo fetal, Mesênquima, Citotrofoblasto descontínuo Sinciciotrofoblasto. Cordão umbilical O cordão umbilical envia vasos para a placa coriônica. É coberto por membrana amniótica (âmnio) e é preenchida com uma substancia fundamental viscosa denominada geléia de Wharton, que contém celulas mesenquimais. o Geléia de Wharton: contém tecido conjuntivo mucoso, rico em muita substância amorfa e fibrócitos. Possui duas artérias umbilicais que transportam sangue pobre em oxigênio para as vilosidades coriônicas, e a veia umbilical única, que traz sangue rico em oxigênio para o feto.
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