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AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1 – AD1 - 2018.1 Questão 1: O processo de alfabetização vem se desenvolvendo com o passar dos anos, buscando sempre, uma melhor maneira de fazer com que haja aprendizado por parte da criança. Assim, a partir da década de 1980, com influência da perspectiva construtivista, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky partiram do pressuposto de que o enfoque deveria ser a criança e a maneira com que a mesma aprende e não mais o (a) professor (a). Pelo fato do processo de alfabetização ter início antes da criança entrar na escola, pois a mesma vive em uma comunidade letrada, surgiu o termo “ambiente alfabetizador” que é levar o ambiente letrado no qual a criança está inserida no seu cotidiano, para dentro de sala de aula, com espaços para leitura dos mais variados tipos de texto e materiais e atividades com os mesmos, sem se apegar ao uso exclusivo da cartilha. É de suma importância que o docente saiba como trabalhar como esses materiais e provocar os alunos a interagirem com eles, não o reduzindo à um simples “cantinho da leitura”. Dessa maneira, então, esse ambiente se torna uma poderosa ferramenta no processo de ensino – aprendizagem, “transformando as crianças em usuárias ‘naturais’ da linguagem escrita.” Ao examinarmos alguns relatos sobre o ambiente alfabetizador contidos no material didático, constatamos que muitos educadores focam na concepção de que o ambiente alfabetizador se resume a apenas um momento de leitura com seus alunos e não faz uso de novas metodologias e/ou atividades que agucem o interesse e a curiosidade de seus alunos. É importante que através de ambiente alfabetizadores, o docente faça uso de novas práticas alfabetizadoras que motivem o conhecimento de seus alunos, através de atividades que privilegiem a discussão e a expressão do que seus alunos já sabem. Dessa maneira, o professor conhecerá seus alunos e poderá apresentar novas atividades com situações práticas como jogos, perguntas, músicas, dentre outas, o que fará com que o aluno interiorize o conhecimento. Ainda convém lembrar que o aluno é sujeito de sua aprendizagem e que o professor deve atuar como sujeito intermediário desse processo, auxiliando em sua busca por novos conhecimentos a partir dos saberes pré-existentes que esse aluno já traz consigo. Pesquisando sobre o contexto escolar brasileiro, concluímos que as práticas alfabetizadoras estão comprometidas visto que, ainda hoje, utiliza-se com frequência, o contexto mecanicista de ensino aprendizagem, colocando o aluno em um papel de mero “copiador” de conteúdos e o professor como um simples transmissor de informações prontas. É importante que o professor tenha autonomia para organizar e realizar seu trabalho em sala de aula e que esteja em constante aprendizado de novos métodos de ensino para que proporcione aos seus alunos autonomia para aprender a aprender. Questão 2: Tanto para Emília Ferreiro quanto para Paulo Freire é necessário que haja significação para que o processo de alfabetização ocorra, ou seja, é preciso que o docente leve em consideração que seus alunos possuem vínculo com a língua materna, por já estarem inseridos em uma sociedade letrada. Freire afirma que antes do educando aprender a ler um texto, ele já sabe ler o mundo que o cerca criando sentido para as mais diversas situações. Pelo fato de que cada indivíduo é único, sua criação de sentido também será. Dessa forma, ao ler um texto, cada indivíduo cria sua própria significação, que será diferente do outro. Assim sendo, pode-se afirmar que a leitura de mundo e a leitura de palavra estarão entrelaçadas. O ambiente alfabetizador descrito por Emília Ferreiro, também leva em consideração o saber e a visão de mundo que a criança já possui internamente. Por esse motivo, a autora afirma que esse ambiente deve ser estimulante, com temas do interesse dos alunos e com suas próprias atividades. É importante que o professor ouça seus alunos e considere suas opiniões e preferências, levando para a sala de aula atividades, música, parlendas, teatros, para que juntos aluno e professor construam a alfabetização significativa e o aluno se torne autônomo de sua aprendizagem.
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