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Anatomia do Sistema Urinário

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Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
Sistema Urinário 
 
Rins: 
 
Os rins retiram o excesso de água, sais e resíduos e devolvem nutrientes e substâncias 
químicas ao sangue, produzindo a urina que é conduzida pelos ureteres até a bexiga urinária. 
 Os rins são órgãos pares (em número de dois: rim direito e rim esquerdo) e são 
retroperitoneais. 
 O rim direito se situa levemente inferior ao rim esquerdo, devido à presença do fígado. 
 Os rins apresentam duas margens e duas faces. 
A margem lateral dos rins é convexa, enquanto a margem medial dos rins é côncava e 
apresenta o hilo renal, que é o local por onde o pedículo renal entra e sai do rim. Além disso, a 
margem medial dos dois rins, tanto o direito quanto o esquerdo, possuem contato com o duodeno. 
A face posterior do rim é mais plana do que a face anterior ou visceral do rim. 
O hilo renal, além de ser o local onde o pedículo renal passa, também é o local que dá acesso 
ao seio renal, que é um espaço ocupado por tecido adiposo, artérias e veias. 
 O pedículo renal, estrutura contida no hilo renal, é composto por três estruturas: 
1. Veia renal: é a mais anterior das três estruturas, localizada sempre em posição anterior. 
2. Artéria renal: entre as duas outras estruturas. 
3. Pelve renal: expansão afunilada e achatada da extremidade superior do ureter, localizada 
sempre em posição posterior. 
 
Ambos os rins possuem relações posteriores em comum, são elas: 
 Músculo psoas maior: mais medialmente. 
 Músculo quadrado do lombo: entre os outros dois músculos. 
 Aponeurose do músculo transverso do abdome: mais lateralmente. 
 Nervo subcostal: mais superior. 
 Nervo íleo-hipogástrico: intermediário entre os dois outros nervos. 
 Nervo íleo-inguinal: mais inferior. 
 
O rim direito possui as seguintes relações anteriores: 
 Fígado: maior parte da face visceral, na sua parte súperolateral. 
 Flexura cólica direita ou flexura hepática: parte ínfero-lateral da face visceral do rim 
direito. 
 Suprarrenal direita: localiza-se no polo superior do rim direito. Tem formato 
triangular. 
 Duodeno: parte medial da face visceral do rim direito. 
 Jejuno: parte ínfero-medial da face visceral do rim direito. 
 
O rim esquerdo possui as seguintes relações anteriores: 
 Baço: parte súperolateral da face visceral do rim esquerdo. 
 Flexura cólica esquerda ou flexura esplênica: parte ínfero-lateral da face visceral do 
rim esquerdo. 
 Suprarrenal esquerda: localiza-se no polo superior do rim esquerdo. Tem formato de 
meia-lua. 
 Pâncreas: corpo e cauda do pâncreas localizam-se em posição central na face visceral 
do rim esquerdo. 
 Estômago: parte súpero-medial da face visceral do rim esquerdo. 
 Jejuno: parte ínfero-medial da face visceral do rim esquerdo. 
 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
Os meios de fixação dos rins na cavidade abdominal incluem os vasos sanguíneos, o pedículo 
renal, o peritônio parietal e as outras vísceras abdominais, a fáscia renal e os espaços pararrenal e 
perirrenal. 
Os rins possuem algumas camadas de revestimento, sendo elas: 
1. Cápsula fibrosa do rim: recobre os rins. 
2. Cápsula adiposa do rim ou gordura perirrenal: fica localizado internamente à 
fáscia renal. 
3. Fáscia renal: tem a função de manter o rim em sua posição normal, e consiste em 
uma camada membranácea e condensada formada por duas lâminas que se 
continua medialmente e envolve os vasos renais. 
Superiormente os dois folhetos da fáscia renal se unem à fáscia diafragmática e 
posteriormente os dois folhetos da fáscia renal se unem à fáscia do psoas maior. 
4. Corpo adiposo pararrenal ou gordura pararrenal: gordura extraperitoneal da 
região lombar, que fica localizada externamente à fáscia renal. 
 
Os rins podem ser divididos em cinco segmentos: 
Na face visceral ou anterior, podem ser divididos em segmento superior¸ segmento 
anterossuperior, segmento anteroinferior e segmento inferior. 
Já na face posterior, podem ser divididos em segmento superior, segmento posterior e 
segmento inferior. 
 
Internamente, os rins são compostos por uma série de estruturas. 
O córtex renal é a parte mais externa, que possui os glomérulos e os túbulos contorcidos 
distais e proximais dos néfrons. 
A medula renal é a parte mais interna, possui as alças de Henle e os túbulos coletores dos 
néfrons, e é composta pelas pirâmides renais. 
Entre as pirâmides renais, pode haver uma projeção de tecido cortical, chamada de colunas 
renais, mas elas não estão presentes entre todas as pirâmides. 
As pirâmides renais possuem uma base¸ voltada para fora, e um ápice, voltado para dentro, 
que contém a papila renal. 
As papilas renais se abrem nos cálices menores¸ que por sua vez se abrem nos cálices 
maiores. 
A união dos cálices maiores forma a pelve renal, que é uma das estruturas componentes do 
pedículo renal, que forma o hilo renal. 
O afunilamento da pelve renal forma o ureter. 
 
A vascularização renal é feita de seguinte forma: 
A artéria renal direita e a artéria renal esquerda são ramos da aorta abdominal, sendo a 
artéria renal direita um pouco mais longa que a artéria renal esquerda. 
As artérias renais emitem um ramo para a glândula suprarrenal. 
A artéria gonadal podem emitir ramos para a cápsula adiposa e para a gordura pararrenal. 
A artéria frênica, a artéria mesentérica superior e a artéria cólica média podem emitir ramos 
para a cápsula adiposa do rim. 
 
A artéria renal se divide em cinco artérias segmentares (pois os rins podem ser divididos em 
cinco segmentos – superior, anterossuperior, anteroinferior, posterior e inferior). 
As artérias segmentares se dividem em artérias interlobares¸ que por sua vez se dividem em 
artérias arqueadas. 
As artérias arqueadas se dividem em artérias interlobulares, que por sua vez se dividem em 
arteríolas glomerulares aferentes, as quais se ramificam em capilares glomerulares. 
Os capilares glomerulares se unem às arteríolas glomerulares eferentes, as quais se dividem 
em capilares peritubulares. 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
Os capilares peritubulares se unem nas vênulas peritubulares¸ que por sua vez se unem nas 
veias interlobulares. 
As veias interlobulares confluem para as veias arqueadas, que se transformam em veias 
interlobares. 
As veias interlobares confluem para as veias segmentares¸ que por fim dão origem à veia 
renal. 
 
A inervação renal é realizada pelo plexo aórtico-renal simpático, que vai da décima vértebra 
torácica (T10) até a primeira vértebra lombar (L1), e pelo plexo aórtico-renal parassimpático, que vai 
do segundo segmento sacral (S2) até o quarto segmento sacral (S4). 
 
A drenagem linfática dos rins é realizada principalmente por linfonodos aórtico-renais e por 
linfonodos pré-aórticos, que drenam para a cisterna do quilo. Pode haver participação também de 
linfonodos celíacos e linfonodos mesentéricos. 
 
Ureter: 
 
O ureter é um órgão retroperitoneal que tem início na pelve renal e desemboca na bexiga 
urinária, por meio da junção vesico-ureteral, que não possui esfíncter. 
O ureter mede aproximadamente 25 centímetros e possui uma porção abdominal, uma 
porção pélvica e uma porção vesical ou intramural (que transita no interior da bexiga urinária). 
Ele transita anteriormente ao músculo psoas maior e passa sobre a bifurcação da artéria 
ilíaca comum em artéria ilíaca interna e externa. 
Nas mulheres, sofre cruzamento dos vasos uterinos quando entra na pelve. 
Apresenta três constrições, que podem ser locais de obstrução por cálculo renal: 
1. Uma constrição na junção do ureter com a pelve renal; 
2. Uma constrição na margem da abertura superior da pelve; 
3. Uma constrição na sua passagem pela bexiga urinária.Sua irrigação é realizada principalmente pelas artérias gonadais, mas também pela aorta 
abdominal, pela artéria ilíaca comum, pelas artérias renais e pelas artérias vesicais. 
A drenagem venosa do ureter é realizada pela veia cava inferior e pelas veias renais, veias 
gonadais e veias vesicais. 
A inervação do ureter é realizada pelo plexo renal e pelo plexo hipogástrico. 
 
Bexiga urinária: 
 
 A bexiga urinária é um órgão retroperitoneal, de formato saxiforme, formado por paredes 
musculares fortes que a permitem grande grau de distensão, podendo comportar até cerca de 400 
mL de urina. 
 O músculo que compõe as paredes da bexiga é o músculo detrusor, que é um músculo liso 
em disposição espiral. 
 A bexiga urinária pode ser dividida em algumas partes: 
 O ápice da bexiga é a porção mais superior dela, onde se encontra o ligamento umbilical 
mediano, que fixa o ápice da bexiga até à parede anterior da cavidade abdominal. 
 O corpo ou fundo da bexiga é a porção central dela, entre o ápice e a base. É nesse local que 
se encontra os óstios dos dois ureteres, formando a junção vesicoureteral. 
 A base da bexiga é a porção mais inferior dela, que contém o colo vesical. É nesse local que 
se encontra o óstio interno da uretra. 
 Além disso, a bexiga possui duas faces, a face ínfero-lateral direita e a face ínfero-lateral 
esquerda. 
 No ápice da bexiga, existe uma região chamada de trígono da bexiga. 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
 O trígono da bexiga é formado pelos óstios dos dois ureteres e pelo óstio interno da uretra. 
 Entre o óstio dos ureteres se pode encontrar ainda a prega interuretérica. 
 A bexiga é composta internamente por uma túnica mucosa, que fica lisa quando a bexiga 
está cheia, e pregueada quando a bexiga está vazia. 
 
 A bexiga urinária feminina fica inferior ao jejuno-íleo e superior à vagina. 
Já a bexiga urinária masculina fica inferior às alças do intestino delgado, posterior ao púbis e 
à escavação retropúbica, anterior ao reto e à escavação retovesical, e superior à próstata. 
 
Existem quatro escavações (espaços) nessa região: 
1. Escavação retropúbica: fica posterior ao púbis, presente em homens e mulheres. 
2. Escavação vesicouterina: fica anterior ao útero, presente em mulheres. 
3. Escavação retouterina: fica entre o reto e o útero, presente em mulheres. 
4. Escavação retovesical: fica entre o reto e a bexiga urinária, presente em homens. 
 
A bexiga urinária fica fixa na cavidade pélvica por meio dessas estruturas: 
1. Diafragma pélvico. 
2. Ligamentos puboprostáticos ou pubovesicais. 
3. Ligamento lateral da bexiga. 
4. Ligamento umbilical mediano e ligamentos umbilicais mediais. 
 
A inervação motora do músculo detrusor da bexiga urinária é feita pelo plexo hipogástrico 
inferior, por meio de fibras parassimpáticas oriundas do segundo ao quarto segmentos sacrais (S2 a 
S4). 
A inervação sensitiva é realizada pelo plexo vesical, com receptores nervosos na parede da 
bexiga. 
A irrigação arterial da bexiga é realizada por ramos da artéria ilíaca interna¸ como a artéria 
vesical e a artéria vesical inferior. 
A drenagem venosa da bexiga é realizada por ramos da veia ilíaca interna, como a veia vesical 
superior e as veias vesicais inferiores. 
 
O mecanismo da micção acontece da seguinte forma: 
 Contração dos músculos da parede abdominal e do diafragma. 
 Relaxamento do músculo pubococcígeo, presente no assoalho pélvico, juntamente 
ao esfíncter externo da uretra. 
 Abaixamento do colo vesical. 
 Ativação do início das contrações reflexas do músculo detrusor. 
 Encurtamento das fibras longitudinais da uretra. 
 Alargamento do óstio uretral interno. 
 
Existe um mecanismo de antirrefluxo que evita o retorno de urina da bexiga urinária para o 
ureter. Esse mecanismo acontece devido à arquitetura do trígono vesical, à bainha do ureter ou 
bainha de Waldeyer e ao peristaltismo ureteral. 
 
 
Uretra: 
 
 A uretra masculina é um tubo muscular tortuoso e de comprimento variável (de 12 a 15 cm) 
dependendo do tamanho do pênis, que se estende do óstio interno da uretra na bexiga urinária até o 
óstio externo da uretra na glande do pênis. 
 
Jéssica Nascimento Monte – Turma 106 
Anatomia Teórica 2º Bimestre 2018/1 
A uretra masculina pode ser dividida em quatro partes: 
1. Parte pré-prostática ou intramural: essa parte da uretra possui tamanho e 
comprimento variáveis, dependendo se a bexiga urinária está se enchendo ou se 
esvaziando. 
2. Parte prostática: suas principais estruturas são a crista uretral e o utrículo prostático¸ 
que consiste em um vestígio remanescente do canal uterovaginal embrionário. É 
nessa região da uretra que se abrem os ductos ejaculatórios. 
3. Parte membranácea: nessa região encontram-se as glândulas bulbouretrais, que se 
abrem na parte esponjosa e produzem líquido para lubrificar e limpar a uretra. 
4. Parte esponjosa: parte da uretra que atravessa o corpo esponjoso do pênis, ela sofre 
um alargamento inicial no bulbo do pênis e um alargamento distal na glande do 
pênis que é chamado de fossa navicular. É nesse local que se abrem as glândulas 
bulbouretrais. 
A parte pré-prostática e a parte prostática são irrigadas por ramos prostáticos das artérias 
vesicais inferiores e retais médias. Já a parte membranácea e a parte esponjosa são irrigadas por 
ramos da artéria dorsal do pênis. 
A uretra masculina é drenada para o plexo venoso prostático e é inervada pelo plexo nervoso 
prostático, que é oriundo do plexo hipogástrico inferior. 
 
A uretra feminina possui cerca de cinco centímetros de comprimento e se estende do óstio 
interno da uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra no vestíbulo da vagina. 
Ela é irrigada pela artéria pudenda interna e artéria vaginal e é drenada por veias de mesmo 
nome. 
A uretra feminina é inervada por nervos originários do plexo vesical e do nervo pudendo, 
além do nervo esplâncnico pélvico e nervos espinais oriundos do segundo ao quarto segmentos 
sacrais (S2-S4). 
 
 Fonte: 
1. Resumo Luís Felipe Santana – turma 106. 
2. Resumo Victor Uberti – turma 100. 
3. Resumo Natália Colissi – turma 102. 
4. Moore Anatomia Orientada para a Clínica 7ª edição.

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