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CASO CONCRETO AULA 05 REDAÇÃO INSTRUMENTAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso concreto aula 05 
Sérgio Ferreira Schrapett 
Matrícula 2018 03 21384-1 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina Redação Instrumental, 
Prof.ª: Marilza Pereira da Silva Roco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2018 
 
 
 
Caso concreto aula 05: 
 
 
A narrativa jurídica simples narra e descreve os fatos, as circunstâncias em que eles 
ocorreram, acompanhados das provas colhidas (polifonia), de maneira objetiva, com 
imparcialidade, em ordem cronológica ou linear. Cumpre destacar, ainda, que as 
circunstâncias são de grande relevância porque delas advém a tipificação da conduta, ou até 
a descaracterização dela, entre outros aspectos jurídicos. Deve apresentar as seguintes 
características: verbos no passado, terceira pessoa do singular, imparcialidade, cronologia 
dos fatos, polifonia em paráfrase (discurso indireto) e os elementos da narrativa que lhes são 
próprios: Quem? O quê?, Onde?, Quando?, Como? Por quê? Não se deve confundir relatar 
com resumir; tendo, pois, que relatar e descrever a cada parágrafo apenas um fato, as provas 
referentes a ele, e as circunstâncias em que o fato ocorreu. Esse procedimento deve ser o 
mesmo para todos os demais parágrafos que compõem o corpo textual do Relatório 
Informativo. Ou seja, a cada parágrafo relata-se e descreve-se apenas um fato, as provas 
colhidas, e as circunstâncias em que esse fato aconteceu (Fato, Provas e Circunstâncias); 
lembrando-se sempre de que a estrutura formal de qualquer texto jurídico é sempre técnica; 
não trazendo qualquer semelhança com o texto ficcional ou literário. O Relatório 
Informativo também pode ser iniciado pela forma verbal Trata-se de..., pois o índice de 
indeterminação do sujeito-enunciador provoca distanciamento em relação ao seu enunciado 
ou relato. Frisa-se, porém, que não há obrigatoriedade quanto ao uso dessa forma verbal; 
registra-se aqui apenas uma marca que é recorrente na escrita jurídica. Ao introduzir a 
polifonia, faça uso dos conectores conformativos, mas com moderação e razoabilidade. Em 
resumo, o relatório é um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situação de 
conflito devem ser cronologicamente organizados, sem interpretá-los (ausência de 
valoração); apenas informá-los na lide ou demanda processual. Segundo De Plácido (2006, 
p.1192), relatório "designa a exposição ou a narração acerca de um fato ou de vários fatos, 
com a discriminação de todos os seus aspectos ou elementos relevantes". 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 1: 
 
Leia atentamente o caso concreto e produza um relatório. Observe todas as orientações 
acumuladas ao longo do semestre. 
 
Caso concreto 
 
Uma briga de casal na madrugada de 27 de outubro de 2013, no Condomínio Portal Sul, na 
Rua Pio Corrêa, no Humaitá, resultou na morte do porteiro Antonio Maximiniano Sales, de 
38 anos. Ele foi assassinado com três tiros no peito após se negar a abrir o portão para um 
homem identificado apenas como Jaime, namorado da comerciante Margareth Garcia, de 46 
anos, moradora do condomínio. De acordo com testemunhas, Jaime e Margareth discutiram 
por volta de 1h. O rapaz foi embora e, ao retornar às 2h, foi barrado na entrada principal. 
Irritado, Jaime xingou Maximiniano que, segundo amigos, tinha ordem de Margareth para 
não permitir mais a entrada do rapaz. Jaime foi embora e 20 minutos depois voltou ao 
condomínio. Um porteiro que trabalha num edifício ao lado do Portal Sul e testemunhou o 
crime disse que o rapaz aproveitou a chegada de um outro morador do prédio para entrar e 
seguir até a cabine da portaria principal. Ele estava completamente bêbado, chegou até 
mesmo a cair e machucar a testa na calçada. Em seguida, ele entrou e aí só escutei os 
estampidos dos tiros ? disse a testemunha. Ainda segundo a testemunha, após os disparos, 
Jaime foi embora imediatamente. O vidro da portaria apresentava marcas de sangue. 
 
Resposta: 
 
RELATÓRIO 
 
Trata-se de caso de Jaime, namorado de Margareth Garcia de 46 anos, acusado pelo 
homicídio de Antônio Maximiniano Sales, de 38 anos, porteiro do Condomínio Portal Sul, 
localizado à Rua: Pio Correia, Humaitá, onde Margareth Garcia reside. O fato ocorreu 
aproximadamente às 02 horas do dia vinte e sete de outubro de dois mil e treze, na cabine da 
portaria principal do condomínio anteriormente citado. 
No dia do crime, uma hora antes, Jaime e Margareth Garcia haviam discutido. Maximiniano 
recebera ordens de Margareth para não mais permitir a entrada do rapaz. Jaime xingou o 
porteiro após ter sido impedido de entrar no condomínio. Negado a abertura do portão, Jaime 
foi embora e 20 minutos depois voltou ao condomínio, onde aproveitou a chegada de outro 
morador do prédio para entrar e seguir até a cabine da portaria e atingir com três tiros no 
peito o porteiro Antônio Maximiano. 
Segundo depoimento da testemunha, Jaime estava embriagado, chegando até a cair e 
machucar a testa na calçada. 
 É o relatório. 
 
QUESTÃO 2: 
 
Objetivas. 
 
1 - Conforme sustentam Néli Fetzner, Nelson Tavares e Alda Valverde (2013, p. 158): 
 
Define-se o relatório como um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma situação 
de conflito devam ser cronologicamente organizados, sem interpretá-los (ausência de 
valoração); os fatos da lide ou da demanda processual devam ser apenas informados. 
Identifique o trecho que corresponde à definição transcrita: 
 
(A) Segundo a autora, iniciaram o relacionamento em 1975. Compraram um terreno, 
onde começaram a construir a casa. Acrescentou que contribuiu com o seu dinheiro e 
o dos pais para que o réu erguesse o imóvel. Esclareceu que ficaram noivos após quatro 
anos de namoro e deram entrada nos papéis para o casamento religioso. 
 
(B) O relacionamento da autora com o réu iniciou-se em 1975. Acreditando na boa-fé do 
réu, a autora investiu seus parcos recursos na compra de um terreno, onde começaram a 
construir uma casa. Ali ergueram um imóvel. Depois, ficaram noivos e, após quatro anos de 
namoro, finalmente, deram entrada nos papéis de casamento. 
 
(C) O réu, demonstrando a sua boa-fé, deu entrada nos papéis de casamento. Entretanto, 
preocupado com a segurança financeira do casal, comprou um terreno e ali ergueu a casa 
que seria o lar de ambos. 
 
(D) O réu agiu de má-fé, uma vez que induziu a autora a acreditar que pretendia se casar 
com ela. A compra do terreno e a posterior construção de uma casa geraram a falsa crença 
de que a amava. 
 
(E) O réu deve indenizar a autora, porque lhe causou profunda dor e constrangimento. Afinal, 
ela se entregou por quinze anos a uma relação que julgava verdadeira. Além disso, distribuiu 
os convites de casamento a parentes e amigos, na certeza de que iria formalizar uma relação 
que considerava estável. Entretanto, dois dias antes do casamento, este foi rompido, sem 
justificativa. 
 
2. Todos os itens abaixo fazem parte da composição do relatório jurídico, EXCETO: 
 
(A) Sequência linear de fatos. 
 
(B) Seleção de fatos relevantes para a compreensão da lide. 
 
(C) A voz de uma ou mais testemunhas que possam contribuir para o conhecimento da lide. 
 
(D) O uso da narrativa na primeira pessoa quando o próprio advogado for o autor da 
ação. 
 
(E) Uso dos pronomes, como e por que.

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