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CASO CONCRETO AULA 07 REDAÇÃO INSTRUMENTAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso concreto aula 07 
Sérgio Ferreira Schrapett 
Matrícula 2018 03 21384-1 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina Redação Instrumental, 
Prof.ª: Marilza Pereira da Silva Roco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2018 
 
 
 
Caso concreto aula 07: 
 
 
Como vimos anteriormente, na narrativa jurídica simples não há o compromisso de 
representar qualquer das partes; logo, deve-se relatar todo e qualquer fato importante para a 
compreensão da demanda de forma imparcial, uma vez que se faz apenas um estudo 
aprofundado do caso concreto para que dele se tenha o máximo de ciência de tudo o que 
ocorreu (fase inicial). Já a narrativa jurídica valorada (é a da Petição Inicial) é marcada pelo 
compromisso de expor os fatos, segundo a versão e interesse da parte que o advogado 
representa em juízo, por isso não há como negar a sua parcialidade. Por essa razão, apresenta 
pretensão da parte autora [o pedido] e recorre, frequentemente, a modalizadores linguísticos 
em busca da persuasão do destinatário. É bom esclarecer que os fatos a serem expostos em 
juízo na narrativa valorada com vista a dar embasamento ao pedido que será deduzido em 
favor do autor, devem guardar conformidade com as informações transmitidas 
oportunamente pelo cliente. É essencial que se tenha o maior cuidado para não deformar, no 
momento da exposição escrita, a realidade efetivamente vivenciada pelo cliente e informada 
ao advogado. Acrescentar fatos ou alterar a ordem pode acarretar grave dano à defesa de 
interesses que se pretende fazer; e expor com clareza o que serve de fundamento para o 
pedido é fundamental. 
 
Caso Concreto 
 
Questão 1: 
 
A partir da leitura do caso concreto abaixo, elabore uma narrativa jurídica em defesa 
da parte Autora. Faça uso da modalidade culta da língua e mantenha-se fiel ao 
conteúdo apresentado, sem distorcê-los, sem acrescentar ou criar fato algum. Limite-
se apenas aos fatos descritos e narrados. 
 
O quê? Pedido de indenização por danos morais e materiais. 
 
Quem ativo? Direção do parque de diversões Mundo da fantasia empreendimentos Ltda e 
patrocinadores da festa Sábado sem lei no mundo da fantasia. 
 
Quem passivo? José da Silva, 29 anos, camelô, solteiro, morador da Rua Vale do Sossego, 
127, Curicica, Jacarepaguá, Rio de Janeiro - RJ. 
 
Onde? Parque de Diversões Mundo da Fantasia, Avenida da Alegria, 2789, Barra da Tijuca, 
Rio de Janeiro, RJ. 
 
Quando? Mais ou menos às 02h da manhã, em 09/9/2014. 
 
Como? (selecionar os fatos relevantes e colocá-los na ordem cronológica): - Quando 
chegaram ao parque, mais ou menos às 23h, o agito corre solto, e José da Silva e Laura 
Medeiros começaram a dançar. 
- A montanha russa atinge a velocidade de 60 Km/h. Anda sempre em posição normal; não 
tem looping. 
- José da Silva sai de casa com Laura Medeiros e com a sua galera, às 10h da noite; pega um 
ônibus e vai para a festa Sábado sem lei no mundo da fantasia. O grande lance da noite é 
bebida liberada e dançar até o sol raiar. 
- José e Laura Medeiros tentam ir para a roda gigante e para o trem fantasma, a uma da 
manhã, mas as filas estão gigantescas. 
- José cai da montanha russa, despenca de quatro metros de altura, atravessa o telhado, 
arrebenta a cobertura de alumínio antes de cair sobre a plataforma. 
- A perícia vai ao parque no dia 10/9/2014, não encontra nenhum problema e libera o 
brinquedo. 
- José e Laura Medeiros entram numa de curtir a montanha russa e enfrentam 50 minutos de 
fila. 
- José é levado para o Hospital Luís Jorge, na Barra, 30 minutos depois da queda. Ele fica 
internado no hospital com fraturas múltiplas, afundamento de crânio, perfuração do pulmão 
e fratura da coluna cervical. 
Consequências: os pais de José pretendem ajuizar ação em face do parque, querendo 
indenização constituem você como advogado. 
 
Depoimentos: 
 
A) Laura Medeiros, 23 anos, comerciária, namorada do José: "ele estava ao meu lado e 
apenas levantou as mãos na descida. Depois de ouvirmos um tranco, um cleck estranho, o 
José foi jogado para fora do carrinho. Ainda tentei segurar ele pela camisa, mas foi tudo 
estranhão, muito rápido, não deu. A gente já andou muito naquela montanha russa antes, mas 
naquele dia tinha uma parada estranha". 
 
B) Violeta Ferreira, 24 anos, operadora de telemarketing, amiga do José: "O bombeiro 
chegou com uma maca meia hora depois. Ainda levei um socão dos seguranças, que não 
deixaram a gente chegar perto do posto médico". 
 
C) Pedro Nascimento, 45 anos, casado, gerente de manutenção do parque: "Fizemos tudo 
conforme o figurino. Atendemos o rapaz na mesma hora e chamamos os bombeiros. Essa 
garotada vem para as festas e não sabe beber. Pra andar nos brinquedos, tem que ter 
responsabilidade. Pra cair daquele jeito, ele só pode ter ficado de pé, não tem jeito". (Banco 
de Questões - Estácio/2011/ Adaptado). 
 
Relatório 
 
Trata-se do caso de Direção do Parque de Diversões Mundo da fantasia empreendimentos 
Ltda, acusado causar danos morais e materiais a José da Silva, 29 anos, solteiro, morador da 
rua: Vale do Sossego, 127, Curicica, Jacarepaguá- R de 2014io de Janeiro-RJ, no dia 09 de 
setembro 2014, aproximadamente ás 2h, nas dependências do parque, na Avenida da 
Alegria, 2789, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro-RJ, José caiu de um brinquedo e sofreu 
variadas lesões. 
José saiu de casa com Laura Medeiros, e outros amigos, às 22h do dia 08 de setembro de 
2014, rumo a Festa Sábado Sem Lei no Mundo da Fantasia, com a intenção de se divertir. 
Quando chegaram ao parque, por volta das 23h, José e Laura tentaram ir a roda gigante e ao 
trem fantasma, a uma da manhã, mas as filas eram longas. Decidiram ir a montanha russa e 
esperaram 50 minutos na fila. O brinquedo atingia a velocidade de 60 Km/h, funcionava 
sempre em posição normal e sem looping. José caiu da montanha russa de uma altura de 
quatro metros, atravessando um telhado, quebrou uma cobertura de alumínio antes de cair 
sobre uma plataforma. José foi levado para o hospital Luís Jorge, na Barra, 30 minutos depois 
da queda. A perícia foi ao parque no dia primeiro de setembro de 2014 e não constatou 
problemas no brinquedo, liberando-o. 
Segundo Laura Medeiro, 23 anos, comerciante, namorada de José, ele estava ao seu lado e 
levantou as mãos na descida. Logo em seguida de ouvirem um ruído diferente, José caiu do 
carrinho. Acrescentou que tentou segurá-lo pela camisa, mas não conseguiu. Disse que já 
usaram a montanha russa antes, porém naquele dia havia algo diferente. 
Violeta Ferreira, 24 anos, operadora de telemarketing, amiga de José, relatou que o bombeiro 
chegou com uma maca meia hora depois do acidenta. Disse que levou um soco dos 
seguranças do parque, que não deixaram os amigos da vítima chegarem perto do posto 
médico. 
Pedro Nascimento, 45 anos, casado, gerente de manutenção do parque alegou que foi 
adotado o protocolo de praxe. Comentou que os jovens frequentadores das festas costumam 
beber muito e que para usar os brinquedos é necessário ter responsabilidade. Acreditava que 
para cair daquele modo, José teria que ter ficado de pé no carrinho. 
José ficou internado no hospital com fraturas múltiplas, afundamento do crânio, perfuração 
do pulmão e fratura da cervical. 
É o relatório. 
 
Narrativa valorada 
 
O autor saiu de casa com a namorada Laura Medeiros e outros amigos, às 22h do dia 08 de 
setembro do ano de 2014, rumo a Festa Sábado Sem Lei no Mundo da Fantasia, muito certos 
que iriam se divertir. Chegando ao parque por volta das 23h junto com Laura Medeiros, o 
autor tentou ir a roda gigante e ao tremfantasma, a 1h da manhã, mas as filas eram 
demasiadamente longas. Com muita vontade de ir a montanha russa, enfrentaram longos 50 
minutos de fila. Durante o funcionamento do aparelho, o autor e sua namorada Laura 
ouviram um ruído anormal e subitamente ele despencou de uma altura de quatro metros, 
atravessou um telhado, quebrou uma cobertura de alumínio antes de desabar sobre uma 
plataforma. Ela ainda tentou segurá-lo pela camisa, mas não conseguiu. O autor ainda teve 
de esperar por socorro durante trinta minutos e, segundo seus amigos, sequer pôde ter o 
acompanhamento de alguém de sua confiança, pois todos foram impedidos com violência 
por seguranças do parque. 
Ele foi levado para o Hospital Luís Jorge, onde ficou internado com fraturas múltiplas, 
afundamento do crânio, perfuração do pulmão e fratura da coluna cervical. 
É o relatório. 
 
Questão 2: 
 
Objetivas 
 
Preencha as lacunas das frases abaixo: 3 - A _____________ tem como ponto de partida a 
_______________ dos fatos que geram a situação fática, começando sempre pela 
____________ de pedir mais remota (origem do negócio jurídico/relação com o Direito 
material) e terminando a ______________ de pedir próxima (descumprimento da obrigação 
pelo réu), indicando o ________________ do pedido. 
 
(A) argumentação / argumentação / causa / consequência / motivo. 
 
(B) argumentação / narração / motivação / evidência / porquê. 
 
(C) narrativa jurídica / narração / causa / causa / porquê. 
 
(D) narrativa jurídica / evidência / motivação / causa / desfecho. 
 
(E) narrativa / argumentação / relação / motivação / porquê. 
 
 
2. Assinale a alternativa correta. Dentre os aspectos linguísticos a serem observados 
necessariamente na redação das narrativas jurídicas das petições iniciais estão: 
 
(A) uso da 3ª pessoa do discurso e preferencialmente do pretérito perfeito. 
 
(B) uso de modalizadores e palavras de origem latina. 
 
(C) identificação dos elementos da narrativa e uso da 1ª pessoa do discurso. 
 
(D) uso de termos técnicos jurídicos e observação da ordem cronológica dos fatos. 
 
(E) uso de artigos de lei nos quais se fundamentam os fatos e argumentação jurídica.

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