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Potenciais de Ação no coração O coração é considerado como duas bombas, uma direita bombeando sangue para o pulmão e outra bomba esquerda bombeando sangue para os sistemas. Os batimentos cardíacos sao gerados pela contração do musculo cardíaco, que é causado pelos potenciais de ação nas fibras cardíacas O miocárdio como um sincício O músculo cardíaco tem áreas escuras transversais que são os discos intercalares. Eles ajudam a manter as células unidas e tem junções comunicantes que permitem um transito livre de ions por todas as fibras e é por isso que quando uma fibra é excitada, o potencial de ação se propaga rapidamente por todas as fibras Tem dois sincícios funcionais no coração: Sincicio atrial forma a parede dos dois átrios Sincício ventricular forma a parede dos ventrículos Separar o coração em dois sincícios é importante para que os átrios se contraiam pouco antes da contração do ventrículo Potencial de ação Há dois tipos de potencial de ação que podem ocorrer no coração Potencial de Resposta Rápida Ocorre nas fibras musculares dos átrios, ventrículos e nas fibras de purkinge e é caracterizado por ter 5 fases: Fase 0: Quando há um estímulo que ultrapasse o potencial limiar (que é a diferença de voltagem que deve existir na membrana da fibra muscular para que o potencial de ação ocorra) há a abertura de CANAIS DE Na RÁPIDOS que permitem a entrada rápida e em grande quantidade de íons Na+, isso vai aumentar o potencial da membrana muito rapidamente. Há também a abertura de CANAIS DE Ca/Na LENTOS* que permitem a entrada de Ca e de Na também. Isso ajuda a aumentar ainda mais a voltagem da membrana DESPOLARIZAÇÃO Na despolarização ocorre a contração, na repolarização ocorre o relaxamento Fase 1: há o início da abertura de CANAIS LENTOS DE K POTÁSSIO que fazem sair lentamente o K e isso caracteriza a fase de REPOLARIZAÇÃO PRECOCE, em que o potencial da membrana fica um pouco menos positivo Fase 2: Nesse momento há um PLATÔ, que acontece quando a membrana despolarizada não se repolariza imediatamente e o potencial de ação é mantido por alguns milissegundos (0,2-0,3) e depois os canais de Ca/Na se fecham Fase 3: o potencial de membrana diminui rapidamente porque quando os canais de Ca/Na lentos se fecham, a permeabilidade da membrana ao K aumenta e mais canais de K se abrem e ele vai sair da fibra rapidamente, ocasionando a repolarização O potencial diminui até voltar ao potencial de membrana (fase 4) Causas do PLATÔ 1 – os canais de Ca/Na lentos demoram para se abrir e se mantem abertos por mais tempo, isso permite a entrada de masi carga positiva dentro da célula, mantendo o potencial alto por mais tempo 2 – após o inicio do potencial, a permeabilidade da membrana da fibra ao K diminui ~5x e isso faz com que o K entre mais lentamente na fibra (repolarização precoce), mantendo por mais tempo a despolarização na fibra Potencial de Resposta Lenta Ocorre nas células do nó SA e AV PRA PRR Fase 4: a célula está com o potencial de repouso da membrana (~-85mV) ***O coração precisa de Ca++ para se contrair e o que faz com que seu potencial de ação seja mais longo é a abertura lenta dos canais de cálcio A única diferença é que elas nao vai ter a fase 1 de REPOLARIZAÇÃO PRECOCE Mesmo após a célula estar completamente repolarizada pode ser difícil produzir resposta algum tempo. Isso é chamado de REFRATARIEDADE PÓS- REPOLARIZAÇÃO a recuperação da excitabilidade total da fibra é mais lenta Transmissão do potencial de ação Quando a onda de despolarização chega a extremidade da célula, o potencial é transmitido por meio das junções comunicantes Essas junções são seletivas para a maior parte dos íons e tem valor de resistência elétrica baixo, o que facilita a passagem do impulso pela fibra A velocidade de propagação do potencial de ação varia proporcionalmente com a amplitude do potencial de ação A amplitude do potencial é a diferença entre o valor de potencial máximo na despolarização e na repolarização e a corrente elétrica vai variar proporcionalmente de acordo com a diferença desses potenciais No caso depois que o impulso chegar a próxima fibra e a corrente gerada vai excitar a membrana dessa fibra e aumentar seu potencial de repouso da membrana até o potencial limiar, disparando o potencial de ação Quando maior a diferença de potencial, maior vai ser a corrente e mais rápido o potencial de ação vai ser transmitido Outro fator que colabora para a maior velocidade de transmissão do impulso é a rápida despolarização de fibras musculares dos átrios, ventrículos e nas fibras de purkinge durante a fase 0 porque quando mais rápido a mudança de voltagem, mais rápido a próxima fibra pode ser excitada Nas fibras com potencial de resposta lento (Nodo SA/AV) o impulso demora mais para ser transmitido Acoplamento Excitação-Contração O acoplamento excitação-contração é o processo em que há liberação do Ca++ pelo RS induzido pelo Ca que entrou Também é chamado acoplamento eletroquímico Os canais de Ca lentos vao permitir a entrada de Ca em pequena quantidade e isso vai servir como gatilho para a liberação de Ca no Reticulo Sacoplasmático (RS) e iniciar a contração **As velocidades de condução da resposta lenta, nos nódulos SA e AV, são de cerca de 0,02 a 0,1 m/s. As velocidades de condução da resposta rápida são de cerca de 0,3 a 1 m/s para células miocárdicas e 1 a 4 m/s para fibras condutoras especializadas (Purkinje) nos ventrículos. Períodos Refratários Absoluto: é o período em que a fibra não consegue disparar outro potencial de ação enquanto o seu potencial atual não tiver disparado. Equivale ao período de Platô Quando os canais de Na+ se inativam no final da despolarização eles nao podem ser ativados novamente e quando ele se fecham durante a repolarização eles podem se tornar abertos e ativos de novo por um grande estimulo (À medida que a célula se repolariza (fase 3), os canais inativados começam sua transição para o estado fechado) Relativo: é mais difícil disparar outro potencial de ação, mas se pode fazer isso com um alto estimulo Os PR no átrio são menores que nos ventrículos Quando acaba a repolarização todos os canais de Na estao fechados e ja podem ser abertos por estímulos normais As regiões terminais do reticulo sarcoplasmático se localizam ao lado dos túbulos T e a junção entre essas duas estruturas tem um receptor , chamado RECEPTOR DE RIANODINA Esse receptor é um canal de Ca cálcio-dependente, então quando entra Ca na fibra por causa do potencial de ação, esses canais se ativam e mais Ca é liberado dentro da fibra muscular cardíaca Esses ions cálcio interagem com as miofibrilas causando a contração No interior dos Tubulos T te mucopolissacarídeos que vao se ligar ao Ca para que durante o potencial de ação eles sejam liberados Quando acaba o Platô, para de entrar Ca na fibra e o Ca no citosol da fibra volta para dentro do RS por uma BOMBA DE CÁLCIO/ATPase. Isso faz a contração parar até haver um novo potencial de ação Para nao haver sobrecarga de Ca no sarcolema, parte do cálcio no citosol é retirado pelo antiportador 3Na+-1Ca++ do sarcolema e da bomba de Ca++ sarcolêmica O musculo começa a se contrair poucos ms depois do potencial de ação iniciar e continua a contração até o final do potencial (0,2 s no átrio e 0,3 no ventrículo) Ciclo Cardíaco São os eventos que ocorrem entre um batimento e outro O nó SA esta perto da abertura da VCS e dispara o potencial de ação para a geração de cada batimento O potencial vai do nó SA para os dois átrios e depoispara os dois ventrículos através do feixe AV O canal de Ca++ do tipo L é composto por cinco subunidades (α1, α2, β, γ e δ). A subunidade α1 é denominada, também, receptor de diidropiridina (DHPR), porque liga-se a fármacos bloqueadores de canal de Ca++ da classe das diidropiridinas (p. ex., nitrendipina e nimodipina) Retículo Sarcoplasmático = Ret. Endoplasmático, fica nas fibras musculares e armazena e libera Ca++ A disposição dos nós e feixes causa um retardo de 0,1 s e isso faz com que os átrios se contraiam antes dos ventrículos, fazendo o sangue fluir do AV Diástole e Sístole Diástole = relaxamento Sístole = contração Frequência cardíaca ↑ FC α ↓ tempo do ciclo α ↓ potencial de ação α ↓sístole Quando o coração bate muito rápido, nao ha tempo suficiente para os átrios se encherem suficientemente de sangue Átrios como bomba de escorva O sangue vai chegar nos átrios através das veias pulmonares e da VCI e do seio venoso 80% do sangue que chega nos átrios vai fluir para os ventriculos mesmo antes da contração atrial, devido a diferença de pressão A contração dos átrios vai servir só para bombear os 20% restante de sangue no átrio, mas uma pessoa que apresente insuficiência cardíaca pode nao notar os sintomas de inicio, ja que o coração manda 300-400% a mais de sangue para o corpo que o necessário Enchimento do ventrículo durante a diástole Durante a sistole ventricular, o átrio estara em diástole, se enchendo de sangue e aumentando sua pressão. Quando o ventrículo acabar a sistole, a sua pressão, antes alta, agora ficou baixa novamente devido ao seu esvaziamento e como a pressão do átrio esta alta (fim da diástole), as valvas vao se abrir e o sangue vai passar para o ventrículo isso é chamado de PERÍODO DE ENCHIMENTO RÁPIDO VENTRICULAR O rápido enchimento acontece no primeiro terço da diástole, no segundo o sangue que acaba de entrar no átrio (VCS) entra e no ultimo terço o átrio se contrai, aumentando o fluxo dos últimos 20% de sangue para os ventrículos Esvaziamento ventricular Período de contração isovolumétrica (isométrica) Após o inicio da contração a pressão sobe muito e isso provoca o fechamento das valvas Apos 0,2-0,3 s a pressão sob o suficiente para permitir a abertura das valvas semilunares PERIODO DE CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA é quando os ventriculos estao aumentando a pressão mas ainda nao ocorreu contração Período de ejeção Quando a pressão ventricular aumenta o suficiente para abrir as valvas semilunares, 70% do sangue vai para as aterias no primeiro terço do período de ejeção, e nos outros dois terços sai os outros 30% Primeiro terço do período de ejeção = PERÍODO DE EJEÇÃO RÁPIDA Período de relaxamento isovolumétrico Ao final da sistole, ocorre um rápido relaxamento muscular e a pressão ventricular diminui muito Quando o sangue flui para as aterias, elas vao fazer uma força de retração elástica que vai fazer o sangue tender a voltar para os ventriculos e essa força vai fechar as valvas semilunares Haverá dois tipos de canais de Potássio, um que se ativara quando o potencial estiver próximo de zero durante a despolaziração, mas que é um canal de abertura muito lenta e ele permanece aberto por muitos milissegundos, isso faz com que a duranção do período de despolarização seja menor e assim cada potencial de ação tende a ocorrer de forma mais rápida Volume diastólico final É o volume que o ventrículo fica após diástole =~120ml DÉBITO SISTÓLICO = volume de sangue que fica no coração depois da sístole A quantidade restante em cada ventrículo (30%) = VOLUME SISTÓLICO FINAL O volume que é ejetado pelo ventrículo = 60ml = FRAÇÃO DE EJEÇÃO Funcionamento das valvas VALVA AV Abrem e fecham passivamente devido as pressões do átrio e ventrículo Quando a pressão atrial aumenta na diástole, elas se abrem e permitem o sangue passar para o ventrículo e quando esse aumenta sua pressão, elas se fecham Função dos músculos papilares O m. Papilares se ligam nas cúspides através das cordas tendíneas e quando os m. Papilares se contraem eles tencionam as cordas, as quais puxam as cúspides em direção aos ventriculos para evitar que elas se curvem muito para trás durante a contração VALVAS SEMILUNARES As altas pressões da arteria faz as valvas se fecharem A velocidade de ejeção do sangue nas valvas semilunares é maior que nas valvas AV e isso se dá pelo fato de elas terem menor abertura Por terem maior velocidade e serem maiores, estao sujeitas a maiores choques mecânicos e por isso, elas sao feitas de tecido fibroso muito resistente para aguentar as pressões e fluxos Curva da pressão aórtica A entrada de sangue nas artérias faz suas paredes distenderem e isso aumenta sua pressão por causa da força de retração elástica =~120mmHg Durante a diástole a parede vai diminuindo a distenção e passa ter uma pressão =~80mmHg Incisura = momento em que a valva aórtica se fecha Durante a diástole, a pressão na aorta diminui lentamente porque o sangue que estava causando a distensão das paredes da artéria flui para o corpo A pressão na aorta durante o final da sistole é =~120mmHg e na diástole é =~80mmHg Conceitos pré e pós carga Pré-carga = pressao gerada pela distenção do ventriculo durante a diástole Quando maior o retorno venoso, que é a quantidade de sangue que sai das veias e chega nos ventriculos, maior será a pressao pré-carga, pois o coração estará cheio de sangue e o sangue fara pressao contra as suas paredes, tensionando-as Pós-carga = pressao na parede do ventriculo durante a sistole. Tem ligação com a resistência vascular periférica, se os vasos oferecem pouca resistência para o sangue passar, então o ventriculo faz menos força e a pós-carga é menor. Se o ventriculo faz mais força ao contrair a pós-carga é maior Sistema excitatório e condutor especializado do coração O coração tem um sistema próprio de geração de impulsos elétricos que controla o batimento cardíaco e as propriedades de ritmicidade e automatismo é o que mantem o coração batendo mesmo quando é totalmente retirado do corpo Os átrios se contraem 1/6s antes do ventrículo O nodo SA gera os impulsos, as vias intermodais conduzem o impulso ao nodo AV, sendo esse o responsável por retardar o impulso antes de chegar nos ventrículos O feixe AV conduz o impulso do AV e os seus ramos direito e esquerdo são as fibras de purkinje que conduzem o impulso para todo o ventrículo Nodo SA É uma pequena prega na parede superior do átrio, posterior a veia cava e possui dois tipos de células As fibras do nodo se conectam com as fibras do musculo atrial e transmitem a contração Ritmicidade elétrica automática das fibras do nodo SA Essas fibras do nó tem a capacidade de gerar seu próprio potencial de ação para gerar os impulsos para a contração Sabe-se que seu potencial de repouso da membrana é maior (-55) que o pot de repouso de uma fibra ventricular (- 85). Isso ocorre porque a membrana das fibras do nodo sao mais permeáveis aos ions Na e Ca e por isso, a entrada desses ions na fibra ajuda a neutralizar as cargas negativas no seu interior e isso aumenta o valor do potencial de repouso de sua membrana Tem muito sódio extracelular e ele tende a entrar para dentro da fibra Canal Na além de -50Mv Canal Ca ~-55mV A consequência disso é que seu potencial de ação vai ser disparado de uma forma mais lenta que os potenciais das fibras ventriculares. Isso ocorre porque seus canais de Na rápido são inativados quando o seu potencial de membranaassume valores acima de -55mV por muito tempo. Entao a maior parte da sua despolarização advem dos canais de Ca/Na lentos e assim seu potencial de ação vai demorar mais tempo para ser disparado Autoexitação das fibras A autoexitação é causado pela passagem do ion Na para dentro da fibra cardíaca. Isso acontece entre cada batimento cardíaco e é essa entrada de Na que aumenta gradualmente o potencial de membrana até chegar no potencial limiar para disparar a despolarização* A célula nao permanece sempre despolarizada porque quando os canais de Ca/Na se fecham, cessam a entrada de Na na célula e o influxo de K compensa a positividade da célula devido o excesso de ions Na Os canais de K vao permanecer aberto por além do tempo de repolarização, causando uma hiperpolarização até que os canais de K vao progressivamente fechando Transmissão do impulso As fibras originadas no Nodo SA vão em direção ao musculo nos átrios e transmite o potencial de ação para todos os dois átrios até chegar no nodo AV A velocidade de transmissão desse potencial nao é uniforme em todo o átrio, algumas regiões como a banda interatrial anterior, vias nodais anterior, media e posterior transmitem o impulso mais rapidamente porque elas tem fibras de musculo especializadas Esse feixe AV manda outros feixes para o septo interventricular Só no sistema AV o atraso é de 0,13 s + 0,03 para chegar no nodo AV = apx 0,16s para o feixe sair do nodo SA e chegar nos feixes do miocárdio A causa do atraso é que existe poucas junções comunicantes nos discos intercalares nas fibras que fazem parte desse sistema condutor e por isso é mais difícil para os ions passarem de uma fibra a outra, retardando a passagem do impulso nervoso O nodo SA como marca passo As fibras do no SA, AV e Fibras de Purkinje podem apresentar autoexcitação e disparar o potencial de ação Nodo AV: 40-60 potenciais/min Fibras de P: 15-40 potenciais/min Mesmo sendo autoexcitaveis elas nao controlam a ritimicade do coração e sim o nodo SA. Isso ocorre porque a autoexcitação do nodo SA é mais rápida e atinge o seu potencial limitar mais rapidamente também e isso descarrega as fibras de purkinje e o nodo antes que sua autoexitação ocorra Nodo AV Retardo da condução do impulso O retardo é importante porque permite o enchimento do ventriculo antes dele se contrair O nodo AV esta posterior a válva tricúspide Depois que o impulso chega no nodo AV a primeira parte do ventriculo a ser estimulada é o septo e os músculos papilares, os quais impede o prolapso nas valvas quando o coração se contrair Depois que o impulso sai do nodo SA, demora aproximadamente 0,03s para chegar no nodo AV e mais 0,09s de atraso dentro do próprio nodo AV e mais 0,04s dentro do próprio feixe AV ou de His Marca passo anormal – ectópico Alguma outra parte do coração pode desenvolver uma maior rapidez para disparar seu potencial de ação que as fibras do nodo SA e isso faz com que essa parte se torne o novo marca passo Pode ser as fibras do miocárdio, como as de purkinge, o nodo AV,... Um marca passo que nao é o sono SA é chamado de ECTÓPICO Se houver algum bloqueio da passagem do sinal do nodo SA para o nodo AV, esse ultimo ou as fibras de Purkinje passaram a ser o marca passo ectópico Quando ha bloquei da passagem do sinal para o nodo AV, os átrios podem continuar batendo normalmente enquanto que as fibras de purkinje vao controlar os ventriculos, fazendo com que tenham contrações nao coordenadas e ainda, as fibras de purkinje nao iniciam imediatamente a transmissão dos potenciais de ação, mas só depois de 5-20 s e nesse tempo nao ha bombeamento de sangue para o corpo e pode ocorrer desmaio por falta de oxigenação e/ou morte se for um tempo mais prolongado (síndrome de strole-adams) Fibras de purkinge A condução do nodo AV pelos feixes AV é feita pelas fibras de purkinje Sua parte proximal esta no subendotélio e nao tem especializações que favorecem a transmissão de impulso, somente na sua parte distal, a qual ja penetrou no miocárdio que ha características que ajudam na transmissão do impulso Elas sao fibras mais calibrosas que as fibras do resto do coração e conduzem o potencial com muito mais velocidade que o resto das fibras do coração A característica dessa célula é a alta permeabilidade das junções comunicantes que permite maior facilidade de troca de ions Transmissão unidirecional O feixe AV tem incapacidade de levar o impulso de volta para o átrio, então o impulso só se propaga de modo unidirecional, do AV, isso impede a contração errada Exceto pelo feixe AV, os átrios e ventriculos sao completamente separados por uma barreira de tecido fibroso. Isso impede que a propagação do impulso ocorra por qualquer via, se nao o feixe AV Distribuição das fibras de purkinje O feixe AV desce pelo septo interventricular até próximo do ápice do coração e nele se divide em ramos direito e esquerdo que se ramificam e seguem lateralmente, voltando em direção à base do coração. Os feixes cursam pelo endocárdio As partes finais das ramificações do feixe penetram no inicio do miocárdio apenas e seguem paralelas as suas fibras Depois que o impulso atinge o feixe AV com as fibras de purkinge, ele se dispersa quase automaticamente pelos seus ramos até chegar no miocárdio (0,03s) Transmissão do impulso pelo musculo ventricular Como o coração é uma faixa de musculo espiralada, os impulsos nao passam diretamente do endo para o epicardio, mas sim acompanham as angulações de cada espiral que o musculo da Isso leva aproximadamente 0,03s No total, a transmissão do impulso cardíaco desde o inicio dos ramos do feixe AV até a fibra do miocárdio dura ~0,6s Regulação do bombeamento cardíaco Em repouso, o coração bombeia 4-6 L/min Durante o exercício essa quantidade aumenta de 4-7 vezes Controle do bombeamento: intrínseco pelo coração (mecanismo de frankstarling) e extrínseco pelo sistema nervoso autônomo Regulação intrínseca do bombeamento cardíaco – mecanismo de Frank-Starling “quanto mais sangue chega, mais sangue sai” O sangue que o coração bombeia é aquele que chega pelas veias retorno venoso Cada tecido do corpo controla seu fluxo de sangue e esse fluxo vai convergindo em veias cada vez mais calibrosas até chegar na VCS e ir para os átrios Esse mecanismo de farnk-starling diz que o coração pode se adaptar a quantidade de sangue que ele recebe, se o miocárdio se distender muito por ter recebido muito sangue, a força de contração vai ser maior para bombear uma maior quantidade de sangue A distenção do átrio esquerdo aumenta a força de contração também, mas contribui minimamente se comparado ao mecanismo de frank-starling Efeitos do K e Ca O excesso de K provoca: ↓ FC, flacidez, bloqueio da condução do impulso pelo feixe AV, fraqueza e ritmo anormal O excesso de K no meio extracelular faz com que o potencial de repouso da membrana das fibras fique menos negativa e isso faz com que ocorra uma leve despolarização da membrana. Com isso o potencial de ação diminui, assim como a contração e tudo o que ele provoca O excesso de Ca provoca: Excesso de contrações ou espasmos O Ca ativa a contração muscular durante o potencial de ação e como tem excesso de Ca, haverá uma superestimulação da contração A deficiência de Ca provoca: Flacidez Temperatura do coração A febre ↑ FC A hipotermia ↓ FC O aumento da temperatura aumenta a permeabilidade da membrana das fibras aos ions e isso ajuda na contração Durante o exercício físico, há um leve aumento da temperatura e isso ↑ FC Aumento da pressão arterial não reduz débito cardíaco O aumento da pressão na aorta não diminui o DB até que se atinja um limite de 160mmHg Controle do coração pela inervação autônoma É controlado pelo nervo vago Os nevos parassimpáticos (vago) se distribuem para os nodos SA e AV e muito pouco para o musculo atrial e ventricular e a simpática esta em todas as porções do coração, principalmente no musculo ventricular Debito cardíaco = quantidade de sangue bombeado por minuto Parassimpático Libera acetilcolina, a qual vai diminuir o ritmo do nodo sinusal e reduzir a excitabilidade das fibras AV e isso vai diminuir a velocidade de propagação do potencial de ação A acetilcolina ↓ permeabilidade da membrana os ions K e como consequência eles saem da célula, diminuindo o potencial de membrana interno (efeito chamado hiperpolarização) e isso torna as fibras musculares excitáveis Essa hiperpolarização faz com que a fibra tome muito mais tempo para conseguir chegar ao potencial limiar e isso faz o potencial de ação demorar mais tempo para disparar Isso aumenta o intervalo entre cada contração, diminuindo a FC Se o estimulo for muito intenso, diminui completamente a autoexcitação desse nodo SA Estimulação vagal leve reduz a FC Estimulação vagal intensa pode interromper a transmissão ou bloquear a excitação do nodo SA Dessa maneira o impulso nao chega ao ventriculo, ele cessa o batimento por 5-20 segundos e volta a bater por estimulação das fibras de purkinje com uma frequência de 15-20 contrações/min Esse processo se chama ESCAPE VENTRICULAR Os nervos parassimpáticos estao distribuídos mais no átrios que nos ventriculos Parassimpático diminui o débito cardíaco – 50% Leve ↓ força de contração, pode parar o coração se o estimulo for muito alto ↓ frequência cardíaca Simpático Causa o oposto do parassimpático ↑ FC, ↑ velocidade de condução e excitabilidade das fibras, ↑ força de contração de todo o coração A inervação simpática leva a liberação de norepinefrina que se ligam aos receptores Beta 1 adrenergicos e isso pode aumentar a permeabilidade das fibras aos ions Ca e Na e isso faz com que o potencial de repouso fique mais positivo e isso faz com que a fibra chegue ao potencial limiar mais rapidamente, aumentando o numero de contrações No nodo AV e feixes AV torna a excitação da fibra mais fácil e isso reduz o tempo de propagação O aumento da permeabilidade dos ions Ca aumenta a força de contração ja que o Ca que faz a contração muscular ↑o debito cardíaco – 30% ↑ FC, a força de contração e a pressão de ejeção As inibições dos nervos simpáticos diminuem o debito cardíaco Eletrocardiograma É um exame que registra os potenciais elétricos no coração O exame permite analisar: A posição anatômica do coração Tamanho dos átrios e ventriculos O ritmo e a frequência A extensão de danos que alguma doença pode ter provocado É composto por 5 ondas, P, QRS e T e é feito através de derivações P – originada do potencial de ação que se espalhou pelos átrios e isso aumenta levemente a pressão atrial QRS – surgem da despolarização dos ventriculos, se inicia antes da sistole e faz a pressão ventricular aumentar T – estagio de repolarização dos ventriculos Derivação é o contato elétrico da pele do paciente com o aparelho de eletrocardiografia As cargas elétricas da membrana das fibras + e – criam um vetor que tem direção, sentido e tempo, e por meio disso P: é produzida pela despolarização dos átrios, antes da contração QRS: produzidas pela despolarização dos ventrículos antes da contração, enquanto o impulso se espalha T: produzida pela repolarização dos ventrículos A onda P ocorre no inicio da contração do átrio, as QRS, logo em seguida, serão advindas do inicio da contração dos ventriculos e as ondas T sao o final da contração Os átrios se repolarizam de 0,15-0,2s depois da onda P e é quase nesse momento que o complexo QRS esta sendo gerado, então a onda T atrail é encoberta pelo completo QRS do ventriculo que é muito maior e por isso é raro ver uma onda T atrial As fibras ventriculares nao se repolarizam no mesmo tempo, por isso de repolarização T se estende por um maior tempo, é uma onda longa, mas sua amplitude é menor porque tem menor voltagem O eletrocardiógrafo possui linhas de calibração e a cada 10 linhas há 1 mV As linhas horizontais acima da linha de base indicam valores positivos e as inferiores valores negativos Cada 25mm = 1 segundo 5mm = 0,2 s As voltagens das ondas registradas dependem de onde foi posto o eletrodo com relação ao coração Intervalo P-Q é o intervalo entre o inicio da estimulação dos átrios e o inicio da estimulação dos ventriculos (0,16s) Esse intervalo pode ser chamado de P-R pois a onda Q pode as vezes estar ausente Intervalor Q-T é o intervalo do inicio da contração ventricular até seu final A frequência dos batimentos cardíacos podem ser determinados com facilidade, pois depende do intervalo entre dois batimentos, se for de 1s por exemplo, há 60bpm Normalmente o intervalo entre dois completos QRS é 0,83 s e 60/0,83 = 72 bpm A despolarização de uma fibra do coração tem 4 fases: A) a fibra está começando a se despolarizando e quando chega na metade, a onda de despolarização chega no seu valor positivo máximo B) a despolarização ja se estendeu por toda a fibra muscular e quando esta tudo despolarizado a onda de despolarização volta para a base, zero C) tem-se o inicio da repolarização da fibra e o registro da onda de repolarização se inicia negativo D) a fibra se repolarizou completamente e a onda volta ao zero Quando a fibra esta totalmente despol/repolarizada nao é registrado nenhuma corrente, porque o registro só acontece se a corrente estiver em movimento, se ela estiver parada nao se registra nada
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