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Texto do documentário Planeta Azul (The Blue Planet) BBC

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Planeta Azul – Episódio 5: Mares Sazonais
A paisagem muda o tempo todo nos ambientes mais ricos dos oceanos: os mares temperados. Em cada época do ano, os animais mudam de comportamento ou migram para regiões distantes em busca de comida e de um lugar para se reproduzir. 
Durante o inverno, uma tempestade atinge a costa no norte da Europa. Ondas de 15 metros batem contra o despenhadeiro, tornando, aparentemente, a sobrevivência impossível. Muitos dos animais deixam a área em busca de um lugar calmo nas águas mais profundas, mas alguns ficam. No mês de janeiro, milhares de focas procuram praias desse tipo para se reproduzirem no meio do inverno.
A primavera é marcada pela explosão de uma forma de vida microscópica: os organismos planctônicos. Técnicas de fotografia revelam um mundo secreto onde os plânctons utilizam uma trilha de química invisível para escapar dos seus predadores. As águas-vivas estão entre as criaturas que se alimentam desses seres minúsculos.
O verão é o tempo da reprodução. Numa sequência de beleza inegável, uma foca macho faz um ritual de acasalamento, comportamento único, raramente testemunhado pelo homem. Outros animais como o salmão e as lagostas também escolhem essa época do ano para a procriação.
Em setembro, quando os dias ficam mais curtos no hemisfério norte, a água começa a esfriar e os animais esperam o inverno. No mês de Outubro, o inverno chega. Mas do outro lado do Equador, na Tasmânia, acontece o contrário e os peixes começam seu ciclo reprodutivo.
No fim do mês de novembro, o litoral da Noruega é o destino de mais de 500 milhões de toneladas de arenques. Eles tentam escapar da turbulência encontrada no mar aberto. O litoral se transforma literalmente em rios de peixes. Uma vasta fonte de alimento que atrai pequenos grupos de baleias-orca.
A temperatura abaixa nos mares do norte para a longa espera até a chegada da primavera quando o sol retorna e junto com ele os plânctons. Mais ao norte o oceano está completamente congelado e na total escuridão.
Planeta Azul – Episódio 5: Mares Sazonais
Em alguns mares os peixes se reúnem aos milhões e o plâncton floresce em abundância. Não há quantidade de vida igual em outros oceanos. São os mares mais produtivos na Terra. Eles são, MARES SAZONAIS.
Eles fazem fronteira com as zonas temperadas do mundo onde as condições mudam durante o ano. As estações também afetam o mundo subaquático. A força do Sol muda constantemente. No norte, no verão, há longas horas de luz solar, mas no inverno ela diminui e pode haver semanas de escuridão. Os verões são quentes e suaves. Os invernos, sacudidos por tempestades violentas. Nestas condições qualquer forma de vida tem que lutar para sobreviver.
É janeiro na ilha Sable, ao largo da costa da Nova Escócia, nos EUA. Focas-cinzentas conseguiram chegar em terra pelas ondas de rebentação. Vendavais sopram dias a fio. A ilha tem a maior colônia de focas-cinzentas do mundo. Cem mil vêm procriar aqui todo ano bem na época do pior clima. Como se isso não bastasse os filhotes, que só mamaram 18 dias, são abandonados. As mães têm que voltar ao mar para se alimentar. Incapazes de mergulhar, eles ficam desamparados e só se sustentam com sua gordura. Só em cinco semanas terão força para nadar, mas então já será primavera e o mar estará repleto de comida.
Em maio a primavera alcança as costas da Escócia. Debaixo da água ela chegou ainda mais cedo. Em março os mares esquentaram o suficiente para realizar uma transformação mágica. Estes são fitoplânctons. Algas flutuantes, cada uma menor do que uma cabeça de alfinete. Multiplicam-se velozmente e têm um crescimento anual maior do que todas as plantas juntas em terra. Seis bilhões de toneladas. Esta florescência imensa espalha-se pelo mar e em dois meses torna vastas áreas em verde denso.
A vida animal reage ao mar em flor. Estes pólipos parecem pequenas anêmonas mas se transformarão em outra coisa. Enquanto se separam, revelam ser águas-vivas. Têm menos de 3 mm. Em poucos meses formarão grandes populações. Pequenos copépodos fazem parte da sua dieta. Toda primavera eles surgem em grande número e se alimentam da florescência de fitoplâncton. Suas pernas criam correntes que varrem as algas para dentro dos filtros em forma de cesto ao redor da boca. Nesta escala microscópica, a água é tão viscosa que o fitoplâncton não pode nadar contra a corrente. Enquanto come, sensores na antena do copépodo emitem avisos de perigo. Iluminados por laser, revelam deixar rastros para trás como os caças no céu. Predadores flutuantes maiores usam esses rastros para achar sua presa. Foi por pouco, mas de alguns predadores grandes não dá para fugir. Águas-vivas. Parecem delicadas e bonitas, mas são caçadoras fatais. Cada batimento dos sinos delicados suga água rica em plâncton para dentro do orifício e a expele de novo, deixando para trás copépodos grudados na membrana.
Uma única urtiga-do-mar, de poucos centímetros colhe milhares de copépodos por dia. É difícil calcular o poder fatal destes gigantes. Cada uma destas águas-vivas pesa 30 kg e tem tentáculos com mais de 8 metros. Mas perigos maiores aguardam os copépodos. No fim da primavera as pequenas águas-vivas estão adultas. Juntam-se em milhões formando grupos de centenas de metros que filtram todos os animais planctônicos no caminho. Mas como há números astronômicos de copépodos muitos sobreviverão para formar seus grupos.
Um tubarão-frade. Este peixe enorme de 8 toneladas alimenta-se de plâncton e nada mais. A cada hora filtra 1000 t de água pelas suas guelras. Muitos destes tubarões vêm no auge da florescência e nadam nas correntes onde o plâncton está mais denso. Mas há tanto plâncton que outro grupo de animais pode dividir o banquete. Eles vivem no fundo do mar. Cada centímetro de rocha tem algum tipo de invertebrado. Anêmonas, ascídias, gorgônias, todos capturam plâncton da água. Nem toda vida nos mares sazonais depende de plâncton.
É primavera na Colúmbia Britânica. Algas marinhas começaram a crescer na água fria. Quando as horas de luz solar aumentam e a água aquece estas plantas formam grandes camadas de alga. Estas fitas de 30 m têm 'bóias' com gás que as mantêm no alto, ao alcance da luz do sol. Mais ao sul, o sol tem mais força. Aqui, na costa da Califórnia, cresce a maior alga de todas. Esta é uma alga gigante. Em pleno verão cada planta cresce um metro por dia. O talo principal está preso ao fundo, a 35 m, por um gancho pequeno, porém muito forte. Ao crescer, elas têm 100 m de comprimento, e formam vastas florestas marinhas. São o refúgio de grandes cardumes de peixes. Estes são peixes blacksmith. Eles comem plâncton e quando estão seguros, vão para onde há mais plâncton para se alimentar. Mas ao primeiro sinal de perigo, voltam para a segurança da floresta. Não só peixes se abrigam aqui. Lontras-do-mar reúnem-se na floresta de algas para descansar e dormir em segurança. Para evitar de serem levadas para mar aberto, onde há grandes predadores, prendem-se, enrolando tiras de algas em volta do corpo. Cedo ou tarde, têm que achar comida, que fica no fundo do mar, bem abaixo delas. Lontras-do-mar podem ficar até 10 min debaixo d'água. Tempo suficiente para achar seus mariscos. Muitos habitantes pequenos destas florestas, como ouriços-do-mar, comem as algas e podem causar sérios danos se não houver controle. Mas as lontras-do-mar se alimentam de alguns deles e evitam que fiquem numerosos. Na verdade, as lontras são as guardiãs da floresta.
Os peixes-garibaldi não danificam a alga. Pelo contrário, eles a ajudam tirando pequenos animais que cobrem as folhas. Comem briozoários, pequenos animais que constroem suas colônias, como retalhos de pele branca nas folhas. À noite há menos peixes predadores, e os briozoários saem dos seus abrigos brancos. Como pólipos de coral filtram o plâncton sob o manto da escuridão. Não são os únicos animais que saem à noite. Este é um anfípodo. Mede 2 cm e come algas. Em troca, é um ótimo alimento para muitos predadores. Para se proteger produz seda, como uma aranha.Usa-a para juntar os dois lados da folha e formar um abrigo. Esta precisa muito de um lar seguro, ela é mãe. Há 50 filhotes agarrados na sua barriga. Sua casa está lotada. Logo poderão sair e sempre que pode, ela os expulsa para conhecerem o mundo exterior. O amanhecer. Zosteras crescem nos baixios entre as algas e a costa. Uma foca-vitelina encontrou abrigo aqui, e dorme após uma dura noite atrás de comida. Mas por pouco tempo. Um macho a acorda com seu chamado. Mais focas são atraídas de todas as direções. É junho, a época quando machos das focas-vitelinas fazem suas estranhas exibições de acasalamento. Um ouve atentamente os grunhidos do outro. Os chamados decidem qual dos dois vencerá. Mas se ambos têm tamanho e experiência igual, grunhidos só não resolvem e chegarão às vias de fato. Focas podem ser muito violentas. Em um mês, na época de reprodução, as brigas serão sérias. Mas agora, em pleno verão, são inofensivas. Elas só brincam. 
Muitos animais têm que deixar as algas para se alimentar. Como essa raia. Parece improvável, mas o solo arenoso do mar aberto, é uma rica zona de alimentação para ela. Há comida escondida na areia, e a raia tem uma técnica especial para achá-la. Ela usa jatos de água para soprar a areia, e expor pequenos invertebrados. Ao lado um robalo-do-kelp à espera de sobras. Há outros caçadores à espreita. Um linguado. Estes crustáceos vivem aqui em túneis. Mas a fome os leva a se aventurar no aberto. Isto, claro, é um jogo. Ou comem, ou serão comidos. 
Uma lesma-do-mar chamada Janoluz. Suas cores sugerem que é venenosa, e ela é, para tudo exceto outra espécie de lesma-do-mar. A predatória Navanax. Ela segue o rastro de muco deixado pela Janolus. Se for pega, ela vira uma bola. A 'navanax' só pega alguns tentáculos amarelos. A Janolus é levada em segurança pela correnteza.
É pleno verão e o sol brilha com força total. O calor é a deixa, para a longa viagem da lagosta americana. Ela passou o inverno a 250 m de profundidade, fora do alcance. Faz frio lá embaixo e como precisa de água quente, ela vai em direção aos baixios, que ficam a 150 km dali. Após um mês, finalmente chega no seu banco de areia favorito. Mas ela não é a primeira. Dúzias de outras lagostas já cavaram lares na areia, e se recusam a entregá-los a novatos. Tamanho é tudo nestas batalhas. A recém-chegada precisa urgentemente da toca, e como ela tem pesados 7 kg, tem boas chances de conseguir uma. Ela venceu. As batalhas duram mais dois meses e são vitais. As fêmeas precisam de abrigo, e água quente para criar seus filhotes. Nos últimos 7 meses, cada uma carregou 20 mil ovos fecundados. Sua tarefa logo terá fim. O calor dos baixios acelera o desenvolvimento dos ovos. Mais dois meses e estarão prontos para nascer. No começo não nadam muito bem. Mas logo os filhotes partem de modo decidido. Nesta época o mar está cheio de larvas de animais. Esta lagosta tem um dia. Aqui um caranguejo de 3 semanas, pronto para começar sua vida no leito do mar. Seus pés tocam o fundo pela primeira vez. Nesta fase é um vegetariano e come alface-do-mar. Ele crescerá, mudará repetidamente de pele, e desenvolverá uma pele mais densa. Provavelmente, será comido. Se sobreviver por 5 anos, se tornará um magnífico gigante encouraçado. Agora ele come carne, e com habilidades especiais é capaz de caçar no escuro. Seus pés articulados têm sensores, que detectam a menor mudança química na redondeza. Andando na escuridão, seus pés sentem literalmente o gosto da areia. A comida achada é passada para suas garras poderosas, que lidam facilmente com a carne macia. As garras também são úteis para defesa. Um polvo comum de 1,5 m passa. O gigante com propulsão a jato é poderoso e esperto. Polvos são um risco até para caranguejos no mar aberto. Os olhos do polvo detectam o menor movimento no escuro. Contra este caçador as garras do caranguejo são inúteis. 
Fim de verão no sudeste do Alasca. A água ainda está quente, e esses camarões nadam perto da superfície. É o último banquete para os salmões-rosas, que voltam para a costa, vindos do Pacífico. Eles vão para a costa para procriar, e vêm em grande número. Têm que nadar rio acima para desovar, mas o nível do rio está muito baixo. Terão que esperar a chuva elevá-lo. Ficam presos no mar, perto da costa. O pior lugar para se estar. Um tubarão de 3 m, parente próximo do tubarão-branco. Este detectou sinais elétricos dos salmões. Tubarões mantêm a temperatura do sangue, acima da temperatura do mar. Significa que têm energia para serem velozes. Mais velozes do que salmões. 
Outono na ilha Vancouver no Canadá, 960 km para o sul. A temperatura do mar está caindo. A 40 m da superfície, os filhotes de arenque, alimentam-se do último plâncton. Seu movimento atrai a atenção dos céus. Gaivotas não mergulham. Por enquanto os peixes estão seguros. Mas há aves que mergulham. Alcas e alcas-tordas entram embaixo do cardume. Em pânico, os peixes vão para a superfície. Viram uma gigante bola defensiva de peixes. O tumulto atrai o luciano-de-cauda-amarela. Também são caçadores. Os saqueadores dispersam os arenques. Ataques repetidos dividem a bola em pequenos grupos. Agora é fácil para as aves mantê-los na superfície, e até as gaivotas podem pegá-los. Atacados por todos os lados, os peixes não têm chance. Cada vez mais mergulhadores são atraídos. Eles perseguem os arenques até o último peixe. 
Também há predadores bem maiores. Golfinho-de-lateral-branca-do-Pacífico. Mas eles são caçadores noturnos. De dia concentram-se na socialização. Exibem-se soltando uma série de bolhas e jogando jogos. Como 'passe a alga', por exemplo. Há 8 meses no inverno, além da costa oeste da Escócia, um ovo foi posto e fixado na fita de uma alga. Dentro dele um embrião começou a se desenvolver. Protegido pela casca resistente, resistiu às piores tempestades de inverno. No verão já tinha crescido metade do seu tamanho. Finalmente, no outono, está quase pronto para nascer. Um pequenino tubarão se liberta. O plâncton logo morrerá, mas o jovem cação está tão bem desenvolvido, que pode caçar presas maiores. 
Os dias ficam mais curtos. A água na Colúmbia Britânica começa a esfriar. Esta criatura estranha procura comida nas algas. Esta é uma 'melibe', uma lesma-do-mar. Colhe plâncton com a cabeça em forma de rede. Com a chegada do inverno, o plâncton fica escasso, mas a 'melibe' sonda atentamente. Ela sabe nadar. Ela parte atrás de um local melhor. Mas sua busca fica cada vez mais difícil. Nas próximas duas semanas o plâncton desaparecerá. Com a fraca luz solar, as algas morrem, e apodrecem até sumirem. Logo será inverno. Mas 14400 km para o sul, o Sol nasce em um novo dia de primavera. O hemisfério sul também tem zonas temperadas, e o plâncton começa a florescer na Tasmânia. Como no norte, os mares sazonais do sul, também têm áreas ricas em vegetação, com suas florestas de algas, e suas populações de plâncton. Alguns desses habitantes vivem apenas no hemisfério sul. Este é um deles. O handfish, que passeia com nadadeiras modificadas. Mas, se preciso, recorre à força da cauda. Todo verão os baixios da Tasmânia recebem visitantes. Estas são lulas australianas, que medem meio metro. Vieram procriar aqui. Os machos maiores disputam a atenção da fêmea, exibindo-se para ela e para os outros com um balé, durante o qual mudam constantemente de cor. Por fim formam pares. O macho passa um pouco de esperma para a fêmea. Os ovos são fecundados, e postos em invólucros resistentes e flexíveis, que outros animais consideram venenosos. Em 3 semanas os filhotes estão prontos para nascer. Já são capazes de mudar de cor, mas não nadam lá muito bem. Um outro animal é um pai mais dedicado. Este é um dragão-marinho macho, um parente estranhamente enfeitado do cavalo-marinho. Ele carrega os ovos da sua parceira. Seriam um lanche nutritivo para qualquer predador. Mas é difícil achá-los, pois estão presos no corpo perfeitamente disfarçado. Não poderia haver lugar mais seguro. Em novembro, 16 mil km para o norte, o inverno chegou. A Noruega agora tem 5 horas de luz acada 24 horas. A temperatura cai rapidamente. Mas, apesar do frio, o mar não está deserto. A cada inverno 500 milhões de toneladas de arenques, procuram abrigo nestas águas profundas. Ficarão 4 meses aqui vivendo só da gordura, que acumularam no verão comendo plâncton. Mas não estão sozinhos. Orcas. O pequeno cardume faz parte de uma população de 500 baleias, que se especializaram em caçar arenques do Atlântico Norte. Com sua ecolocalização, detectaram arenques 50 m abaixo delas. Com ar para mergulhar 10 min nadam embaixo deles, e os levam para cima. Bolhas saem dos peixes à medida que, o gás nas bexigas natatórias se expande e escapa. Até para uma orca é difícil pegar um arenque. Mas elas têm uma arma devastadora. Com a cauda deixa-os tontos com as ondas formadas. Depois é só recolher as vítimas. Os arenques não têm chance, e orcas e gaivotas vão se saciar, todo dia pelos próximos 4 meses. Mas tantos peixes hibernam aqui, 5 bilhões deles, que as perdas nem são notadas. Apesar de o inverno ser violento, é vital para a renovação das riquezas do mares sazonais. No mar aberto, as águas agitadas revolvem nutrientes do fundo. No fim do inverno, os mares sazonais estarão cheios de minerais, prontos para a volta do Sol, e a próxima grande florescência de plâncton.

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