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Semana 1 1. Conceitue competência? R: É uma atribuição legal conferida a determinado órgão estatal para o exercício da jurisdição no caso concreto. 2. Quanto a competência internacional, explique a competência concorrente e a competência exclusiva. R: Competência concorrente: Assim, há competência concorrente sempre que o réu for domiciliado no Brasil (independente da nacionalidade), no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação, bem como na hipótese da ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.(art88cpc) Competência exclusiva: autoridade judiciária brasileira é a única competente para apreciar e julgar as lides(art89cpc) 3. Diferencie a competência absoluta da competência relativa. R: Competência absoluta: A competência é absoluta quando fixada pelos critérios material, pessoal ou funcional. Prevalece o interesse público e não pode ser modificada pela vontade das partes em foro de eleição, ou pelos fatos processuais denominados conexão e continência. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício (pelo juiz), independente da argüição da parte e pode ser alegada em qualquer fase do processo tanto pelo juiz como pelas partes (art. 113, CPC). O não cumprimento da norma gera nulidade absoluta. Competência relativa: A competência é relativa quando fixada pelos critérios territorial ou econômico. Prevalece o interesse privado. O juiz não pode, em regra, declarar de ofício a incompetência relativa. Trata-se de nulidade relativa. Ela depende de argüição do réu que deverá alega - lá por meio de exceção (exceção de incompetência), no prazo de resposta, excetuada a hipótese de fixação da competência do artigo 95 do Código de Processo Civil, em que o juiz tem o dever de reconhecê-la de ofício, e a hipótese do parágrafo único do artigo 112 do Código de Processo Civil, em que o juiz tem a faculdade declinar da competência. (Leia estes dispositivos legais.) Se o réu não argüir a incompetência relativa no momento oportuno, ou seja, no prazo de resposta, prorroga-se a competência, de modo que o juízo tornar-se competente para o julgamento da lide. A diferença elementar delas é os critérios que elas remetem assim como o interesse público ou particular, onde a competência absoluta é de fato imodificável enquanto a competência relativa pode ser modificada a vontade das parte quando estipulada no contrato, ou se o juiz declinar competência. 4. O que se entende por conexão e continência? R: Conexão é quando existe mesma causa de pedir, partes e pedidos iguais, onde as ações podem ser reunidas para único julgamento. Continência e o mesmo que a conexão so que o pedido de uma é mais abrangente que a outra, e tal como ocorre na conexão o juiz de oficio ou a requerimento das partes pode solicitar a juntada das ações para um único julgamento. 5. Qual o órgão competente para o julgamento do conflito de competência? Explique. R: Havendo conflito o órgão competente para julgá-lo é o tribunal hierarquicamente superior aos dos juízes que se declararam competentes ou incompetentes para apreciação da lide. Se o conflito ocorrer entre o tribunal ou entre juízes de justiças diferentes ou entre juízes de grau inferior o Superior Tribunal de Justiça será o órgão competente para julgamento do conflito. Semana 2: teoria dos atos processuais, os atos processuais praticados pelas partes e os atos processuais praticados pelo juiz. 1. Conceitue ato processual e fato processual. R: Ato processual: É o ato praticado pelos sujeitos do processo que tem por fim à criação, modificação ou extinção da relação jurídica. Fato processual: É todo fato que cause repercussão no andamento do processo. Não dependem da vontade. Exemplo: morte da parte ou do procurador. 2. Explique os princípios relativos aos atos processuais. R: Princípio da tipicidade: Por esse princípio os atos devem ser praticados conforme o modo previsto em lei. Princípio da publicidade: Por esse princípio os atos processuais são públicos, exceção nos casos que correm em segredo de justiça, conforme art. 155, CPC. Princípio da instrumentalidade das formas: Por esse princípio todos os atos e termos do processo independem de forma determinada, salvo se a lei exigir e todos os que foram realizados de outro modo, mas que preencham sua finalidade serão considerados válidos. 3. Quanto aos atos praticados pelas partes, explique os atos postulatórios e os atos dispositivos. R: Atos postulatórios: São os atos pelos quais as partes oferecem ao juízo suas teses de direito e de fato e postulam seus direitos, como, por exemplo, petição inicial. Atos dispositivos: São os atos pelos quais as partes dispõem de suas faculdades processuais e de seus direitos materiais que julgam ser possuidores. Temos a renúncia, reconhecimento jurídico do pedido, transação e desistência. 4. Quanto aos atos praticados pelas partes, explique os atos instrutórios e os atos reais. R: Atos instrutórios: São os atos pelos quais as partes buscam convencer o juiz das razões que apresentaram. Atos reais: São atos pelos quais as partes realizam procedimentos materiais, como por exemplo, exibição de documentos e pagamento de custas. 5. Quais são os atos processuais praticados pelo juiz. Explique-os. R: Sentenças, decisões interlocutórias e despachos de mero expediente. Sentença: Terminativa: Ocasionam a extinção do processo sem a análise do mérito, quando ocorrer algumas das hipóteses previstas no artigo 267, CPC. Definitiva: Ocasionam a extinção do processo por meio de uma sentença de mérito, discutindo a questão de direito material de maneira definitiva. Decisões interlocutórias: é o ato pelo qual o juiz resolve questão incidente no curso do processo. Ex.: “Indefiro a oitiva da testemunha X”. Despachos: é o ato pelo qual o juiz dá andamento ao processo, não apresentando conteúdo decisório, de modo que não comporta recurso. Ex.: “Diga a parte contrária”. Semana 3: atos dos auxiliares da justiça 1. Quem são os auxiliares da justiça? R: São auxiliares da Justiça: escrivão, oficial de justiça, perito, depositário, o administrador e intérprete, além de outros determinados pela lei de organização judiciária, conforme art. 139, CPC. 2. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justiça, explique o que são os atos de movimentação. Dê um exemplo. R: Atos de movimentação: são atos realizados principalmente pelo escrivão e pelos escreventes e destinam-se a dar prosseguimento ao processo. A conclusão dos autos ao juiz, a vista dos autos às partes, a remessa dos autos para o contador e a expedição de ofícios e mandados são atos de movimentação. 3. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justiça, explique o que são atos de documentação. Dê um exemplo. R: Atos de documentação: também são atos realizados principalmente pelo escrivão e pelos escreventes e destinam – se a lavrar os atos de movimentação, como por exemplo, feitura do termo de audiência e lançamento de certidões. 4. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justiça, explique o que são atos de comunicação. Dê um exemplo. R: Atos de comunicação: são atos realizados pelo escrivão e pelo oficial de justiça. São atos de comunicação do escrivão as citações e intimações feitas às partes, pelo correio. São atos de comunicação do oficial de justiça as citações e intimações feitas às partes nos casos de mandado judicial. 5. Quanto aos atos praticados pelos auxiliares da justiça, explique o que são atos de execução.Dê um exemplo. R: Atos de execução: são atos realizados fora dos cartórios, por oficial de justiça, quando em cumprimento de mandados judiciais, como no caso de penhora. Semana 4: comunicação dos atos processuais. Deverá compreender citação e intimação e carta. 1. Conceitue citação e cite as suas modalidades previstas no CPC. R: É o ato pelo qual se dá o chamamento do réu ou o interessado a juízo, para apresentar a sua defesa. Citação real: é a citação recebida pessoalmente pelo réu ou por seu representante legal ou por procurador autorizado. A citação real pode ocorrer pelo correio, por oficial de justiça e por meio eletrônico. Citação ficta: a citação ficta ou presumida é assim denominada, por não haver certeza de que o réu tenha tido conhecimento dela. Estabelece-se a presunção do conhecimento da existência da ação. 2. Segundo o CPC, em quais hipóteses não poderá ocorrer a citação? R: O artigo 217 do CPC traz as hipóteses em que não será feita a citação, salvo para evitar perecimento do direito: Se o citando estiver assistindo ato religioso; Ao cônjuge ou parente do morto, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos sete dias seguintes; Aos noivos nos três primeiros dias do casamento; e, Aos doentes enquanto estiverem em estado grave. Já o artigo 218 do CPC trata da impossibilidade de realizar a citação quando o oficial de justiça verificar que o réu é demente ou encontra-se impossibilitado de recebê-la. Nessa situação deverá o oficial de justiça certificar a ocorrência e o juiz nomeará um médico para examinar o citando. Reconhecida pelo médico a impossibilidade do citando receber a citação, o juiz nomeará um curador. A nomeação do curador restringe-se a causa. A citação será então feita na pessoa do curador. 3. A citação pode ser real ou ficta. Explique. R: Real quando se da por meio de carta, oficial ou meio eletrônico onde sabe- se que a pessoa foi citada e ficta quando por edital ou hora certa onde para que não ocorra o perecimento do direito, presume se o réu citado. 4. Conceitue intimação. R: É o ato pelo qual se dá ciência a alguém de atos e termos processuais para que venha a fazer ou deixar de fazer algo. (O CPC não diferencia o termo intimação de notificação, enquanto comunicação de atos processuais, porém a doutrina costuma diferenciá-los, sendo intimação a ciência de atos já praticados e a notificação termo utilizado para designar a prática de um ato futuro.) 5. O que é carta de ordem, carta precatória e rogatória? R: Carta de ordem: é carta de um tribunal para um juiz subordinado. Carta precatória: expedida frente à necessidade do ato realizar-se no Brasil, porém em outra comarca que não seja aquela em que a ação tramita Carta rogatória: expedida frente a necessidade de ato a realizar-se no Brasil, porem em outra comarca. VER : https://www.youtube.com/watch?v=EB6dNdUij4g Semana 5: prazos processuais. 1. Cite as classificações dos prazos. R: Prazos legais: são os prazos especificados em lei; Prazos judiciais: são os prazos fixados pelo juiz. O juiz poderá fixar prazos sempre que a lei for omissa (art. 177, CPC); Prazos convencionais: são os prazos definidos entre as partes, em comum acordo. Prazos próprios: são os prazos estabelecidos para as partes. O não cumprimento do ato no lapso temporal estabelecido acarreta a perda do direito de praticá-lo (preclusão), independente de declaração judicial (art. 183, CPC); Prazos impróprios: são os prazos estabelecidos para os auxiliares de justiça e para o juiz. O não cumprimento dos atos não afeta a relação jurídica, mas pode gerar sanções administrativas; Prazos dilatórios: são os prazos que permitem prorrogação ou redução por vontade das partes, mas para isso as partes devem requerer antes do vencimento do prazo, apresentando razões legítimas para a alteração (art. 181, CPC); Prazos peremptórios: são os prazos que não admitem alterações. 2. Diferencie prazo próprio de prazo impróprio. R: Prazo próprios são prazos estabelecidos para as partes enquanto os prazos impróprios são estabelecidos para os juízes e auxiliares o não cumprimento do prazo por parte destes não acarreta problemas ao processo, mas pode gerar sanções administrativas, enquanto o não cumprimento dos prazos no caso do prazo próprio acarreta preclusão, ou seja a perda de praticar o direito. 3. Explique preclusão temporal, preclusão lógica e preclusão consumativa. R: Preclusão lógica: É a perda da faculdade de praticar o ato pela prática de um ato anterior que é incompatível com o ato que a parte pretendia efetivar posteriormente. Preclusão temporal: É a perda da faculdade de praticar um ato pelo decurso de tempo. O não cumprimento do ato no prazo estabelecido pela lei ou pelo juiz acarreta a perda do direito de fazê-lo. Preclusão consumativa: É a perda da faculdade de praticar um ato de modo diferente quando o ato já foi realizado de outra forma permitida por lei. 4. Explique as regras de contagem do prazo processual. R: O CPC, nos artigos 178 e 179, estabelece que os prazos são contínuos, não se interrompendo nos feriados e que a superveniência das férias suspende o curso do prazo. O que sobrar do prazo começara a correr do primeiro dia útil seguinte ao término das férias. Em regra os prazos são de 5 dias e o início é no primeiro dia útil e se encerra no último dia útil. Se a citação ou a intimação for feita, o prazo começará a correr: Pelo correio: da juntada do aviso de recebimento aos autos. Se vários réus, da juntada do último aviso de recebimento; Por mandado (citação pessoal ou por hora certa): a partir da juntada aos autos do mandado; Por edital: após final da contagem e o prazo varia de 20 a 60 dias; Pela impressa (só a intimação): dia seguinte ou dia útil subseqüente; e Por cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória: data da juntada das mesmas devidamente cumpridas. Recurso: data em que os advogados forem intimados da decisão, da sentença ou do acórdão. Observações O prazo é contínuo, não se interrompe nos feriados. Apenas serão levados em conta domingos, feriados ou dia de não expediente do fórum (sábado), fórum fechado antes ou sem expediente se neles tiver iniciado ou terminado qualquer prazo. Se o feriado ou domingo estiver no meio de um prazo já em curso não serão descontados; O Juiz pode prorrogar prazos, mas nunca por mais de 60 dias; Prazo para juiz: 2 dias para despachos e 10 dias para decisões (sentenças e interlocutórias); Prazo para serventuário: 24 horas para remeter autos conclusos da data que concluir o ato processual e 48h para cumprir os atos, da data que tomar ciência da ordem, emanada pelo juiz. Prazos para a Fazenda e Ministério Público são especiais: há prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar. 5. Cite três causas de suspensão do processo. R: Obstáculo criado pela parte contrária; Morte ou perda de capacidade processual da parte, de seu representante ou de seu procurador; Convenção entre as partes; Oposição de exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal; Intervenção de terceiros (nomeação à autoria, denunciação da lide, chamamento ao processo e oposição); Férias suspendem o curso do prazo e o quefaltar conta no primeiro dia da volta das férias. Conta-se pelo saldo. https://www.youtube.com/watch?v=76iyE9dY6Lo Semana 6: nulidades processuais (art. 243 a 250, CPC) 1. O que são atos inexistentes? R: É aquele ato que jamais surtirá efeito, pois não preenche os requisitos mínimos para existir. 2. O que são atos absolutamente nulos? R: Tem-se nulidade absoluta quando há violação de dispositivo legal de ordem pública. Possui um vício grave, insanável. A execução do ato não se deu com observância da forma prescrita em lei. 3. O que são atos relativamente nulos? R: Tem-se nulidade relativa quando as irregularidades cometidas são sanáveis. Ainda que o ato possua vício é capaz de produzir efeitos. Pode-se dizer que é um defeito ínfimo e que interessa apenas a parte. 4. Como deverão ser arguidas as nulidades? R: As nulidades podem ser argüidas pela parte contrária. Não poderá a parte causadora da nulidade requerer a decretação da nulidade. Somente a parte prejudicada deverá requerer sua decretação. O autor deverá requerer a nulidade na petição inicial e o réu na contestação ou também em petição simples, pois como já visto cabe a parte prejudicada argüir o vício e isso deve ser feito na primeira oportunidade em que a parte falar nos autos, após a ocorrência do ato vicioso, sob pena de preclusão. O Ministério Público e as partes podem argüir a nulidade em alegações orais e em razões de apelação. 5. Explique os efeitos da decretação de nulidade do ato. R: O procedimento das ações é uma sucessão de atos e a nulidade pode ocorrer no desenrolar da ação, ou seja, desde sua propositura até o julgamento final. O artigo 248 do CPC dispõe que anulado o ato não terão efeito os atos subseqüentes que dele dependam, mas a nulidade de uma parte do ato não prejudicará outros atos que sejam independentes e por isso deve o juiz declarar os atos que são atingidos pela nulidade. Se não houver prejuízo à parte, o ato não se repetirá bem como a falta do ato não precisará ser suprida, dado a ausência de prejuízo. Da mesma forma o ato não será repetido e nem suprida sua falta se o juiz puder decidir o mérito a favor da parte que aproveite a declaração de nulidade. Tem-se ainda que os atos praticados serão aproveitados se não houver prejuízo à defesa (art. 250, § único, CPC). Procurar Semana 7:Legitimidade ordinária e sobre a legitimidade extraordinária. Deve aprender a respeito dos pressupostos processuais referentes às partes. 1. Quais são as condições da ação? R: Possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade da parte. 2. O que é legitimidade para a causa? 3. R É a capacidade para agir em juízo diante de determinado interesse em conflito, é a capacidade do indivíduo de atuar em um dos polos da ação. 4. Diferencie legitimidade ordinária da legitimidade extraordinária. R:Legitimidade ordinária é a capacidade da pessoa de postular ação em nome próprio, caracteriza-se quando um terceiro, autorizado por lei, atua em juízo e em nome próprio, na defesa de direito alheio, ou seja, a lei atribui essa legitimidade a outrem, conforme art. 6º do CPC. Também é chamada de substituição processual. 5. Diferencie capacidade processual de capacidade de estar em juízo. 6. R:Capacidade processual: É uma aptidão genérica para agir em juízo por si só. Enquanto a capacidade de estar em juízo é Qualquer pessoa que possua capacidade para ser sujeito de direitos e obrigações na vida civil tem a capacidade de estar em juízo, mesmo que ainda não tenha personalidade civil. 7. O que significa capacidade postulatória? R: É a capacidade da parte que é representada em juízo pelo advogado. https://www.youtube.com/watch?v=WY1ldDNnsd0 Semana 8: pluralidade de partes, ou seja, litisconsórcio. 1. Conceitue litisconsórcio. R: É a pluralidade de partes na relação jurídica. Pode acontecer tanto no polo passivo quanto no ativo e também nos dois. 2. Cite as classificações existentes para litisconsórcio. R: pólo, ao teor e a obrigatoriedade 3. Diferencie o litisconsórcio facultativo do litisconsórcio necessário. R: Litisconsórcio facultativo é aquele em que a parte opta ou não em fazer parte do litisconsórcio, e o juiz verificando a dificuldade no processo pode limitar o número de litigantes, já o litisconsórcio necessário se dá por expressão legal ou quando for imprescindível as partes estarem no mesmo polo ou seja quando o juiz tiver de dar a mesma sentença as partes. 4. Em relação ao pólo, o litisconsórcio pode ser ativo, passivo ou misto. Explique. R: passivo quando existe pluralidade de partes como réus, ativo quando existe pluralidade de partes como autor, e misto quando existir a pluralidade de litigantes no polo passivo e ativo. 5. Diferencie o litisconsórcio unitário do litisconsórcio simples. R: Litisconsórcio unitário é quando cabe única sentença aos litisconsortes. E simples e quando o juiz pode decidir diferente em relação aos litisconsortes. https://www.youtube.com/watch?v=UmAHo_5ldkc Semana 9: intervenção de terceiro, aprendendo sobre a modalidade assistência. 1. Conceitue intervenção de terceiro. R: É um instituto que permite o ingresso de um terceiro na relação jurídica existente entre o autor e o réu. O terceiro, estranho à relação jurídica, ao ingressar em um dos pólos estabelece uma nova relação jurídica, independente e autônoma da relação jurídica original. 2. Explique as classificações existentes para a intervenção de terceiro. R: Intervenção adesiva (ad coadjuvandan) terceiro ingressa na relação jurídica e assume a posição de auxiliar da parte. Intervenção principal O terceiro ingressa na relação jurídica e exerce o direito de ação, requerendo para si a coisa ou objeto sobre qual litigam autor e réu. Intervenção espontânea O ingresso do terceiro na relação jurídica entre o autor e réu ocorre de forma voluntária. São formas voluntárias as modalidades de assistência e oposição. Intervenção provocada O ingresso do terceiro na relação jurídica entre o autor e réu ocorre de forma não espontânea, ou seja, imposta, provocada pelo autor ou pelo réu. São formas provocadas as modalidades denunciação da lide, nomeação à autoria e chamamento ao processo. 3. Conceitue assistência. R: É uma modalidade de intervenção de terceiros que se apresenta de forma voluntária (espontânea) que permite ao terceiro formular pedido de ingresso na relação jurídica processual que inicialmente era composta por autor e réu. 4. Diferencie a assistência simples da assistência litisconsorcial. R: Na assistência simples o assistente intervém no auxílio da parte contra a outra em função do interesse jurídico que tem na vitória ou na derrota da outra parte. Assistência litisconsorcial o assistente atua como se ele fosse um verdadeiro litisconsorte do assistido. Diferente do assistente simples que não pode ser parte, o assistente litisconsorcial não é parte, mas poderia sê-lo, porém entra na relação jurídica processual como assistente litisconsorcial. Deve haver uma relação jurídica entre o interveniente e o adversário do assistido. Toda vez que a sentença influir na relação jurídica existente entre o assistido e o adversário do assistido temos o litisconsorte da parte principal. 5. Explique o procedimento da assistência. R: O assistente deve, por petição, requerer ao juiz tal condição em qualquer grau de jurisdição e a qualquer tempo, porémo assistente receberá o processo no estado em que se encontra no momento do requerimento. As partes serão intimadas para em cinco dias oferecer impugnação. Não havendo impugnação o pedido de assistência será deferido. Porém pode a parte contrária alegar que falta interesse jurídico ao assistente e diante disso o juiz ordenará o desentranhamento da petição e impugnação para que sejam autuadas em apenso, sem a suspensão do processo. Poderá também autorizar a produção de provas para em cinco dias decidir a questão incidente. https://www.youtube.com/watch?v=69r5KAS_t2w Semana 10: oposição e nomeação à autoria. 1. Conceitue oposição. R: terceiro ingressa na relação jurídica pleiteando no todo ou em parte coisa ou objeto sobre o qual recai a demanda, ou seja, o próprio direito material em conflito entre autor e réu. Aparece como nova parte na demanda senso oposição ao réu e ao autor. 2. Conceitue nomeação à autoria. R: É uma das modalidades de intervenção de terceiros qualificada como forma de intervenção não voluntária, diferindo da oposição e da assistência cuja intervenção ocorre de forma espontânea. 3. Discorra sobre o procedimento da oposição. R: O réu dever requerer a nomeação no prazo de sua defesa. Se o pedido for deferido pelo juiz o prazo ficará suspenso e o autor será intimado para se manifestar, no prazo de cinco dias, sendo que poderá o autor aceitar a nomeação, recusá-la ou manter-se inerte. Aceitar da nomeação Se o autor aceitar a nomeação deverá então promover a citação do réu e se o nomeado reconhecer a qualidade que está sendo a ele atribuída, correrá contra ele o feito. Recusar a nomeação Se o autor recusar a nomeação ou o nomeado negar a qualidade que está sendo a ele atribuída, correrá contra o nomeante (réu original) o feito e a nomeação ficará sem efeito. Nesse caso novo prazo para contestar será concedido. Manter-se inerte Será presumida a aceitação se o autor nada requerer e se o nomeado, ao comparecer, não se manifestar ou nada alegar. 4. Quais as hipóteses de cabimento da modalidade de intervenção de terceiro denominada nomeação à autoria? R: São duas as hipóteses de cabimento: O mero detentor da coisa é acionado em relação a essa coisa, mas por não ter a posse ou propriedade do objeto discutido deverá indicar (nomear à autoria) o real proprietário ou possuidor para que figure no pólo passivo. A aquele que alegar que agiu em nome de outrem deverá indicar (nomear à autoria) o mandante para compor a relação jurídica. Obs.: responderá por perdas e danos aquela a quem incumbia a nomeação deixar de nomear a autoria e/ou nomear pessoa diversa daquela cujo nome detém a coisa demandada e daí temos o caráter obrigatório desta modalidade 5. Discorra sobre o procedimento da nomeação à autoria. R: É uma das modalidades de intervenção de terceiros qualificada como forma de intervenção não voluntária, diferindo da oposição e da assistência cuja intervenção ocorre de forma espontânea. A nomeação à autoria possibilita a correção da legitimidade do pólo passivo da relação jurídica porque se a pessoa indicada como réu não for parte legítima será indicado o real possuidor contra quem deve dirigir-se a demanda. Na nomeação à autoria ocorre a substituição do réu ilegítimo pelo legítimo evitando que o juiz decrete a extinção do processo sem julgamento do mérito pela ilegitimidade da parte. Semana 11:chamamento ao processo e denunciação da lide. 1. Conceitue denunciação da lide. R: É uma das modalidades de intervenção de terceiros qualificada como forma provocada e cuja provocação se dá pelas partes, ou seja, ou pelo autor ou pelo réu. 2. Quais as hipóteses de cabimento da denunciação da lide? R: A denunciação da lide é admissível em três situações. Pode ocorrer nas ações de anulação de alienação para que o adquirente possa exercer o direito de evicção; Para trazer ao processo o proprietário ou possuidor da coisa demandada; e, Para trazer ao processo aquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo estabelecido na demanda. 3. Conceitue chamamento ao processo. R: É uma das modalidades de intervenção de terceiro qualificada como forma coacta, cuja provocação é exclusiva do réu. 4. Quais as hipóteses de cabimento do chamamento ao processo? R: O chamamento ao processo é admissível em três situações. Para trazer ao processo o devedor principal quando o fiador for réu; Para trazer ao processo os outros fiadores quando na ação tenha sido citado apenas um dos fiadores; Para trazer ao processo os demais devedores solidários, quando a ação foi proposta apenas em face de um ou alguns dos devedores principais da dívida comum. 5. Discorra sobre o procedimento da modalidade de intervenção de terceiro denominada chamamento ao processo. R: A denunciação da lide tanto pode ocorrer pela provocação do autor ou pela provocação do réu e então são dois os procedimentos: denunciação feita pelo autor e denunciação feita pelo réu. Feita pelo autor Pedido feito na petição inicial da ação principal; Suspende-se o processo assim que ordenada a citação; Citação do denunciado requerida (alienante, proprietário, possuidor indireto ou responsável pela indenização) deve ser feita em 30 dias, se em outra comarca ou local incerto, e em dez dias, se mesma comarca; Se o denunciado ficar inerte a ação prossegue unicamente em relação ao denunciante; e, Se o denunciado comparecer, assume posição de litisconsorte, pode aditar petição inicial e prosseguirá com a citação do réu. Feita pelo réu Pedido feito no prazo da contestação; Suspende-se o processo assim que ordenada a citação; Citação do denunciado requerida (alienante, proprietário, possuidor indireto ou responsável pela indenização) deve ser feita em 30 dias, se em outra comarca ou local incerto, e em dez dias, se mesma comarca; Se o denunciado aceitar a denúncia e contestar o pedido o processo segue entre autor e litisconsorte que será o denunciante e o denunciado; Se o denunciado for revel ou negar a qualidade que lhe foi atribuída, o denunciante prosseguirá na defesa até fase final; Se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante prosseguir na defesa; e, Se a citação não foi realizada dentro do prazo a ação prossegue apenas em relação ao denunciante, não haverá apreciação da denúncia na sentença final e o réu perde a garantia da evicção. Semana 12: formação, suspensão e extinção do processo. 1. Explique como se dá a formação do processo. R: Para que a relação jurídica processual se complete são necessárias ações dos sujeitos destas relações. Essas ações são efetivadas pelo autor e pelo réu em momentos distintos e oportunos. Para o autor a formação do processo ocorre com a distribuição da petição inicial. Para o réu a formação do processo ocorre com a citação válida. Somente após a citação válida temos instalada a relação jurídica entre o autor e réu. Enquanto a citação do réu não ocorrer a relação jurídica não se perfaz e terá o autor possibilidade de alterar sua petição inicial. Uma vez citado o réu de forma válida, as modificações por parte do autor serão possíveis desde que com a anuência do réu. 2. Durante a suspensão do processo quais atos podem ser praticados?R: Art. 266. Durante a suspensão é defeso praticar qualquer ato processual; poderá o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparável. 3. Cite quais são as causas de suspensão do processo. R: Morte das partes ou perda da capacidade processual, Convenção das partes, Exceções processuais, Circunstâncias da sentença de mérito, Força maior e Demais previsões legais 4. Conceitue extinção do processo. R: Uma vez formada a relação jurídica de um lado com a petição do autor e do outro com a citação válida do réu o processo tende a um fim, devendo o juiz proferir uma sentença de tal forma que a relação processual seja extinta. 5. A extinção do processo pode ser sem resolução de mérito ou com resolução de mérito. Explique. R: Extinção do processo sem resolução do mérito (art. 267, CPC) Quando o processo é extinto sem julgamento de mérito pela ocorrência de alguma das hipóteses previstas no artigo 267 do CPC a extinção do processo ocorre de tal modo que a lide não se resolve. O que se deseja é que o juiz julgue o pedido, mas no desenvolvimento do processo podem ocorrer algumas situações que impeçam o magistrado de fazer tal análise. A sentença proferida pelo magistrado resulta da análise de aspectos formais ou processuais da ação, não resolvendo a questão fundamental, ou seja, o mérito. E justamente pelo fato da lide não ser resolvida é possível a repetição da ação, desde que sanado o defeito que levou o processo a extinção sem o julgamento do mérito. Extinção do processo com resolução do mérito (art. 269, CPC) Na ocorrência de alguma das hipóteses previstas no art. 269 do CPC as sentenças proferidas pelo magistrado impedem a repetição da ação, pois o juiz julgou o pedido como procedente ou improcedente, aplicando o direito material à demanda proposta.
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