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Semana 1:conceito e a evolução histórica do Direito Processual QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. A autotutela é admitida pelo ordenamento jurídico brasileiro? Explique e exemplifique. R: sim, somente na Impossibilidade da presença do Estado-Juiz sempre que um direito está sendo violado ou está para ser violado; e, Ausência de confiança de cada um no altruísmo alheio, inspirador de uma possível autocomposição. Exemplo: legítima-defesa. 2. Quais as formas de autocomposição? R: Desistência: Renúncia à pretensão; Submissão: Renúncia à resistência oferecida à pretensão do outro; e, Transação: Concessões recíprocas. 3. Quais as características do período arcaico? R: Das origens do direito romano até o século II a.C.: Os cidadãos em conflito se dirigiam ao pretor comprometendo-se a aceitar o que viesse a ser decidido; Havia a escolha de um árbitro (pelos conflitantes), que recebia do pretor o encargo de decidir a causa; O pretor tinha o compromisso de fazer com que a decisão do árbitro se efetivasse. 4. Cite as fases metodológicas fundamentais observadas na história do direito processual e explique a fase instrumentalista. R: Período do Sincretismo, Fase Autonomista (também denominada “Conceitual”) e Fase Instrumentalista: Esta fase está em andamento; A fase instrumentalista critica a fase anterior pelo excesso de formalismo do processo, sua morosidade e o acesso restrito ao judiciário. Estabelece que o processo deve ser estudado levando-se em conta os seus resultados práticos, a população destinatária do serviço público, que é a atividade jurisdicional. No curso desta fase ainda em andamento, notam-se três ondas renovatórias: 1. Melhoria da assistência judiciária aos necessitados; 2. Proteção dos interesses supra-individuais (notadamente, direito do consumidor e direito ambiental); São os denominados interesses difusos e coletivos; 3. Estudo do modo de ser do processo, incentivando a conciliação, simplificação do processo e acesso da justiça a todos. 5. Explique as características da Teoria Unitária do Ordenamento Jurídico e da Teoria Dualista do Ordenamento Jurídico. R: Teoria Unitária do Ordenamento Jurídico; A distinção entre direito material e direito processual não é nítida, pois o direito processual cria normas quando a legislação é omissa, completando desta forma, o ordenamento jurídico, para que este não contenha lacunas. Teoria Dualista do Ordenamento jurídico; O ordenamento jurídico divide-se em direito material e direito processual. O Direito Material dita as regras abstratas e estas se concretizam no momento que o fato ocorre. O processo objetiva apenas a realização prática da norma, não cria normas concretas. Semana 2: eficácia da lei processual. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Quanto a eficácia da lei processual no tempo, explique o sistema do isolamento dos atos processuais. R: Sistema do Isolamento dos Atos Processuais: o processo apresenta uma série de atos processuais, onde cada um pode ser regulado por uma lei diversa; Utilizamos este sistema para explicar a eficácia da lei processual na sucessão de leis no tempo no direito brasileiro, assim, a lei processual nova não atinge os atos processuais já praticados e seus efeitos, mas atinge os atos processuais que serão praticados. Este sistema é o utilizado para as normas processuais brasileiras, conforme artigo 2˚ do CPP, que contém um Princípio Geral de Direito Processual Intertemporal, aplicável, também, ao processo civil (artigo 1.211 do CPC). 2. O que são as fontes abstratas e as fontes concretas da norma processual? R: As fontes abstratas são os meios de expressão e produção da norma jurídica: a lei, os usos e costumes, o negócio jurídico e para alguns a jurisprudência. Como fonte abstrata da norma processual a lei abrange a Constituição Federal, constituições estaduais, lei complementar, lei ordinária, lei delegada, convenções e tratados internacionais e regimentos internos. As fontes concretas são normas processuais que hoje encontramos no ordenamento jurídico. Dizem respeito à atuação das fontes abstratas na estrutura nacional brasileira. 3. Explique o método de interpretação da lei processual denominado comparativo. R: Método comparativo: entende-se que os ordenamentos jurídicos se avizinham e se entrelaçam, enfrentando problemas jurídicos similares ou idênticos. 4. Explique o método de interpretação da lei processual denominado lógico-sistemático. R: Método lógico-sistemático: é preciso estudar a norma observando as demais que compõem o ordenamento jurídico, pois não pode ser interpretada de forma isolada, mas em consonância com as demais que estruturam o sistema; 5. O que é interpretação ab-rogante? R: Interpretação “ab-rogante”: existe uma incompatibilidade real e absoluta entre dois preceitos legais ou entre um preceito legal e um princípio geral de direito, de modo que a conclusão vem a ser a inaplicabilidade da lei interpretada. Semana 3: princípios relacionados ao processo. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Explique o princípio da imparcialidade. É necessário que o juiz seja imparcial para que a relação processual seja válida. O juiz deve se colocar entre as partes e acima delas, para que assim seja considerado subjetivamente capaz. Este é um princípio constitucional (CF, art. 95). 2. Explique o princípio da igualdade. As partes e seus procuradores merecem tratamento igualitário, devendo ter as mesmas oportunidades para fazer valer em juízo as suas razões, caso contrário, não haverá equilíbrio da relação processual. A igualdade absoluta acaba trazendo uma desigualdade, por isso devemos suprir as diferenças, alcançado uma igualdade real e proporcional, qual seja, tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida da desigualdade (CPC, art. 125, I). 3. Explique o princípio da ação. O interessado deve provocar a atividade jurisdicional, visando a satisfação de uma pretensão, de modo que o judiciário é inerte, só agindo quando provocado e na medida dessa provocação. O judiciário não pode julgar “citra petita” (menos que o pedido), “extra petita” (fora do pedido) e “ultra petita” (mais do que foi pedido). 4. Explique o princípio da disponibilidade e indisponibilidade. A base para esses dois princípios é o poder dispositivo, segundo o qual cada indivíduo tem liberdade para exercer ou deixar de exercer seus direitos. No processo civil essa liberdade é quase absoluta, pois trata de direito disponíveis, porém existem exceções, onde o interesse público prevalece sobre o privado. No processo penal a regra é o princípio da indisponibilidade, pois o crime é uma lesão irreparável ao poder coletivo, portanto a pena deve ser reclamada pelo Estado, embora comporte raras exceções Exemplo: Crimes contra a honra. 5. Explique o princípio do impulso oficial. O Estado tem interesse na rápida solução dos conflitos, isso significa que cabe ao Estado impulsionar a prática dos atos processuais. A parte não precisa impulsionar o processo de fase em fase para que este caminhe. Semana 4: princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Explique princípio da persuasão racional do juiz. Veda-se a formação de um convencimento arbitrário do juiz. Apesar do juiz ter liberdade para tomar sua convicção ele deve respeitar os fatos contidos nos autos, as provas, as regras legais, como a utilização das máximas de experiência. Ojuiz deve também fundamentar a sua decisão, para que ela não seja nula (CPC, art. 131). 2. Explique o princípio da motivação das decisões judiciais. O magistrado tem a obrigação de fundamentar suas decisões, sendo esta uma garantia para as partes (pensamento tradicional), dando a elas a possibilidade de recurso. Atualmente observamos outra função para esse princípio, é a função política, onde pode ser verificado se ao fundamentar a sua decisão o juiz agiu com imparcialidade, legalidade e houve justiça nas decisões; Dessa forma, a população passa a controlar a atividade jurisdicional. 3. Explique o princípio da publicidade. Os atos processuais devem ser públicos para que assim haja uma garantia para o indivíduo, viabilizando a fiscalização popular do magistrado, do representante do Ministério Público, dos auxiliares da justiça e dos advogados. Temos exceção a isso na legislação que é a publicidade restrita, onde os atos serão públicos apenas para às partes, ao magistrado, ao representante do Ministério Público, auxiliares da justiça e outros que demonstrando interesse possam conhecer os autos. Pela CF a publicidade restrita ocorre nos casos em que deve haver proteção ao interesse público, ao interesse social e decoro. 4. Explique o princípio da lealdade processual. odos os que participam da relação processual tem o dever de lealdade, ou seja, não podem utilizar artifícios fraudulentos. O desrespeito a este princípio gera a litigância de má-fé, ao qual correspondem sanções penais que condenam em relação à prática de atos abusivos que não correspondam à verdade. 5. Explique o princípio da economia processual. Preconiza o máximo de resultado com o mínimo de emprego possível de atos processuais, para que haja uma maior rapidez, gerando o princípio da celeridade processual. Semana5: Funções do Estado, Jurisdição e seu conceito e seus princípios informativos. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Explique as funções do Estado. O Estado possui basicamente três funções: administrativa, legislativa e jurisdicional. Função administrativa: O Poder Executivo tem esta função, porém eventualmente pode exercer função legislativa, função esta atípica, mas que pode ocorrer, como, por exemplo, quando edita medida provisória. Ou seja, é o Poder Executivo legislando. Função legislativa: O Poder Legislativo tem esta função típica que é a elaboração das normas, ou seja, da legislação, porém tem também a função atípica de administrar quando, por exemplo, realiza eleições para Presidente do Senado ou Câmara. Também pode exercer função jurisdicional, embora raro, mas temos como exemplo o impeachment do Collor onde o Senado exerceu esta função. Função jurisdicional: O Poder Judiciário exerce esta função, mas também tem função atípica administrativa quando, por exemplo, realiza concurso público, afasta servidor. Tem a função atípica de legislar, muito raramente, quando edita resoluções e portarias. 2. Conceitue jurisdição. O vocábulo Jurisdição vem do latim juris dicto que quer dizer “diz o direito”. É a função do Estado de resolver os conflitos de interesses. 3. A jurisdição pode ser conceituada sob 3 aspectos: função, atividade e poder. Explique. função a jurisdição é dever do Estado, dever este que consiste em resolver conflitos de interesses. Como atividade é um conjunto de atos processuais, especialmente de atos praticados pelo juiz. Esse conjunto de atos praticados pelo magistrado caracteriza a jurisdição como atividade. Citem-se, como exemplos, o ato do juiz ao ordenar a citação ou quando profere sentença. Como poder a jurisdição é uma manifestação do poder estatal, daí porque jurisdição é imposta. O Estado não pergunta se alguém aceita ou não. É imposto, devido ao poder. Ninguém pode evitar a jurisdição imposta pelo Estado. 4. Discorra sobre o princípio da indelegibilidade. R: é vedado a quaisquer dos poderes delegarem suas atribuições, bem como aos juízes. Significa dizer que a jurisdição não pode ser delegada, transferida a ninguém. Não pode o juiz delegar suas funções típicas a outra pessoa ou a outro órgão. 5. Discorra sobre o princípio da inércia. R: o juiz deve agir somente quando provocado e na medida dessa provocação. A jurisdição não se movimenta sem a provocação do interessado. Significa dizer que só se inicia o processo se houver propositura da ação. A atividade jurisdicional não atua se não houver provocação inicial dos interessados e isto indica que o juiz deve aguardar a iniciativa da parte, ou seja, sem a provocação não atuará. Semana6: espécies de jurisdição, sua classificação, bem como a jurisdição voluntária e seus limites. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Qual a classificação da jurisdição, quanto ao seu objeto? Explique. R: Por esse critério a jurisdição pode ser dividida em civil ou penal. Toda ação tem uma pretensão, cuja natureza é diversa. Sempre que tivermos em um dos pólos a pretensão punitiva estatal, a jurisdição será penal. Desta forma a jurisdição civil é alcançada por exclusão, ou seja, em causas em que não haja a pretensão de punir, ou seja, causas e pretensões não penais. Nada impede que haja uma interação entre a jurisdição civil e penal, surgindo a necessidade de suspender o processo criminal a espera de uma solução no âmbito civil. 2. Qual a classificação da jurisdição, quanto aos organismos judiciários? R: Podemos ter a jurisdição comum e a jurisdição especial. São órgãos que exercem jurisdição comum: Justiça Federal (CF, art. 106 a 110) e a Justiça Estadual (CF, art. 125 e 126). São órgãos que exercem a jurisdição especial: Justiça Militar (art. 122 a 124), Justiça do Trabalho (CF, art. 111 a 116), Justiça Eleitoral (CF, art. 118 a 121), Justiça Militar Estadual (CF, art. 125, § 3°). 3. Explique o significado de “órgão monocrático” e “órgão colegiado”. R: são os formados por apenas um juiz. Os julgamentos são feitos por um juiz de primeiro grau. As decisões são chamadas de sentenças. 4. Diferencie jurisdição voluntária de jurisdição contenciosa. R: Jurisdição contenciosa é aquela em que existe uma lide a ser resolvida. Corresponde a maioria dos casos. Envolve o conflito de interesses. É uma atividade ligada ao Poder Judiciário onde o Juiz atua substituindo as partes, solucionando o conflito por meio da prolação da sentença. Jurisdição voluntária ou graciosa é aquela em que não existe lide, não existe conflito de interesses. Trata da administração pública dos interesses privados. Cite – se como exemplo a separação consensual. Na jurisdição voluntária o Estado participará desses atos como terceiro interessado, dando validade ao ato através de uma declaração de vontade. Portanto, a jurisdição voluntária trata-se da ordem pública dos interesses privados. Convém ressaltar que o procedimento de jurisdição voluntária pode vir a se tornar contencioso, assim como o contencioso pode vir a se tornar voluntário. O artigo 1° do Código de Processo Civil divide a jurisdição em contenciosa e voluntária. 5. Está correta a expressão “jurisdição voluntária”? Explique. R: Parte da doutrina critica a denominação jurisdição voluntária, uma vez que ela exerce uma atividade tipicamente administrativa e não uma jurisdicional, pois não se pretende a aplicação da norma abstrata ao caso concreto, mas temos a criação de uma situação jurídica nova. Também neste caso o juiz não substitui as partes para alcançar uma decisão, mas age como terceiro necessário. Por fim, o objeto da jurisdição é a lide, mas na jurisdição voluntária o objeto é um negócio jurídico.Entendem que a jurisdição voluntária não é atividade jurisdicional e sim função administrativa do juiz porque nestes casos não existem partes, somente interessados. Acrescente-se, ainda, que se jurisdição é resolução de conflitos de interesses e se não há conflito na jurisdição voluntário, então, não se trata de jurisdição, mas sim de função administrativa. Também a denominação voluntária é inadequada, pois o Estado só age quando provocado e na medida dessa provocação, portanto é inerte, não age voluntariamente. Semana7: o conceito de ação, sua natureza jurídica, as condições da ação e seus elementos. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Conceitue ação. R: ção é o direito de pedir a prestação jurisdicional do Estado em um caso concreto. Exercendo o direito de ação provoca-se atividade jurisdicional que se desenvolve por meio do processo, onde o réu irá completar a relação jurídica e teremos a prática de atos procedimentais, que resultarão na sentença. 2. Cite as teorias sobre a natureza jurídica da ação e explique a teoria mista. R: Teoria clássica ou civilista ou imanentista, Teoria da ação como direito concreto (teoria concretista), Teoria da ação com direito abstrato (teoria abstratista) e Teoria eclética ou mista:Os adeptos desta teoria admitem o conceito de ação formulado pela teoria do direito abstrato, mas condicionam a existência da ação à presença de alguns requisitos denominados condições da ação, ou seja, aceita a definição de ação como direito público, subjetivo, autônomo e abstrato, mas com condições. É a teoria adotada no Brasil. Seguida pelo CPC. 3. Quais são as condições da ação? Explique-as. R Possibilidade Jurídica do Pedido: significa que o pedido deve ser juridicamente possível, ou seja, a pretensão do autor deve ser amparada pela legislação para ser reconhecida em juízo. Desta forma, o pedido não pode contrariar a pretensão estatal. Esta possibilidade jurídica significa a ausência de proibição legal expressa ou implícita quanto ao pedido formulado pelo autor. O pedido deve estar embasado em nosso ordenamento jurídico, ou seja, pode ser apreciado pelo Judiciário porque não é proibido em nosso ordenamento jurídico. Cite-se como exemplo o pedido de usucapião de bem público é juridicamente impossível, pois é proibido pelo CF e pelo CC e com isto o processo será extinto sem julgamento do mérito. Interesse de Agir: ao ajuizar a ação, deve-se preencher dois interesses segundo a doutrina, o interesse primário, que é o interesse no direito material, e o interesse secundário, que é o interesse de agir, ou seja, a participação do Estado para alcançar esta pretensão baseada na lei. O interesse de agir consiste na utilidade da jurisdição, vale dizer, a jurisdição deve ser apta a produzir alguma vantagem jurídica. Legitimidade: a regra é a legitimidade ordinária, onde em nome próprio defende-se interesse próprio, dividindo-se em legitimidade ativa (autor) e legitimidade passiva (réu). Excepcionalmente, o legislador permite a legitimidade extraordinária, que é aquela em que em nome próprio se defende interesse alheio. Cite-se como exemplo, no Código de Defesa do Consumidor em que o Ministério Público tem legitimidade conferida por lei para defesa dos consumidores. MP não é o titular porque o titular é o consumidor, mas o MP tem legitimidade extraordinária. A diferença entre legitimidade extraordinária e representação legal é que o representante legal não é parte, apenas atua para completar a capacidade da parte; já na legitimidade extraordinária, aquele que em nome próprio defende interesse alheio é o substituto legal ou substituto processual. Deve-se ainda estabelecer a diferença entre capacidade e legitimidade. A capacidade é uma aptidão genérica para agir em juízo por si só. Todos aqueles que não forem absolutamente ou relativamente incapazes tem a capacidade processual. Se absolutamente ou relativamente incapaz precisa ser assistido ou representado, ou seja, não tem capacidade. Já legitimidade indica que cada ação deve ser integrada por partes legítimas, por pessoas que estejam no pólo da relação jurídica. É uma aptidão específica para agir em juízo diante de determinado caso concreto. As partes legítimas são os titulares da relação jurídica, do direito material hipotético (afirmado em juízo pelo autor). Os titulares da relação jurídica ainda que hipoteticamente são partes legítimas. Saber se o direto existiu é o mérito que ao final poderá tornar o pedido improcedente. 4. Explique o fenômeno processual denominado “carência da ação”. R: falta de uma das condições da ação leva o processo à extinção sem resolução de mérito, pois para que o juiz analise o pedido do autor (o mérito) todas as condições devem estar presentes. Caso não haja essas condições o autor é chamado carecedor do direito de ação, sendo este fenômeno chamado de carência da ação. 5. Diferencie legitimidade ordinária da legitimidade extraordinária. R: A diferença da legitimidade ordinária para a extraordinária é que na primeira o legitimado a ação ajuíza a mesma em seu próprio nome enquanto na extraordinária um terceiro ajuíza ação em nome próprio autorizado por lei. Exemplo o MP no código de defesa do consumidor. Semana 8: os elementos da ação. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Quais os elementos da ação? Explique-os. R: Partes: são os sujeitos que ocupam o pólo ativo e o pólo passivo da relação jurídica. Existe a dualidade das partes (autor e réu). As partes devem ser qualificadas para que se possa individualizar e identificar aquele que está sujeito a sentença. Serão qualificados com nomes, prenomes, estado civil, domicílio e residência, conforme estabelecido no artigo 282, II do CPC. Causa de pedir: é o que se pede, é o motivo, a razão, o fundamento do pedido. Não basta dizer o que se quer, tem que expor os motivos, a razão. A causa de pedir é formada pela fundamentação de fato e de direito. Não integram a causa de pedir a mera fundamentação legal e a qualificação dada ao fato pelo autor. Na causa de pedir devem ser demonstrados os fatos e os fundamentos para o ajuizamento da ação, que se divide em causa remota, que é o fato gerador de direitos, e causa próxima, que são os fundamentos jurídicos do pedido. Isso significa que o ordenamento jurídico brasileiro, quanto a causa de pedir, adota a Teoria da Substanciação, onde não basta expor apenas a causa próxima, é necessário expor, também, a causa remota. Pedido: é a pretensão da ação, aquilo que se quer como resultado da pretensão. 2. O que é fundamentação de fato? R: é composta pelo fato constitutivo do direito do autor e pelo fato violador do direito do autor. 3. O que é fundamentação de direito? R: é a demonstração de que os fatos narrados produzem conseqüências jurídicas. Os fatos têm repercussão jurídica. Tem que dizer que fatos são estes e que geram determinado direito ou é a repercussão jurídica do fato narrado. 4. O que é mera fundamentação legal? R: é citar a lei, jurisprudência, doutrina e não é obrigatório e nem requisito porque o juiz é obrigado a conhecer a lei e, portanto, a fundamentação legal não é obrigatória. Pode citar a lei, mas não é obrigatório fazer isto na causa de pedir. 5. Quando é possível a cumulação de pedidos? R: O pedido pode ser alternativo (art. 288 do CPC) ou sucessivo (art. 289 do CPC) e ainda é possível que haja cumulação de pedidos (art. 292, CPC), que ocorre quando o autor formula mais de um pedido em um único processo, ainda que não haja conexão, mas essas cumulações contêm requisitos quaissejam: a compatibilidade entre os pedidos, mesmo juízo competente para conhecer dos pedidos e que cada pedido tenha mesmo procedimento. No entanto, se cada pedido tiver procedimento diverso o autor somente poderá cumular tais pedidos se optar pelo procedimento ordinário. Semana 9: classificação das ações. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Como são classificadas as ações de conhecimento. Explique duas delas. R: Ação Meramente Declaratória, Ação Condenatória, Ação mandamental: tem por objetivo a expedição de uma ordem para que alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa. Está prevista no art. 461 CPC e basicamente diz que se o réu não cumprir a ação mandamental, o Estado pode usar medidas coercitivas para tal. O descumprimento de uma decisão mandamental caracteriza o crime de desobediência. Ação executiva lato senso: é uma ação condenatória auto executável. Quando promovemos ação condenatória, tem-se uma sentença condenatória, que é um título executivo e com isto executa-se. Neste caso, ou seja, na executiva lato senso, o conhecimento e a execução se darão no mesmo processo. O juiz vai condenar e executar dentro do mesmo processo, pois a demanda já nasceu com tal finalidade. Não será necessário promover ação de execução. 2. Qual o objetivo da ação de execução? R: A ação de execução é ação satisfativa do direito do credor e sempre que o credor estiver munido com o título executivo poderá fazer uso desta ação. 3. Quais os requisitos (condições específicas) das ações cautelares. Explique-os. R: Fumus bonis iuris: esta expressão significa a fumaça do bom direito. Deve- se mostrar ao juiz uma aparência de direito. Deve-se deixar claro que aparentemente aquele que pleiteia a tutela jurisdicional tem o direito. Periculum in mora: esta expressão quer dizer o perigo da demora. Deve-se deixar claro, na petição inicial, a possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação em se aguardar a providência principal sem o deferimento da medida acautelatória. 4. Como é chamada a ação cautelar ajuizada antes da propositura da ação principal? R: ação cautelar preparatória, onde se deve indicar qual ação principal será ajuizada futuramente. 5. Como é chamada a ação cautelar ajuizada após a propositura da ação principal? R: Ação cautelar incidental, devendo ser proposta no mesmo juízo que está apreciando a ação principal. Semana 10: processo: seu conceito e as formas procedimentais. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. O que é processo? R: Hoje se entende o processo como relação jurídica processual existente entre autor, réu e juiz. É uma relação triangular. 2. Conceitue lide. R: é o conflito de interesses, caracterizado pela pretensão do autor e pela resistência do réu. 3. O que é procedimento? R: meio pelo qual o processo é instaurado. 4. Quais são as formas procedimentais existentes? Explique duas delas. R: PROCEDIMENTO COMUM É o que se aplica às causas em que a lei não especificou outra forma. Subdivide-se em ordinário e sumário. Procedimento Comum Sumário Destina-se às causas previstas no artigo 275 do CPC que utiliza critério em razão do valor ou da matéria e em leis especiais. Conforme art. 275, CPC, observar-se-á o procedimento sumário: I - Nas causas cujo valor não exceder 60 vezes o valor do salário mínimo; II - Nas causas, qualquer que seja o valor: a) De arrendamento rural e de parceria agrícola; b) De cobrança do condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; c) De ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; d) De ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; e) De cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo ressalvados os casos de processo de execução; f) De cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; g) Que versem sobre revogação de doação; e, h) Nos demais casos previstos em lei. Procedimento Comum Ordinário Procedimento Sumaríssimo 5. Quais os sujeitos da relação processual? R: Autor, réu e juiz são os sujeitos principais do processo. o escrivão, oficial de justiça, perito, depositário, administrador e o intérprete, advogado, Mp, terceiros. Semana11: os pressupostos processuais. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. O que são pressupostos processuais? R: São requisitos para a existência e a validade da relação jurídica processual, vale dizer, do processo. 2. Explique os pressupostos processuais de existência e de validade. R: Pressupostos processuais de existência Determinam a existência da relação processual e exigem requisitos para existir que são: petição inicial, jurisdição, citação e capacidade postulatória que é a representação do autor. São intrínsecos, ou seja, presente no interior do processo. Pressupostos processuais de validade São requisitos que servem para proporcionar o desenvolvimento válido do processo e regular a relação processual, sem os quais a relação jurídica existe, mas não será válida, ou seja, não surtirá efeito. São eles: petição inicial apta, citação válida, competência do juízo e imparcialidade do juiz, capacidade processual, capacidade postulatória e legitimação processual e inexistência de óbice processual como perempção, litispendência ou coisa julgada (que são os pressupostos negativos). Capacidade processual é uma aptidão genérica para agir em juízo por si só. Todos os indivíduos têm; exceção feita aos absolutamente e relativamente incapazes, que deverão ser representados e assistidos. Capacidade postulatória é a capacidade da parte que é representada em juízo pelo advogado. Quando a parte está representada pelo advogado em juízo tem esta capacidade postulatória. Vale lembrar que em alguns casos a lei dispensa o advogado, como por exemplo, nas causas até 20 salários mínimos que seguem procedimento sumaríssimo. 3. Cite quais são os pressupostos processuais negativos. R: Litispendência, Coisa Julgada, Perempção, Convenção de arbitragem 4. Diferencie coisa julgada de litispendência. R: Coisa julgada se da quando ação já teve sentença de mérito, litispendência é quando existe mesma ação com partes e causa de pedir iguais. 5. Explique o fenômeno processual denominado perempção. R: É a perda do direito de ação por abandono da causa por 3 vezes, sabendo que o abandono é quando a parte deixa de dar prosseguimento ao processo por 30 dias. Semana 12: carreiras jurídicas QUESTÕES DE FIXAÇÃO 1. Quais os órgãos que integram o Poder Judiciário? R: O Supremo Tribunal Federal (STF); O Conselho Nacional de Justiça (CNJ); O Superior Tribunal de Justiça (STJ); Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Os Tribunais e Juízes do Trabalho; Os Tribunais e Juízes Eleitorais; e, Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 2. Quais as garantias constitucionais dos juízes e promotores de justiça? R: Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade de subsídios. 3. Qual a função da Defensoria Pública? R: ssistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 4. Discorra sobre o “quinto constitucional”. R: O artigo 94 da Constituição Federal estabelece que um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios será composto por membros do Ministério Público e de advogados, com mais de dez anos de atividade profissional, indicados em lista sêxtupla elaborada pelos órgãos que representam cada classe respectivamente. Ao ser recebido a lista comas seis indicações de cada órgão o Tribunal elabora a lista tríplice, lista essa que é enviada ao Poder executivo, que por sua vez, nomeará um integrante para compor o respectivo Tribunal. Desta forma pode-se dizer que o ingresso à Magistratura também se dá por nomeação conhecida por quinto constitucional, mediante a nomeação dos advogados e membros do Ministério Público que após escolha pelo Poder Executivo de algum integrante da lista tríplice elaborada pelo Tribunal, ocupará o cargo de Desembargador, dispondo das mesmas garantias e vedações previstas no artigo 95 da Constituiçao Federal. 5. Cite as atribuições do Delegado de Polícia. R: A carreira de Delegado de Polícia não está vinculada ao Poder Judiciário e sim ao Poder Executivo. O Delegado de Polícia é o profissional responsável por investigar crimes com o intuito de conhecer o autor do fato, além de ter a função de reprimir crimes. São policiais civis que se responsabilizam por delegacias e pelas ocorrências registradas. Há Delegado da Polícia Civil que se ocupa das questões no âmbito estadual e Delegado de Polícia Federal que cuida de crimes cometidos contra a União. É o profissional que preside o inquérito policial, toma depoimentos, cumpre ordens judiciais, lavra boletins de ocorrência e termos circunstanciados, além de exercer funções administrativas. Para exercer tal função é necessário ser bacharel em Direito. O ingresso na carreira se dá por concursos de provas e títulos
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