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linfadenopatia

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2
 Dra. Cecília V. Krebs
OBJETIVOS1. Saber	
  abordar	
  um	
  paciente	
  com	
  linfadenopatia2. Reconhecer	
  localização	
  cadeias	
  linfonodais	
  3. Reconhecer	
  características	
  do	
  linfonodo	
  patológico	
  e	
  do	
  linfonodo	
  reacional4. Saber	
  investigar	
  linfadenopatia
CENÁRIO	
  CLÍNICOC.T.W;	
  17	
  anos,	
  sexo	
  feminino	
  vem	
  à	
  consulta	
  devido	
  a	
  aparecimento	
  de	
  “caroços	
  não	
  dolorosos	
  do	
  lado	
  esquerdo	
  do	
  pescoço	
  há	
  3	
  semanas”.	
  Não	
  possui	
  queixas	
  associadas	
  ao	
  quadro.	
  Nega	
  uso	
  de	
  medicamento	
  e	
  já	
  teve	
  mononucleose	
  infecciosa	
  há	
  2	
  anos.	
  Nega	
  história	
  familiar	
  de	
  tumores,	
  nega	
  também	
  contato	
  com	
  pessoa	
  com	
  doença	
  infecto-­‐contagiosa.	
  Não	
  apresenta	
  fraqueza,	
  anorexia,	
  perda	
  de	
  peso,	
  febre	
  ou	
  sudorese	
  noturna,	
  nem	
  anemia,	
  equimoses	
  ou	
  petéquias	
  e	
  nunca	
  teve	
  artrite.Ao	
  exame	
  apresenta	
  nódulos	
  [irmes	
  à	
  palpação,	
  indolores,	
  mas	
  móveis	
  em	
  região	
  cervical	
  anterior	
  esquerda	
  (3x3	
  cm),	
  em	
  região	
  supra	
  clavicular	
  esquerda	
  pequenos	
  e	
  na	
  axila	
  esquerda	
  (2x2cm).O	
  baço	
  é	
  palpado	
  a	
  2	
  cm	
  da	
  reborda	
  costal	
  esquerda	
  à	
  inspiração	
  profunda.	
  O	
  [ígado	
  apresenta	
  diâmetro	
  vertical	
  de	
  10	
  cm	
  pela	
  percussão	
  (linha	
  HCD).	
  Não	
  são	
  palpados	
  linfonodos	
  em	
  outras	
  localizações	
  e	
  não	
  possui	
  anormalidades	
  emregião	
  de	
  tórax	
  e	
  mamas.
O QUE É ADENOPATIA?
O termo adenopatia refere-se ao alargamento 
dos nódulos linfáticos também chamados de 
linfonodos. Aqui também é valido introduzir 2 
outros termos: linfadenite (linfonodo infectado 
geralmente com a pele sobrejacente vermelha 
e inflamada) e linfangite (quando os vasos 
linfáticos superficiais que levam a um grupo de 
linfonodos estão inflamados)
COMO SÃO OS LINFONODOS NA SUA 
NORMALIDADE?
Os linfonodos são estruturas ovóides, 
discretos, macios, e podem variar de poucos 
milímetros a 2 cm de extensão. 
QUAL A SUA ESTRUTURA INTERNA?
Sua estrutura interna é complexa, mas 
altamente organizada com agregados de tecido 
linfóide contendo regiões específicas para 
células B, células T, plasmócitos. Estas 
estruturas nunca são estáticas; seu tamanho e 
morfologia são modificados pelo estresse, 
função tireoidiana e da adrenal, além de 
respostas imunes. 
TODO LINFONODO PALPÁVEL É 
PATOLÓGICO?
Linfonodos palpáveis não são sempre 
patológicos: em crianças e adultos jovens eles 
comumente podem ser pequenos, menores que 
1cm, na cadeia submandibular; linfonodos 
inguinais palpáveis acima que 2cm em 
diâmetro são freqüentemente encontrados em 
adultos.
VOCÊ SE LEMBRA DA LOCALIZAÇÃO 
DOS LINFONODOS?
Para poder examinar o paciente precisamos 
saber onde encontrá-los. Ver figura ao lado e 
recorde a cedeia ganglionar cervical, depois 
veja a próxima figura e recorde as outras 
cadeias.
Roteiro de Estudo Semiologia - GESEP
LINFADENOPATIAS
QUAL É O MÉTODO DO EXAME FÍSICO 
QUE MELHOR AVALIA A DETECÇÃO 
DE LINFADENOPATIA?
Paciente em posição de relaxamento (no 
exame da axila o braço poderia ficar flácido e 
para o lado; no exame cervical a cabeça 
poderia estar fletida para frente). Use a polpa 
digital dos 2º e 3º quirodáctilos de forma a 
mover a pele sobre os tecidos subjacentes. O 
seu toque deve ser capaz de deslizar o 
linfonodo em duas direções, de uma lado para 
outro e de cima para baixo. Lembre-se que 
m ú s c u l o s e a r t é r i a s n ã o p o d e m s e r 
manipulados de forma similar. Linfonodos 
facilmente encontrados em pessoas normais 
são pequenos, móveis e indolores. Linfonodos 
aumentados ou dolorosos requerem avaliação 
cuidadosa das regiões pelas quais eles são 
responsáveis pela drenagem, além de avaliação 
completa do paciente para distinguirmos se é 
apenas linfonodomegalia regional/localizada 
ou linfonodomegalia generalizada.
Q U A L É O D I A G N Ó S T I C O 
DIFERENCIAL DE EDEMA CERVICAL?
Nem todas protuberâncias cervicais são 
linfadenopatias. Abscessos (especialmente 
periodontal), infecções na glândula salivar, 
cistos tiroidianos, cisto no ducto do tireoglosso 
podem se apresentar como massas cervicais. 
Muitas destas patologias estão na linha média, 
ao contrário dos linfonodos que geralmente 
são laterais ou podem se deslocar juntamente 
com o tecido conjuntivo na presença de 
patologia que promova este deslocamento.
QUANDO UM LINFONODO CERVICAL 
ME PREOCUPARIA?
Um paciente com linfadenopatia cervical 
localizada freqüentemente apresenta infecção 
como etiologia. As causas mais comuns de 
infecção são virais (rubéola, mononucleose 
infecciosa, citomegalovirose), ou bacterianas e 
e n v o l v e m a f a c e o u a o r o f a r i n g e . 
Mononucleose infecciosa é uma infecção viral 
causada pelo vírus Epstein–Barr que pode se 
apresentar como adenopatia cervical posterior. 
Também podemos encontrar esplenomegalia, 
outras adenopatias, artralgias e febre. Com o 
advento das infecções por micobactérias – pela 
presença do HIV, pode-se ter também 
adenopatia cervical localizada por Tuberculose 
Ganglionar. Outras infecções menos comuns 
são: Febre da arranhadura do gato , 
histoplasmose. Linfomas de Hodgkin e outros 
linfomas também podem se apresentar como 
adenopatia cervical localizada. Outras causas 
comuns e relacionadas com as regiões de 
drenagem ganglionar são: lesões no escalpe, de 
qualquer tipo, incluindo escabiose.
Q U A I S E N T I D A D E S C A U S A M 
AUMENTO DA REGIÃO INGUINAL?
Linfonodos aumentados na região inguinal são 
comuns, freqüentemente resultado de 
pequenas infecções nos MMII. Adenopatias 
bilaterais dolorosas podem ser um sinal de 
doença venérea. Herpes usualmente causa 
edema unilateral. Hérnias inguinais e 
aneurismas vasculares ocasionalmente podem 
ser confundidos com adenopatia.
Q U A L É O S I G N I F I C A D O D E 
ADENOPATIA EPITROCLEAR?
Nódulos epitrocleares palpáveis são sempre 
patológicos. Podem ser causados por infecções 
no antebraço, linfoma, sarcoidose, Artrite 
Reumatóide (AR) e sífilis secundária.
S I G A A T A B E L A A B A I X O N A 
R E F E R Ê N C I A D A C A D E I A 
G A N G L I O N A R E S U A Á R E A D E 
DRENAGEM:
Tabela 1: Linfonodos: Localização, Drenagem 
Linfática e Diagnóstico diferencial
Tabela 1: Linfonodos: Localização, Drenagem 
Linfática e Diagnóstico diferencial
Tabela 1: Linfonodos: Localização, Drenagem 
Linfática e Diagnóstico diferencial
Localização Drenagem	
  
Linfática
CausasSubmandibular Língua,	
  Glândula	
  submaxilar,	
  lábio	
  e	
  boca,	
  conjuntiva
Infecções:	
  face,	
  pescoço,	
  seios,	
  ouvidos,	
  olhos,	
  escalpe,	
  faringe
Roteiro de Estudo Semiologia - GESEP
Submental Lábio	
  inferior,	
  assoalho	
  da	
  boca,	
  mento Sd.	
  Mono-­‐Likes,	
  Mononucleose	
  Infecciosa	
  Citomegalovírus,	
  ToxoplasmoseJugular Língua,	
  parótida,	
  amígdalas,	
  úvula
Faringites,	
  rubéola
Cervical	
  Posterior Escalpe	
  e	
  pescoço,	
  pele	
  dos	
  braços	
  e	
  peitorais,	
  tórax,	
  cervical	
  e	
  nódulos	
  axilares
Tuberculose,	
  Linfoma,	
  Câncer	
  de	
  Cabeça	
  e	
  Pescoço
Suboccipital Escalpe	
  e	
  face Infecção	
  LocalPré-­‐auricular Pálpebras	
  e	
  conjuntivas,	
  região	
  temporal	
  e	
  úvula
InfecçãoLocal
Pós-­‐auricular Meato	
  Auditivo	
  Externo,	
  úvula	
  ,	
  escalpe
Canal	
  Auditivo	
  Externo	
  
Supraclavicular	
  Direito Mediastino,	
  pulmões,	
  esôfago Pulmões,	
  Câncer	
  Retroperitoneal	
  ou	
  GastrintestinalSupraclavicular	
  EsquerdoTórax	
  e	
  Abdome	
  via	
  ducto	
  torácico Linfoma,	
  Câncer	
  Torácico,	
  Retroperitoneal	
  ou	
  Gastrintestinal,	
  Infecção	
  Bacteriana	
  ou	
  FúngicaAxilar	
   Braços,	
  parede	
  torácica,	
  mama Infecções,	
  linfoma,	
  doneça	
  da	
  arranhadura	
  do	
  gato,	
  câncer	
  mama,	
  implentes	
  silicone,	
  brucelose,	
  melanomaEpitroclear Antebraços	
  e	
  mãos Infecção,	
  linfoma,	
  sarcoidose,	
  tularemia,	
  sí[ilis	
  secundáriaInguinal Pênis,	
  escroto,	
  vulva,	
  vagina,	
  períneo,	
  glúteos,	
  parede	
  abdominal	
  inferior,	
  canal	
  anal	
  inferior
Infecções	
  MMII*,	
  DST**	
  (herpes	
  vírus,	
  gonocóccica,	
  sí[ilis,	
  cancróide,	
  linfogranuloma	
  venéreo),	
  linfoma,	
  Câncer	
  pélvico
*MMII: Membros Inferiores; **DST: Doença 
Sexualmente Transmissível
D R O G A S P O D E M C A U S A R 
ADENOPATIA?
A fenitoína é associada com uma reação de 
hipersensibilidade que leva a uma quadro de 
pseudolinfoma. Agentes antitireoidianos, 
indometacina, alopurinol, hidralazina e 
isoniazida também foram associados com 
adenopatia ocasional.
Tabela	
  2:	
  Drogas	
  e	
  linfadenopatiasTabela	
  2:	
  Drogas	
  e	
  linfadenopatiasTabela	
  2:	
  Drogas	
  e	
  linfadenopatias
Alopurinol Hidralazina Pirimetamina
Atenolol Indometacina Ouro
Captopril Penicilina Quinidina
Carbamazepina Fenitoína Sulfonamidas
Cefalosporina Primidina
QUAIS CONDIÇÕES BENIGNAS PODEM 
CAUSAR ADENOPATIA 
GENERALIZADA?
Adenopatia generalizada em geral tem caráter 
de doença sistêmica. Muitas são infecções: 
Mononucleose Infecciosa, Citomegalovirose, 
Infecção HIV, Tuberculose, Histoplasmose, 
Sífilis, Brucelose, Leptospirose. Doenças 
reumatológicas: Lúpus Eritematoso Sistêmico 
(LES). Doenças de pele difusas como eczemas, 
e r u p ç ã o p e l e p o r d r o g a s , p s o r í a s e . 
Ocasionalmente pacientes com tireotoxicose, 
silicose.
Q U A I S S Ã O A S C A U S A S D E 
LINFADENOPATIAS EM PACIENTES 
COM SIDA?
Estes pacientes geralmente apresentam 
a d e n o p a t i a g e n e r a l i z a d a d e c a u s a 
indeterminada. Na maior parte dos casos 
estão associadas à infecção – micobactérias 
(foto: tuberculose ganglionar). Outras causas 
importantes são: Linfoma não-Hodgkin e 
Sarcoma de Kaposi.
Roteiro de Estudo Semiologia - GESEP
QUAIS SÃO AS NEOPLASIAS QUE MAIS 
FREQÜENTEMENTE QUE CAUSAM 
LINFADENOPATIA?
Câncer nos linfonodos pode se apresentar 
localizado ou difuso, em único nódulo ou em 
múltiplos. Suas etiologias são: Doenças 
linfoproliferativas ou mieloproliferativas. 
Quando a neoplasia estiver localizada em um 
único grupo ou dois grupos de linfonodos 
devemos também considerar também linfomas 
de Hodgkin e Não-Hodgkin e os carcinomas 
metastáticos. Tumores primários de cabeça e 
pescoço freqüentemente apresentam-se com 
massa cervical. Mulher com câncer de mama 
pode apresentar massa na axila antes de ser 
diagnosticado o tumor primário. 
C O M O A I D A D E I N F L U Ê N C I A A 
PROBABILIDADE DE SE ENCONTRAR 
UM TUMOR EM UM LINFONODO 
AUMENTADO?
Em média paciente com idade < 25 anos tem 
chance de 20% de ter uma biópsia positiva 
para malignidade. Em indivíduos > 50 anos 
esta porcentagem sobe para 80%.
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DE 
U M L I N F O N O D O C O M A L T A 
P R O B A B I L I D A D E D E D O E N Ç A 
MALIGNA?
Em geral, quanto maior o linfonodo, maior a 
p r e o c u p a ç ã o . A l o c a l i z a ç ã o é m u i t o 
importante: Nódulos supra-claviculares quase 
sempre são malignos, enquanto linfonodos 
cervicais posteriores raramente os são. Quanto 
à c o n s i s t ê n c i a : l i n f o n o d o s p é t r e o s , 
endurecidos são altamente sugestivos de 
carcinoma metastático. Nódulos dolorosos tem 
menor chance de serem malignos. Nódulos 
fixados a estruturas adjacentes e com 
crescimento de semanas a meses sugerem 
c â n c e r . L e m b r e - s e : n e n h u m a d e s t a s 
características fecha o diagnóstico. Para isso é 
necessário biópsia do linfonodo. 
QUAIS EXAMES COMPLEMENTARES 
P O D E M N O S A U X I L I A R N O 
D I A G N Ó S T I C O D A 
LINFONODOMEGALIA ANTES DA 
BIÓPSIA?
Apesar de inespecífico o Hemograma em geral 
é anormal nos pacientes com infecção, 
malignidades, doenças reumatológicas com 
adenopatia. O VDRL (Venereal Disease 
Research Laboratory) pode auxiliar na 
avaliação de sífilis. A sorologia para HIV é 
essencial principalmente nos grupos de risco. 
A avaliação das transaminases é importante 
para elucidar Hepatite B, Hepatite C, 
Mononucleose Infecciosa, Citomegalovirose e 
também deve ser feita a pesquisa direta de 
cada um destes vírus. FAN (Fator Antinuclear) 
a u x i l i a n a i n v e s t i g a ç ã o d e d o e n ç a s 
reumatológicas e TSH (Thyroid-stimulating 
Hormone) no distúrbio tireoidiano. Raio X de 
Tórax identifica se há ou não adenopatia 
mediastinal em pacientes com sarcoidose ou 
linfoma.
CENÁRIO	
  CLÍNICOHemograma:	
  VG:	
  33!;	
  Hb:	
  11g/dl;	
  VCM:	
  73;	
  Leucócitos:	
  6.200;	
  Plaquetas:	
  186.000.	
  Reticulócitos:	
  2,2%.	
  TGP:	
  normal	
  Monoteste:	
  negativo	
  VHS:	
  50mmHg	
  na	
  1ª	
  hora	
  (normal:	
  20mm)	
  FAN:	
  negativo	
  Cálcio:	
  normal.Rx	
  tórax	
  =	
  espaço	
  retroesternal	
  ocupado.	
  Tendo	
  em	
  vista	
  este	
  achado,	
  foi	
  solicitado	
  uma	
  tomogra[ia	
  de	
  tórax:	
  TAC	
  de	
  tórax	
  =	
  adenopatia	
  de	
  mediastino	
  anterior.**Sorologias:	
  havia	
  se	
  pensado	
  em	
  pedir	
  algumas	
  sorologias,	
  mas	
  tendo	
  em	
  vista	
  do	
  resultado	
  do	
  raio	
  x	
  e	
  da	
  tomogra[ia,	
  não	
  se	
  foi	
  adiante	
  com	
  este	
  raciocínio.Biópsia	
  de	
  gânglio	
  linfático	
  supraclavicular	
  esquerdo	
  com	
  Imprint:	
  presença	
  de	
  células	
  de	
  Reed-­‐Sternberg	
  "célula	
  gigante,	
  multinucleada	
  com	
  nucléolos	
  eosino[ílicos.DIAGNÓSTICO:	
  Linfoma	
  de	
  Hodgkin
E N T Ã O , Q U A L A M E L H O R 
ABORDAGEM PARA UM PACIENTE 
COM LINFADENOPATIA?
Como vimos, nem todos os pacientes com 
linfonodomegalia necessitarão de biópsia do 
linfonodo. Muitas doenças serão melhor 
diagnosticadas pela história clínica, análises do 
sangue ou culturas. Se realizarmos a biópsia 
nestes pacientes ela será inespecífica e não 
ajudará em nada o médico. Quando a suspeita 
de infecção for alta, vale a pena observar por 2 
a 3 semanas após o tratamento específico e, 
após, reavaliar a linfonodomegalia. Caso este 
paciente não tenha a resposta esperada – que 
seria a regressão do linfonodo ou quando a 
suspeita de câncer for alta, devemos 
encaminhá-lo direto para biópsia. A melhor 
biópsia é a excisional, em que todo o linfonodo 
é retirado e encaminhado ao patologista para 
análise e cultura.
Roteiro de Estudo Semiologia - GESEP
QUANDO PODEREMOS UTILIZAR A PAAF 
(PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA 
FINA)?
Na PAAF, por ser menos invasiva, teremos um 
menor risco de sangramento, mas a PAAF tem 
menor especificidade que a biópsia.
EM UM PACIENTE COM MÚLTIPLAS 
L I N F O N O D O M E G A L I A S , Q U A L 
ESCOLHO PARA BIOPSIAR?
Em geral um único linfonodo fornece o 
diagnóstico. Biópsias de nódulos inguinais são 
evitados porque elespodem estar aumentados 
por outras causas e, assim, não fornecer um 
diagnóstico específico. Nódulos axilares que 
requerem dissecção mais delicada são evitados 
se houver outros nódulos cervicais de 
aparência patológica. Em resumo, se 
pudéssemos escolher qual nódulo biopsiar, 
este seria grande, superficial e de fácil acesso 
ao cirurgião.
Tabela	
  3:	
  Causas	
  de	
  Linfonodomegalia	
  LocalizadaTabela	
  3:	
  Causas	
  de	
  Linfonodomegalia	
  Localizada
Local Causas 
Auricular anterior ou 
suboccipital
Infecções de couro cabeludo, 
conjuntivite, infecções virais 
sistêmicas
Submandibular ou 
cervical
Infecções bucais e dentárias, 
faringite, tumores de nasofaringe, 
tumores de tiróide, doença de 
Graves, infecções virais sistêmicas, 
dengue, tuberculose, 
paracoccioidomicose e 
toxoplasmose
Supraclavicular 
esquerda ou direita
Altamente sugestivo de 
malignidade.Tumor gastrintestinal, 
pulmonar, mediastinal, 
retroperitoneal, linfoma, infecções 
bacterianas ou fúngicas de caixa 
torácica ou retroperitônio
Axilar Neoplasia ou infecção mamária, 
infecção do membro superior, 
doença da arranhadura do gato
Epitroclear Infecção da mão
Inguinal Infecção de membro inferior, 
micose interdigital, doenças 
sexualmente transmissíveis (sífilis 
primária, herpes
genital, linfogranuloma venéreo, 
cancro mole), metástase de 
neoplasia pélvica ou anal
Adenopatia hilar Sarcoidose, infecções fúngicas, 
linfoma, carcinoma broncogênico e 
tuberculose
Mediastinal Sarcoidose, infecções fúngicas, 
linfoma, carcinoma de pulmão e de 
mama, tumores de células 
germinativas e tuberculose
Abdominal e 
retroperitoneal
Tumores pélvicos e gastrintestinais, 
tuberculose, linfoma, tumores 
renais e infecções fúngicas
Qualquer região Linfoma, leucemia, câncer 
metastático, tuberculose, infecções 
fúngica, Doença da arranhadura do 
gato
Tabela	
  4:	
  Causas	
  de	
  Linfonodomegalia	
  GeneralizadaTabela	
  4:	
  Causas	
  de	
  Linfonodomegalia	
  Generalizada
Infecciosas virais Mononucleose, HIV, 
citomegalovírus, rubéola, sarampo, 
hepatites virais agudas
Infecciosas 
bacterianas
Infecções por 
micobactérias
Brucelose e febre tifóide
Tuberculose
Infecções por fungos Histoplasmose, coccioidomicose e 
paracoccioidomicose
Infecções por 
protozoários
Toxoplasmose
Infecções por 
espiroquetas
Sífilis secundária, leptospirose
Neoplasias Linfoma, leucemia, mieloma, 
metástases de tumores sólidos
Imunológicas e 
reumatológicas
Reação a agentes, LES*, AR*, Sd. 
de Sjöegren, doença de Still, 
Sarcoidose, Amiloidose, doença de 
Kawasaki
*LES: Lúpus Eritematoso Sistêmico; **AR: 
Artrite Reumatóide
PONTOS	
  CHAVE1. A	
  história	
  clínica	
  e	
  o	
  exame	
  [ísico	
  fornecem	
  informações	
  essenciais.2. Importante:	
  idade	
  do	
  paciente,	
  história,	
  associação	
  com	
  possíveis	
  doenças	
  infecciosas	
  e	
  malignas,	
  a	
  presença	
  de	
  dor	
  ou	
  sensibilidade	
  nos	
  linfonodos	
  e	
  o	
  fato	
  de	
  a	
  linfadenopatia	
  ser	
  localizada	
  ou	
  generalizada.3. No	
  caso	
  de	
  linfadenopatia	
  localizada	
  consideram-­‐se,	
  particularmente:	
  doenças	
  in[lamatórias	
  ou	
  malignas	
  na	
  região	
  correspondente	
  de	
  drenagem	
  linfática
Referências Bibliográficas
1. Urquhart AT, Klein CE. Evaluation of 
Adenopathy. In: Wood ME, Philips, GK. 
Hematology/Oncology Secrets 3rd Ed. 
Burlington, Vermont. Hanley & Belfus, 
editor. 2002. p. 27-29.
2. Vaughn DJ. Approach to the patient with 
lymphadenopathy. Kelleys textbook of 
Roteiro de Estudo Semiologia - GESEP
internal medicine. Lippincott Williams & 
Wilkins, 4.ed.: Capítulo 201: p.1522-30.
3. Hoffbrand, AV; Pettit, J E; Moss, PAH. 
Fundamentos em Hematologia. Capítulo 
10. Leucócitos e suas doenças benignas. 
D i a g n ó s t i c o D i f e r e n c i a l d a s 
linfonodopatias p 134-152.
Roteiro de Estudo Semiologia - GESEP
Leitura Complementar
LEITURA COMPLEMENTAR
TABELA 5: Dados de Anamnese e Exame Físico Relacionados à LinfonodomegaliaTABELA 5: Dados de Anamnese e Exame Físico Relacionados à Linfonodomegalia
Dado de anamnese e exame físico Doenças mais freqüentemente 
associadas
Linfonodomegalia generalizada, febre, rash cutâneo e artrite Doença de Still
Linfonodomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia, febre intermitente, 
artralgias e cefaléia associada a contato ou ingestão de carne contaminada e 
laticínios não-pasteurizados
Brucelose
Linfonodomegalia generalizada (pouco freqüente), dor abdominal, hepato- 
esplenomegalia, diarréia ou constipação, febre, rash, dissociação pulsotemperatura.
Viagens com ingestão de alimentos ou água contaminados
Febre tifóide
Linfonodomegalia generalizada (pouco freqüente) associada a febre e mialgia 
podendo haver acometimento renal, hepático ou pulmonar na forma ictérica
da doença. Contato com água de enchente, esgotos ou urina de rato.
Leptospirose
Linfonodomegalia regional, endurecida, aderida a planos profundos, febre, 
sudorese, emagrecimento
Linfoma de Hodgkin ou Não Hodgkin
Linfonodomegalia hilar, febre, artralgias Sarcoidose
Linfonodomegalia regional e emagrecimento Câncer, Tuberculose
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