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AFECÇÕES DO ABOMASO

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Rafaela Custodio
Afecções do Abomaso 
Abomaso 
Quarto compartimento dos estômagos 

Digestão do substrato degradado parcialmente 

Produz ácido clorídrico e pepsinogênio 

Altamente irrigado 

pH 3 

Hipomotilidade 

Anatomia – Lado esquerdo 

Anatomia – Lado Direito 

Úlceras de abomaso 

Deslocamento de abomaso a esquerda 

Deslocamento de abomaso a direita 

 As afecções do abomaso são desencadeada por quadros de indigestão vagal, e principalmente pelo 
tipo III. 
 O abomaso é o estômago verdadeiro, sendo o ultimo a receber a ingesta. É responsável em digerir a 
ingesta que chega dos pré-estomago. É altamente irrigado, então qualquer alteração no abomaso pode 
causar um colapso circulatório, o pH é em torno de 3. 
 As alterações no abomaso são importantes porque causam um quadro de hipomotilidade do 
abomaso, e se esse estômago fica com hipomotilidade o alimento ao invés de ser absorvido e continuar seu 
trajeto, ele fica parado e fica fermentando do abomaso, causando o seu aumento, com isso o estômago pode 
se deslocar dentro da cavidade. 
 Localiza entre o quarto e quinto espaço intercostal, mais a direta, o lado esquerdo percebe próximo 
a região xifoide, caudal ao retículo. Próximo ao abomaso está o baço, por isso que quando a uma alteração 
no abomaso, pode ter alterações no hemograma (devido baço), com um leucograma de estresse, relacionado 
a contração esplênica aumentada. 
 Do lado esquerdo está praticamente todo tomado pelo rúmen, então quando o abomaso se desloca 
ele começa a invadir o espaço do rúmen. 
 Do lado direito tem a maior parte do corpo do abomaso. 
 A lesões que temos do abomaso são as ulceras, estenoses do tipo 3 e os delocamentos, tanto a 
esquerda como a direita 
 Os fatores desencadeantes, a etiologia, epidemiologia e sinais clínicos, são semelhantes tanto para o 
deslocamento a esquerda como para o deslocamento a direita. 
Epidemiologia 
0,35 – 4% de casos diagnosticados - animal morre rapidamente, profissional não tem uma formação 
suficiente para fazer diagnostico, e na maioria das vezes os casos são negligenciados, faz um pool de 
medicamentos no animal que causa sua melhora

90% até 6 semanas pós parto 

 
 Em Goiás, não há um trabalho mostrando prevalência no rebanho goiano. No Paraná o ultimo 
trabalho mostra uma prevalência de ate 3% do rebanho já teve um caso de deslocamento de abomaso, em 
São Paulo de até 2,4%, mas ultimo trabalho é de 99 então pode ter tido mudanças. Nos EUA, um trabalho 
de 2017, mostra que até 5% do rebanho já teve deslocamento de abomaso. E na Europa, até 7,3% do 
rebanho pode ter a afecção (2016), principalmente na Alemanha, porque possuem uma formação na clinica 
de ruminantes muito melhor que o resto do mundo, então por essa razão, mesmo com um rebanho menor, essa 
prevalência é maior. 
Etiologia 
Doença metabólica

Multifatorial 

Alterações alimentares 
Doenças anteriores

Dilatação e atonia do órgão. 
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Rafaela Custodio
Pode ocorrer à esquerda ou à direita 
Torção? 

 É uma doença metabólica, então não é decorrente daqueles quadros de indigestão motora, como nos 
timpanismos, apesar de poder ser devido a uma indigestão vagal, ela também esta associada a alteração 
metabólicas 
 É multifatorial, podendo ser decorrente de varias doenças que levam ao deslocamento de abomaso, 
a principal delas é dietas rico em concentrado e retenção de placenta, outras doenças laminite, indigestões, 
endometrite, cetose, pode desencadear quadros de deslocamento de abomaso, ou seja, doenças que causam 
inflamação, infecções e alterações digestórias. 
 As alterações alimentares são responsáveis pelos principais quadros, além da condição alimentar, o 
ato de parir pode levar ao deslocamento de abomaso. 
 Qualquer doença anterior que curse com hipomotilidade pode causar a enfermidade. 
 Qualquer condição pode causar hipomotilidade, isso leva fermentação daquele orgao, que fica 
muito mais dilatado, e consequentemente causa uma piora da atonia ruminal 
 Cerca de 90% dos casos é de deslocamento de abomaso a esquerda, que é mais fácil de tratar, já 
que o deslocamento de abomaso a direita, que é menos frequente, causa uma torção do órgão em seu 
próprio eixo, isso causa compressão dos grandes vasos prejudicando a irrigação desse órgão. 
Fatores de Risco 
Idade e Sexo 
Estação do ano ! Dieta

Ingestão de MS de qualidade

Tamanho de partícula

Produção leiteira 
Período de Transição – Stress – Doenças Periparto 
Escore de Condição Corporal

Fatores genéticos 

Doenças neuronais

Predisposição : Tamanho do animal / feto

Vista ventral da topografia abdominal da vaca: 
 Esquerda - não gestante

 Direita - final da gestação

Etiologia alimentar: alterações motoras

Patogenia por acúmulo de gás 
Patogenia por outras doenças 
 Em relação ao sexo, as fêmeas são muito mais acometidas que os machos, até por que é uma doença 
relacionada principalmente a animais de alta produção leiteira. Bovinos de corte tem pouco relatos, 
certamente porque não se atentam tanto ao problema, sendo que geralmente ocorre devido a problemas no 
pós parto, a hipocalcemia, retenção de placenta. 
 Quanto a idade, animais acima da terceira cria são mais predispostos, entretanto, como atualmente 
as novilhas são mais exigidas, e entram mais cedo na fase reprodutiva, entrando em um parto sem o peso 
adequado, com dificuldade durante o parto, os casos em novilhas tem aumentando relatos. Mais em 
condições gerais, animais acima do terceiro parto são animais propensos. 
 Fatores nutricionais, como dietas com partículas muito pequenas que causam uma dilatação por 
excesso de gás, ingestão de capim com baixa qualidade, que deixa rúmen vazio (não tem um volume 
alimentar dentro do rúmen), que acaba aumentando espaço na cavidade para outros órgãos e com isso o 
abomaso pode se deslocar. 
 Na produção leiteira, quando maior a produção maior a chance 
 Nos períodos de transição, a um grande estresse nesse período (animal acabou de ter uma parto, 
será colocada na sala de ordenha, tem uma produção muito intensa de leite, separação de bezerro), isso 
pode causa afecção. 
 Vacas gordas também são predispostas principalmente devido a lipidose hepática e a cetose. A 
cetose esta relacionada também ao período de transição 
 Alguns trabalhos mostram que tem alguns genes, em certas raças, que favorecem o deslocamento de 
abomaso. 
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Rafaela Custodio
 Doenças neuronais, ou seja, qualquer doença que altere o funcionamento do sistema nervoso entérico 
(nervo vago). 
 Uma condição muito frequente é a relação tamanho do animal e tamanho do feto. Então, quando a 
vaca não gestante, percebe que a cavidade toda dela é tomada pelo rumen (toda parte esquerda e um 
pouco na parte direita), quando gestante, o rumen fica totalmente colabado na parede esquerda. Quando o 
feto sai, o rumen junta dos outros pre-pré-estômagos volta ao seu local anatômico normal, mas quando o feto 
é muito grande esse retorno é muito rapidamente, e o abomaso se desloca. 
 Algumas condições relacionadas a alterações motoras, quando mais intensiva o manejo pior para o 
rumen. Então o excesso de CHO, fibras de menor qualidade, altera microbiota ruminal e consequentemente 
causa uma serie de alterações metabólicas. 
 Doenças que cursam com inanição, organismo estará sempre dilatado, isso ativa os 
mecanorreceptores e animal fica saciado. Ou podem ser condições que cursam com bacteremia, febre, algum 
quadro inflamatório. Quando tem inanição há menor quantidade de matéria seca dentro do rumen e dos 
demais pre-estomago, o estômago vazio causa hipomotilidade,
com isso os órgãos se dilatam e ficam livres 
pela cavidade. Já nos quadros infecciosos, tem uma absorção maior de endotoxinas, isso diminui a 
motilidade, porque diminui o potencial de contração do organismo e vai cursar consequentemente com uma 
hipomotilidade, atonia e fermentação excessiva do abomosa. Alguns autores falam de excesso de endorfinas 
no organismo para combater o quadro febril, isso piora o quadro porque aumenta ainda mais esse quadro 
de indigestão. 
Alterações metabólicas 
Cetose 

β-hidroxibutirato 

AGNE 

Hipocalcemia 
Cloretos ruminais ( >30 mEq/L) 

 Quanto as alterações metabólicas, sempre lembra que animal tem um quadro de cetose, que é uma 
das doenças mais comuns de animais de alta produção, ela estará relacionada ao deslocamento de 
abomaso, tanto que uma das avaliações que se pode fazer inicialmente para ver se animal tem um tendencia 
ou não à ter deslocamento de abomaso é a dosagem do β-hidroxibutirato e do ácidos graxos não 
estratificados. Para a dosagem do β-hidroxibutirato coletado o leite, a urina ou o sangue, para avaliação do 
soro, coloca no leitor semelhante ao glicosimetro e faz a dosagem. Tem uma serie de trabalhos que mostram 
que quando mais próximo ao parto ou depois do parto (20 dias antes do parto e 10 dias após o parto), a 
medida que esta próximo do parto os valores de β-hidroxibutirato vão se elevando, e após o parto ficam 
bem mais elevados naqueles animais que tiveram deslocamento de abomaso. Então se o animal tem o β-
hidroxibutirato geralmente acima de 1000 mmol/L, significa que ele tem uma tendencia muito maior para ter 
o deslocamento de abomaso do que um animal que tem o β-hidroxibutirato controlado. 
 Outra avaliação que pode ser feito é em relação aos quadros de hipocalcemia, embora saibamos 
que na fase de transição pôs parto as vacas terão uma variação nos níveis de cálcio. Pode relacionar ao 
deslocamento porque diminui a motilidade dos pré-estomagos, e isso causa um quadro de deslocamento de 
abomaso. Na mesma forma da dosagem do β-hidroxibutirato, percebe que no pré-parto animal tem uma 
quantidade de cálcio um pouco mais elevada, e quando chega no dia 0 os níveis de cálcio caem, porque a 
vaca vai mobilizar a maioria do cálcio que tem no organismo para o processo de contração do útero, e 
depois voltam a se elevar. Para prevenir os quadros de hipocalcemia muito intensos pode ser feito as dietas 
aniônicas, controlam os níveis de cálcio no pré-parto, fazendo com que o animal tenha níveis de cálcio 
controlados, e no momento do parto a queda dos níveis de cálcio não é tão intensa, se mantendo mais 
estáveis. 
 Outra condição são os ácidos graxos não estratificados (AGNE), muitas vezes podem ser dosados, 
porém é mais complicado, são dosagens caras e poucos laboratórios fazem, e não tem como ser feito a 
campo. Animais com deslocamento de abomaso apresentam alterações de AGNE, certamente devido a 
fermentação inadequada. 
 Outro fator que pode ser dosado, e pode ser feito na própria fazendo é os cloretos ruminais, então 
faz uma punção no rúmen e avalia a quantidade de cloreto no rúmen, em condições normais tem menos de 
30 mEq/L, quando se ter um animal com deslocamento de abomaso, esse valor pode estar acima de 30 e 
até mesmo acima de 179. Então acima de 30 já considera que se tem um refluxo de conteúdo do abomaso 
para o rúmen. 
 
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Rafaela Custodio
Tríade 
Hipocloremia

Hipocalemia

Alcalose Metabólica 
 Lembrar sempre da tríade que vai envolver o deslocamento de abomaso, tanto a esquerda como a 
direita, entretanto no deslocamento abomaso a direita será um quadro muito mais intenso. Animal apresenta 
hipocloremia, hipocaliemia e alcalose metabólica. 
Deslocamento de Abomaso a Esquerda
Diagnóstico 
Histórico 

Sinais clínicos : alimentares e produtivos 
Diminuição do consumo alimentar e motilidade 
Fezes: reduzidas e amolecidas

Auscultação com percussão e balotamento: “Ping” metálico 
Auscultação dupla: movimentos ruminais inaudíveis nos últimos espaços intercostais 

Palpação transretal 
Punções – cloretos

Avaliação do fluido ruminal 
Abaulamento da fossa paralombar esquerda 
Projeção do abomaso no flanco

 
 Sempre se atentar ao histórico desse animal, se é recém parido, se é um animal que teve um 
transição muito grande na dieta, se teve alguma alteração pós-parto, alguma doença como metrite, retenção 
de placenta, laminite ou até mesmo um quadro de cetose. 
 Os sinais clínicos são tanto alimentares como produtivos. Os animais tem uma queda na produção 
muito intensa, diminui mais de 50% a produção de leite de uma dia para o outro e, transtornos alimentares, 
diminuem consumo, fezes cada vez mais pastosas e muitas vezes enegrecidas (depende da evolução do 
quadro). 
 Na auscultação é importante observa se a ping metálico, quando mais longo a auscultação de ping 
metálico, maior é a dilatação do abomaso. 
 Na palpação transretal pode identificar o abomaso, isso depende do tamanho no abomaso e do 
clínico, se for possível, pode ser usado para fazer um diagnostico diferencial para os deslocamentos, ou 
compactados de ceco. Geralmente, quando faz a palpação e tem alterações no ceco, diz que deu prova do 
braço negativo (prova do braço, nome dado a esse exame), ao retirar o braço a luva continua limpa porque 
o trato gastrointestinal parou e com isso parou de produzir fezes. 
 As punções para dosagem de cloreto, β-hidroxibutirato, e do fluido ruminal. No fluido ruminal pode 
se ter pH aumentado, alteração no PRAM para menos (fermentação lenta, pois tem pouca bateria viáveis), 
protozoários com atividade lenta e muitas mortas. 
 Inicialmente o diagnóstico é feito pela auscultação, pode ser simples ou dupla, ou seja, quando 
coloca estetoscópio na região do flanco e na região do gradil costal e faz percurssões de balotamentos. 
Sempre deve ser feito auscultação da tubelosidade coxal ate a região do cotovelo, porque é o local que 
abomaso se desloca. Geralmente na percussão e balizamento consegue identificar liquido na regiao. Sempre 
deve auscultar da nona costela ate a decima primeira costela, para identificar mais ping metálico, e muitas 
vezes observa um abaulamento na decima primeira costela decorrente do abomaso dilatado. 
 Quando faz o balotamento tem a movimentação do liquido dentro do abomaso o que permite 
escutar esse som característico do deslocamento de abomaso. 
 O abomaso fica do lado direito, devido alterações, ele aumenta de tamanho gradativamente, 
devido excessiva quantidade de gás, e com isso se desloca pela região ventral, comprimindo o rúmen, 
aumenta seu tamanho de 3 a 4 vezes seu tamanho original até chegar na região do gradil costal. 
Tratamento 
Objetivos do tratamento: 
 Devolver o abomaso para sua posição inicial ou aproximada e mantê-lo permanentemente na 
posição fisiológica; 
Corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico e a desidratação; 
 Doenças associadas 
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Rafaela Custodio
 O objetivo do tratamento são três, o primeiro é reposicionar o abomoso, depois fixar o abomaso 
para ele não se deslocar de novo, na sequencia fazer correção do desequilíbrio hidroeletrolítico, o animal 
apresenta uma desidratação, alcalose metabólica, tem diminuição dos níveis de potássio, então sempre fazer 
reposição e estimular a motilidade. E ter cuidado com doenças associadas, então muito das vezes esta 
tratando o animal para cetose, retenção de placenta e ele tem essas enfermidades mais junto um 
deslocamento de abomaso. 
 
Tratamento conservativo

Técnica de Rolagem do Animal 
 Uma técnica antiga, hoje quase
não utilizada, é o rolamento do animal, que consiste rolar o animal 
rapidamente para reposicionar o abomaso. Se for usar, nunca fazer nos casos de deslocamento de abomaso 
a direita, pois esse vai se romper e animal terá uma morte súbita. A técnica consiste em movimentar o animal 
sempre do lado esquerdo, primeiro movimenta para o esquerdo, depois direito, e depois esquerdo. Alguns 
fazem essa técnica de rolamento e depois fazem a sua fixação.
Tratamento Cirúrgico 

Laparotomia

Omentopexia Paralombar Direita

Abomasopexia Paralombar Esquerda 
Videocirurgia 
 A laparotomia é o que mais ira utilizar no dia-a-dia. Ela pode ser de duas formas, a omentopexia 
paralombar direita, que é a mais utilizada, e a abomasopexia paralombar esquerda. 
 Quando faz a omentopexia, faz a incisão de pele, divulsiona, busca o omento, introduz o braço do 
lado direito até o lado esquerdo com uma mangueira sugador, faz uma perfuração no abomaso, retira o 
liquido e o gás, maior quantidade possível, quando retira esse gás o abomaso já diminui de tamanho. 
Quando abomaso já diminui de tamanho, faz a sutura do órgão. 
 Quando faz do lado esquerdo, introduz o braço pela incisão, retira o gás e faz a sutura do 
abomaso. A fixação é feito externamente, faz uma sutura no corpo do abomaso e uma sutura na região 
xifoide, para não ficar diretamente fixada na pele, usa-se um objeto semelhante a um botão, por onde 
passa a sutura. Não é rotineiramente feito, porque abomaso pode esta muito dilatado, dificultando a 
manipulação. 
 Usa-se fios de sutura grossos, e muitos veterinários possuem preferencia por fios inabsorviveis por 
possibilitar uma maior aderência. 
Tratamento Suporte

Correção de alcalose metabólica 
Reposição de cálcio e potássio 
Tratamento de cetose

Transfaunação 
Controle da dor

Estímulo da motilidade 
Antibioticoterapia 
O tratamento suporte envolve corrigir a alcalose metabólica, fazer uma reidratacao adequada do 
animal, retirar o excesso de liquido que fica na cavidade do animal, fazer reposição de cálcio e potássio, 
tratar a cetose, realizar transfaunação. Controle da dor, estimulo da motilidade, pode suplementar cálcio 
para ter uma motilidade satisfatória e antibioticoterapia, a grandes chances de ter peritonite decorrente do 
procedimento cirúrgico e até mesmo pelo fato do abomaso se dilata e poder romper. 
 
Deslocamento de Abomaso a Direita
Menor frequência que o DAE 
Elevada ingestão de grãos e a sua fermentação 
Dilatação com progressão para torção ou vólvulo 
Curso agudo

Comprometimento sistêmico

Atonia e acúmulo de líquidos e gás

Rafaela Custodio
Tríade mais acentuada

Distensão e deslocamento caudal antihorário 
Sequestro de líquidos 
Excesso de ácido clorídrico → Desidratação → Hipovolemia 
Deslocamento 
Torção 
Vôlvulo 
 A fisiopatogenia é semelhante ao deslocamento de abomaso a esquerda, só que ocorre à direita. É 
uma alteração menos frequente, desfavorável, porque o estômago ele se rotaciona do seu lado anatômico, e 
isso faz com que ele gire em torno do seu próprio eixo, então essa torção/vólvulo causa uma piora no 
quadro clínico. 
 Também esta associado a uma ingestão de grãos e fermentação inadequada. 
 Sempre que há uma dilatação do lado direito ele vai evoluir para torção ou para o vólvulo. 
 O curso é muito agudo, enquanto um animal com deslocamento a esquerda por 5 até 10 dias vive 
normalmente, um animal com deslocamento a direita pode vir a óbito em até 24 horas, pois como tem torção 
existe um comprometimento de grandes vasos e a irrigação fica completamente desregulada. 
 O comprometimento sistêmico é muito grande, com uma liberação intensa de endotoxinas, que pode 
causa uma quadro de choque séptico no animal. 
 A atonia vai ser acompanhada de acumulo tanto de liquido como de gás, e aquela tríade (alcalose 
metabolica, hipocalemia e hipocloremia) é muito mais acentuada. 
 Com a torção no sentido anti-horário tem acumulo de líquidos muito maior (sequestro de líquidos). 
Esse sequestro de líquidos causa um aumento de produção de ácido clorídrico dentro desse órgão, 
consequentemente o animal fica cada vez mais desidratado e pode entrar em choque hipovolêmico. A direita 
não tem como ter o refluxo de liquido então fica aprisionado no abomaso decorrente das torções. 
 O abomaso ele começa a fermentar e vai girando no próprio eixo e começa a romper o omento, 
causa uma obstrução de uma serie de irrigações que vão para o trato gastrointestinal e rompe o omento, 
aumenta de volume até o momento que começa a necrosar. 
Tratamento Cirúrgico 
 Pode ser feito a técnica fechada e a técnica aberta. A técnica aberta é aquelas mostradas no 
deslocamento a esquerda e a técnica fechada é o rolamento associado a fixação do abomaso na região 
xifoide. 
 Alguns fatores importantes na escolha do procedimento cirúrgica, se o cloreto ruminal estiver acima 
de 79 já é um indicativo de procedimento cirúrgico, FC acima de 100 por minuto e leucopenia associada a 
neutropenia. Muitas vezes também o animal vai ter leucopenia porque já tenha o esgotamento de suas 
células de defesa. Se fizer uma analise do liquido ruminal é possível observar grande quantidade de 
leucócitos. 
Tratamento Suporte

Reposição hidroeletrolítica

Potássio e Cálcio

Oral ou EV?

Se inicia com dilatação e progride para torção ou vôlvulo 
Curso agudo e maior comprometimento sistêmico 
Dieta adequada e identificação

Volume ruminal adequado – Fibra Efetiva

Manejo de vacas em período de transição 
Cuidado com enfermidades metabólicas 
Sempre corrigir a hipocalcemia

ECC 
O tratamento suporte é a mesma coisa do deslocamento à esquerda, entretanto tem optar pela 
fluidoterapia apenas oral ou também intravenosa, porque a hipovolemia é muito mais grave a direita, então 
as vezes é mais interessante fazer a administração de uma solução hipertônica pela via intravenosa, para 
repor uma quantidade de liquido mais rapidamente. 
 Tomar cuidado com o curso agudo, muitas vezes será chamado para atendimento com o animal 
quase em óbito. 
 
Rafaela 
Rafaela 
Rafaela 
Rafaela 
Rafaela 
Rafaela Custodio
 A prevenção e o controle para os dois quadros é feita com uma dieta adequada, identificar os 
animais com problemas na ingestão alimentar (observar qual animal come mais, qual come menos, qual 
animal comia uma quantidade e agora está comendo menos, qual esta selecionando muito o alimento), 
manter o volume ruminal adequado, ou seja fornecer uma forragem de qualidade, uma partícula de tamanho 
adequado, uma silagem bem feita, ou um capim em estagio bom. Fazer bom manejo em vacas no período de 
transição. Ter cuidado com cetose e outras enfermidades metabólicas, infecciosas, e enfermidades que 
afetam nervo vago. Sempre corrigir a hipocalcemia e observar o escore corporal, ter cuidado com aqueles 
muito gordos ou muito magros.

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