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fichamento de Saúde Mental Infantil

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Fichamento de Artigo
Caiubi Lima Rubim
Trabalho da Disciplina Saúde Mental na Infância e Adolescência,
Tutora: Profa. Flaviany Ribeiro da Silva.
São Luís
2019
SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
A saúde mental infantil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios
COUTO, Maria Cristina Ventura; DUARTE, Cristiane S; DELGADO, Pedro Gabriel Godinho. A saúde mental infantil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 30, n. 4, p. 384-389, Dec. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000400015&lng=en&nrm=iso>. Accesso em 12 Feb. 2019. 
O artigo “A saúde mental infantil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios” visa explorar de maneira bibliográfica a situação da política pública do Brasil voltada para a saúde mental infantil e juvenil. Os autores dividem em duas principais ações a respeito da implantação de tais políticas: a fundação dos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi) como um serviço do SUS especializado em atender crianças e adolescentes, e algumas estratégias intersetoriais que dê acolhimento para este público de maneira conjunta em saúde, assistência social, justiça e direitos, o que os autores chamaram de rede intersetorial potencial.
No tópico “A saúde mental infantil e a saúde pública, os autores apontam as dificuldades de inclusão da saúde mental infantil no campo da saúde pública. A primeira dificuldade é a de diagnóstico nessa população, o que necessita de ferramentas específicas além de grandes informações partirem não só do indivíduo mas da família, escola e etc. Outra dificuldade é a escassez de estudos na maioria dos países sobre a saúde mental das crianças e adolescentes. Um terceiro ponto é a falta de evidências sobre a eficacia de tratamento de transtorno mentais nas crianças até pouco tempo, demonstrando ser uma área recente de atenção do meio científico. A quarta dificuldade apontada é a particularidade do sistema de cuidado, pois os setores de saúde, educação, assistência social, justiça e direito, caracteristicamente trabalham no decorrer da história de forma separada um dos outros.
De acordo com os resultados apresentados pela pesquisa, a criação dos CAPSi e de diretrizes para a articulação intersetorial são os pilares atuais da saúde mental para crianças e adolescentes no Brasil. Os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenis são serviços territoriais públicos do SUS e foram institucionalizados em 2002. Em cada equipe multiprofissional dos CAPSi, é obrigatório a presença de no mínimo um psiquiatra, um neurologista ou um pediatra com formação em saúde mental infantil, um enfermeiro, quatro profissionais de nível superior, os quais podem ser psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e pedagogos, e cinco profissionais de nível médio.
Nesses estabelecimentos o atendimento para autistas, psicóticos e que envolvam outras tipologias severas, são prioritários. Além de prestar atendimentos, os CAPSi possuem uma responsabilidade gestora, de fazer o levantamento em seu território das necessidades, dificuldades e dos avanços da comunidade.
Em 2002 haviam 36 CAPSi em território brasileiro, já em 2007 foram identificados 86, e em todo esse período a porcentagem de CAPS especializados no atendimento de crianças e adolescentes comparadas ao quantitativo de todos os CAPS em funcionamento eram de 7%. Segundo o Ministério da Saúde (2017), são 2462 a quantidade de CAPS em 2017, sendo 229 deles CAPSi, ou seja, cerca de 9,3% dos CAPS são dedicados exclusivamente a saúde mental de crianças e adolescentes, um aumento relativamente pequeno se for observado que a instituição da política de CAPS já possui 17 anos.
Em 2007, cerca de 14 municípios possuíam já mais de um milhão de habitantes, enquanto a norma estabelece que o CAPSi seja implantado onde há mais de 200.000 habitantes, sem fazer exigências de quantos CAPS por tantos habitantes deverá ser obrigatório, o que deixa aberto a possibilidade óbvia de várias cidades ficarem sobrecarregadas com suas demandas.
Quanto a rede intersetorial potencial, a pesquisa comprova como os serviços de educação e Equipes da Família são mais presentes em todas as regiões do país, mas de forma quantitativa não é possível analisarmos a qualidade e alcance desses serviços. Em 2017, a Unesco considerou o Brasil em 88º lugar no ranking de educação entre 127 países (Brasil..., 2017). A ONU colocou o Brasil em 79º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que considera os indicadores de saúde, educação e renda de 189 países (VENTURA et. al., 2018).
Conforme mostra a pequisa dos autores, os dados apresentam alguns paradoxos das informações sobre quantidade de serviços encontrados e os índices de desenvolvimento das regiões do país. O Norte e Nordeste, por exemplo, sobressai-se na taxa de presença dos setores de saúde e de ensino, com números duas ou três vezes maiores que os das outras regiões no setor da educação. Nestas regiões a quantidade de serviços voltados para populações de risco não são muito numerosos, e na região Norte o número de serviços voltados para a rede de saúde mental são bem tímidos.
Na região Centro-Oeste, nenhum dos serviços são numerosos. Na região Sudeste onde vive 42,6% da população do Brasil e onde há os melhores índices de desenvolvimento, tem o pior levantamento de setores da educação básica, conselhos tutelares, saúde e assistência social, e indica sobrecarga em todos os âmbitos considerando a quantidade exacerbada da população e o deficit do número de serviços. A região Sul destacou-se com melhores taxas em serviços para populações específicas como saúde mental, educação especial e conselhos tutelares.
De acordo com os resultados apresentados, a pesquisa conclui que existem três principais desafios para a implementação dos serviços públicos de atenção a saúde mental das crianças e dos adolescentes de qualidade no país. Primeiramente é a urgência de se expandir os serviços que existem para uma rede de cuidados de qualidade. O segundo desafio é uma maior concentração de esforços dos trabalhadores da rede em conciliar o trabalho terapêutico e a função de gerir as demandas do território, criando ferramentas para que seja possível visualizar as necessidades, efeitos, e viabilidade dos serviços oferecidos para a comunidade. Por último, a comodidade de outras tipologias de CAPs se responsabilizarem, baseados na norma, de atenderem aos casos de crianças e adolescentes, o que causa um entrave nos municípios em oferecerem o atendimento especializado.
Integrar as intervenções de saúde mental infantil com todos os outros programas setoriais, sem descaracterizá-los, depende de uma direção pública clara e afirmada, cuja garantia é dada pela vigência real de uma política de âmbito nacional. Há muitos obstáculos a esta integração, como o estigma, a falta de qualificação profissional, dentre outros. Só uma direção publicamente afirmada, que se constitua como eixo organizador da intersetorialidade, pode produzir diferenças nessa realidade. (COUTO, DUARTE, DELGADO, 2008, p. 396)
LOCAL:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462008000400015&lng=en&nrm=iso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL fica em 88º lugar em ranking de educação da Unesco. Guia do Estudante. 16 maio 2017. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/brasil-fica-em-88o-lugar-em-ranking-de-educacao-da-unesco/. Acesso em: 13 fev. 2019.
Ministério da Saúde. Panorama e Diagnóstico da Política Nacional de Saúde Mental. Brasília, 2017. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/04/2a-Apresentacao-CIT-Final.pdf
VENTURA et al. IDH: educação não avança e Brasil fica estagnado no ranking de bem estar da ONU. 14 set. 2018. Atualizado 05 out. 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/idh-educacao-nao-avanca-brasil-fica-estagnado-no-ranking-de-bem-estar-da-onu-23067716

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