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Tipos de lâmpadas

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TIPOS DE LÂMPADAS 
As fontes de iluminação artificiais são classificadas de acordo com o fenômeno que 
produz o fluxo luminoso, tais como incandescência, descarga elétrica e eletroluminescência 
denominando-se lâmpadas. As lâmpadas elétricas são agrupadas em dois tipos principais: 
Incandescentes e Descarga. 
1. LÂMPADAS INCANDESCENTES 
A lâmpada incandescente produz luz pelo aquecimento elétrico de um filamento a uma 
temperatura capaz de emitir uma radiação na parte visível do espectro. Tanto a vida de uma 
lâmpada como seu fluxo luminoso1 são determinados pela temperatura do filamento. Quanto 
maior a temperatura deste filamento maior a eficiência da lâmpada2 e menor sua vida. 
Embora sejam as mais utilizadas, apresentam baixa eficiência luminosa, aquecem o 
ambiente e apresentam vida útil curta, ao longo da qual o fluxo luminoso diminui 
consideravelmente. 
 
1FLUXO LUMINOSO (ø) - é a grandeza característica de um fluxo energético, podendo ser definida 
como a quantidade de luz que uma fonte luminosa consegue emitir, produzindo uma sensação luminosa no 
ser humano. A unidade de fluxo é o Lumem (lm) definido como o fluxo luminoso emitido no interior de 
um ângulo sólido de valor unitário, por uma fonte luminosa puntiforme de intensidade invariável e igual a 
uma candela de mesmo valor em todas as direções. Suponhamos uma esfera de 1m de raio na qual 
colocamos uma fonte pontual central com intensidade de 1 cd. Aquilo que chamamos de ângulo sólido seria 
uma área de 1m2 desta esfera, ou seja um esferoradiano. Como a área da esfera é igual a 4pR2 = 12,56 R2 , 
teremos o fluxo de 1 lúmen em cada m2 sendo o fluxo total de 1 candela = 12,56 lúmens. 
 
A
C 
B 
D
1 
C
A
N
D
E
LA
1 CA
NDE
LA
1 CANDELA
1 
C
A
N
D
E
LA
1 m2R = 1m
 
2EFICIÊNCIA LUMINOSA ( lm/watt ) - é a relação entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte 
(lumem) e a potência elétrica consumida (watt).Expressa o rendimento de uma lâmpada ou de um aparelho 
de iluminação. Quanto maior a eficiência luminosa, mais econômica é a fonte de luz. 
 
 
 
2 
 
GÁS INERTE
(ARGÔNIO E
NITROGÊNIO)
FILAMENTO EM
TUNGSTÊNIO
SUPORTES DO 
FILAMENTO
DISCO DEFLECTOR - REFLETE O 
CALOR DESVIANDO OS GASES 
QUENTES DA BASE EVITANDO SEU 
AQUECIMENTO.
TUBO DE EXAUSTÃO - RETIRA O AR DO 
BULBOSUBSTITUINDO- O POR GASES
 INERTES OU VÁCUO.
BULBO
BASE
LÂMPADA INCANDESCENTE
 
 
1.1. INCANDESCENTES REFLETORAS 
São lâmpadas que possuem refletor interno com uma fina camada de alumínio 
espelhado de altíssima refletância que é aplicada na parte interna do bulbo pelo processo de 
vácuo-metalização, proporcionando luz dirigida. Exatamente por estar no interior do bulbo, 
num espaço hermeticamente fechado, o refletor destas lâmpadas não necessita de limpeza e 
não sofre deterioração, o que garante às lâmpadas refletoras alto rendimento luminoso. 
Além das refletoras convencionais, geralmente com o perfil parabólico, existe a 
lâmpada refletora elíptica que, graças ao seu bulbo de perfil elíptico faz o facho de luz 
convergir para um ponto 5 cm à frente da lâmpada, para então se espalhar pelo ambiente. 
Esta característica é especialmente importante quando se usa a lâmpada refletora embutida 
em luminária de corpo profundo, já que as refletoras convencionais, que possuem o facho 
divergente, chegam a perder 60% da luz na parte interna das luminárias. 
Podemos tomar como exemplo um pequeno lobby de hotel, com 10 luminárias de 
corpo profundo com lâmpadas refletoras convencionais de 150W a uma altura de 3 metros, 
possuindo uma iluminância no piso de cerca de 100 lux. Se substituirmos estas lâmpadas 
por refletoras elípticas de 75W, teremos uma iluminância no piso de cerca de 140 lux. 
Assim, com o uso de uma lâmpada mais adequada, reduzimos a potência instalada de 
1.500W para cerca de 750W (50%) aumentando a iluminância média do ambiente. 
 
 
3 
 
1.2. INCANDESCENTES HALÓGENAS 
Este tipo de lâmpada contém elementos halógenos (iodo, fluor, bromo) em sua 
atmosfera interna que ao serem aquecidos iniciam o ciclo regenerativo do halógeno. 
 O filamento, que opera em alta temperatura, vai evaporando e depositando partículas 
de tungstênio na parede interna da ampola. Esta ampola se aquece e o elemento halógeno se 
evapora, combinando quimicamente com as partículas de tungstênio evaporado, fazendo 
então a limpeza da ampola. Devido às correntes de convecção dentro da ampola, a 
combinação halógeno + tungstênio toca no filamento que está em alta temperatura e é 
decomposta. O tungstênio retorna para o filamento e o elemento halógeno é liberado para 
repetir o ciclo. 
Este ciclo faz com que as lâmpadas halógenas possuam maior eficiência luminosa do 
que as lâmpadas incandescentes comuns para uma mesma potência e vida, maior 
temperatura de cor, proporcionando luz “mais branca” , melhor reprodução de cores e 
menor depreciação do fluxo luminoso, já que o ciclo regenerativo evita o enegrecimento do 
bulbo que ocorre nas lâmpadas comuns. 
1.3. INCANDESCENTES HALÓGENAS COM REFLETOR DICRÓICO 
São uma combinação das lâmpadas incandescentes halógenas com um refletor 
multifacetado recoberto com uma película dicróica. Esta película, formada por um filtro 
químico (dicróico), permite a reflexão da luz visível e a transmissão para a parte de trás da 
lâmpada de cerca de 60% da radiação infravermelha. Com isto, o facho de luz refletido é 
mais “frio” do que o obtido com as refletoras comuns. Além disto, são lâmpadas 
compactas, com longa vida e fachos precisamente orientados, que permitem sensível 
economia no custo da iluminação e com excelente reprodução de cores. Por serem 
lâmpadas de 12V, possuem filamentos mais robustos, sendo necessário o uso de 
transformadores para uso na rede elétrica. 
 
 
4 
 
LÂMPADA HALÓGENA
REFLETOR MULTIFACETADO
RECOBERTO COM UMA PELÍCULA
DICRÓICA
LÂMPADA HALÓGENA COM REFLETOR DICRÓICO
 
1.4. INCANDESCENTES HALÓGENAS COM REFLETOR PARABÓLICO 
ALUMINIZADO (PAR) 
A lâmpada PAR surgiu há cerca de 25 anos fabricada pela GE americana e atualmente 
é produzida também pela Philips, Osram, Sylvania, etc. O nome PAR origina-se do termo 
em inglês Parabolic Aluminized Reflector . Embora seja conhecida como lâmpada, é na 
verdade um refletor completo composto de uma lâmpada, um espelho e uma lente formando 
um único conjunto. Por ser um conjunto selado, a superfície interna (espelho) não sofre com 
as intempéries, mantendo as características óticas intactas, fazendo com que o brilho e a 
distribuição do fluxo luminoso permaneça inalterado até o fim da vida da lâmpada. 
Essas lâmpadas são conhecidas sempre com uma referência de número que significa 
o diâmetro do espelho parabólico e, consequentemente, de todo o conjunto. Deste modo 
encontraremos lâmpadas PAR20, PAR30, PAR38, etc. Nos Estados Unidos foi 
convencionado que este diâmetro seria expresso em oitavos de polegadas, assim uma 
lâmpada PAR30 terá 30 oitavos de polegadas ou seja, 9,5cm. 
Quanto menor o filamento em relação à parábola, melhor será o paralelismo dos raios 
luminosos. Procurando diversificar o facho as lâmpadas PAR variam a lente e a posição da 
lâmpada no espelho, ordenando e direcionando melhor os raios de luz. Desa maneira obtem-
se fachos muito estreitos como faróis de milha até fachos muito abertos para cobrir maiores 
áreas. 
 
 
5 
 
PAR
FILAMENTO QUASE PUNTUAL
1 - OS RAIOS OBEDECEM AO PRINCÍPIO DA PARÁBOLA
2 - A LENTE REDIRECIONA OS RAIOS
 
 
2. LÂMPADAS DE DESCARGA 
A luz em uma lâmpada de descarga é produzida pela passagem da corrente elétrica em 
um gás ou vapor ionizado. 
2.1. FLUORESCENTESA lâmpada fluorescente é uma lâmpada de descarga de baixa pressão onde a luz é 
predominantemente produzida por pó fluorescente ativado pela radiação ultravioleta 
proveniente da descarga elétrica. O seu bulbo tubular contém um eletrodo em cada 
extremidade e uma mistura de vapor de mercúrio e gases - principalmente Neônio, Argônio 
ou Kriptônio em um tubo coberto internamente com fósforo o que propicia a emissão de luz 
a baixas temperaturas de operação e com eficiência bem superior às lâmpadas 
incandescentes. O pó fluorescente que existe na superfície interna do bulbo determina a 
qualidade e a quantidade da luz emitida. 
Comparada com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes têm vida 
média muito mais longa. O fim de vida normal é alcançado quando o material emissivo que 
permaneceu em um dos filamentos é insuficiente para dar partida e sustentação ao arco. 
 
 
6 
 
ARGÔNIO + VAPOR DE MERCÚRIO
(A BAIXA PRESSÃO)
REVESTIMENTO INTERNO EM FÓSFORO (PÓ
FLUORESCENTE) CUJA FINALIDADEÉ
TRANSFORMAR RADIAÇÃO ULTRA-VIOLETA
(INVISÍVEL) EM LUZ VISÍ VEL
ELETRODO
LÂMPADA FLUORESCENTE
 
 
2.2. FLUORESCENTE COMPACTA 
A lâmpada fluorescente compacta é uma lâmpada de pequenas dimensões, com uma 
base especial onde se encontram o starter e o capacitor, constituída por um espaço para 
descargas elétricas criado a partir da interligação de dois ou quatro tubos, com uma base 
para conexão em uma das extremidades. Necessita para o seu funcionamento de reatores e 
soquetes adequados. 
Quando comparadas às incandescentes comuns, apresentam vantagens como o 
consumo de energia de cerca de 85% menor, com uma vida útil de cerca de 10.000 horas. 
Aquecem menos o ambiente e apresentam IRC (Índice de Reprodução Cromática) de 85%, 
sendo adequada para um grande número de aplicações. 
Este tipo de lâmpada terá opções de temperatura de cor de 27000C, com aparência de 
cor semelhante às incandescentes, e temperatura de cor de 4.0000C com aparência de cor 
mais branca. Da mesma forma estas lâmpadas poderão apresentar reatores eletrônicos 
incorporados à base de rosca E27, garantindo uma substituição imediata em luminárias que 
já trabalham com a mesma base. 
 
 
 
 
7 
 
2.3. VAPOR DE MERCÚRIO DE ALTA PRESSÃO 
A lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão contém no seu bulbo interior 
eletrodos (principal e auxiliar) que no momento de ligação produzem uma luminescência, 
provocando assim a formação de ions e eletrons suficientes para iniciar a descarga. A 
luminescência é limitada por um resistor, o bulbo externo contém um gás que mantém a 
temperatura da lâmpada constante. 
Estas lâmpadas são utilizadas normalmente para iluminação de grandes áreas, tem uma 
aparência branca azulada, com uma emissão na região visível em comprimentos de onda 
amarelo, verde e azul. 
Uma das vantagens energéticas deste tipo de lâmpada é sua grande emissão de luz. A 
eficiência inicial (a 100 horas de trabalho) varia entre 30 e 60 lumens por watt, conforme 
seja a voltagem e cor da lâmpada. Esse valor não inclui as perdas do reator, que devem ser 
somadas aos watts da lâmpada para se obter comparações com outras fontes de luz. 
 
 
 
ELETRODO DE
PARTIDA
TUBO DEARCO
EM QUARTZO
BULBO EXPERNO CONENDO GAS NITROGÊNIO, REVESTIMENTO
INTERNO EM FÓSFORO, PARA CORREÇÃO DE CORES
ELETRODOS
PRINCIPAIS
REATOR
LÂMPADA VAPOR DE MERCÚRIO
GASES NERCÚRIO 
E ARGÔNIO
RESISTOR DE
PARTIDA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.4. LÂMPADA MISTA 
Apesar de ser lâmpada de descarga, não usa reator, podendo ser ligada diretamente à 
rede. Isto significa que instalações de iluminação já existentes com lâmpadas 
incandescentes, poderão ser modernizadas utilizando lâmpadas de luz mista, que tem 
praticamente duas vezes a eficiência quase cinco vezes a vida daquelas, sem custo extra de 
reatores, fiação ou luminárias. Entretanto, é preciso ter presente que as lâmpadas de luz 
mista são muito menos eficientes que as de vapor de mercúrio (menos da metade da 
eficiência) e que as de vapor de sódio de alta pressão tem menos da quarta parte da 
eficiência. 
 
 
 
TUBO DE ARCO EM QUARTZO 
COMTENDO GASES (MERCÚRIO
 E ARGÔNIO)
RESISTOR DE 
PATIDA
BULBO 
EXTERNO
FILAMENTO TUNGSTÊNIO - PRODUZ LUZ
E LIMITA A CORRENTE DE 
FUNC\IONAMENTO DO TUBO ARCO ,
DISPENSANDO REATORES.
FUNCIONAM SOMENTE A 220V. 
LÂMPADA MISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.5. VAPOR METÁLICO 
Essas lâmpadas também são chamadas de “multivapor” e são similares em construção 
às lâmpadas a vapor de mercúrio. A diferença reside no fato de que esse tipo de lâmpada 
contém uma série de aditivos metálicos, além do mercúrio, que melhoram significativamente 
suas características de reprodução de cores e eficiência luminosa, chegando a ser 1,5 a 2 
vezes superior às lâmpadas a vapor de mercúrio. Disponíveis em potências que vão desde 
400W até 3500W, são utilizadas principalmente na iluminação de estádios, áreas 
esportivas, fachadas, shopping centers e locais onde exista necessidade de ótima 
reprodução de cores. 
A lâmpada de vapor metálico de 70W (67lm/W) possui dimensões compactas, mas 
apresenta a característica de emitir uma grande quantidade de luz equivalente a quatro 
lâmpadas incandescente de 100W. 
2.6. VAPOR DE SÓDIO DE ALTA PRESSÃO 
A característica mais importante deste tipo de lâmpada é a sua grande eficiência 
luminosa, maior do que qualquer outro tipo de fonte luminosa policromática para uso 
generalizado. Outro fator importante é que o fluxo luminoso emitido permanece praticamente 
constante durante toda sua vida. A vida média atinge 12.000 horas nas unidades de pequena 
potência, podendo alcançar 24.000 horas nas de maior potência. Para seu funcionamento é 
necessário o uso de um reator adequado e um ignitor de partida. Sua aparência é de cor 
branco-amarelada, sendo sua vida útil maior quando se usa acendimento contínuo. 
2.7. VAPOR DE SÓDIO DE BAIXA PRESSÃO 
São lâmpadas muito eficientes, produzindo até 200 lm/W e tornando o projeto muito 
mais econômico. Esta lâmpada tem o inconveniente de ter curva de distribuição espectral 
monocromática na cor amarela, distorcendo totalmente as outras cores. Por esta razão, este 
tipo de lâmpada encontra sua aplicação onde a reprodução de cor é menos importante e 
onde o reconhecimento por contraste é predominante.

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