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Síntese do que é Prova no CPP

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Provar: significa esclarecer, elucidar, comprovar a veracidade de determinado fato / acontecimento. Obs: Apenas fala-se em prova a partir do momento que aquela prova passa do contraditório. Todos os elementos colhidos em uma investigação não são provas , pois não tem o contraditório. Porém a doutrina diz que há o contraditório diferido. Todas as provas no processo penal brasileiro tem poder relativo. Dentro do sistema existe a intima convicção ainda, com o JURI. Existe também um resquício da prova tarifada/ certeza legal, artigo 155 p.u, Ex: prove que é casado, pessoa traz a certidão de casamento.
Meios De Prova: são os instrumentos, mecanismos ou procedimentos que auxiliam no esclarecimento do fato. Exemplos: Testemunhas, pericias, Documentos, acareação, busca e apreensão etc.
Finalidade da prova: Convencimento do julgador.
Objeto de prova: Tudo aquilo que precisa ser comprovado para o decorrer do processo. Todos os fatos relevantes para apuração no ocorrido. Obs: fato notório não precisa ser provado.
Pressuposto da Prova: que tenha sido objeto do contraditório.
Sistemas de apreciação da prova:
a) Bodalias: Tem por base elementos externos ao processo e ao julgador, como alguma divindade ou algum tipo de teste quanto a sorte.
b) Intima Convicção: Ao julgador cabe escolher o destino do acusado de acordo com a convicção subjetiva e sem estar obrigado a declinar as razões da escolha. Obs: As decisões do Tribunal do Juri quando proferidas pelo conselho de sentença ainda adotam este sistema. 
c) Da prova tarifada ou da certeza legal: A própria lei estipula uma ordem hierárquica das provas, o que torna o juiz “refém da lei”. Obs: de acordo com artigo 155, §Único do CPP somente por certidão será possível comprovar o estado das pessoas.
d) O livre convencimento motivado: O julgador analisa as provas sem o dever de obedecer o critério legal de valoração; porém, a sua decisão deve estar devidamente e racionalmente fundamentada nas provas produzidas, sob pena de nulidade, Art. 93 inciso 9 da CF e 155 “caput” CPP. Obs: Fundamentação remissiva ou adesiva é alvo de divergência doutrinaria/jurisprudencial, existindo corrente aceitando a sua utilização e outra repelindo.
Prova cautelar: o contraditório é posterior. Escuta telefônica, balística, exame de corpo de delito, é toda prova urgente para garantir algo. / existe o contraditório posterior a prova.
Prova antecipada: O contraditório é durante. Antecipar a audiência própria do juízo para aquele momento processual/ O juiz antecipa o momento da prova para ter o contraditório, para ser legitimamente produzida/ tem o contraditório durante a produção da prova.
Prova não repetível: não há contraditório é nulo. Todas as vezes que não consigo produzir novamente a prova, ex: testemunha presta depoimento e vem a falecer, esta prova não tem contraditório. /não existe contraditório esta prova é única e exclusivamente nula, pois serei condenado por uma prova que não consegui fazer contradição( se cair na OAB teste iremos colocar que pode utilizar a prova pois esta na lei, se cair questão aberta, teremos que dissertar dizendo que não pode, pois não ha ver contraditório.
O livre convencimento motivado e artigo 155 cpp, com a reforma de 2008, o juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente com base nos elementos colhidos na fase pré-processual, deve motivar sua decisão priorizando a prova produzida em juízo.
Há 3 exceções, ou seja, o juiz pode fundamentar sua decisão com base nos elementos colhidos na fase pré-processual desde que “ a prova” seja: cautelar ( busca e apreensão, interceptação telefônica, etc.) , antecipada ( artigo 225 cpp) , ou não repetível ( impossibilidade de reproduzi-la em juízo).
Obs: Alguns doutrinadores alegam a inconstitucionalidade da decisão com base unicamente na prova não repetível, haja vista que não passou pelo crivo do contraditório.
Princípios Relativos a teoria da prova
Ampla defesa e contraditório: 
Paridade de armas, isonomia processual, igualdade processual: 
Comunhão das provas: A prova juntada ou produzida não mais pertence aquele que juntou ou a requereu, mas sim a todos os sujeitos do processo a partir do momento que a prova encontra-se nos autos ela fica disposta a todos os sujeitos, saindo do vínculo individual, passando a pertencer a todos.
Princípio da liberdade das provas: Em regra é ampla e com pouquíssimas restrições liberdade de produzir provas. A principal restrição diz respeito a prova ilícita, que é aquela produzida em desconformidade com a constituição ou com a lei. (art. 157 caput cpp.). Obs1: é também ilícita a prova derivada da produção que contenha vícios (teoria do fruto da arvore envenenada, art. 157 § 1º). Obs2: não será considerada ilícita, se existir uma fonte independente que pudesse legitimamente alcançar, segundo os meios normais da investigação, o objeto da prova (teoria da fonte independente, artigo 157 § 1º e 2º -Fonte independente (prova ilícita que será validada no processo). Obs3: A prova ilícita será declarada nula e desentranhada dos autos, continuando o juiz apto a julgar. Obs4: Admite-se a prova ilícita em benefício do réu.

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