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teoria geral do processo de execução - processo civil iii

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8º Período - Resumo da Matéria de Processo Civil IV - EXECUÇÕES 30-05-
14 
http://www.jusinfocus.com.br/2014/03/8-periodo-resumo-da-materia-
de-processo.html 
1. Teoria geral do processo executivo 
O processo executivo tem por finalidade promover o adimplemento forçado da 
obrigação consubstanciada no título executivo, ou seja, obter o resultado prático de um 
processo de cognição. Adimplir o que não foi adimplido voluntariamente. Obrigação de 
pagar quantia certa tem caráter patrimonial. O processo de execução será sempre 
movimentado em torno do caráter patrimonial. 
 Espécies: 
A) EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL 
B) EXECUÇÃO ESPECIAL 
C) CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 Mecanismos executivos estatais: 
A) EXECUÇÃO POR COERÇÃO/INDIRETA: Execução indireta ou por coerção, em alguns 
momentos o cidadão é coagido pelo Estado quando o Estado lhe dá ofertas ou prêmios 
ou sanções. Art. 652, §2º (bônus), art. 745, a (parcelamento do débito), art. 475, j 
(sanção), art. 615, a (sanção), art. 733 (sanção). Não se discute, em regra, o mérito no 
processo executório. 
 
B) EXECUÇÃO POR SUBROGAÇÃO/DIRETA: Execução direta é aquela que o Estado age por 
sub-rogação por vontade das partes. 
 
Processo SINCRÉTICO: Processo sincrético é aquele que admite, cognição e execução 
dentro do mesmo processo. Busca-se a efetividade, celeridade e econômica processual, 
sem separar o processo cognitivo da execução processual, ou seja, a fusão de duas fases 
processuais. Contudo, antes de iniciar a execução é necessário findar todo o processo 
cognitivo. art. 475 I, CPC, Lei 11.232/05. 
1.1. Princípios: 
1.1.1. "Nulla Executio Sine Titulo": 
Nula a execução sem titulo, ou seja, antes de iniciar uma execução é necessário a 
existência de Título Executivo previstos em lei, títulos executivos judiciais art. 475 "N" 
CPC, e Títulos Executivos extrajudiciais art. 585 CPC. 
Art. 475-N. São títulos executivos judicia is : 
I - a sentença proferida no processo ci vil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa 
ou pagar quantia ; 
I I - a sentença penal condenatória trans i tada em julgado; 
I I I - a sentença homologatória de conciliação ou de transação, a inda que inclua matéria não posta em juízo; 
IV - a sentença arbi tra l ; 
V - o acordo extra judicia l , de qualquer natureza, homologado judicia lmente; 
VI - a sentença estrangeira , homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao i nventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título s ingular ou universa l . 
 
Art. 585. São títulos executivos extra judicia is : 
I - a letra de câmbio, a nota promissória , a dupl icata , a debênture e o cheque; 
I I - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo 
devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria 
Públ ica ou pelos advogados dos transatores ; 
I I I - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; 
 IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, 
ta is como taxas e despesas de condomínio; 
 VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou 
honorários forem aprovados por decisão judicia l ; 
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Terri tórios e dos 
Municípios , correspondente aos créditos inscri tos na forma da lei ; 
VIII - todos os demais títulos a que, por dispos ição expressa, a lei atribuir força executiva . 
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-
lhe a execução. 
§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos 
extra judiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva , há de satisfazer aos requisitos de 
formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação. 
 
1.1.2. Patrimônialidade: 
Regra geral da execução destinada a nos dizer que sempre terá por objeto os bens 
patrimoniais do devedor. Uma execução direcionada ao patrimônio, salvo as exceções 
previstas em lei, Art. 591 CPC. 
Art. 655, diz respeito aos bens que são penhoráveis. 
Art. 649, diz respeito aos bens que não são penhoráveis. 
1.1.3. Especificidade: 
Uma execução específica, para recebimento do que é devido unicamente com os seus 
acréscimos legais (juros, honorários, e correção monetária). 
1.1.4. Desfecho único: 
A exceção comporta somente um fim de mérito, ou seja, o pagamento. 
1.1.5. Contraditório: 
Existe o contraditório por obediência a Constituição no que se refere ao devido processo 
legal, mas limitando-se somente a questões processuais, não existindo, pois, a 
possibilidade de uma discussão meritória. (O mérito só poderá ser tratado em 
contraditório eventualmente, conforme os casos previstos em lei, como por exemplo, 
nos embargos do executado, processo cognitivo autônomo e incidente ao processo 
executivo). 
1.1.6. Disponibilidade: 
O exequente é dono da execução e dela pode dispor a qualquer momento. 
Como um objeto material, existe a renúncia do direito à execução, ou seja, o perdão da 
dívida. 
Como um objeto processual, existe a renúncia do processo, existindo a possibilidade de 
uma nova ação. 
1.1.7. Menor onerosidade\Sacrifício: 
Previsto no art. 620 CPC, tal princípio regulamenta alguns limites políticos à evasão 
patrimonial, como é o caso das impenhorabilidades, ou seja, bens necessários à 
sobrevivência do devedor e de sua família, assim o salário, as utilidades domésticas 
correspondentes a um médio padrão de vida, os instrumentos necessários ou úteis ao 
exercício da profissão. 
Outrossim, por força deste princípio, busca-se o equilíbrio entre os interesses do 
exequente e os do executado. Menor onerosidade para o exequente e para o executado, 
existindo uma análise sociológica, a possibilitar uma exceção sem sacrifício processual. 
Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos 
gravoso para o devedor. 
1.1.8. Utilidade: 
A execução deve ser útil para pagar ao menos o principal, ou parte dele. 
1.1.9. Dignidade da Pessoa Humana: 
É um princípio limitador do princípio da patrimonialidade. Os atos expropriatórios não 
devem levar o devedor à indignidade. No processo de execução, portanto, existe a 
tensão do princípio da patrimonialidade x princípio da dignidade da pessoa humana (art. 
1º, III, CF/88). 
Art. 1º, CF/88 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: [...] III - a dignidade da pessoa humana; [...] 
Em nome do princípio da dignidade da pessoa humana, se protege o bem de família, os 
bens que estão na casa. Não interessa ao Estado levar o cidadão à miserabilidade 
absoluta. Art. 649, CPC. 
1.2. Requisitos: 
Elementos a serem verificados para iniciar uma execução: 
1.2.1. Inadimplemento 
1.2.2. Título Executivo (judicial art. 475 "N" ou extrajudicial art. 585, CPC) 
 Título executivo judicial: Título que passou por um processo de conhecimento 
dentro do Poder Judiciário. O Poder Judiciário, dentro de um processo de 
conhecimento, forneceu uma decisão. Exemplos de título judicial: art. 475-N. 
 Títulos executivos extrajudiciais: Dispensam passar pelo poder judiciário, ou pelo 
processo de conhecimento.A lei lhes confere um grau de certeza. É uma criação 
da lei para poder agilizar o cumprimento das obrigações. Art. 585, CPC. O rol é 
enumerativo (podem ser criados outros). 
A) Líquido: deve conter a expressão monetária da obrigação, ou a indicação precisa da 
coisa a ser entregue, ou obrigação a ser realizada. 
B) Certo: Deve existir a certeza de sua origem legal, e a certeza de um indicativo para 
quem deva cumpra essa obrigação (exemplo: o contrato assinado por duas 
testemunhas). 
C) Exigível: somente é possível pleitear um título se este estiver vencido. 
 
QUESTÃO DE PROVA: Quando a execução é proposta ante a ausência do 
inadimplemento do título, será extinta sem resolução do mérito por quais motivos? 
Por ausência de condição de ação, especificamente a ausência do interesse de agir, por 
não estar presente a necessidade. 
 
2. Legitimidade 
2.1. Ativos Ordinários: É aquele que tem a obrigação direta de pagar, ou seja, fazer algo. 
Art. 566, I, CPC. 
Art. 566. Podem promover a execução forçada: 
I - o credor a quem a lei confere título executivo; 
 
2.2. Ativos Extraordinários: É aquele que não tem um dever direto ao cumprimento da 
execução, estando seus casos previstos em lei. 
Art. 566, II; Art. 567, CPC. 
Art. 566. Podem promover a execução forçada: 
I I - o Minis tério Públ ico, nos casos prescri tos em lei . 
Art. 567. Podem também promover a execução, ou nela prosseguir: 
I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, Ihes for transmitido o direito 
resultante do título executivo; 
I I - o cess ionário, quando o di rei to resultante do título executivo Ihe foi transferido por ato entre vivos ; 
I I I - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação lega l ou convencional . 
 
2.3. Passivos Ordinários: É aquele que tem a obrigação direta de receber a execução. 
Art. 568, I, CPC. 
Art. 568. São sujei tos pass ivos na execuçã o: 
I - o devedor, reconhecido como ta l no título executivo; 
 
2.4. Passivos Extraordinários: É aquele que não tem um dever direto ao recebimento 
da execução, estando seus casos previstos em lei. 
Art. 586, II a V, CPC. 
Art. 568. São sujei tos pass ivos na execução: 
I I - o espól io, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
I I I - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; 
IV - o fiador judicia l ; 
V - o responsável tributário, ass im definido na legi s lação própria . 
 
2.5. Partes no Processo Executivo: 
 Autor: exequente/executante 
 Réu: executado 
3. Competência 
3.1. Títulos judiciais: art. 575, CPC. 
Art. 575. A execução, fundada em título judicia l , processar-se-á perante: 
I - os tribunais superiores , nas causas de sua competência originária ; 
I I - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; 
I I I - REVOGADO 
IV - o juízo cível competente, quando o título executivo for sentença penal condenatória ou sentença arbi t ra l . 
 
3.2. Títulos extrajudiciais: art. 576, CPC. 
Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial, será processada perante o juízo competente, na conformidade 
do disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II e I I I . 
 
4. Requisitos Executivos: 
A) Obrigações alternativas: art. 571, CPC. 
Art. 571. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, este será citado para exercer a opção e 
rea lizar a prestação dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo não Ihe foi determinado em lei, no contrato, ou na 
sentença. 
§ 1o Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exerci tou no prazo marcado. 
§ 2o Se a escolha couber ao credor, este a indicará na petição inicia l da execução. 
 
B) Obrigações Condicionadas: art. 572, CPC. 
Art. 572. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o credor não poderá executar a sentença 
sem provar que se rea l i zou a condição ou que ocorreu o termo. 
 
C) Cumulações Execuções: art. 573, CPC. 
Art. 573. É l íci to ao credor, sendo o mesmo o devedor, cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos 
di ferentes , desde que para todas elas seja competente o juiz e idêntica a forma do processo. 
 
D) Inadimplemento: art. 580, CPC. 
Art. 580. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, l íquida e exigível, 
consubstanciada em título executivo. 
 
4.1. Petição Inicial 
A) Documentos: art. 614, CPC. 
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a ci tação do devedo r e instruir a petição inicia l : 
I - com o título executivo extra judicia l ; 
I I - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por 
quantia certa; 
I I I - com a prova de que se veri ficou a condição, o u ocorreu o termo (art. 572). 
 
B) Espécie Executiva: art. 615 
Art. 615. Cumpre a inda ao credor: 
I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada; 
I I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair 
sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto; 
I I I - plei tear medidas acautelatórias urgentes ; 
IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cu mprimento, se o executado 
não for obrigado a satis fazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor. 
 
OBS: Art. 615 A - Certidão premonitória (para evitar que o devedor desfaça seu 
patrimônio) 
Art. 615-A. O exequente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, 
com identificação das partes e va lor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou 
regis tro de outros bens sujei tos à penhora ou arresto. 
§ 1o O exequente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização. 
§ 2o Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o va lor da dívida, será determinado o cancelamento das 
averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham s ido penhorados . 
§ 3o Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (art. 593). 
§ 4o O exequente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 
2o do art. 18 desta Lei , processando-se o incidente em autos apartados . 
§ 5o Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo. 
 
C) Prova Cumprimento da obrigação pelo credor: 
OBS: Adiantamento da Inicial. Art. 616 
Art. 616. Veri ficando o juiz que a petição inicial está incompleta, ou não se acha acompanhada dos documentos 
indispensáveis à propositura da execução, determinará que o credor a corrija, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de 
ser indeferida. 
 
5. Liquidação: 
A) Finalidade: Atender requisito da liquidez. 
B) Momento: Após a sentença, no início da execução ( Título Executivo Extrajudicial) 
 
5.1 - Modalidades: Art 475 A e Art. 475 H. 
 
Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o va lor devido, procede -se à sua l iquidação. 
§ 1o Do requerimento de l iquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa de seu advogado. 
§ 2o A l iquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos apartados, no juízo de 
origem, cumprindo ao l iqui dante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes . 
§ 3o Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II, alíneas ‘d' e ‘e' desta Lei, é 
defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar d e plano, a seu prudente critério, o va lor devido. 
 
Art. 475-H. Da decisão de l iquidação caberá agravode instrumento. 
 
A) Mero cálculo: art. 475 B (mera conta) 
Art. 475-B. Quando a determinação do va lor da condenação depender apenas de cá lculo ari tmético, o credor 
requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta Lei , instruindo o pedido com a memória 
discriminada e atual izada do cá lculo. 
 
B) Arbitramento: art. 475 - C (perito, ou seja, sai da mera conta para um campo mais 
severo) 
Art. 475-C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando: 
I - determinado pela sentença ou convencionado pelas partes; 
II - o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
 
C) Artigos: art. 475 E, Fato novo, está dentro da lide como uma consequência, no 
momento não à como saber a dimensão do fato ilícito que ocorreu no passado. 
Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o va lor da condenação, houver necessidade de 
a legar e provar fato novo. 
 
6. Penhora de bens: (Ato processual) 
A) Finalidade: 
I) preservar patrimônio do devedor; 
II) ato preparatório da Expropriação; 
III) estabelecer privilégio de exequente (art. 612) 
Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal (art. 751, I I I), realiza -
se a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados. 
IV) destacar bem patrimônio do devedor. 
B) Finalidade penhora: Expropriar bens; ato preparatório; 
C) Bens Penhoráveis: art. 655. 
Art. 655. A penhora observará, preferencia lmente, a seguinte ordem: 
I - dinheiro, em espécie ou em depós i to ou apl icação em insti tuição fi nanceira ; 
I I - veículos de via terrestre; 
I I I - bens móveis em gera l ; 
IV - bens imóveis ; 
V - navios e aeronaves ; 
VI - ações e quotas de sociedades empresárias ; 
 VII - percentual do faturamento de empresa devedora; 
VIII - pedras e metais preciosos ; 
IX - títulos da dívida públ ica da União, Estados e Dis tri to Federa l com cotação em mercado; 
X - títulos e va lores mobi l iários com cotação em mercado; 
XI - outros di rei tos . 
§ 1o Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, 
preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; se a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse 
intimado da penhora. 
§ 2o Reca indo a penhora em bens imóveis , será intimado também o cônjuge do executado. 
 
D) Bens Impenhoráveis: art. 649. 
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis : 
I - os bens ina l ienáveis e os declarados , por ato voluntário, não sujei tos à execução; 
I I - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor 
ou que ul trapassem as necess idades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
I I I - os vestuários , bem como os pertences de uso pessoal do executado, sa lvo se de elevado va lor; 
 IV - os vencimentos, subsídios, s oldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e 
montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os 
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo; 
V - os l ivros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis 
ao exercício de qualquer profissão; 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materia is necessários para obras em andamento, sa lvo se essas forem penhoradas ; 
VIII - a pequena propriedade rura l , ass im definida em lei , desde que trabalhada pela famíl ia ; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
ass is tência socia l ; 
X - até o l imite de 40 (quarenta) sa lários mínimos, a quantia depos i tada em caderneta de poupança. 
XI - os recursos públ icos do fundo partidário recebidos , nos termos da lei , por partido pol ítico. 
§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquis ição do próprio bem. 
§ 2o O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação 
a l imentícia . 
§ 3o (VETADO). 
 
Obs1: Inciso IV § 3 
Obs2: Penhora online 
E) Penhora bem indivisível: art. 655-B 
Art. 655-B. Tratando-se de penhora em bem indivisível, a meação do cônjuge a lheio à execução recairá sobre o 
produto da a l ienação do bem. 
 
F) Substituição penhora: art. 656, 668. 
Art. 656. A parte poderá requerer a substi tuição da penhora: 
I - se não obedecer à ordem legal ; 
I I - se não incidi r sobre os bens des ignados em lei , contrato ou ato judicia l para o pagamento; 
I I I - se, havendo bens no foro da execução, outros houverem s ido penhorados ; 
IV - se, havendo bens l ivres , a penhora houver reca ído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame; 
V - se incidi r sobre bens de baixa l iquidez; 
VI - se fracassar a tentativa de a l ienação judicia l do bem; ou; 
VII - se o devedor não indicar o va lor dos bens ou omitir qualquer das indicações a que se referem os incisos I a IV do 
parágrafo único do art. 668 desta Lei . 
§ 1o É dever do executado (art. 600), no prazo fixado pelo juiz, indicar onde se encontram os bens sujeitos à execução, 
exibir a prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude 
que di ficul te ou embarace a rea l i zação da penhora (art. 14, parágrafo único). 
§ 2o A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou seguro garantia judicial, em va lor não inferior ao do débito 
constante da inicia l , mais 30% (trinta por cento). 
§ 3o O executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira com a expressa anuência do 
cônjuge. 
Art. 668. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias após intimado da penhora, requerer a substituição do bem 
penhorado, desde que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao exequente e será menos 
onerosa para ele devedor (art. 17, incisos IV e VI, e art. 620). 
Parágrafo único. Na hipótese previs ta neste artigo, ao executado incumbe: 
I - quanto aos bens imóveis, indicar as respectivas matrículas e registros, s ituá-los e mencionar as divisas e 
confrontações ; 
I I - quanto aos móveis , particularizar o estado e o lugar em que se encontram; 
I I I - quanto aos semoventes, especificá-los, indicando o número de cabeças e o imóvel em que se encontram; 
IV - quanto aos créditos, identificar o devedor e qualificá-lo, descrevendo a origem da dívida, o título que a representa 
e a data do vencimento; e; 
V - atribuir va lor aos bens indicados à penhora. 
 
G) Penhora por carta: art. 658. 
Art. 658. Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far-se-á a execução por carta, penhorando-se, avaliando-se e 
a l ienando-se os bens no foro da s i tuação (art. 747). 
 
H) Segunda penhora: art. 667. 
 Art. 667. Não se procede à segunda penhora, sa lvo se: 
I - a primeira for anulada; 
I I - executados os bens , o produto da a l ienação não bastar para o pagamento do credor; 
I I I - o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por estarem penhorados, arrestados ou 
onerados . 
 
7. Meio Expropriatório 
7.1. Finalidade Execução: art. 646 
Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a 
fim de satisfazer o direito do credor (art. 591). 
 
7.2. Finalidade Expropriação: Atingir patrimônio do devedor e por consequência tira-lo 
de seu acervo. 
7.3. Mecanismo Expropriatório: art. 647 
Art. 647. A expropriação consiste: 
I - na adjudicação em favor do exequente ou das pessoas indicadas no § 2o do art. 685-
A destaLei; 
II - na alienação por iniciativa particular; 
III - na alienação em hasta pública; 
IV - no usufruto de bem móvel ou imóvel. 
 
A) Adjunção: art. 685, A á art. 685, B. 
Art. 685-A. É lícito ao exeqüente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, 
requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados. 
§ 1o Se o valor do crédito for inferior ao dos bens, o adjudicante depositará de imediato 
a diferença, ficando esta à disposição do executado; se superior, a execução prosseguirá 
pelo saldo remanescente. 
§ 2o Idêntico direito pode ser exercido pelo credor com garantia real, pelos credores 
concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes 
ou ascendentes do executado. 
§ 3o Havendo mais de um pretendente, proceder-se-á entre eles à licitação; em 
igualdade de oferta, terá preferência o cônjuge, descendente ou ascendente, nessa 
ordem. 
§ 4o No caso de penhora de quota, procedida por exeqüente alheio à sociedade, esta 
será intimada, assegurando preferência aos sócios. 
§ 5o Decididas eventuais questões, o juiz mandará lavrar o auto de adjudicação. 
 
Art. 685-B. A adjudicação considera-se perfeita e acabada com a lavratura e assinatura 
do auto pelo juiz, pelo adjudicante, pelo escrivão e, se for presente, pelo executado, 
expedindo-se a respectiva carta, se bem imóvel, ou mandado de entrega ao adjudicante, 
se bem móvel. 
Parágrafo único. A carta de adjudicação conterá a descrição do imóvel, com remissão a 
sua matrícula e registros, a cópia do auto de adjudicação e a prova de quitação do 
imposto de transmissão. 
 
B) Alienação Iniciativa Particular: art. 685, C. 
Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá 
requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor 
credenciado perante a autoridade judiciária. 
§ 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, 
o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, bem como, se for 
o caso, a comissão de corretagem. 
§ 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, pelo 
exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se carta de 
alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, mandado de 
entrega ao adquirente. 
§ 3o Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento da 
alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, e 
dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em exercício 
profissional por não menos de 5 (cinco) anos. 
 
C) Alienação Hasta Pública: art. 686 à art. 713. 
C1) Leilão: é a hasta pública para bens móveis 
C2) Praça: coisas imóveis 
D) Usufruto bem móvel\imóvel: art. 716 à art. 731. 
8. Espécies de Execução 
8.1. Execução de pagar quantia certa Devedor SOLVENTE: art. 652 e ss. 
8.1.1 Procedimentos 
A) Citação para em três dias; 
I) Primeiro mandado de citação; 
II) Segunda penhora 
 
B) Ausência pagamento inicia a penhora 
C) Iniciação bens para penhora 
I) Pelo credor: art. 652§2 
Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento 
da dívida. 
§ 2o O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 
655). 
 
II) Pelo devedor: art.652 §3 
§ 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento do exeqüente, determinar, a qualquer 
tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de penhora. 
D) redução honorários sucumbência: art. 652 A § único. 
Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a 
serem pagos pelo executado (art. 20, § 4o). 
Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba 
honorária será reduzida pela metade. 
 
E) devedor ausente - arresto (procedimento da execução, ato preparatório para a 
citação do edital) 
 Citação por edital: art. 654 
Art. 654. Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que foi 
intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer a 
citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se 
refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora em caso de não-pagamento. 
F) penhora, seguida expropriação; 
Exemplo para elaborar uma petição: Joao e portador de cheque vencido e não pago 
emitido por Pedro n valor de R$1000,00 pretende promover a execução e necessita de 
seu auxílio. Na qualidade de advogado elabore a petição inicial atento a previsão contida 
nos art. 612 a 620 e 652 a 654. 
G) Entrega dinheiro: 
I) Ordem penhora (art. 709, 711 c/c 612) 
Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso 
universal (art. 751, III), realiza-se a execução no interesse do credor, que adquire, pela 
penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados. 
Art. 709. O juiz autorizará que o credor levante, até a satisfação integral de seu crédito, 
o dinheiro depositado para segurar o juízo ou o produto dos bens alienados quando: 
I - a execução for movida só a benefício do credor singular, a quem, por força da 
penhora, cabe o direito de preferência sobre os bens penhorados e alienados; 
II - não houver sobre os bens alienados qualquer outro privilégio ou preferência, 
instituído anteriormente à penhora. 
Parágrafo único. Ao receber o mandado de levantamento, o credor dará ao devedor, 
por termo nos autos, quitação da quantia paga. 
 
Art. 711. Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e entregue 
consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à preferência, 
receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo aos demais 
concorrentes direito sobre a importância restante, observada a anterioridade de cada 
penhora. 
 
II) Pagamento: art. 710. 
Art. 710. Estando o credor pago do principal, juros, custas e honorários, a importância 
que sobejar será restituída ao devedor. 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: 
A) Qual a finalidade do processo executivo? 
O processo executivo tem por finalidade promover o adimplemento forçado da 
obrigação consubstanciada no título executivo, ou seja, obter o resultado prático de um 
processo de cognição. Adimplir o que não foi adimplido voluntariamente. Obrigação de 
pagar quantia certa tem caráter patrimonial. O processo de execução será sempre 
movimentado em torno do caráter patrimonial. 
 
B) Explique o princípio do contraditório no processo de execução: 
Existe o contraditório por obediência a Constituição no que se refere ao devido processo 
legal, mas limitando-se somente a questões processuais, não existindo, pois, a 
possibilidade de uma discussão meritória. (O mérito só poderá ser tratado em 
contraditório eventualmente, conforme os casos previstos em lei, como por exemplo, 
nos embargos do executado, processo cognitivo autônomo e incidente ao processo 
executivo). 
 
 
C) Relacione o princípio da menor onerosidade com o princípio da patrimonialidade: 
Previsto no art. 620 CPC, tal princípio regulamenta alguns limites políticos à evasão 
patrimonial, visto que a execução busca somente o patrimônio do devedor, como é o 
caso das impenhorabilidades, ou seja, bens necessários à sobrevivência do devedor e de 
sua família, assim como salário, as utilidades domésticas correspondentes a um médio 
padrão de vida, os instrumentos necessários ou úteis ao exercício da profissão. 
Outrossim, por força deste princípio, busca-se o equilíbrio entre os interesses do 
exequente e os do executado. 
 
D) Relacione bens impenhoráveis e a garantia constitucional da dignidade da pessoahumana: 
Os bens impenhoráveis estão elencados no art. 649 do CPC. São impenhoráveis 
justamente por promover e respeitar os parâmetros constitucionais, instituídos pelo 
princípio da dignidade da pessoa humana. 
 
E) O que é o processo SINCRÉTICO, e explique a sua finalidade, bem como a diferença 
essencial em relação à fase de execução autônoma: 
Processo sincrético é aquele que admite, simultaneamente, cognição e execução. Busca-
se a efetividade, celeridade e econômica processual, sem separar o processo cognitivo 
da execução processual, ou seja, a fusão de duas fases processuais. Contudo, antes de 
iniciar a execução é necessário findar todo o processo cognitivo. art. 475 I, CPC, Lei 
11.232/05. 
 
F) Explique e exemplifique os métodos executivos diretos e indiretos: 
Métodos (opções) executivos diretos: Execução por sub-rogação, não restando 
alternativa para o Estado objetivando o efetivo cumprimento da execução, este assume 
de forma indireta o interesse tanto do credor, quanto para o devedor, promovendo a 
execução da obrigação e seu efetivo cumprimento. Todavia, o Estado só pode intervir 
no processo por sub-rogação, em "ultima racio". 
Métodos (opções) executivos indiretos: Coação imposta pelo Estado para o devedor, 
como uma premiação ao devedor, podendo estabelecer sanções para o caso de não 
cumprimento do acordado. 
8.2. Cumprimento de sentença: art. 475, I, a 475, O, CPC. 
Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei 
ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais 
artigos deste Capítulo. 
§ 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se 
tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito 
suspensivo. 
§ 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito 
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação 
desta. 
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em 
liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será 
acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e 
observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora 
e avaliação. 
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na 
pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, 
ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, 
querendo, no prazo de quinze dias. 
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de 
conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe 
breve prazo para a entrega do laudo. 
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem 
penhorados. 
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de 
dez por cento incidirá sobre o restante. 
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar 
os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. 
Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: 
I - falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; 
II - inexigibilidade do título; 
III - penhora incorreta ou avaliação errônea; 
IV - ilegitimidade das partes; 
V - excesso de execução; 
VI - qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente 
à sentença. 
§ 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também 
inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais 
pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato 
normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição 
Federal. 
§ 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia 
quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor 
que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação. 
Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal 
efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja 
manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta 
reparação. 
§ 1o Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente requerer 
o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, 
arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
§ 2o Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios 
autos e, caso contrário, em autos apartados. 
§ 3o A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, 
salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação. 
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: 
I - a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de 
fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; 
II - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
III - a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria 
não posta em juízo; 
IV - a sentença arbitral; 
V - o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; 
VI - a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. 
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a 
ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o 
caso. 
Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo 
que a definitiva, observadas as seguintes normas: 
I - corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
II - fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos 
nos mesmos autos, por arbitramento; 
III - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação 
de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de 
caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
§ 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada 
ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução. 
§ 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada: 
I - quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até 
o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação 
de necessidade; 
II - nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo Tribunal 
Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa 
manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação. 
§ 3o Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias 
autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a 
autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal: 
I - sentença ou acórdão exeqüendo; 
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; 
III - procurações outorgadas pelas partes; 
IV - decisão de habilitação, se for o caso; 
V - facultativamente, outras peças processuaisque o exeqüente considere necessárias. 
 
8.2.1. Aplicação: Art. 475, I, CPC. Inaugura-se o sincretismo processual. 
Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei 
ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais 
artigos deste Capítulo. 
§ 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se 
tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito 
suspensivo. 
§ 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito 
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação 
desta. 
 
8.2.2. Requerimento do credor: Art. 475, B, CPC. 
Embora o legislador do art. 474, b, do CPC, determine que a liquidação por mero cálculo 
e iniciada pelo autor frequente, as demais, também poderão ser pelo autor e pelo réu 
haja vista, o pleno intento executivo que visa o adimplemento obrigacional. 
Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo 
aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma do art. 475-J desta 
Lei, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do cálculo. 
§ 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em 
poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, 
fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência. 
§ 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-
ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o forem pelo terceiro, 
configurar-se-á a situação prevista no art. 362. 
§ 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo 
credor aparentemente exceder os limites da decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de 
assistência judiciária. 
§ 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos do § 3o deste artigo, 
far-se-á a execução pelo valor originariamente pretendido, mas a penhora terá por base 
o valor encontrado pelo contador. 
 
8.2.3. Início execução forçada: Art. 475, J, CPC. 
 Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em 
liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será 
acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e 
observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora 
e avaliação. 
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na 
pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, 
ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, 
querendo, no prazo de quinze dias. 
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de 
conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe 
breve prazo para a entrega do laudo. 
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem 
penhorados. 
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de 
dez por cento incidirá sobre o restante. 
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar 
os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte. 
 
A) Multa: Multa no Valor de 10%. 
8.2.4. Controvérsia: Art. 475, B, art. 475, J, CPC? 
8.2.5. Penhora: Art. 475, J, §1º, CPC. 
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na 
pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, 
ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, 
querendo, no prazo de quinze dias. 
 
8.3. Execuções obrigacionais (tutela específica) 
 
8.3.1 Finalidade: 
Visa promover o cumprimento da obrigação constante no título, seja ele judicial ou 
extrajudicial. 
8.3.2 Característica essencial: Especialidade da pretensão inadimplida. 
8.3.2.1 Para tanto: Meios coercitivos previstos na norma processual, quais sejam: 
 
a) Art. 621, § único. 
Parágrafo único. O juiz, ao despachar a inicial, poderá fixar multa p or dia de atraso no cumprimento da obrigação, 
ficando o respectivo va lor sujei to a a l teração, caso se revele insuficiente ou excess ivo. 
 
b) Art. 645. Multa diária. 
Art. 645. Na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, 
fixará multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação e a data a parti r da qual será devida. 
Parágrafo único. Se o va lor da multa estiver previs to no título, o juiz poderá reduzi -lo se excess ivo. 
 
c) Art. 461. § 5. 
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático 
equiva lente ao do adimplemento. 
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou 
a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e 
apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário 
com requis ição de força pol icia l . 
 
8.3.3 Modalidades: 
8.3.3.1 Entrega coisa: Art. 621 a 631. 
a) procedimento: Art. 621. 
Art. 621. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado 
para, dentro de 10 (dez) dias , satis fazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, I I), apresentar embargos . 
Parágrafo único. O juiz, ao despachar a inicial, poderá fixar multa por d ia de atraso no cumprimento da obrigação, 
ficando o respectivo va lor sujei to a a l teração, caso se revele insuficiente ou excess ivo. 
 
b) deposito: Art. 622. 
Art. 622. O devedor poderá depos i tar a coisa , em vez de entregá -la , quando quiser opor embargos . 
 
c) mandado de imissão/ busca: Art. 625. 
Art. 625. Não sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos da execução, expedir-se-
á , em favor do credor, mandado de imissão na posse ou de busca e apreensão, conforme se tratar de imóvel ou de 
móvel . 
 
d) perdas e danos: Art. 627 
Art. 627. O credor tem direito a receber, além de perdas e danos, o va lor da coisa, quando esta não Ihe for entregue, 
se deteriorou, não for encontrada ou não for reclamada do poder de terceiro adquirente. 
§ 1o Não constando do título o va lor da coisa, ou sendo impossível a sua avaliação, o exeqüente far-lhe-á a estimativa, 
sujei tando-se ao arbi tramento judicia l . 
§ 2o Serão apurados em l iquidação o va lor da coisa e os prejuízos . 
 
e) benfeitorias: Art. 628 
Art. 628. Havendo benfeitorias indenizáveis feitas na coisa pelo devedor ou por terceiros, de cujo poder ela houver 
s ido tirada, a liquidação prévia é obrigatória. Se houver saldo em favor do devedor, o credor o depositará ao requerer 
a entrega da coisa; se houver saldo em favor do credor, este poderá cobrá -lo nos autos do mesmo processo. 
 
8.3.3.2 Entrega coisa incerta: Art. 629 - 631 
a) citação para entrega: Art. 629; 
Art. 629. Quando a execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e quantidade, o devedor será citado para 
entregá-las individualizadas, se Ihe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicará na petição inicial. 
 
b) impugnação escolha: Art. 630 
Art. 630. Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz 
decidi rá de plano, ou, se necessário, ouvindo peri to de sua nomeação. 
Art. 631. Apl icar-se-á à execução para entrega de coisa incerta o estatuído naseção anterior. 
 
8.3.3.3 Obrigação fazer (Art. 632 a 638) 
a) procedimento: citação para fazer: Art. 635 
Art. 635. Prestado o fato, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias; não havendo impugnação, dará por 
cumprida a obrigação; em caso contrário, decidi rá a impugn ação. 
 
b) fato prestado: Art. 635 
c) conversão perdas e danos: Art. 638 § único 
Art. 638. Nas obrigações de fazer, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente, o credor poderá 
requerer ao juiz que Ihe ass ine prazo para cumpri -la . 
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do devedor converter-se-á em perdas e 
danos , apl icando-se outross im o disposto no art. 633. 
 
8.3.3.4 obrigação não fazer: Art. 642 e 643 
Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá 
ao juiz que Ihe ass ine prazo para desfazê -lo. 
 
Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, 
respondendo o devedor por perdas e d anos . 
Parágrafo único. Não sendo poss ível desfazer-se o ato, a obrigação resolve -se em perdas e danos . 
 
OBS: Ler dos 621 aos 645. 
 
8.4. Execuções especiais: 
8.4.1. Sentença penal coordenadoria. Art. 63 CPP c/c 475, N, II, CPC. 
Existe um processo sincrético, mas, ocorre a citação e não intimação, pois o juiz civil 
neste momento terá um primeiro contato com o processo. 
Art. 63. Trans itada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o 
efei to da reparação do dano, o ofendido, seu representante lega l ou seus herdeiros . 
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo va lor fixado 
nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano 
efetivamente sofrido. 
 
Art. 475-N. São títulos executivos judicia is : 
I - a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa 
ou pagar quantia ; 
I I - a sentença penal condenatória trans i tada em julgado; 
I I I - a sentença homologatória de conciliação ou de transação, a inda que inclua matéria não posta em juízo; 
IV - a sentença arbi tra l ; 
V - o acordo extra judicia l , de qualquer natureza, homologado judici a lmente; 
VI - a sentença estrangeira , homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a 
título s ingular ou universa l . 
 
8.4.1.1. Necessidade liquidação por artigo 
8.4.1.2. Polêmicas: 
A) Sentença transmitida em julgado: Somente comporta execução ex delito, desde que 
transitada em julgado. 
B) Conflito entre sentença cível penal: A doutrina entende que prevalece a penal porque 
esta já ser um título executivo. A penal é base para o civil, já a cível na é base para o 
penal. 
C) Sentença absolutória: Em razão das excludentes de ilicitudes, não se gera penalidades 
por excludentes de culpa penal, todavia a absolvição penal não exclui a culpabilidade 
civil. 
 
8.4.2. Sentença arbitral: Não é considerada jurisdição por ser um direito privado, por 
esse motivo, sua natureza jurídica é um contrato, por ser pactuada entre as partes. 
8.4.2.1. Liquidação se for aplicável 
8.4.2.2. Citação para pagar: art. 475, J. 
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no 
prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a 
requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e 
ava l iação. 
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 
e 237), ou, na fa lta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo 
oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias . 
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, 
de imediato, nomeará ava l iador, ass inando -lhe breve prazo para a entrega do laudo. 
§ 3o O exeqüente poderá, em seu requerimento, i ndicar desde logo os bens a serem penhorados . 
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o 
restante. 
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu 
desarquivamento a pedido da parte. 
 
8.4.2.3. Polemicas: Sentença arbitral é considerada sentença? Pela lei 9.610/96 sim, 
mas pela natureza jurídica não, devido a sua força contratual, sendo assim, encaixando-
se no direito privado. 
 
8.4.3. Sentença estrangeira: Não é exequível no Brasil, salvo se homologada pelo STJ. 
8.4.3.1. Requisitos: Deve ser homologada pelo STJ. 
8.4.3.2. Aplicação: art. 475, J, com citação. 
 
8.4.4. Execução fazenda pública: Art. 730. Considerada por parte da doutrina como 
execução imprópria. 
Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, ci tar-se-á a devedora para opor embargos em 10 
(dez) dias ; se esta não os opuser, no prazo lega l , observar-se-ão as seguintes regras : 
I - o juiz requis i tará o pagamento por intermédio do pres idente do tribunal competente; 
I I - far-se-á o pagamento na ordem de apresenta ção do precatório e à conta do respectivo crédito. 
Art. 731. Se o credor for preterido no seu direito de preferência, o presidente do tribunal, que expediu a ordem, 
poderá, depois de ouvido o chefe do Ministério Público, ordenar o seqüestro da quantia necessária para satisfazer o 
débito. 
 
A. Citação para embargos. 
A. Execução imprópria. 
A. Expropriação patrimonial: Não existe, pois a Fazenda não tem patrimônio, tudo é do 
povo. 
 
OBS: Art. 100, CC: 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua 
qual i ficação, na forma que a lei determinar. 
 
OBS: Art. 100, CF: 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Es taduais, Distrital e Municipais, em virtude de 
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créd itos 
adicionais abertos para este fim. 
§ 1º Os débitos de natureza a limentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, 
pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas 
em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre 
todos os demais débitos , exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza a limentícia cujos ti tulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de 
expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com 
preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto 
no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem 
cronológica de apresentação do preca tório. 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de 
obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença 
judicia l trans i tada em julgado. 
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leispróprias, va lores distintos às entidades de direito 
público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime 
gera l de previdência socia l . 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de 
seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 
1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus va lores atualizados 
monetariamente. 
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo 
ao Pres idente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a 
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não 
a locação orçamentária do va lor necessário à satis fação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva . 
§ 7º O Pres idente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação 
regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional 
de Justiça . 
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de va lor pago, bem como o 
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que 
dispõe o § 3º deste artigo. 
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, 
a título de compensação, va lor correspondente aos débitos l íquidos e certos, ins critos ou não em dívida ativa e 
constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, 
ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação adminis trativa ou judicia l . 
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 
(trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições 
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previs tos . 
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em 
precatórios para compra de imóveis públ icos do respectivo ente federado. 
§ 12. A parti r da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de va lores de requisitórios, após sua 
expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será fei ta pelo índice oficial de 
remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no 
mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros 
compensatórios . 
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da 
concordância do devedor, não se apl icando ao cess ionário o disposto nos §§ 2º e 3º. 
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao 
tribunal de origem e à entidade devedora. 
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime 
especial para pagamento de crédito de precatórios d e Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre 
vinculações à recei ta corrente l íquida e forma e prazo de l iquidação. 
§ 16. A seu cri tério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, o riundos de precatórios, de Estados, 
Dis tri to Federa l e Municípios , refinanciando -os di retamente. 
 
8.5. Execução por quantia certa devedor insolvente: 
8.5.1. Conceito de insolvência: Incapacidade financeira de determinada pessoa física, 
ou seja, pessoa natural falida. 
8.5.2. Modalidades: 
A) Insolvência efetiva: patrimônio menor que a dívida, art. 748. 
Art. 748. Dá -se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor. 
 
A) Insolvência presumida: art. 750. 
Art. 750. Presume-se a insolvência quando: 
I - o devedor não possuir outros bens l ivres e desembaraçados para nomear à penhora; 
I l - forem arrestados bens do devedor, com fundamento no art. 813, I , I I e I I I . 
 
8.5.3. Finalidade: art. 751. 
Art. 751. A declaração de insolvê ncia do devedor produz: 
I - o vencimento antecipado das suas dívidas ; 
I I - a arrecadação de todos os seus bens suscetíveis de penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do 
processo; 
I I I - a execução por concurso universa l dos seus credores . 
 
A) vencimento antecipado: art. 751, I, I - o vencimento antecipado das suas dívidas; 
 
B) arrecadação de todos os bens: art. 751, II, II - a arrecadação de todos os seus bens 
suscetíveis de penhora, quer os atuais, quer os adquiridos no curso do processo; 
 
C) concurso de credores: art. 751, III, III - a execução por concurso universal dos seus 
credores. 
 
8.5.4. Efeitos: art. 752. 
Art. 752. Declarada a insolvência, o devedor perde o direito de administrar os seus bens e de dispor deles, até a 
l iquidação tota l da massa. 
 
8.5.5. Legitimados: art. 753. 
Art. 753. A declaração de insolvência pode ser requerida: 
I - por qualquer credor quirografário; 
I I - pelo devedor; 
I I I - pelo inventariante do espól io do devedor. 
 
A) credor quirografário: não tem a garantia real. art. 753, I, por qualquer credor 
quirografário; 
B) devedor: art. 753, II, pelo devedor; 
C) espólio: art. 753 III, pelo inventariante do espólio do devedor. 
 
8.5.6. Defesa: art. 756. 
Art. 756. Nos embargos pode o devedor a legar: 
I - que não paga por ocorrer a lguma das causas enumeradas nos arts. 741, 742 e 745, conforme o pedido de 
insolvência se funde em título judicia l ou extra judicia l ; 
I l - que o seu ativo é superior ao pass ivo. 
OBS: Depósito ilisivo: é o depósito que afasta a insolvência. 
 
8.5.7. Concurso de credores: art. 768 e SS. 
Art. 768. Findo o prazo, a que se refere o n o I I do art. 761, o escrivão, dentro de 5 (cinco) dias, ordenará todas as 
declarações, autuando cada uma com o seu respectivo título. Em seguida intimará, por edital, todos os credores para, 
no prazo de 20 (vinte) dias, que Ihes é comum, a legarem as suas preferências, bem como a nulidade, simulação, 
fraude, ou fa ls idade de dívidas e contratos . 
Parágrafo único. No prazo, a que se refere este artigo, o devedor poderá impug nar quaisquer créditos . 
Art. 769. Não havendo impugnações, o escrivão remeterá os autos ao contador, que organizará o quadro geral dos 
credores, observando, quanto à classificação dos créditos e dos títulos legais de preferência, o que dispõe a lei civi l . 
Parágrafo único. Se concorrerem aos bens apenas credores quirografários, o contador organizará o quadro, 
relacionando-os em ordem a l fabética . 
Art. 770. Se, quando for organizado o quadro geral dos credores, os bens da massa já tiverem sido alienados, o 
contador indicará a percentagem, que caberá a cada credor no rateio. 
Art. 771. Ouvidos todos os interessados, no prazo de 10 (dez) dias, sobre o quadro geral dos credores, o juiz proferirá 
sentença. 
Art. 772. Havendo impugnação pelo credor ou pelo devedor, o juiz deferirá, quando necessário, a produção de provas 
e em seguida proferi rá sentença. 
§ 1o Se for necessária prova ora l , o juiz des ignará audiência de instrução e julgamento. 
§ 2o Trans i tada em julga do a sentença, observar-se-á o que dispõem os três artigos antecedentes . 
Art. 773. Se os bens não foram alienados antes da organização do quadro geral, o juiz determinará a alienação em 
praça ou em lei lão, destinando-se o produto aopagamento dos credores . 
 
8.5.8. Extinção das obrigações: art. 777 e SS. 
Art. 777. A prescrição das obrigações, interrompida com a instauração do concurso universal de credores, recomeça 
a correr no dia em que passar em julgado a sentença que encerrar o processo de insolvência . 
Art. 778. Cons ideram-se extintas todas as obrigações do devedor, decorrido o prazo de 5 (cinco) anos, contados da 
data do encerramento do processo de insolvência . 
Art. 779. É l íci to ao devedor requerer ao juízo da insolvência a extinção das obrigações; o juiz mandará publicar edital, 
com o prazo de 30 (trinta) dias , no órgão oficia l e em outro jornal de grande ci rculação. 
Art. 780. No prazo estabelecido no artigo antecedente, qualquer credor poderá opor-se ao pedido, a legando que: 
I - não transcorreram 5 (cinco) anos da data do encerramento da insolvência ; 
I I - o devedor adquiriu bens , sujei tos à arrecadação (art. 776). 
Art. 781. Ouvido o devedor no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá sentença; havendo provas a produzir, o juiz 
des ignará audiência de instrução e julgamento. 
Art. 782. A sentença, que declarar extintas as obrigações, será publicada por edital, ficando o devedor habilitado a 
praticar todos os atos da vida civi l . 
 
9. Execução de alimentos 
 
Podemos dizer segundo PONTES DE MIRANDA, que o alimento, em sentido amplo, 
abrange todo o necessário ao sustento, morada, vestuário, saúde e educação do ser 
humano, podendo-se acrescentar a este rol o lazer, qual é considerado também 
essencial para o desenvolvimento sadio e equilibrado de todo indivíduo (CF/88, art. 
227). 
Portanto os alimentos consistem, na prestação inerente a satisfação das necessidades 
básicas e vitais daquele que não pode custeá-las. Sendo que essa prestação pode ser 
devida por força de lei (CC, art.1.694, prevista para parentes, cônjuges ou 
companheiros), de convenção (CC, art 1920) ou em razão de um ilícito (CC, arts. 948,II, 
e 950). 
 
9.1. Possibilidades: Existem duas possibilidades, Arts. 732 e 733 do CPC. 
 
Art. 732. A execução de sentença, que condena ao pagamento de prestação alimentícia, far-se-á conforme o disposto 
no Capítulo IV deste Título. 
Parágrafo único. Recaindo a penhora em dinheiro, o oferecimento de embargos não obsta a que o exeqüente levante 
mensal mente a importância da prestação. 
 
Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará ci tar o devedor 
para, em 3 (três) dias , efetuar o pagamento, provar que o fez ou justi ficar a imposs ibi l idade de efetuá -lo. 
§ 1o Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três ) meses . 
§ 2o O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das prestações vencidas e vincendas . 
§ 3o Paga a prestação a l imentícia , o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. 
 
 
9.2. Título em que se embasa: 
 Sentença 
 Acordo homologado em juízo 
 
 Recurso apenas no efeito evolutivo 
 
 
9.3. Totalidade de execução de prestação alimentícia 
 
A execução de alimentos é modalidade de execução por quantia certa contra devedor 
solvente. Recebe tratamento especial em razão de ser natureza alimentar. 
a) Por desconto em folha de pagamento - art. 734 CPC: 
 
Art. 734. Quando o devedor for funcionário público, mi litar, di retor ou gerente de empresa, bem como empregado 
sujeito à legislação do trabalho, o juiz mandará descontar em folha de pagamento a importância da prestação 
a l imentícia . 
Parágrafo único. A comunicação será feita à autoridade, à empresa ou ao empregador por ofício, de que constarão 
os nomes do credor, do devedor, a importância da prestação e o tempo de sua duração. 
 
 
 Sentença- prestação alimentícia - desconto em folha. 
 Através petição ao juiz - sem necessidade processual 
 
b) Execução coercitiva (prisão) art. 733 CPC. 
 
Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará ci tar o devedor 
para, em 3 (três) dias , efetuar o pagamento, provar que o fez ou justi ficar a imposs ibi l idade de efetuá -lo. 
§ 1o Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três ) meses . 
§ 2o O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das prestações vencidas e vincenda s . 
§ 3o Paga a prestação a l imentícia , o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão. 
 
9.4. Possibilidades de não pagamento: 
· Extinção da execução 
· Comprovação da Impossibilidade do pagamento (Caso não for justificado, é 
necessário à prisão). 
 
Unidade III - Defesas do executado 
1. Defesas típicas e respostas do executado 
1.1. Embargos do devedor (execução/executado) art. 585, CPC, Título Executivo 
Extrajudicial. 
1.1.1. Natureza jurídica: Ação autônoma, cognitiva e incidental. 
1.1.2. Procedimento: art. 736, § único. 
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de 
embargos. 
Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos 
com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo advogado, sob sua 
responsabilidade pessoal. 
 
A) Prazo: art. 738. 
Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do 
mandado de citação. 
§ 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles embargar conta-se a partir da juntada do 
respectivo mandado citatório, salvo tratando-se de cônjuges. 
§ 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado 
ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos 
de tal comunicação. 
§ 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta Lei. 
 
B) Contraditório: art. 740. 
Art. 740. Recebidos os embargos, será o exequente ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; a seguir, o juiz julgará 
imediatamente o pedido (art. 330) ou designará audiência de conciliação, instrução e julgamento, proferindo sentença 
no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. No caso de embargos manifestamente protelatórios, o juiz imporá, em favor do exeque nte, multa 
ao embargante em valor não superior a 20% (vinte por cento) do valor em execução. 
 
1.1.3. Efeito suspensivo 
A) Regra: inexistência, art. 739 - A. 
Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo. 
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes 
seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil 
ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. 
§ 2o A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a 
qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram. 
§ 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa 
prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução 
contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. 
§ 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial 
o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não 
conhecimento desse fundamento.§ 6o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens. 
 
B) Exceção: art. 739 - A, ss. 
Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo. 
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes 
seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil 
ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes. 
§ 2o A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a 
qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram. 
§ 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, essa 
prosseguirá quanto à parte restante. 
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução 
contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. 
§ 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o embargante deverá declarar na petição inicial 
o valor que entende correto, apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de não 
conhecimento desse fundamento. 
§ 6o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de penhora e de avaliação dos bens. 
Art. 739-B. A cobrança de multa ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé (arts. 17 e 18) será promovida 
no próprio processo de execução, em autos apensos, operando-se por compensação ou por execução. 
Art. 740. Recebidos os embargos, será o exequente ouvido no prazo de 15 (quinze) dias; a seguir, o juiz julgará 
imediatamente o pedido (art. 330) ou designará audiência de conciliação, instrução e julgamento, proferindo sentença 
no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único. No caso de embargos manifestamente protelatórios, o juiz imporá, em favor do e xequente, multa 
ao embargante em valor não superior a 20% (vinte por cento) do valor em execução. 
 
1.1.4. Dispensa de penhora: art. 736. 
 
Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de 
embargos. 
Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos 
com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo advogado, sob sua 
responsabilidade pessoal. 
 
1.2. Parcelamento (art. 745A) 
Art. 745-A. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta 
por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja 
admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por 
cento) ao mês. 
§ 1o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exequente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos 
executivos; caso indeferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito. 
§ 2o O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subsequentes e o 
prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por 
cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos. 
§ 3o Caso os embargos sejam declarados manifestamente protelatórios, o juiz imporá multa ao embargante, não 
superior a 20% (vinte por cento) do valor da execução, em favor de quem desistiu da aquisição. 
 
1.2.1. Finalidade: moratória legal. 
 
1.2.2. Condições: caput 745-A 
Art. 745-A. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta 
por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja 
admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por 
cento) ao mês. 
§ 2o O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subsequentes e o 
prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por 
cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos. 
 
A) depósito mínimo 30% do total, como sinal. 
B) parcelamento no máximo 06 parcelas. 
 
1.2.3. Consequências não pagamento: 
A) Art. 745-A, §2°. 
Art. 745-A. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta 
por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja 
admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção m onetária e juros de 1% (um por 
cento) ao mês. 
 
B) Vencimento antecipado 
C) Multa 10% remanescente 
1.3. Impugnação ao cumprimento sentença (art. 475, M) 
Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que relevantes seus 
fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de 
difícil ou incerta reparação. 
§ 1o Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exequente requerer o prosseguimento da 
execução, oferecendo e prestando caução suficiente e idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
§ 2o Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário, em autos 
apartados. 
§ 3o A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo quando importar 
extinção da execução, caso em que caberá apelação. 
 
1.3.1. Natureza jurídica: incidente processual de defesa, de forma sincrética, que 
somente ocorre após a penhora. 
1.3.2. Prazo: 15 dias a contar da penhora (art. 475 - J, parte final) 
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o ef etue no 
prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a 
requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e 
avaliação. 
§ 1o Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 
e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer 
impugnação, querendo, no prazo de quinze dias. 
§ 2o Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, 
de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo. 
§ 3o O exequente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. 
§ 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o 
restante. 
§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu 
desarquivamento a pedido da parte. 
 
1.3.3. Procedimento: art. 475 - M, §2°. 
Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que relevantes seus 
fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de 
difícil ou incerta reparação. 
§ 2o Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário, em autos 
apartados. 
A) Com o efeito suspensivo, mesmo autos. 
B) Sem efeito suspensivo, autos apartados. 
1.3.4. Efeito suspensivo: A regra é a inexistência, para existir este efeito deve-se 
expressamente provocado pelas partes,

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