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	Professora : Sonize Lepke
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LIBRAS( Língua Brasileira de Sinais): Algumas Informações
As línguas de sinais são sistemas altamente estruturados, constituídos de toda a complexidade gramatical das línguas faladas, regras bem definidas e vários níveis de estrutura linguística, como morfologia, sintaxe, semântica, pragmática; além de serem dotadas de riqueza lexical e de sofrerem variações linguísticas. 
Os itens lexicais, que nas línguas orais são chamados de palavras, são denominados “sinais” (de onde deriva o nome Língua de Sinais). Conseguem descrever toda a complexidade, concretude e abstração inerentes ao pensamento humano.
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Quando se fala em línguas de sinais, refere-se a elas no plural porque, assim como as línguas orais, elas não são universais. Cada país possui sua própria língua, que ainda sofre as variações linguísticas geradas pelos regionalismos, gírias, linguagem em sentido figurado ou códigos linguísticos próprios
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Motivos para pensar a Escola para Todos:
Constituição Federal de 1988;
Estatuto da Criança e do Adolescentes de 1990
	 “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”(Art. 55).
Declaração de Salamanca (1994)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9.394/96.
	“Entende-se por Educação Especial para efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidade especiais”(Art.58)
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A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2007 .
	“A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades.”
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Operacionalização:
Parecer nº 56/2006 (Orienta a implementação das normas que regulamentam a Educação Especial no Sistema Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.)
		- Permitiu a manutenção das Classes Especiais(só de surdos, cegos, DA...)
- Resolução CNE/CNB nº 4/2009 (Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial)
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Art. 1º Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, os sistemas de ensino devem matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
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Art. 4º Para fins destas Diretrizes, considera-se público-alvo do AEE:
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de naturezafísica, intelectual, mental ou sensorial.
II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
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Legislação Específica: 
Lei 10.436 de 24 de abril de 2002
			Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras 		e dá outras providências.
Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
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Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.
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Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Decreta:
Art. 2o  Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
	 Parágrafo único.  Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
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CAPÍTULO II
DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR
    Art. 3o  A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
    § 1o  Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de professores(...)
        § 2o  A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
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Cap. VI Da garantia do direito à educação das pessoas surdas ou com deficiência auditiva
        Art. 22.  As  instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
        I - escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
        II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade lingüística dos alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
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§ 1o  São denominadas escolas ou classes de educação bilíngüe aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução utilizadas no desenvolvimento de todo o processo educativo.
   § 2o  Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do atendimento educacional especializado para o desenvolvimento de complementação curricular, com utilização de equipamentos e tecnologias de informação.
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Art. 23.  As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação.
§ 1o  Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobre a especificidade lingüística
do aluno surdo.
 § 2o  As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação. 
       
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 Art. 24.  A programação visual dos cursos de nível médio e superior, preferencialmente os de formação de professores, na modalidade de educação a distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação como janela com tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa e subtitulação por meio do sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas às pessoas surdas, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.
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Vídeo: AEE para alunos com surdez
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A ESCOLA PRECISA PRECEBER QUE:
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Diferentes formas de ver...
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Por mais que desejamos...
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Esforço, dedicação, horas de estudo....
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A Escola é de Todos!
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E a escola não pode...
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 Pautar o seu funcionamento em ensinar conteúdos, disciplinares às crianças, torná-las obedientes, responsáveis, contidas e transformá-las no que não eram antes e assim convertê–las no que a sociedade deseja: sujeitos normais ou mais próximo possível disso.
Lopes e Dal ´Igna(2012) que a escola, a partir da Modernidade vem desenvolvendo o papel de disciplinar e homogenezar as diferenças com o objetivo de transformar a criança em aluno.
A lógica continua sendo que o diferente (cadeirante, down, o mal vestido, entre outros) não passa despercebido. Torná-los iguais e possibilitar que a diferença não os inferiorize. 
Velha concepção positivista reforçada por Durkheim; tudo que não corresponde ao esperado para a espécie está à margem. 
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A nossa sociedade....
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Dúvidas???? Perguntas?
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Referências:
DECRETO 5626/2005 -  Regulamento a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponibilizado __ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm, acessado 06.05.2013

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