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�PAGE � �PAGE �2� História do Direito Escolas Jurídicas no Sistema Jurídico Romano (Séculos XVI a XVIII) Prof. Hélcio Maciel França Madeira Mestrando Helmut Steinwascher Neto 1. Escola Culta (Humanista) André Alciato (Alciatus) (1492-1550), Universidade de Bourges (França). Mos Gallicus iura docendi em contraposição ao mos italicus dos Glosadores e Comentadores (Pós-glosadores): antagonismo de método e finalidade. Método histórico-crítico (historicismo renascentista, antiquarista); método filológico; novas formas de sistematização e de redação das matérias. Interpretação com o auxílio de fontes históricas e literárias, com estudos do latim, grego e hebraico. Leitura direta, sem os comentários medievais. Direito Romano destinado ao estudo acadêmico, sem uma preocupação de uma aplicação prática do Corpus Iuris Civilis. A descoberta das “Interpolações” no Corpus Iuris Civilis e a restauração do direito romano clássico. As grandes edições palingenésicas dos textos latinos. Uso do latim polido e elegante. Principais juristas: Guillaume Budé (Budaeus) (1467-1540); Jacques Cujas (Jacobus Cujacius) (1522-1590); Gregor Holoander (Gregorius Holoander) (1502-1531); Ulrico Zásio (Zasius) (1461-1535); Hugues Doneau (Hugo Donellus) (1527-1591); François Duaren (Duarenus) (1509-1559); Antônio Gouveia (Goveanus)(1507-1566); Antonio Agustín (Antonius Augustinus) (1517-1586); Denys Godefroy (Dionysius Gothofredus) (1549-1621); Jacques Godefroy (Gothofredus) (1587-1650); Benedict Carpzow (Carpzovius) (1595-1666); Lauterbach (Lauterbachius)(1618-1678). 2. Escola Elegante (Holandesa) Universidades de Louvain (Bélgica) e Leiden (Holanda). Combinação da aplicação prática e do estudo histórico-filológico. A procura da expressão exata do pensamento jurídico e a adaptação do ensino do Direito Romano aos problemas do Direito Holandês. Principais juristas: Nicolaas Everaert (1462-1532); Gabriel van der Muyden (Mudaeus) (1500-1560); Jacob Reyvaert (Raevardus) (1535-1568); Mattheus van Wesembeke (1531-1586), Wigle van Aytta van Zwichem (Viglius) (1507-1577); Arnold Vinnius (Vinnius) (1588-1657); Johann Voet (1647-1713); Cornelis van Bijnkershoek (1673-1743); Gerard Noodt (Gerardus Noodt) (1647-1725). 3. Escola do Direito Natural Racional (Jusnaturalista) Escola de Salamanca: Francisco de Vitória (1480-1546) e Francisco Suárez (1548-1617). Iluminismo e anti-historicismo. Direito como produto da razão humana, igual e comum para todos os povos e tempos. Os princípios do direito romano deveriam ser mantidos desde que estivessem de acordo com os preceitos do direito natural, princípios da razão, eternos e imutáveis; Favoreceu o movimento codificador: Bavária, Codex Bavaricus civilis (1756); Prússia, Allgemeine Landrecht (1794); Áustria, Allgemeines Bürgerliches Gesetzbuch (1811). Principais juristas: Hugo Grócio (1583-1645), obras principais: Mare Liberum (1609); De iure belli ac pacis libri tres (1623). Samuel Pufendorf (1632-1694) e os De iure naturae et gentium libri VIII (1672). Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) a Nova methodus discendae docendaeque iurisprudentiae (1667). Cristiano Tomásio (1655-1728) e os Fundamenta iuris naturae et gentium (1705). Christian Wolff (1679-1754) e o Ius naturae methodo scientifica pertractatum (1740-1748). Jean Domat (1625-1695) e Les lois civiles dans leur ordre naturel (1689). Heinécio (1681-1741). Bibliografia: J. Gilissen, Introduction Historique au Droit, Bruxelles, 1979, trad. port. de A.M. Hespanha e L.M.Malheiros, 3ªed., Lisboa, Calouste Gulbenkian, 2001, pp.347-350;364-368; J.C. Moreira Alves, Direito Romano, 14ªed., Rio de Janeiro, Forense, 2007, pp.61-63; R.C. Van Caenegem, Introduction Historique au Droit Privé, Paris, 1988, trad. port. de C.E. Machado, Uma Introdução Histórica ao Direito Privado, São Paulo, Martins Fontes, 1995, pp.58-61; 117-130; F. Wieacker, Privatrechtsgeschichte der Neuzeit unter besonderer Berücksichtigung der Deutschen Entwicklung, 2ªed., Göttingen, 1967, trad. port. de A.M. Hespanha, História do Direito Privado Moderno, Lisboa, Calouste Gulbekian, 1980.
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