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Armazenagem e Movimentação de Materiais Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. José Joaquim do Nascimento Revisão Textual: Prof. Esp. Natalia Mendonça Conti 5 • Introdução • A Movimentação de Produtos e/ou Materiais nos Armazéns • Equipamentos de Movimentação A discussão seguinte diz respeito às estruturas existentes nos armazéns, assim como os equipamentos necessários para movimentação dos produtos e/ou materiais. O conteúdo apresentado sugere ainda links do youtube, tendo em vista que eles podem ser importantes para melhorar sua compreensão. Busque relacionar as estruturas e os equipamentos aos tipos de produtos. Outro elemento importante nos armazéns diz respeito ao layout adotado. Busque visualizar o sentido deste elemento e sua relação com o movimento dos equipamentos para armazenagem ou coletas dos produtos para serem expedidos. Não se esqueça de continuar fazendo as atividades de sistematização, assim como as atividades de aprofundamento e interagir nos fóruns de discussão. • Relacionar os elementos de estruturas e equipamentos à operacionalidade nos armazéns; • Identificar e classificar as estruturas e equipamentos básicos e suas relações com a questão da produtividade dos recursos; • Inserir o elemento layout como um elemento que contribui para um bom funcionamento das estruturas e equipamentos na armazenagem. Estruturas e Equipamentos da Armazenagem • Princípios da Movimentação de Materiais • Layout • Padrão de Armazenagem e Movimentação • Considerações Finais 6 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem A atividade de armazenagem não pode ser realizada sem estruturas físicas para armazenagem e equipamentos de movimentação. Ambos vêm se desenvolvendo há muito tempo, particularmente em função de desenvolvimento das atividades econômicas, dos avanços tecnológicos nas comunicações e transportes. A movimentação de produtos e/ou materiais diz respeito ao transporte dentro da empresa, uma vez que o objetivo é a reposição de matérias-primas nas linhas de produção de uma fábrica, por exemplo. A movimentação de material não se limita apenas a movimentar, mas também a armazenar os produtos em locais adequados e sofrer mudanças expressivas em função das mudanças tecnológicas que presenciamos em todos os aspectos da vida econômica. Contextualização 7 Itens a serem estudados nesta unidade: √ A movimentação de produtos e/ou materiais nos armazéns; √ Estruturas de armazenagem mais utilizadas √ Equipamentos mais utilizados na armazenagem √ O papel estratégico do layout no arranjo dos recursos para armazenagem. Antes mesmo de apresentarmos uma análise sobre a questão da movimentação de produtos e/ou materiais nos armazéns, assim como as estruturas mais utilizadas e os equipamentos é importante que você leia todo o material disponibilizado e o envolvimento com outras atividades que serão oferecidas para melhorar sua compreensão. Estamos falando de Fóruns de Discussões, além das atividades de sistematização e aprofundamentos. Toda atividade proposta tem como base o material de estudo desenvolvido, pois é com ele que você vai evoluir em conhecimento. Nesta Unidade, vamos aprender um pouco sobre as estruturas e os equipamentos de movimentação dos produtos e/ou materiais que são elementos vitais na operacionalidade de um armazém, elementos muito presentes na atividade logística. Agora é certo que consegue visualizar nossa discussão e o que vamos começar falando para entendermos por que estudar as estruturas e os equipamentos da armazenagem. Introdução Lembre-se de que você tem um cronograma de cada unidade que deve ser seguido, por isso fique atento aos prazos. Efetue as leituras e participe das discussões em fóruns! Atenção É importante que você crie uma rotina de estudo para facilitar seu aprendizado e controlar suas atividades conforme o cronograma do curso. Assim, após a leitura do conteúdo teórico desta unidade, você deve realizar a atividade proposta para testar seus conhecimentos: atividade de sistematização I, Atividade de Aprofundamento, envolvimento nos Fóruns de Discussão, como comentado antes. Explore Vamos lá, sente-se confortavelmente e aproveite para assistir ao vídeo no link: • http://youtu.be/17tUuGlJTW4. Busque verificar se entende onde se encontra nossa discussão. 8 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Para Rago (2003), o tema movimentação de matérias em armazéns, quando analisado, necessariamente inclui a identificação e qualificação de elementos importantes para a atividade de movimentação que são as estruturas físicas usadas para acomodar os produtos, como as estantes e os equipamentos necessários para tal movimentação, como as empilhadeiras, por exemplo. Ao tratarmos das atividades executadas dentro de um armazém estamos tratando de atividades logísticas, o que sugere que é mais um dos vários processos existentes nas atividades das empresas (VIANA, 2002). A armazenagem é uma das atividades mais importantes da logística, pois possibilita a guarda adequada dos produtos preservando a integridade do mesmo a partir de suas características e peculiaridades (GONÇALVES, 2013). Para armazenarmos produtos precisamos de instalações adequadas, para que tal atividade desempenhe seu papel no processo logístico dentro da empresa. Logo, o planejamento e a formatação dos espaços, assim como as estruturas e equipamentos terão impacto decisivo nas condições de armazenagem e, consequentemente, na distribuição dos produtos (HONDA, 2002). Uma boa armazenagem depende e vai além dos cuidados requisitados nos procedimentos de movimentação e acomodação dos produtos nas estruturas físicas existentes, pois buscar otimizar o espaço físico para maximizar a estocagem dos materiais é um outro desafio dos gestores, que buscam tal perspectiva a partir do recurso layout (DIAS, 2009). O uso adequado dos recursos e espaços diversos está dentro da perspectiva de redução de custos ou evitar maiores gastos com aquisição de novas instalações para armazenagem. Para Dias (2009), a área útil do local de armazenagem é cada vez mais aproveitada, seja pela uso da altura disponível do armazém, seja pela estrutura mais adequada à forma ergonômica do produto. Tudo isto está ligado à questão da economia que se busca constantemente (DIAS, 2009). A economia de recursos usados e a acomodação mais expressiva dos produtos ou materiais dependem, naturalmente, dos equipamentos e estruturas, assim como do layout desenhado para o armazém. Todos estes elementos orientados para um sistema de armazenagem mais eficiente, a partir de práticas como formas de empilhamento mais eficientes de produtos. Vamos à descrição das estruturas, depois dos equipamentos usados nos armazéns e por fim do layout e sua contribuição para a otimização dos espaços e a maximização da estocagem. 1. A Movimentação de Produtos e/ou Materiais nos Armazéns Atenção Gostaria que atentasse para os termos: Estruturas e Equipamentos. Estruturas são formas físicas que acondicionam mercadorias e os Equipamentos são estruturas físicas que movimentam as mercadorias para serem acondicionadas. 9 1.1 Estruturas de Armazenagem Mais Conhecidas A primeira estrutura de um armazém utilizada para estocagem de produtos e/ou materiais é o piso. É sobre ele que outras estruturas se apoiam para empilhamento de produtos (BONZATO, 2006). 1.1.1 Porta paletes simples ou duplos A segunda estrutura mais presente nos armazéns ou almoxarifados diz respeito às estruturas conhecidas como porta-paletes, que podem ser simples ou duplos. A figura abaixo pode ser sugestiva, uma vez que estas estruturas permitem empilhamento de vários paletes uns sobre os outros.T hinkstock/G etty Im ages T hinkstock/G etty Im ages T hinkstock/G etty Im ages 10 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem 1.1.2 Drive-in Trata-se de uma estrutura física, como se fosse um salão, daí a ideia de bloco contínuo ou ainda constituído por bloco contínuo, livre e que não está separado por corredores intermediários, por onde os equipamentos de movimentos (geralmente, empilhadeiras) circulam para armazenar ou retirar produtos e/ou materiais para serem separados e montados kits, por exemplo. Segundo Rodrigues (2006), é uma estrutura adequada e recomendada para grande quantidade e pequena variedade de produtos e/ou materiais. 1.1.3 Drive-through De modo similar ao drive-in, também trata-se de uma estrutura física montada a partir de estruturas metálicas de acondicionamento, onde se armazena produtos e/ou materiais. Daí chamarmos de porta-palete. Do mesmo modo que o anterior é bloco contínuo, como se fosse um salão, porém não separado por corredores intermediários, por onde podem circular os equipamentos de movimentação como as empilhadeiras dentro dessa estrutura, para armazenar e/ou retirar produtos e/ou materiais. A diferença é que são contornadas pelo sistema drive- through, porque os equipamentos de movimentação atravessam a estrutura. Isto significa que é uma estrutura mais prática, à medida que os equipamentos podem entrar pelos dois lados. (RODRIGUES, 2006). W ikim edia C om m ons Fonte: WARD, 1986. Fonte: WARD, 1986. 11 1.1.4 Cantilever Outro tipo de estrutura ideal para produtos compridos, pois possibilita a regulagem da altura sem problemas, regulagem autônoma dos braços. É comum que empresas que comercializam tubos, perfilados de metais, madeiras, entre outros itens da construção civil tenham essas estruturas para armazenagem de seus produtos. Recomendado para empresas que trabalham com tubos, barras, perfis, madeira, etc. (RODRIGUES, 2006). 1.1.5 Flow Rack As figuras a seguir sugerem este tipo de estrutura. Veja que a base é estruturada com roldanas para que caixas ou produtos diversos possam se movimentar por movimentação mecânica. Veja que a estrutura dispensa o palete que é a estrutura de madeira. A caixa pode ser movimentada livremente. Se pensarmos um pouco, logo podemos considerar que se adequa a produtos que tenham baixo peso, no máximo 80 Kg/m. Se pensarmos na forma como devem ser as saídas (retiradas dos produtos desta estrutura, podemos dizer que o primeiro que entra na estrutura é o primeiro que sai, como ilustra a figura abaixo). A partir da posição da figura abaixo, observe que os produtos são carregados pelo lado mais alto e descarregados pela frente, permitindo assim fácil acesso e rápida reposição por parte dos operadores. (RODRIGUES, 2006). Fonte: WARD, 1986. 12 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Ainda para Moura (2002), há outras estruturas de armazenagem como armários, geladeiras, entre outras que se adequam às tipologias de produtos diversas. Apresentamos aqui apenas as mais conhecidas. Vamos aos equipamentos de movimentação de produtos e/ou materiais nos armazéns e estaremos analisando somente os mais tradicionais, visto que há uma gama expressiva destes equipamentos. T hinkstock/G etty Im ages T hinkstock/G etty Im ages Fonte: WARD, 1986. 2. Equipamentos de Movimentação Explore Antes de iniciar a leitura, fique confortável para assistir ao vídeo sobre equipamentos de movimentação. São elementos já vistos em mercados ou centros de distribuição: http://youtu.be/U0sa47D0qsc. 13 Em qualquer teórico que trata da gestão de armazenagem, a exemplo de Moura (2002), você poderá verificar a menção a uma grande variedade de equipamentos mecânicos e hidráulicos usados nas atividades de movimentação, ou seja, de manuseio de produtos e/ou materiais, sejam em armazéns públicos ou privados. Esses equipamentos são usados em diversas atividades nos armazéns e muito fácil de vermos em atacadistas, em diversas operações de abastecimento. Como ferramenta otimiza os processos de acondicionamento ou retirada, assim como pode gerar redução dos custos com mão-de-obra, maior agilidade na armazenagem, a partir de menor tempo do descarregamento. Devemos observar que cada atividade econômica, por ter uma tipologia de produtos produzida ou comercializada, tem à disposição no mercado uma variedade de equipamentos de movimentação que podem ser utilizados (RODRIGUES, 2006). 2.1 Equipamento Transpalete Os trasnpaletes são equipamentos utilizados no processo de movimentação de cargas paletizadas. Esses equipamentos apresentam-se também com o nome de transpaletes hidráulicos, paleteiras ou carros hidráulicos, como explica Rodrigues (2006). Nos armazéns é considerado o equipamento básico e é fácil de ver em todas as empresas que precisam transportar ou armazenar cargas em paletes. Trata-se de um equipamento de operação fácil, assim como existem diversos tipos. 2.2 Empilhadeira de Contra-Peso Este equipamento tem capacidade de carga de 2.000 kg e uma velocidade de deslocamento de 18 km/h, operam com motor a GLP, de quatro cilindros, 27 kW a 2.300 rpm, com consumo de 2,4 L/h. T hinkstock/G etty Im ages Explore Mais uma vez, fique confortável e veja este vídeo abaixo, para depois dar continuidade a sua leitura! • http://youtu.be/5Nbabq-BloQ. 14 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem 2.3 Empilhadeira Lateral Trata-se de outro tipo de equipamento multidirecional da classe de empilhadeiras com capacidade de carga de 1,5 – 50,0 toneladas. São adequados para o manuseio universal de materiais longos, pacotes de chapas, placas de compensado, ferramentas, entre outros (RODRIGUES, 2006). 2.4 Transelevadores Podemos conceber como sistemas de movimentação (e armazenamento) de cargas, automatizados através de softwares de controle. Os transelevadores são máquinas criadas para o armazenamento automático de pallets. Movem-se ao longo dos corredores do armazém executando as funções de entrada e saída de produtos e/ou materiais (BONZATO, 2006). Ao tratarmos de princípios desta atividade, precisamos ter em mente que se trata de questões fundamentais que tornam possível a atividade de armazenagem, de forma econômica, ou ainda viável por parte das empresas. Como também são questões importantes para que a economicidade e a eficiência dos recursos alocados para tal atividade aconteçam de fato. A ideia é que a racionalidade da armazenagem depende deste princípios (BONZATO, 2006). Existe na literatura 20 (vinte) princípios, ou ainda questões importantes a serem consideradas para que as atividades de armazenagem aconteçam de forma ótima, minimizando perdas e otimizando espaços e recursos diversos, são elas: Explore Mais uma vez, fique confortável e veja este vídeo abaixo, para depois dar continuidade à sua leitura! • http://youtu.be/ucSCi07dguI. 3. Princípios da Movimentação de Materiais 1. Planejamento 2. Sistema integrado 3. Fluxo de materiais 4. Simplificação 5. Gravidade 6. Utilização do espaço 7. Tamanho da carga 8. Segurança 9. Mecanização 10. Seleção do equipamento 11. Padronização 12. Flexibilidade 13. Peso morto 14. Movimentação 15. Tempo ocioso 16. Manutenção 17. Obsolescência 18. Controle 19. Capacidade 20. Desempenho 15 3.1 Detalhando os princípios da armazenagem Planejamento Planejamento é um conjunto de normas técnicas adotadas por um gestor para realização de algo, e nesse caso, para atividade de armazenagem. O gestor deve considerar o melhor método para tornar a atividade mais econômica do ponto de vista do uso de recursos. Indo mais fundo na questão do planejamento, podemos dizer que a elaboração deum planejamento deve conter as estratégias, a combinação de estruturas e equipamentos, todos concebidos para fazer o armazém funcionar eficientemente. Sistema integrado Integrar é vincular duas ou mais coisas ou elementos. A ideia relativa à armazenagem é que a integração de atividades, áreas ou equipamentos é fundamental nos armazéns ou almoxarifados. Assim, quanto mais versátil for o processo, a estrutura ou equipamento, maior a utilização dos mesmos, isto pode significar maior economia em diversos aspectos. Fluxo de materiais O movimento retilíneo permite que o fluxo de materiais possa acontecer de forma mais rápida e de forma mais econômica, pois gasta menos tempo e menos energia (combustível, por exemplo) dos equipamentos. Veja que a questão da economicidade está no centro das preocupações. Simplificação A otimização de processos pode ser gerada por meio de simplificação dos procedimentos ou rotinas. Daí ser um princípio básico. Os gestores devem buscar de forma incansável simplificar processos para que a atividade de manuseio e armazenagem se tornem mais econômicas, de modo que eles devem estudar as questões abaixo: √ Tempo e movimentos √ Medida de trabalho. √ Distribuição de trabalho. √ Técnicas de segurança no manuseio e armazenagem; √ Métodos padronizados de movimentos. Gravidade O uso da força gravitacional é fundamental nas atividades de armazenagem. Movimentar produtos, mesmo que leves, a partir de força mecânica significa um custo para as empresas. Logo, buscar usar a força gravitacional a partir de técnicas de qualquer natureza pode significar para empresa uma economia de recursos, e assim uma otimização das atividades. 16 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Utilização de espaço Mais uma vez a questão econômica aparece quando um gestor encontra formas de otimizar o uso dos espaços, tanto vertical quanto horizontal nos armazéns. Maximizar o uso do espaço é um desafio constante dos gestores e fundamental para uma boa armazenagem. Dimensão da Carga A questão dimensão da carga ou da unitização ou da paletização, que são formas de acondicionamento tradicionais deve ser considerada pelo gestor do armazém ou pelo almoxarife, pois pode levar à economicidade das atividades e dos recursos usados na armazenagem. Segurança A questão da segurança é fundamental, tanto para os operadores quanto para os equipamentos. Ambos podem gerar custos e riscos diversos à atividade se não forem concebidos dentro de um parâmetro de segurança, mesmo que seja mínima. É comum acidentes nesta atividade gerada por empilhadeiras em movimento, gerando perdas diversas nas empresas por danificarem produtos e até ferir outros operadores. Ergonomia Todas as tarefas precisam de alguma forma da atuação humana, o que significa que devem ser estudados cuidadosamente seus movimentos. Isso passa pela questão ergonômica, também com foco na economicidade, pois podemos reduzir as perdas de tempo nos movimentos. Meio ambiente A questão meio ambiente aparece dentro da perspectiva da poluição e, portanto, uma prática condenável para atividades industriais atuais. Não é diferente para os armazéns, uma vez que circulam pessoas nestes ambientes e máquinas movidas a gás e outros combustíveis. Além do mais, as emissões causam prejuízos à saúde humana e há uma legislação que determina restrições. Daí a necessidade dos gestores considerarem a questão como um princípio básico da armazenagem. Mecanização Mecanizar as atividades tem sido objeto de busca incessante por parte dos engenheiros. A mecanização vem sendo aplicada onde há utilização de esforço humano, alterando significativamente o trabalho e se tornando mais econômico em todos os aspectos em muitos casos. 17 Seleção do equipamento A questão da seletividade dos equipamentos está relacionada com a tipologia ou as características dos produtos e/ou materiais movimentados nos armazéns. Assim a seleção do equipamento de movimentação é um princípio fundamental nas atividades de manuseio e armazenagem de produtos. Padronização A padronização é um termo que ajuda muito em diversas atividades. Ao padronizarmos uma atividade torna-se mais fácil a compreensão e a adequação de ferramentas para realiza-la. Nos armazéns ela pode ajudar no dimensionamento de cargas, na ocupação dos espaços, entre outras atividades. Flexibilidade A rigidez de processos nos armazéns pode comprometer o uso de equipamentos e estruturas, daí a ideia de flexibilidade dos recursos como uma questão importante para otimizar os mesmos, seja os equipamentos ou estruturas e até mesmo os espaços. Peso morto Diz respeito a um termo técnico e oportuno em alguns casos. O peso morto do equipamento é aquele que ele carrega sem necessidade em relação à carga. Apresentam-se como adaptações para redução de fadiga, adaptadores para tração temporária de veículos e outros. Tempo ocioso A perda de tempo significa gastos desnecessários. É a razão para ser um principio que ele deva ser eliminado. O grau de produtividade dos recursos pode ser comprometido se o gestor não se atender às atividades que estão consumindo tempo acima do necessário para a realização das atividades. Trabalho As tarefas devem ser pensadas para que os tempos e movimentos realizados sejam realmente necessários. Estudar o trabalho de cada operador é fundamental para a atividade de manuseio, identificação, separação e montagem de pedidos, por exemplo. Automação O universo de tecnologia aplicada à armazenagem é amplo. O uso de tecnologia de comunicação e informação está permitindo que a atividade seja automatizada. É um princípio, pois permite uma economicidade das atividades de manuseio e separação de produtos. 18 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Movimentação A atividade de movimentação é a mais visível nos armazéns, de modo que manusear produtos e/ou materiais é o que mais se vê nos armazéns. Os movimentos devem ser pensados e considerados por parte dos equipamentos e operadores. Manutenção É fundamental que equipamentos e estruturas recebam manutenção preventiva para evitar que haja interrupção das atividades nos armazéns ou almoxarifados. Os princípios básicos para armazenagem de produtos e/ou materiais deve ainda considerar as instalações existentes, as perspectivas políticas consideradas pelos gestores ou pela alta administração da empresa. Outras questões ainda devem ser consideradas como as áreas necessárias e suas características, para então otimizar o uso do espaço, dos recursos diversos usados para a atividade de armazenar. Vamos a uma breve consideração deste item (BONZATO, 2006). 3.2 As Áreas Necessárias nos Armazéns – Área da Administração: – Área de Movimentação ou Serviço; – Área de Estocagem; – Área de Circulação Principal; – Área de Circulação Secundária; – Corredores de Acesso; – Área de Segurança; Uma vez consideradas as características das instalações devemos, então, considerar que arranjos podem ser feitos para otimizar os espaços existentes, assim como o uso prático e eficiente dos equipamentos existentes (BONZATO, 2006). Cada espaço nos armazéns deve ser pensado de forma técnica. As áreas destinadas de recebimento, conferência das cargas recebidas, armazenagem, separação e montagem de kits para posterior expedição dos produtos e/ou materiais. Quando falamos de armazéns, como já comentamos, trata-se de uma estrutura que pode ser: • Um Armazém: Trata-se de uma estrutura física mais elaborada, daí ser uma edificação com piso, cobertura, paredes frontais e laterais. • Um Galpão: Trata-se de uma estrutura mais simples, daí dizermos que é um edifício com piso, cobertura e, muitas vezes cercados em termos frontais e laterais. • Um Pátio: Trata-se de uma Área coberta, com piso drenado, compactadoe, em muitos casos, pavimentado e provido de limitações frontais e laterais, mas adequado à armazenagem de produtos ou itens diversos. 19 Quando falarmos de arranjo dos equipamentos e adequação do posicionamento de cada estrutura, assim como espaços adequados para movimentação de pessoas e materiais, estamos falando do layout de um armazém, como salienta Bonzato (2006). Esta questão é importantíssima para um bom desempenho das atividades de armazenagem e da otimização do uso do espaço e dos equipamentos. Ao ser planejado um armazém ou um almoxarifado o quesito layout está presente tendo em vista a necessidade de posicionamento tanto dos recursos e adequação dos espaços, como das estações de trabalho, em função dos produtos ou do tipo de serviços que se prestam aos clientes. Assim, um bom layout deve levar ao aumento do grau de acessibilidade dos materiais movimentados e a serem estocados, assim como o seu fluxo e os locais de áreas obstruídas, bem como o aumento da eficiência da mão-de-obra, a segurança do pessoal e do armazém (VIANA, 2002). Resumidamente, podemos dizer que o layout é que ajuda a: a) estabelecer a localização de todos os espaços e obstáculos no armazém; b) estabelecer as áreas de recebimento e expedição de produtos e/ou materiais; c) estabelecer as áreas primárias e secundárias de separação de pedidos e de expedição; d) estabelecer um sistema adequado de localização dos produtos armazenados. 5.1 Unitização 4. Layout Explore Antes de iniciarmos nossa leitura sobre o layout que tal ficar confortável e assistir este vídeo abaixo, para depois dar continuidade à sua leitura! • http://youtu.be/g_h1_6Nvc6s. 5. Padrão de Armazenagem e Movimentação Explore Antes de iniciarmos nossa leitura sobre a unitização de paletes, que tal assistir este vídeo abaixo, para depois dar continuidade à sua leitura! • http://youtu.be/e0RUy8JZcu0. 20 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Autores como Moura e Bonzato (2007) conceituam o termo unitização como a lógica de tornar único um conjunto de produtos, ou ainda vários produtos de pesos, dimensões, formatos entre outras formas e permitir sua movimentação como se fosse uma unidade. A unitização mais utilizada é a paletização e a conteinerização. Desse modo, uma carga constituída de produtos e/ou materiais “arranjados” em forma única que permita a movimentação, transporte e a armazenagem por um equipamento, como uma empilhadeira, dispensando manuseios da carga fracionada é o que chamam de unitização de cargas. No que tange às vantagens da unitização, para Pozo (2007) a mais expressiva é a redução do tempo, da quantidade de mão de obra de movimentação e, mais importante ainda, economia de espaço. 5.2 Paletização Outra modalidade de armazenagem é a paletização, geralmente usada para grandes quantidades de produtos e/ou materiais que podem ser formadas em uma única unidade para ser movimentadas com maior facilidade. Do mesmo modo da unitização, a paletização otimiza o uso do espaço, que é elemento nobre dos armazéns. O papel desempenhado pela paletização como padrão de armazenagem está na forma de empilhamento verticalizado que otimiza o espaço dos armazéns. No que tange ao padrão existe dois tipos, como salienta Moura (2002) e Bonzato (2006), o que eles chamam de empilhamento cruzado e o empilhamento em colunas. Do ponto de vista técnico operacional o empilhamento cruzado sugere alternância entre as camadas de 180 graus. Assim se obtém maior segurança para os produtos armazenados, uma vez que a carga unitizada fica amarrada entre as camadas, o que evita que ela se solte na parte superior. A Figura abaixo sugere o Padrão de empilhamento cruzado. Já no padrão de empilhamento em colunas, a segunda forma deste tipo, a carga unitizada suporta mais força do que a carga empilhada de forma cruzada, ou seja, tem maior resistência. Para este padrão o alinhamento das paredes das camadas. Se compararmos as duas modalidades, temos vantagens e desvantagens. O empilhamento em colunas não é tão estável como o empilhamento cruzado, pois a carga tem maior possibilidade de deslocar-se na parte superior, à medida que deva ser manuseada (MOURA, 2002). Fonte:Moura, Bonzato (2007). 21 5.3 Conteinerização Também utilizado como outro unitizador, porém mais utilizado no transporte marítimo, é feito de material resistente para uso de maneira repetitiva e possui dois tamanhos, 20 pés (6 metros) e 40 pés (12 metros). Do mesmo modo dos padrões anteriores, esta estrutura tem vantagens e desvantagens, como: permitir que as operações aconteçam independente das condições climáticas, aumento da segurança física dos produtos armazenados, menores possibilidades de danos, assim como facilidade nas operações de carga e descarga, pois como deve ser a partir de equipamentos é mais rápida e seu custos de transporte são menores, entre outras (MOURA, 2002). 5.4 Paletes Os paletes são plataformas com aberturas para serem manuseados e movimentados dentro do armazém. Conforme Bonzato (2006); Moura (2002), também existe vários tipos com dimensões e tipologias de materiais (madeiras, plásticos, alumínios entre outras), que o compõem diferentes. T hinkstock/G etty Im ages T hinkstock/G etty Im ages 22 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem Por fim podemos considerar que a armazenagem de produtos ou materiais depende da política adotada dentro da empresa, como explica Viana (2002); Wanke (2011); Pozo (2007), entre outros teóricos. Ainda, podemos considerar que a armazenagem seja: • Aleatória: itens são armazenados em posições aleatórias, resultando em menores custos de espaço (pela compactação) e maiores custos de movimentação. • Dedicada: itens são armazenados em posições pré-definidas, resultando em maiores custos de espaço e menores custos de movimentação (itens de maior trânsito são alocados próximos às entradas ou saídas). • Mista: dedicada por categorias. Assim sendo, as instalações, as estruturas existentes e os equipamentos quando combinados podem gerar uma determinada eficiência no processo. Para fecharmos a discussão desta unidade podemos concluir que movimentação dos produtos ou matérias depende de vários fatores e das características dos produtos, porém, as estruturas e os equipamentos, aliados a um arranjo ótimo do espaço a partir de um bom layout são decisivos para uma movimentação prática, segura e econômica (RODRIGUES, 2006). Como a economicidade é a base para usos de recursos diversos, os elementos usados na movimentação de produtos podem contribuir com uma melhor performance de uma empresa no mercado, à medida que contribui para redução dos custos e com as melhorias nas disponibilidades dos produtos aos diversos demandantes, tanto interno quanto externo (BONZATO, 2006). Considerações Finais Atenção O processo de armazenamento dos produtos depende das características dos produtos, o que sugere que ela pode ser simples ou complexa. Assim ela vai depender do grau de fragilidade, combustividade, volatização, oxidação, explosividade, intoxicação, radiação, corrosão, inflamabilidade, volume, peso e forma dos produtos. 23 Material Complementar Solicito que veja o vídeo no link do youtube em: http://youtu.be/nnRtDuvLoNI. A empresa Águia Sistemas apresenta os sistemas FlowRack e Portapallets, que são usados na verticalização da armazenagem. Este vídeo pode ajuda-lo na melhor compreensão do tema, visto que minimizamos a discussão e caracterização de todos sistemas de armazenagem. 24 Unidade: Estruturas e Equipamentos da Armazenagem BONZATO, Eduardo e, Moura, Reinado A. Aplicações Práticas de Equipamentos de Movimentação e Armazenagem de Materiais. São Paulo. Editora IMAM , 2006. DIAS, M. A. P. Administraçãode materiais: princípios, conceitos e gestão. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. FIGUEIREDO, K.F. (orgs.). Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2009. GONÇALVES, P. S. Administração De Materiais. 4ª Edição Editora Campus- 2013. HONDA, H. & PEREIRA, L. C. G. (2002). LOG&MAN Logística, Movimentação e Armazenagem de Materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano XXIII, Setembro, n.143, p.18. LACERDA, Leonardo. Armazenagem estratégica: analisando novos conceitos. Centro de Estudos em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ 2009. LIMA, Maurício P. Armazenagem: considerações sobre a atividade de picking. Centro de Estudos em Logística (CEL), COPPEAD/UFRJ. 2002. MOURA, R. A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e Armazenagem de Materiais. Editora: INSTITUTO IMAM ano 2000. MOURA, A. R. LOG&MAN Logística, Movimentação e Armazenagem de Materiais. Guia do visitante da MOVIMAT 2002. Ano XXIII, Setembro, n.143, p.6. POZO, Hamilton. Administração de Materiais e Patrimoniais: uma Abordagem Logística. 4ª ed. São Paulo, Atlas 2007. R.E. Ward. An Overview of Basic Material Handling Equipment, Material Handling Institute, Charlotte, NC, 1986 RODRIGUES, Alexandre M. 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