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apostila da folha portugues 2000 questoes

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2000 TESTES LÍNGUA PORTUGUESA
Folha Dirigida 1
Folha Dirigida
2000 TESTES
Língua Portuguesa
2 Folha Dirigida
2000 TESTES LÍNGUA PORTUGUESA
2000 TESTES
Língua Portuguesa
 Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo, sem autorização expressa.
A violação dos direitos autorais é punida como crime: Código Penal, art.184 e seus parágrafos e art.186 e seus
incisos (ambos atualizados pela Lei nº 10.695/2003 e Lei nº 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).
 2000 TESTES LÍNGUA PORTUGUESA
Folha Dirigida 3
Caro(a) Candidato(a),
Você acaba de receber uma edição especial da Editora Folha Dirigida contendo
2000 testes de Língua Portuguesa.
Esta disciplina foi selecionada por fazer parte da maioria dos conteúdos pro-
gramáticos de diversos concursos. Sendo assim, você tem em mãos um excelente
material de apoio para seus estudos.
Aproveite o seu tempo de preparação com afinco e intensifique os tópicos em
que sentir mais dificuldade. Afinal, a resolução de exercícios é comprovadamente a
maneira mais eficaz de fixação de conteúdos.
Equipe Folha Dirigida
Sumário
 05 Testes
183 Gabarito
4 Folha Dirigida
2000 TESTES LÍNGUA PORTUGUESA
Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 5
PROVA 1
Leia o texto a seguir e responda às questões de
número 01 a 10.
RUMO A UMA NOVA REALIDADE DEMOGRÁFICA
O tema do envelhecimento da população tem
sido vastamente discutido há anos literalmente no
mundo inteiro. No Brasil haverá três fenômenos
que ocorrerão concomitantemente. Primeiro, ha-
verá um número proporcionalmente muito maior
de idosos, em função da progressiva passagem
para a terceira idade da geração que gerou o boom
populacional há algumas décadas. Segundo, os
idosos vão viver mais, pelas transformações ocor-
ridas na área da medicina e pelo maior acesso à
informação. E, terceiro – fato em geral pouco des-
tacado –, haverá menos crianças e adolescentes.
O que se nota é uma mudança do perfil e a acele-
ração de uma tendência já observada nos últimos
anos.
Alguns números ajudam a reforçar a importân-
cia disso. Em 2010, a população brasileira de indi-
víduos entre 0 e 14 anos era de 49 milhões de
pessoas, enquanto a de 60 anos ou mais era de
19 milhões. Em 2050, as previsões demográficas
do IBGE mostram que esses contingentes deve-
rão ser de 28 milhões e 64 milhões de pessoas,
respectivamente. Ou seja, haverá 21 milhões de
crianças e adolescentes a menos e mais 45 mi-
lhões de idosos.
Entre 2010 e 2020 essas mudanças já se fa-
rão sentir. O contingente de crianças de 5 a 14
anos – tipicamente associado a alunos do ensino
fundamental – ainda aumentou muito ligeiramen-
te entre 2000 e 2010, mas deverá encolher em
termos absolutos entre 2010 e 2020, o que aponta
para um perfil de país muito diferente do atual.
Enquanto isso, entre 2010 e 2020, o número de
idosos de 60 a 79 anos aumentará em quase 8
milhões de pessoas, e com 80 anos ou mais em
torno de quase 1,5 milhões de pessoas. Aqueles
que tinham 60 anos ou mais, que eram 19 mi-
lhões de pessoas em 2010, serão mais de 28
milhões em 2020.
Nesse contexto, dois outros dados merecem
ser citados:
– o número de crianças especificamente de 0
a 4 anos, estimado em 15,4 milhões de indivíduos
em 2010, deverá cair para uma projeção de 12,7
milhões de indivíduos em 2020.
– a proporção de pessoas com menos de 20
anos (0 a 19 anos), que era de 50% da população
total em 1980 e já caiu para 34% em 2010, deverá
continuar a encolher, para 28% do total em 2020.
Tais números impõem-nos enormes desafios.
Dois deles são particularmente importantes na
definição das políticas públicas. Em primeiro lu-
gar, a tendência é que na década de 2020 a popu-
lação mais dinâmica em termos de inovações e
capacidade de absorver novas tecnologias no
mercado de trabalho – o contingente de ativos de
20 a 39 anos – comece a declinar em termos ab-
solutos, depois de ter crescido a uma média de
1,3% ao ano nos últimos dez anos, o que será um
problema para ter aumentos de produtividade sig-
nificativos na economia. E, em segundo lugar, com
a queda do número absoluto de crianças e jovens,
embora a educação continue a ser muito impor-
tante, o fato é que, sendo menor o contingente de
jovens que ingressam a cada ano no mercado de
trabalho, será provavelmente preciso reforçar os
mecanismos de retreinamento de mão de obra.
Isso se deve ao fato de que uma pessoa de 20
anos que tiver tido uma educação deficiente prova-
velmente continuará ainda no mercado de traba-
lho por 35 a 40 anos.
(Fábio Giambiagi, Revista Época,
27 de dezembro de 2010, com adaptações)
01. De acordo com o texto, o tema do envelhecimen-
to da população do Brasil tem sido discutido:
a) há algumas décadas, em todo o mundo
b) no Brasil e nos outros países do mundo há uma
década
c) no Brasil, há algum tempo
d) em alguns países, há muito tempo
e) fora do Brasil, há muitos anos
02. A previsão de aumento do número de idosos no
Brasil se deve:
a) ao “estouro” populacional ocorrido há uma déca-
da no mundo, aos avanços da medicina e às de-
núncias da mídia
b) ao estouro populacional ocorrido em todo o mun-
do há algum tempo, às alterações médicas e à
acessão a dados da mídia
c) ao aumento rápido do número de nascimentos há
algumas décadas, aos progressos da medicina e
à acessibilidade a informações
d) ao “boom” populacional ocorrido há alguns anos,
à informalidade nos conceitos médicos e ao aces-
so à informatização
e) ao aumento vertiginoso da população mundial há
algumas décadas, aos progressos da medicina e
às reformas nos conceitos concernentes à geriatria
03. Após a leitura do texto, pode-se inferir que:
a) A população de crianças e adolescentes vai de-
crescer, revertendo numa benéfica redução de in-
vestimentos em educação e formação técnico-pro-
fissional
b) A tendência de envelhecimento da população mun-
dial vai se intensificar, o que acarretará problemas
à economia do nosso país.
c) No Brasil, a população acima de 20 anos vai de-
crescer, o que afetará o ambiente econômico e
determinará uma reprogramação na educação e
na formação profissional.
d) Como a população de jovens e adultos vai decres-
cer, será necessária a adoção de políticas públi-
cas voltadas à continuidade de ações consagra-
das, com vista à desaceleração de ações relacio-
nadas às novas tecnologias.
e) A população mundial ativa, entre 20 e 39 anos,
começou a decrescer, com isso, a procura por mão
de obra vai se intensificar, o que resultará na ne-
cessidade de adequar os idosos às novas tec-
nologias.
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6 Folha Dirigida
Testes - Língua Portuguesa
04. Dentre os segmentos apresentados a seguir,
aquele no qual se empregou expressão redun-
dante é:
a) “... envelhecimento da população tem sido vasta-
mente discutido há anos...” (l. 1/2)
b) “... progressiva passagem para a terceira idade da
geração que gerou o boom populacional há algu-
mas décadas.” (l.6/8)
c) “Alguns números ajudam a reforçar a importância
disso.” (l.16-17)
d) “a tendência é que na década de 2020 a população
mais dinâmica em termos de inovações e capaci-
dade de absorver novas tecnologias...” (l. 53/54)
e) “... uma pessoa de 20 anos que tiver tido uma edu-
cação deficiente provavelmente continuará ainda...”
(l. 68/70)
05. “No Brasil, haverá três fenômenos...” (l. 3) – Essa
frase pode ser reescrita, sem prejuízo gramati-
cal, do seguinte modo:
a) No Brasil, deverão haver três fenômenos...
b) No Brasil, poderão haver três fenômenos...
c) No Brasil, deverá existir três fenômenos...
d) No Brasil, haverá de existir três fenômenos...
e) No Brasil, poderá haver três fenômenos...06. Quanto à pontuação empregada no texto, a afir-
mativa INCORRETA é:
a) No lugar de ponto, poder-se-ia usar ponto e vírgu-
la no segmento “...algumas décadas. Segundo...”
(l. 8) e em “...acesso à informação. E... (l.10-11).
b) Quanto aos dois travessões empregados no pri-
meiro parágrafo, caso se omitisse o segundo tra-
vessão, o primeiro deveria ser substituído por uma
vírgula.
c) Uma vírgula vicária poderia ser adequadamente
inserida depois da expressão “ou mais”, no
segmento “80 anos ou mais em torno de qua-
se...” (l. 35/36).
d) Poder-se-ia inserir uma vírgula no início do tercei-
ro parágrafo, do seguinte modo: “Entre 2010 e
2020, essas mudanças...” (l.26)
e) Poder-se-ia empregar duas vírgulas no último
período do texto. Assim: “Isso se deve ao fato de
que, uma pessoa de 20 anos que tiver tido uma
educação deficiente, provavelmente continuará...”
(l. 68/70)
07. No segmento “Tais números impõem-NOS enor-
mes desafios.” (l.50), o pronome em destaque
está na primeira pessoa do plural. Dentre as fra-
ses abaixo, NÃO está na primeira pessoa do plu-
ral o pronome destacado em:
a) Um olhar atento sobre os desafios a serem en-
frentados deixa-nos preocupados.
b) Alguns analistas dão-nos a impressão de que as
dificuldades podem ser superadas.
c) Incutam-nos o otimismo necessário! Precisamos
dele mais que nunca.
d) Os problemas demográficos surgirão. Evitem-nos
antes que se avolumem!
e) A década que se inicia será um período de oportu-
nidades e desafios, explicam-nos os analistas em
economia.
08. Constitui exemplo de tempo composto da voz ati-
va a forma verbal empregada no segmento:
a) “...vão viver mais...” (l. 9)
b) “...deverão ser de 28 milhões...” (l. 21-22)
c) “...já se farão sentir...” (l. 26-27)
d) “...comece a declinar em termos...” (l. 57)
e) “...que tiver tido uma...” (l. 69)
09. A expressão destacada foi empregada como
complemento verbal no segmento:
a) “...maior acesso à informação.” (l. 10-11)
b) “...e a aceleração de uma tendência...” (l. 13-14)
c) “...reforçar a importância disso.” (l. 1617)
d) “...na definição das políticas públicas.” (l. 51-52)
e) “...tiver tido uma educação deficiente...” (l. 69)
10. A palavra formada pelo mesmo processo que
“demográfica” (título do texto) é:
a) “economia” (l. 61)
b) “vastamente” (l. 11)
c) “reforçar” (l.16)
d) “progressiva’ (l.6)
e) “associado” (l.28)
PROVA 2
FUTURO DESUMANO
Guru de algumas das maiores companhias do
planeta – IBM, Coca-Cola, Mac Donalds, Nestlé,
etc.–, nas quais dá consultoria sobre o que fazer
hoje para não se arrepender amanhã, o futurólogo
e cientista político Richard Watson, em seu novo
livro, Future Minds (Mentes do Futuro) alerta para o
perigo de caminharmos em direção a uma socie-
dade onde as pessoas não conseguirão sequer
pensar sozinhas.
Já tendo escrito sobre o futuro dos arquivos, do
dinheiro e das viagens, agora, ao discorrer sobre o
futuro das mentes, diz que só dá para planejar ce-
nários olhando para todas essas coisas ao mes-
mo tempo. “Se você trabalha num banco, tende a
ler publicações sobre o mercado financeiro ou eco-
nomia, mas não sobre tecnologia e demografia. As
pessoas leem cada vez mais sobre cada vez me-
nos assuntos, mas é onde todos os assuntos se
unem que podemos identificar tendências. Por isso,
passo 80% do meu tempo lendo”.
E prossegue: “Há muitos falando sobre os as-
pectos bons dos celulares e do Google, mas há
um outro lado. Passamos os dias andando pela
cidade olhando para uma tela de iPod ou Black-
Berry e prestamos menos atenção nas pessoas
ao redor. Estamos construindo bolhas onde nun-
ca somos confrontados com ideias divergentes:
selecionamos só as informações e os amigos que
mais nos agradam. Isso não é bom para o pensa-
mento e a sociedade. Com isso estamos ficando
não só mais rasos como também mais estreitos.
Os cientistas citam cada vez menos trabalhos e
estamos todos olhando para as mesmas fontes.
Isso tem de ter algum impacto na originalidade.
Podemos estar criando uma geração que não po-
derá pensar por si própria. Eles têm de ficar online
e ver o que o resto das pessoa pensam antes de
responderem a uma questão. Sentimos que não
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Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 7
precisamos mais aprender porque é muito fácil
achar os dados. Mas ter só o lado prático do co-
nhecimento significa não enxergar o contexto em
que as informações surgem, o que é preocupante”.
Acrescenta ainda que “o digital cria um nível de
conectividade, mas destrói outros”. Estudo feito há
dez anos mostrou que 10% dos americanos dizi-
am não ter amigos para conversar em profundida-
de sobre o que sentem. Hoje, esse número subiu
para 25%.
No livro, o autor propõe que se pense mais
devagar. Indagado como isso seria possível numa
sociedade que pede cada vez mais produtividade,
ele responde: “Quando dizemos que alguém é
devagar, isso é associado à burrice. Concordo que
a maioria dos governos e empresas pensam que,
se trabalharmos mais devagar, isso terá efeito
negativo na eficiência, mas é discutível. Estamos
muito ocupados em nossos escritórios fazendo
coisas que serão descartadas depois. Quando um
funcionário para um pouco para pensar, vê o seu
papel dentro do negócio, identifica possíveis erros
e evita que aconteçam. Quando ele está indo mui-
to rápido, o máximo que faz é reagir.
E conclui: “Meu temor é que não tenhamos esco-
lha senão nos tornarmos 100% digitais. E que a gen-
te perca a capacidade de pensar profundamente,
uma das coisas que nos define como humanos”.
(Revista Galileu, dezembro de 2010, com adaptações)
11. Segundo o texto, a capacidade de as pessoas
pensarem por si próprias depende:
a) de permanecer online para manter-se atualizado
b) de ter como resultados mais produtividade nos
negócios
c) de considerar a diversidade de pensamentos para
formular ideias originais
d) de planejar cenários com base em experiências
com outros povos
e) de buscar o consenso com base em fontes com o
mesmo perfil identitário
12. A afirmativa de que estamos ficando cada vez
“mais estreitos” (L. 31) se explicita no segmento:
a) “... o que fazer hoje para não se arrepender ama-
nhã...” (L. 3-4)
b) “As pessoas leem cada vez mais sobre cada vez
menos assuntos...” (L. 16/17)
c) “Quando dizemos que alguém é devagar, isso é
associado à burrice.” (L. 52-53)
d) “... o digital cria um nível de conectividade, mas
destrói outros.” (L. 43-44)
e) “... a capacidade de pensar profundamente, uma das
coisas que nos define como humanos.” (L. 65-66)
13. No trecho “Há muitos falando sobre os aspectos
bons dos celulares e do Google, mas há um outro
lado” (L. 21-23), a expressão em destaque é uma
referência à:
a) criação de um nível de conectividade
b) necessidade de aumento da produtividade
c) dúvida de que não haja escolha
d) ausência de contato social
e) pesquisa cujos dados serão descartados
14. Sem prejuízo à sintaxe que se estabelece entre
as orações, o segmento “...fazendo coisas que
serão descartadas depois.” (L.57/88) poderia ser
reescrito do seguinte modo:
a) ...fazendo coisas a que poderemos depois nos
abstrair
b) ...fazendo coisas a que poderemos depois nos
escusar
c) ...fazendo coisas a que poderemos depois nos
desobrigar
d) ...fazendo coisas de que poderemos depois renun-
ciar
e) ...fazendo coisas de que poderemos depois pres-
cindir
15. Quanto à pontuação empregada no texto, é cor-
reto afirmar que:
a) Deveria ser inserida uma vírgula depois da pala-
vra “político” (L.5) no segmento “...cientista político
Richard Watson...” (L.5), já que “Richard Watson”
é aposto de “cientista político”.
b) Os parênteses empregados no 1º parágrafo po-
deriam ser substituídos por vírgulas, sem prejuízo
semântico ou gramatical ao segmento.
c) As vírgulas empregadas para destacar a palavra
“agora” (L.11) no segmento“...das viagens, agora,
ao discorrer sobre o futuro...” (L.11-12) poderiam
ser retiradas sem prejuízo semântico gramatical.
d) O ponto empregado depois da palavra “agradam”
(L.29) no segmento “...nos agradam. Isso não é
bom...” (L.29) poderia adequadamente ser substi-
tuído por dois pontos.
e) É inadequado o emprego do ponto que antecede a
conjunção E (L.63) no segmento “...digitais. E que
a gente perca...” (L.63-65), porque não se deve usar
ponto antes da conjunção e.
PROVA 3
Leia o texto a seguir e responda às questões de
número 16 a 25.
SOBRE A BAGUNÇA
Fui bagunçado desde que me lembro. Bem que
minha mãe se esforçou. Deu-me bons e organiza-
dos conselhos. Sem resultado.
Onde foi que a minha bagunça começou? Sei
que não foi por exemplo, por força do meio ambi-
ente, porque o meu pai e a minha mãe gostavam
de ver as coisas em ordem. Acho que nasci ba-
gunçado. Tenho uma teoria muito esquisita: a gente
nasce como nascem as árvores, de sementes.
Semente de pitanga vira pitangueira, caroço de
manga vira mangueira, semente de laranja vira
laranjeira. É possível fazer várias coisas com a
mudinha: adubar, podar, amarrar estacas, prote-
ger do sol, fazer bonsais. Mas o que não é possí-
vel é mudar a árvore que está dentro da semente.
Acho que a bagunça estava na minha semente.
Eu, menino de sete anos, acordava às sete
horas da manhã e pulava da cama. Não é que o
sono me faltasse. É que eu achava o mundo tão
interessante que não suportava ficar deitado, ven-
do-o passar. Pulava da cama para viver. E come-
çava a andar pela casa fazendo barulho, todo mundo
dormindo. Ficavam bravos comigo. Mas o que eu
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Testes - Língua Portuguesa
queria era acordar aqueles dorminhocos que es-
tavam perdendo as alegrias do viver, dormindo.
Porque quem está dormindo está fora do mundo.
O meu mundo tinha coisas de mais. E eu que-
ria experimentar todas. Daí minha agitação. Esta-
va brincando com uma coisa e então, de repente,
eu via uma outra que me chamava a atenção. Eu
abandonava a primeira e ia atrás da segunda. Aqui,
precisamente aqui, está a explicação da minha
bagunça. Porque, na pressa de seguir a segunda,
eu deixava a primeira do jeito como estava. Ficava
lá, fora do lugar, abandonada, bagunçada... Se fos-
se hoje, acho que me levariam a um psicólogo
que diagnosticaria hiperativismo. Mas... o que po-
dia eu fazer? Eu não era hiperativo. O mundo é que
era hiperinteressante.
Não mudei, continuo do mesmo jeito. A árvore-
bagunça continua a mesma, crescida. Agora vejo
coisas que não via quando menino.
Aí meu pensamento bagunçado, que não mar-
cha em linha reta, anda aos pulos, saltando de
pico em pico, lembrou-se de um aforismo de Niet-
zsche:
“Digo-lhes: é preciso ter o caos dentro de si
mesmos a fim de dar à luz uma estrela dançan-
te. Digo-lhes: vocês ainda têm o caos dentro de
vocês.
Então é do caos que nasce a ordem? Essa
ideia combina com os mitos bíblicos da Criação:
“No princípio a Terra era sem forma e vazia e um
vento impetuoso, furacão, soprava sobre a super-
fície das águas.” Era o caos. E do caos surgiu um
jardim, paraíso. Concordo, porque é da minha ba-
gunça que nasce a minha literatura...”
(Rubem Alves, Um mundo num grão de areia,
com adaptações)
16. Segundo a teoria do enunciador, sua natureza
bagunceira é:
a) voluntária
b) opcional
c) atávica
d) inata
e) adquirida
17. Quando menino, o enunciador acordava cedo
porque:
a) queria chamar a atenção dos adultos para ele
b) sofria de insônia
c) gostava de agitar o ambiente familiar
d) não sentia sono
e) queria viver a vida
18. Os adjetivos “abandonada, bagunçada” (L.35)
têm como referente:
a) “a atenção” (L.30)
b) “a primeira” (L. 31)
c) “a segunda” (L. 31)
d) “a explicação” (L. 32)
e) “minha bagunça” (L. 32-33)
19. No segmento “...desde que me lembro.” (L.1), a
regência do verbo lembrar foi empregada segun-
do a norma culta. Esse verbo está empregado
segundo o registro informal na frase:
a) Todos lembram-se da infância.
b) Tudo lembra a minha infância.
c) Eu lembro da minha infância.
d) Eu lembro-me da minha infância
e) Lembram-me os bons momentos da infância.
20. “Onde foi que a minha bagunça começou?” (L.4)
– o termo destacado deve ser empregado para
completar adequadamente a frase:
a) Não sei ______ minha bagunça vai levar-me.
b) É preciso saber ______ ir com tanta irreverência.
c) A passagem de ida ______ minha bagunça me
conduziu não tem volta.
d) A bagunça estava sempre ______ eu chegava.
e) Os brinquedos bagunçados indicavam sempre
______ eu estava.
21. Quanto à pontuação, a afirmativa correta é:
a) Considera-se correta a falta de uma vírgula depois
da palavra “foi” no segmento “...que não foi por
exemplo, por força...” (L.5)
b) “A vírgula que se usou depois da expressão “meio
ambiente” (L.5-6) poderia ser retirada sem prejuí-
zo à correção gramatical e à clareza do segmento.
c) O uso de dois pontos é inadequado depois da ex-
pressão “muito esquisita” no segmento “...teoria
muito esquisita: a gente nasce...” (L.8-9)
d) Faltaram vírgulas depois das palavras “pitanga”,
“manga” e “laranja” na enumeração do segmento
“Semente de pitanga vira pitangueira, caroço de
manga vira mangueira, semente de laranja vira
laranjeira.” (L.10-12)
e) Falta uma vírgula antes da palavra “psicólogo” no
segmento “... a um psicólogo que diagnosticaria...”
(L.36-37)
22. A retirada ou a inserção do artigo entre as pala-
vras destacadas determina alteração semânti-
ca no segmento:
a) “...que a minha bagunça...” (L.4)
b) “...é que o sono me faltasse.” (L.18-19)
c) “...todo mundo dormindo.” (L.22-23)
d) “O meu mundo...” (L.27)
e) “...nasce a minha literatura.” (última linha)
23. Entre as orações contidas no trecho “...eu acha-
va o mundo tão interessante que não suporta-
va...” (L.19-20) se estabelece relação semântica
de:
a) conclusão
b) consequência
c) tempo
d) modo
e) causa
24. A expressão sublinhada no trecho “Onde foi que
a minha bagunça começou?” (L.4) constitui ex-
pressão expletiva porque pode ser retirada sem
prejuízo gramatical e ao entendimento do trecho.
O mesmo não ocorre com a expressão destaca-
da em:
a) “Mas o que não é possível...” (L.14-15)
b) “Não é que o sono...” (L.18
c) “É que eu achava...” (L.19)
d) “Mas o que eu queria...” (L.21-22)
e) “...porque é da minha bagunça que nasce...” (últi-
ma linha)
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Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 9
25. No segmento “...acordava às sete horas da ma-
nhã...” (L.17-18), o acento indicativo de crase foi
corretamente empregado. O acento grave é fa-
cultativo na frase:
a) Meu dia se alongava das sete as onze horas da
noite.
b) Todos os dias eu brincava das sete as onze horas
da noite.
c) Eu ficava até as onze horas da noite acordado.
d) Eu ouvia a ordem para ir dormir as onze horas da
noite.
e) Então, as onze horas da noite eu sempre reclamava.
PROVA 4
OS AUSENTES
 Martha Medeiros
Eu não assisti ao programa, mas soube da
história. O jornalista David Letterman recebeu Jo-
aquin Phoenix para uma entrevista. O ator fez jus à
fama de bad boy: não parou de mascar chiclete e
só respondia com monossílabos e grunhidos, não
facilitando o andamento da conversa. Letterman
tentou, tentou e, como não conseguiu arrancar
nada do sujeito, encerrou a entrevista com uma
tirada que me pareceu perfeita: “Joaquin, uma pena
que você não pôde vir esta noite.”
Quando uma pessoa se dispõe a dar uma en-
trevista, tem que entrar no jogo: responder com
generosidade ao que foi perguntado e valer-se de
uma educação básica, caso tenha. É bom lem-
brar que a maioria das entrevistas não é feita ape-
nas para dar ibope ao programa, e sim para aju-
dar na divulgação de algum projeto do convidado.
Ambos saem ganhando. Só quem não ganhaé a
plateia quando o convidado finge que está lá, mas
não está. Madonna é até hoje o trauma da carreira
de Marília Gabriela, pelos mesmos motivos.
Claro que há quem defenda a atitude de Phoe-
nix com o argumento da “autenticidade”, mas exis-
te uma sutil diferença entre ser autêntico e ser gros-
so. É muita inocência achar que podemos pres-
cindir de uma certa performance social. Espero
não estar ferindo a sensibilidade dos “autênticos”,
mas de um teatrinho ninguém escapa, a não ser
que queiramos voltar a viver nas cavernas.
Não sou de me irritar facilmente, mas acho um
desrespeito quando uma pessoa faz questão de
demonstrar que não compactua com a ocasião.
São os casos daqueles que se emburram em tomo
de uma mesa de jantar e não fazem a menor ques-
tão de serem agradáveis. Pode ser num restau-
rante ou mesmo na casa de alguém: estão todos
confraternizando, menos a “vítima”, que parece ter
sido carregada para lá à força. Às vezes, foi mes-
mo. Sabemos o quanto uma mulher pode ser in-
sistente ao tentar, convencer um marido a partici-
par de um aniversário de criança, assim como
maridos também usam seu poder de persuasão
para arrastar a esposa para um evento burocráti-
co. Não importa a situação: saiu de casa, esforce-
se. Não precisa virar o mestre de cerimônias da
noite, mas ao menos agracie seus semelhantes
com dois ou três sorrisos. Não dói.
Dentro da igreja, ajoelhe-se. No estádio de fu-
tebol, grite pelo seu time. Numa festa, comemore.
Durante um beijo, apaixone-se. De frente para o
mar, dispa-se. Reencontrou um amigo, escute-o.
Ou faça de outro jeito, se preferir: dentro da igreja,
escute-O. Durante um beijo, dispa-se. No estádio
de futebol, apaixone-se. De frente para o mar, ajo-
elhe-se. Numa festa, grite pelo seu time. Reen-
controu um amigo, comemore.
Esteja, entregue-se.
Se não quiser participar, tudo bem, então fique
na sua: na sua casa, no seu canto, na sua respei-
tável solidão. Melhor uma ausência honesta do que
uma presença desaforada.
26. Marque a alternativa em que não haja uma pre-
posição relacional.
a) “Eu não assisti ao programa...”
b) “O ator fez jus à fama de bad boy..”
c) “...responder com generosidade ao que foi pergun-
tado...”
d) “...podemos prescindir de uma certa performance
social.”
e) “...fique na sua: na sua casa,..”
27. A frase “Joaquin, uma pena que você não pôde vir
esta noite.”, deixa claro que:
a) o entrevistado realmente havia faltado ao compro-
misso;
b) o entrevistado não deu o valor necessário às per-
guntas feitas pelo jornalista;
c) o entrevistado comportou-se de forma agressiva e
indiferente ao que, supõem-se, havia se proposto;
d) o entrevistador não fez nenhuma pergunta ao en-
trevistado;
e) o entrevistador e o entrevistado tinham diferenças
de ordem social e política.
28. Leia o fragmento e marque falso ou verdadeiro e
depois escolha a alternativa correta: “É bom lem-
brar que a maioria das entrevistas não é feita
apenas para dar ibope ao programa, e sim para
ajudar na divulgação de algum projeto do convi-
dado.”
I. O segundo verbo do período é sujeito do primeiro.
II. A conjunção integrante introduz, nesse fragmento,
uma oração subordinada objetiva direta.
III. “não é feita” poderia ser substituído por não são
feitas sem prejuízo sintático.
IV. A última oração do período é uma subordinada
adverbial final reduzida de infinitivo.
a) I e II são incorretas
b) todas estão incorretas
c) todas estão corretas
d) apenas a I está correta
e) só a última está correta
29. No fragmento “Claro que há quem defenda a ati-
tude de Phoenix com o argumento da “autentici-
dade”, mas existe uma sutil diferença entre ser
autêntico e ser grosso.”
a) o sujeito do verbo defender é o pronome indefini-
do “quem”.
b) “de Phoenix” é um adjunto adnominal.
c) o sujeito do verbo existir é inexistente.
d) a oração introduzida pela conjunção “mas” é uma
coordenada adversativa.
e) “com o argumento da ‘autenticidade’ é um adjunto
adverbial de modo.
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Testes - Língua Portuguesa
30. As palavras “desrespeito” e “jornalista” perten-
cem respectivamente ao seguinte processo de
formação de palavras:
a) aglutinação e derivação
b) sufixação e prefixação
c) prefixação e sufixação
d) parassíntese e justaposição
e) imprópria e regressiva
31. Os dois últimos parágrafos do texto caracteri-
zam um texto:
a) divinatório
b) informativo
c) apelativo
d) exortativo
e) referencial
32. “Pode ser num restaurante ou mesmo na casa
de alguém: estão todos confraternizando, menos
a “vítima”, que parece ter sido carregada para lá
à força. Às vezes, foi mesmo.” Marque a alterna-
tiva erra a respeito do fragmento.
a) a palavra alguém é acentuada por ser uma oxítona
terminada em EM.
b) a palavra vítima é acentuada por ser uma proparo-
xítona terminada me A
c) lá é um monossílabo tônico
d) à força e às vezes recebem o acento indicativo de
crase pelo mesmo motivo.
e) todos é um sujeito determinado representado por
um pronome indefinido substantivo
33. Os itens abaixo exemplificam substantivos mas-
culinos, exceto:
a) eclipse
b) lança-perfume
c) champanha
d) faringe
e) telefonema
34. Quando falo de amor, eu me ____ ao amor ao
outro, ainda que tu te _____ a Deus.
Pode-se preencher corretamente as lacunas na
frase acima com:
a) rifiro – referes
b) refiro – refires
c) refiro – refiriste
d) refiro – refiras
e) refiro – refires
35. Das passagens abaixo, aquela que a preposição
de sublinhada não expressa a relação significa-
tiva indicada é:
a) “...tem que entrar no jogo...”/lugar
b) “O jornalista David Letterman recebeu Joaquin
Phoenix para uma entrevista.” finalidade
c) “ o povo morre de fome.”/causa
d) “...a atitude de Phoenix.”/ posse
e) “...mesa de jantar... / lugar
36. Assinale a única opção que provoca mudança de
sentido, se colocada no lugar a palavra sublinha-
da no texto abaixo:
Malgrado fosse muito inteligente não se compor-
tou bem na entrevista.
a) embora
b) se bem que
c) porquanto
d) ainda que
e) não obstante
37. Se reescrevermos o segmento “Dentro da igreja,
ajoelhe-se. No estádio de futebol, grite pelo seu
time. Numa festa, comemore.” Na segunda pes-
soa do singular do mesmo modo verbal encontra-
ríamos:
a) ajoelha-se, grita, comemora
b) ajoelhe-se, grite, comemora
c) ajoelhai-vos, gritai, comemorai
d) não sofreria alteração nenhuma
e) não se pode transformar o fragmento para outra
pessoa.
38. “Ou faça de outro jeito, se preferir: dentro da igre-
ja, escute-O.” o pronome obliquo do fragmento
faz referencia a um termo que não está presente
no texto mas se pode identificar por isso quanto
à coesão é um termo:
a) anafórico
b) catafórico
c) exofórico
d) intrafrásico
e) dêitico
39. Assinale a alternativa que apresenta uma pala-
vra formada pelo mesmo processo que o vocá-
bulo em destaque no trecho a seguir: “Não em-
barque numa atividade da qual não queira parti-
cipar.”
a) quente
b) recarga
c) ataque
d) imperfeito
e) dengoso
40. Qual das alternativas abaixo apresenta a mes-
ma estrutura sintática que se encontra em
“Permanece em casa e não aborrece quem está
na rua.”
a) Joana, funcionária dos Correios, entra em férias
hoje.
b) O bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis, es-
creveu Dom Casmurro.
c) Meninos, termine logo o seu trabalho.
d) Amanhã, o clima deve melhorar.
e) Paris, a cidade luz, é muito iluminada.
41. A ambiguidade é um fenômeno da língua que ocor-
re quando, a um mesmo enunciado, é possível
dar mais de um sentido. Um texto ambíguo é
aquele que gera dúvidas, incertezas no seu en-
tendimento, pois ele é dúbio. Tendo isso em vista,
observe atentamente as frases abaixo.
Qual delas apresenta não ambiguidade pela es-
trutura do enunciado?
a) O homem viu o acidente da janela.
b) Oguarda entregou o bandido para o policial ferido.
c) As meninas estão com saudade dos pais.
d) O rapaz ajudou o menino preocupado.
e) A empregada botou as mãos nas cadeiras.
42. A grafia de TODAS as palavras está correta na
frase apresentada na alternativa
a) A proposta do texto soa estravagante para quem
não apreçiar uma vida simples e natural.
Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 11
b) A sugeição a velhas manias impede que se possa
adotar comportamentos inovadores.
c) A vida displiscente do homem moderno impõe um
rítimo insano à rotina urbana.
d) A vida mais próxima da Natureza resgata a simpli-
cidade, que empecilhos de toda ordem nos impe-
dem de desfrutar.
e) A vida natural exclue, é obvio, os ítens que enclui-
mos no nosso dia-a-dia.
43. Em “Eu não assisti ao programa, mas soube da
história.” As palavras destacadas apresentam,
respectivamente, um
a) dígrafo consonantal , um dígrafo vocálico e um dí-
grafo vocálico
b) dígrafo vocálico, dígrafo consonantal e um encon-
tro vocálico.
c) dígrafo consonantal, encontro consonantal e diton-
go decrescente.
d) encontro consonantal, ditongo nasal e um encon-
tro vocálico
e) encontro vocálico, encontro consonantal e um dí-
grafo consonantal.
44. As palavras abaixo passaram pelo processo de
divisão silábica padrão, EXCETO:
a) pn-eu
b) ab-di-car
c) i-guais
d) pror-ro-gar
e) ra-i-nha
45. “Na vida social neste momento, quem atrapalha
vai mal, e quem se comporta com educação vai
bem.” Há na passagem acima um(a):
a) metonímia
b) elipse
c) eufemismo
d) antítese
e) hipérbole
PROVA 5
POR QUE O BRASILEIRO NÃO RECLAMA?
Na volta para casa, na hora do rush, a barriga
de nove meses da operadora de caixa Josy de
Souza Santos, de 30 anos, vai espremida entre os
passageiros do metrô que liga Brasília a Ceilân-
dia, na periferia da capital. Josy, assim como ou-
tras gestantes, mulheres com bebê no colo, ido-
sas e pessoas com deficiência, tem direito a um
assento especial em transporte público. É o que
diz a Lei Federal n° 10.048, em vigor desde 2000.
No aperto do trem, porém, são poucas as pesso-
as que cedem o lugar especial à grávida. Josy não
reclama. “Não peço, não gosto de incomodar nem
de criar confusão”, diz. Nesse mesmo metrô, até
dois anos atrás, o aposentado Antônio Alves Bar-
bosa, de 76 anos, queixava-se quando não lhe
cediam o espaço reservado para idosos. Depois
que um jovem o agrediu verbalmente, desistiu de
reclamar. “Ele disse que velho tinha de morrer”,
afirma Barbosa.
Não se trata de um problema exclusivo do me-
trô de Brasília. O brasileiro não tem o hábito de
protestar no cotidiano. A corrupção dos políticos, o
aumento de impostos, o descaso nos hospitais,
as filas imensas nos bancos e a violência diária
só levam a população às ruas em circunstâncias
excepcionais. Por que isso acontece? A resposta
pode estar em um estudo de Fábio Iglesias, dou-
tor em Psicologia e pesquisador da Universidade
de Brasília, segundo o qual o brasileiro é protago-
nista do fenômeno “ignorância pluralista”, que é o
comporta- mento que ocorre quando um cidadão
age de acordo com aquilo que os outros pensam,
e não por aquilo que ele acha correto fazer. Essas
pessoas pensam assim: se o outro não faz, por
que eu vou fazer? O problema é que, se ninguém
diz nada e consequentemente nada é feito, o de-
sejo coletivo é sufocado.
46. O título do texto é Por que o brasileiro não recla-
ma?; após a leitura, pode-se afirmar que:
a) não há resposta para essa pergunta no corpo do
texto;
b) há várias respostas explicativas do fato, forneci-
das por estudiosos;
c) as respostas dadas são fruto da experiência pes-
soal de alguns brasileiros;
d) há somente uma explicação que é dada ao leitor;
e) sa resposta está sendo procurada por um pesqui-
sador de Brasília.
47. No título do texto aparece o interrogativo por que,
grafado em duas palavras; a frase em que a gra-
fia desse vocábulo não está de acordo com a
norma culta da língua é:
a) O brasileiro não reclama por quê?
b) O pesquisador quer saber por que o brasileiro não
reclama.
c) O brasileiro não reclama porque não vê os demais
reclamarem.
d) A pesquisa vai tentar estudar o porquê de o brasi-
leiro não reclamar.
e) Tudo isso ocorre por que o governo não faz cum-
prir a lei.
48. O texto critica uma característica do povo brasi-
leiro, que é o/a:
a) passividade;
b) ignorância;
c) desrespeito;
d) displicência;
e) agressividade.
49. O caso de Josy de Souza Santos, citado no texto,
tem a finalidade de:
a) informar o leitor sobre o que acontece no metrô de
Brasília;
b) criticar a falta de fiscalização nos transportes pú-
blicos;
c) exemplificar um caso de ausência de reclamação
por parte do brasileiro;
d) demonstrar a falta de cidadania no brasileiro;
e) mostrar como ocorrem injustiças nas classes
mais pobres do país.
50. Quando Josy de Souza Santos é citada pela segun-
da vez no texto, o autor a trata pelo prenome Josy;
quando Antônio Alves Barbosa é citado pela se-
gunda vez, é tratado pelo sobrenome Barbosa. Essa
diferença de tratamento se deve ao fato de que:
a) Antônio é bem mais velho que Josy;
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Testes - Língua Portuguesa
b) as mulheres não são referidas, em geral, pelo
sobrenome;
c) os prenomes são mais afetivos que os sobreno-
mes;
d) os sobrenomes, por serem mais formais, inspi-
ram mais respeito;
e) o sobrenome de Josy é muito comum, enquanto
seu nome é original.
51. “Na volta para casa, na hora do rush, a barriga de
nove meses da operadora de caixa Josy de Sou-
za Santos, de 30 anos, vai espremida entre os
passageiros...”; a finalidade textual do segmen-
to sublinhado é a de:
a) mostrar a irresponsabilidade da operadora de cai-
xa;
b) indicar a precariedade dos transportes públicos;
c) justificar o fato de Josy vir espremida;
d) denunciar a falta de responsabilidade dos passa-
geiros do metrô;
e) destacar a gravidez como um estado que desperta
solidariedade.
52. “Na volta para casa, na hora do rush, a barriga de
nove meses da operadora de caixa Josy de Sou-
za Santos, de 30 anos, vai espremida entre os
passageiros do metrô que liga Brasília a Ceilân-
dia, na periferia da capital.” Esse primeiro perío-
do do texto apresenta uma série de informações
implícitas. Entre as alternativas abaixo, aquela
que NÃO corresponde a uma informação implíci-
ta possível é:
a) na expressão “na volta para casa” entende-se que
se trata da volta do trabalho;
b) a “barriga de nove meses” faz supor que a barriga
está em seu ponto máximo;
c) a profissão de “operadora de caixa” faz imaginar
que Josy ganha pouco;
d) ir “espremida entre os passageiros” faz pensar que
os vagões são pequenos;
e) localizar Ceilândia na “periferia” passa a ideia de
ser um bairro pobre.
53. “Gestantes, mulheres com bebê no colo, idosos
e pessoas com deficiência têm direito a assento
especial em transporte público”; essas pessoas
têm esse direito porque:
a) apresentam mais dificuldades em manter-se de pé;
b) não conseguem caminhar sem apoio;
c) merecem respeito pelo que já fizeram pelo país;
d) não podem mais cumprir suas tarefas;
e) provocam pena no restante da população.
54. “No aperto do trem, porém, são poucas as pes-
soas que cedem o lugar especial à grávida”; a
frase abaixo que explicita o valor da conjunção
porém nesse segmento do texto, é:
a) apesar do aperto do trem, poucas pessoas ce-
dem o lugar;
b) apesar de a lei estar em vigor, poucas pessoas a
obedecem;
c) apesar de ser um lugar especial, poucas pessoas
o ocupam;
d) apesar de poucas pessoas cederem o lugar, a grá-
vida não reclama;
e) apesar de o trem estar apertado, poucas pessoas
ajudam as gestantes.
55. Atitudes diferentes de Josy e Antônio aparecem
representadas na seguinte oposição de termos:
a) “Josynão reclama” / “(Antônio) queixava-se”;
b) “poucas pessoas cedem o lugar” / “não lhe cedi-
am o espaço reservado”;
c) “nem de criar confusão” / “um jovem o agrediu ver-
balmente”;
d) “não gosto de incomodar” / “desistiu de reclamar”;
e) “Não peço” / “velho tinha de morrer”.
56. “Depois que um jovem o agrediu verbalmente,
desistiu de reclamar”; a frase em que a nova for-
ma de reescrever-se essa mesma frase ALTERA
o seu sentido original é:
a) Depois que, verbalmente, um jovem o agrediu,
desistiu de reclamar;
b) Desistiu de reclamar depois que um jovem o agre-
diu verbalmente;
c) Depois que desistiu de reclamar, um jovem o agre-
diu verbalmente;
d) Depois que foi agredido verbalmente por um jo-
vem, desistiu de reclamar;
e) Desistiu de reclamar, depois de ter sido agredido
verbalmente por um jovem.
57. “A corrupção dos políticos, o aumento de impos-
tos”; no primeiro caso, o termo destacado repre-
senta um agente, enquanto o segundo termo des-
tacado representa um paciente. A frase em que
o termo destacado também é um paciente é:
a) metrô de Brasília;
b) operadora de caixa;
c) passageiros do metrô;
d) periferia da capital;
e) pesquisador da Universidade.
58. Um texto apresenta muitas vozes; a voz que NÃO
está presente no texto é:
a) do pesquisador Fábio Iglesias;
b) da operadora de caixa Josy;
c) do aposentado Antônio;
d) do jornalista autor do texto;
e) dos idosos e pessoas com deficiência.
59. “Se o outro não faz, porque eu vou fazer?”; a fra-
se que não está correta, na repetição da estrutu-
ra da frase destacada do texto é:
a) Se o outro não vem, por que eu vou vir? -
b) Se o outro não provê, por que eu vou provir?
c) Se o outro não requer, por que eu vou requerer?
d) Se õ outro não é, por que eu vou ser?
e) Se o outro não ouve, por que eu vou ouvir?
60. A frase que NÃO apresenta nenhum adjetivo é:
a) “tem direito a um assento especial”;
b) “em transporte público”;
c) “Lei Federal n° 10.048”;
d) “espaço reservado para idosos”;
e) “o brasileiro não tem o hábito”.
61. No texto aparecem aspas em situações diver-
sas; o emprego predominante das aspas no tex-
to se deve à(ao):
a) reprodução da fala de pessoas;
b) destaque de temas importantes;
c) cópia de palavras de difícil compreensão;
d) necessidade de documentar fatos;
e) tentativa de imitar a fala popular.
Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 13
62. “se ninguém diz nada, e consequentemente nada
é feito, o desejo coletivo é sufocado”; a frase
destacada indica uma:
a) causa;
b) comparação;
c) condição;
d) consequência;
e) finalidade.
63. A frase que NÃO indica um antônimo adequado
do termo destacado:
a) “o desejo coletivo é sufocado” / individual;
b) “a Lei Federal n° 10.048” / estadual;
c) “transporte público” / particular;
d) “filas imensas nos bancos” / diminutas;
e) “que ele acha correto fazer” / errado.
64. “Esse comportamento quando um cidadão de
acordo com aquilo que os outros pensam”; as
formas verbais que NÃO substituem de forma
adequada as formas verbais destacadas nesse
segmento do texto são:
a) ocorria/agia;
b) ocorreu/agiu;
c) vai ocorrer / agir;
d) ocorreria/agisse;
e) ia ocorrer/tinha agido.
65. “Ele disse que velho tinha de morrer”; a fala do
jovem, em discurso direto, é:
a) Velho vai ter que morrer!
b) Velho teria de morrer!
c) Velho terá que morrer!
d) Velho tem de morrer!
e) Velho teve que morrer!
PROVA 6
Leia o texto a seguir e responda às questões de
número 66 a 75.
NELSON RODRIGUES
Há trinta anos, em 21 de dezembro de 1980,
morria o grande Nelson Rodrigues. Tenho obses-
são por esse autor, em especial por suas crôni-
cas. Cheguei a publicar um livro intitulado “A eco-
nomia como ela é...” – em alusão e homenagem à
famosa série de contos “A vida como ela é...”. Mi-
nha cultura literária começa e acaba com Nelson
Rodrigues. Foi com ele que aprendi, entre outras
coisas, a escrever para um público leigo, não es-
pecializado. É muito mais difícil do que talvez pos-
sa parecer. Clareza e simplicidade não vêm de
graça. “Reclamam que minha linguagem é pobre”,
disse
Nelson Rodrigues certa vez, “não fazem ideia
do esforço que faço para empobrecê-la”.
Eis aí uma grande realidade – a espontaneida-
de na escrita exige todo um esforço de descons-
trução. Todos nós carregamos nas costas não sei
quantos vícios de redação, poses, noções de esti-
lo, frases prontas ou semiprontas, ideias feitas –
ideias pseudossofisticadas, porém feitas, rigoro-
samente feitas. O jargão especializado e o lingua-
jar obscuro escondem, não raro, a inépcia e a falta
de imaginação.
Custa muito alcançar, por exemplo, uma escri-
ta coloquial e conversar, simplesmente conversar
com o leitor. A versão escrita da linguagem falada
não é a reprodução pura e simples. É imitação
trabalhada, burilada, sutilmente estilizada. A es-
pontaneidade precisa, portanto, ser minimamente
elaborada.
Nada deveria ser improvisado. A pausa é um
artifício, um traço dramático. Assim, a hesitação.
Assim, a ênfase. Assim, a digressão e a divaga-
ção. São recursos que produzem o efeito da au-
tenticidade ou da realidade sem serem verdadei-
ramente autênticos, espontâneos, reais. Entre o
impulso inicial e a publicação cabe todo um cuida-
do de rever, repensar, reler, reescrever.
Tudo pode ser simples. Mas o escritor, mesmo
de modestos artigos de jornal, deve evitar as ar-
madilhas da improvisação, da sinceridade, da es-
pontaneidade não trabalhada. E fugir do lugar co-
mum como da peste.
(Paulo Nogueira Batista, Jornal O Globo,
25 de dezembro de 2010, com adaptações)
66. Pode-se afirmar que o tema do texto é:
a) uma elegia a Nelson Rodrigues por seu linguajar
prolixo
b) uma homenagem a Nelson Rodrigues por seu
vocabulário rebuscado
c) um preito a Nelson Rodrigues por seu estilo deso-
jado
d) uma ode a Nelson Rodrigues por sua incompará-
vel verbosidade
e) um louvor a Nelson Rodrigues por sua fluência
arcaizante
67. De acordo com o contexto, o adjetivo presente
na expressão “público leigo” (L.9) significa:
a) católico praticante
b) exigente ao extremo
c) interessado no caso
d) desconhecedor do assunto
e) minimamente alfabetizado
68. A linguagem coloquial na versão escrita é resul-
tante de:
a) frases prontas
b) expressões semiprontas
c) ideias pseudossofisticadas
d) jargão especializado
e) esforço de desconstrução
69. De acordo com o último período do segundo pa-
rágrafo do texto, “O jargão especializado e o lin-
guajar obscuro escondem”:
a) a inapetência e a falta de ideias
b) a incapacidade e a falta de inventividade
c) a inautencidade e a falta de fantasia
d) a imaleabilidade e a falta de criatividade
e) a inelegibilidade e a falta de imagística
70. “Clareza e simplicidade não vêm de graça.” (L.11-
12) – o verbo vir está incorretamente empregado
na frase:
a) Ontem vimos à biblioteca estudar.
b) Amanhã viremos à biblioteca estudar.
c) Hoje talvez venhamos à biblioteca estudar.
d) Sempre vínhamos à biblioteca estudar.
e) Vimos aqui hoje à biblioteca estudar.
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Testes - Língua Portuguesa
71. “Tenho obsessão por esse autor...” (L.2-3) – está
incorretamente grafada a palavra:
a) obsedar
b) obsessor
c) obsecado
d) obsessivo
e) obsedante
72. A expressão “espontaneidade...elaborada” (L.29-
31) é constituída por palavras semanticamente:
a) antônimas
b) contraditórias
c) polissêmicas
d) homônimas
e) análogas
73. A expressão “ideias pseudossofisticadas” (L.21)
designa ideias:
a) absolutamente sofisticadas
b) grandemente sofisticadas
c) realmente sofisticadas
d) falsamente sofisticadas
e) psicologicamente sofisticadas
74. “Há trinta anos...” (L.1) – em alguns casos pode-
se substituir o verbo haver pelo verbo fazer. A
frase em que esse emprego do verbo fazer está
correto é:
a) Faz mais de trintaanos as obras de Nelson Rodrigues.
b) Faz mais de trinta anos as incríveis crônicas de
Nelson Rodrigues.
c) Fazem mais de trinta anos que Nelson Rodrigues
morreu.
d) Fazem mais de trinta anos que sou leitor assíduo
das obras de Nelson Rodrigues.
e) Fazem mais de trinta anos meus estudos acerca
da obra de Nelson Rodrigues.
75. No segmento “Foi com ele que aprendi, entre
outras coisas, a escrever para um público lei-
go...” (L.8/9), substituindo-se a expressão e o ver-
bo em destaque, segundo o registro formal da
língua, obtém-se:
a) Foi por influência dele que me interessei a escre-
ver para um público leigo...
b) Foi por admiração a ele que dediquei-me em es-
crever para um público leigo...
c) Foi por dedicação a ele que me decidi por escre-
ver para um público leigo...
d) Foi por devotamento a ele que convenci-me em
escrever para um público leigo...
e) Foi por respeito por ele que resolvi a escrever para
um público leigo...
PROVA 7
 Leia o texto a seguir, de Zuenir Ventura, que, convidado a
escrever sobre um dos pecados capitais, escolheu a inve-
ja. A seguir, responda às questões de número 76 a 85.
INVEJA É ABRANGENTE
A inveja é o mais abrangente e o mais bem
distribuído dos pecados. Homens e mulheres,
pobres e ricos, todos têm, ou já tiveram ou vão ter,
ainda que não confessem, mesmo porque ela é
inconfessável, tanto quanto é democrática e
sorrateira.
Quando alguém diz que tem inveja de alguém,
é mentirinha. Quem tem não confessa. Dizer “mor-
ro de inveja de Picasso” é fácil e falso. De quem
você tem inveja mesmo é daquele rival ou colega
de profissão, bem sucedido, rico e feliz, do qual
você diz ser grande admirador. Aliás, a inveja não
abole a admiração. Ao contrário, aquela em geral
nasce desta. Inveja quase sempre é admiração
de mais, é quase apropriação antropofágica do
invejado, desejo de sugar, de devorar as virtudes
do outro.
Insidiosa, dissimulada e insaciável, ela é o mais
antigo e o mais atual dos pecados da face da Terra
– aliás, da Terra e do Paraíso, já que foi lá onde
tudo começou. Lúcifer, como se sabe, teve suas
desavenças com o Criador por inveja. Ele é o exem-
plo fundador da inveja por complexo de superiori-
dade, por achar que era melhor. Nunca se confor-
mou de não ter sido o autor do projeto original.
A inveja é o pecado mais adequado a um mun-
do que estimula a competitividade e a superação.
Que diz a todo momento: seja um vencedor, inveje
o próximo para superá-lo e, se possível, arrasá-lo.
É de se invejar o esforço da pós-modernidade e
do neoliberalismo para promover essa revolução
de transformar em virtude a inveja.
Se conseguir isso, como muitos já acham que
se está conseguindo, o até então desprezado Lú-
cifer, o invejoso, vai poder reivindicar para si um
outro papel na história, já que sempre se opôs ao
projeto em vigor, acusando-o de ser um projeto
imperfeito, construído às pressas e com graves
defeitos de fabricação, como o de atribuir livre ar-
bítrio a quem ainda não estava preparado para
decidir entre o bem e o mal. O resto será de ma-
rketing, mudança de imagem. Seus aliados ale-
gam: o problema de Lúcifer é que nunca teve boa
imprensa.
Por tudo isso, escolhi a inveja como tema. Mas
depois de escolher, fiquei morrendo de inveja do
Veríssimo, que vai falar da gula, e do Ubaldo, que
preferiu a luxúria. É como dizem aqueles adesivos
que se usam em carros: A inveja é uma m...”
(Zuenir Ventura, Jornal do Brasil,
de dezembro de 1996, com adaptações)
76. O título do texto se justifica no segmento:
a) “Homens e mulheres, pobres e ricos, todos têm,
ou já tiveram ou vão ter...” (L.2/3)
b) “Quem tem não confessa.” (L.8)
c) “Inveja quase sempre é admiração de mais...”
(L.14-15)
d) “Nunca se conformou de não ter sido o autor do
projeto original.” (L.24-25)
e) “O resto será de marketing, mudança de imagem.”
(L.41-42)
77. O adjetivo “sorrateira” (L.6), atribuído à inveja
está reiterado no emprego das expressões:
a) “abrangente” (L.1) e “inconfessável” (L.5)
b) “rico e feliz” (L.11)
c) “fácil e falso” (L. 9)
d) “Insidiosa, dissimulada” (L.18)
e) “o mais antigo e o mais atual” (L.18-19)
78. Apresenta contraposição de ideias o segmento:
a) “...o mais abrangente e o mais bem distribuído...”
(L.1-2)
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Folha Dirigida 15
b) “...é inconfessável, tanto quanto é democrática...”
(L.4/5)
c) “...é fácil e falso.” (L.9)
d) “...bem sucedido, rico e feliz...” (L.11)
e) “...o mais antigo e o mais atual dos pecados...”
(L.19-20)
79. A declaração feita pelo autor no 2º período do
último parágrafo do texto, ao referir-se aos cole-
gas de profissão, de acordo com o contexto, cons-
titui:
a) uma inverdade
b) uma disposição
c) uma verdade
d) um desejo
e) uma realidade
80. “Aliás, a inveja não abole a admiração” (L.12-13)
– a ideia contida nessa frase encontra identida-
de semântica na frase:
a) A inveja prescinde de admiração.
b) A inveja contesta a admiração.
c) A inveja contradiz a admiração.
d) A inveja corrobora a admiração.
e) A inveja transgride a admiração.
81. A referência a “livre arbítrio” (L.39-40) está rela-
cionada à ideia contida no segmento:
a) “esforço da pós-modernidade” (L.30)
b) “transformar em virtude a inveja” (L.32)
c) “outro papel na história” (L.36)
d) “decidir entre o bem e o mal” (L.41)
e) “marketing, mudança de imagem” (L.42)
82. O pronome adjetivo presente em “Seus aliados
alegam...” (L.42-43) tem como referente:
a) “Criador” (L.22)
b) “autor do projeto” (L.25)
c) “um vencedor” (L.28)
d) “o próximo” (L.29)
e) “Lúcifer” (L.43)
83. No texto, considerando a coesão e a coerência
entre os parágrafos, retoma o anterior, por meio
da introdução de uma hipótese, o parágrafo:
a) 2º d) 5º
b) 3º e) 6º
c) 4º
84. Ao passar os verbos do segmento “seja um ven-
cedor, inveje o próximo” (L.28-29) para a 2ª pes-
soa do singular, sem alterar o tempo e o modo
verbais, obtém-se:
a) sejas um vencedor, invejes o próximo
b) sede um vencedor, invejai o próximo
c) sê um vencedor, inveja o próximo
d) és um vencedor, invejas o próximo
e) seje um vencedor, inveje o próximo
85. A oração “...do qual você diz ser grande admira-
dor.” (L. 12-13) poderia ser reescrita, sem prejuí-
zo da regência gramatical, do seguinte modo:
a) a quem você diz se retratar
b) em quem você diz se espelhar
c) para quem você diz se mirar
d) com quem você diz se pautar
e) por quem você diz se identificar
PROVA 8 - ANATEL / CESPE
De acordo com o comando a que cada um dos
itens de 86 a 95 se refira, marque, para cada item: o
campo designado com o código C, caso julgue o item
CERTO; ou o campo designado com o código E, caso
julgue o item ERRADO.
IOLANDAS E COPOLAS
Quando eu era guria, adorava novela, mas aos
poucos fui abandonando o vício e hoje assisto
apenas a uma ou outra, sem fissura. Mas esses
capítulos finais de “A favorita” estão me deixando
presa em frente à tevê, seja pelo desempenho
magnético de Patrícia Pillar, seja pelas situações
bizarras que sempre acontecem quando o final de
uma novela se aproxima. Vira o samba do crioulo
doido. E, por isso mesmo, fica mais divertido.
Mas não é sobre os absurdos da trama central
que quero falar, e sim sobre um núcleo bem me-
nos ruidoso e mais realista. É o que envolve o ca-
sal Copola e Iolanda, vividos pelos excelentes Tar-
císio Meira e Suzana Faini. São dois coadjuvantes
de luxo que não têm o que fazer em cena, a não
ser demonstrar, com muita sutileza, a importância
da sintonia para a felicidade de um casal.
Copola, apesar do jeito rústico, é um homem
que gosta de livros, que se emociona com músi-
ca, que sabe apreciar arquitetura histórica, que dá
o devido valor à arte. O resultado disso é que se
tornou um homem com uma sensibilidade refina-
da e um olhar abrangente para a vida. Se senteconfortável em qualquer ambiente porque sabe
que o dinheiro não torna ninguém melhor do que
os outros: ele é um cidadão que mergulhou no
mundo sem sair da sua aldeia, portanto transita
em qualquer meio com a segurança de quem fez
das emoções o seu código de conduta.
Sua mulher, ao contrário, não compreende onde
está o mérito de se entregar à contemplação do
que lhe parece tão abstrato. Ela dedica sua vida à
cozinha e à limpeza da casa. Só lhe interessa o que
é prático. Não se desloca um milímetro do lugar-
comum, é a embaixatriz do trivial. Dá a impressão
de que a rotina escravizante é que lhe deixou assim
amarga, mas essa escravidão não foi imposta pe-
las paredes do seu castelinho de alvenaria: ela se
deixou enclausurar pela ignorância. Tornou-se ob-
tusa por não desenvolver a paixão pela vida, e per-
deu ambas: a vida e sua paixão.
Às vezes as pessoas me perguntam: por que
os casamentos terminam tão cedo hoje em dia?
Não terminam mais cedo hoje. É que antes o ca-
sal não se separava porque a mulher não tinha
como se sustentar, e isso dava a falsa impressão
de que eram casais longevos. O casamento aca-
bava, mas o convívio prosseguia. Mais do que a
separação de corpos, o que pode dar fim a um
amor é o distanciamento de percepções: um en-
xerga o mundo em cores, o outro em preto-e-bran-
co. Um percebe a delicadeza e a profundidade de
tudo o que existe, o outro não consegue ir além da
superfície. Pode um casal ser mais desunido do
que aquele que, olhando na mesma direção, não
consegue enxergar a mesma coisa?
Temperamentos antagônicos apimentam uma
relação, dão graça ao embate, mas a falta absolu-
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16 Folha Dirigida
Testes - Língua Portuguesa
ta de afinidades emocionais e intelectuais torna
a convivência desértica e sem comunicação. Sen-
tir o mundo de forma parecida é o que formata
uma dupla. Copola e lolanda não se traem, não
se espancam, não brigam nem reatam mil vezes,
não é o protótipo do casal de novela e não faz a
mínima diferença se ficarão juntos no final. Nun-
ca estiveram.
(Martha Medeiros – Revista de Domingo – 11/01/2009)
A partir das ideias expressas no texto acima, julgue os
itens que se seguem.
86. A escritora Martha Medeiros, por sua posição de
literata, não assiste mais às novelas; abandonou
o vício por discordar da profunda incoerência apre-
sentada frequentemente nos finais da trama.
87. Apenas se houver identidade absoluta entre os
temperamentos do casal, os casamentos pode-
rão preservar longevidade.
88. Sobre o fragmento “Quando eu era guria, adora-
va novela, mas aos poucos fui abandonando o
vício e hoje assisto apenas a uma ou outra, sem
fissura.” , é correto afirmar que o emprego das
duas primeiras vírgulas justifica-se pelo mesmo
motivo gramatical.
89. O emprego do verbo “assistir” em “...hoje assis-
to apenas a uma ou outra...” estaria incorreto se
não houvesse a preposição “a”.
90. “Copola, apesar do jeito rústico, é um homem
que gosta de livros, que se emociona com músi-
ca, que sabe apreciar arquitetura histórica, que
dá o devido valor à arte.” Esse período é com-
posto por subordinação e todas as orações são
adjetivas com o mesmo sujeito representado por
um termo anafórico.
91. O acento indicativo de crase seria mantido caso
substituíssemos “... que dá o devido valor à arte.”
por que valoriza à arte”.
92. “Se sente confortável em qualquer ambiente
porque sabe que o dinheiro não torna ninguém
melhor do que os outros:..” É facultativa a prócli-
se no início do período, logo nesse caso estaria
igualmente correto Sente-se confortável...
93. “... e isso dava a falsa impressão de que eram
casais longevos.” O termo em destaque é um
elemento de coesão referencial e está fazendo
alusão à pouca durabilidade do casamento.
94. “Mais do que a separação de corpos, o que pode dar
fim a um amor é o distanciamento de percepções...”
As palavras troco, forno e socorro são pluralizadas
da mesma forma que a palavra destacada.
95. “Temperamentos antagônicos apimentam uma
relação, dão graça ao embate, mas a falta abso-
luta de afinidades emocionais e intelectuais tor-
na a convivência desértica e sem comunicação.”
Pode-se encontrar no período palavras empre-
gadas no sentido conotativo.
PROVA 9
AUDITOR FISCAL DO TRABALHO / MODELO ESAF
Leia o seguinte texto para responder às questões
de 96 a 98.
Os pais precisariam manter certos valores bási-
cos que servem como modelo para seus filhos. É
preciso transmitir a estes maior noção de responsa-
bilidade e também mostrar-lhes que é possível eles
próprios, com os mecanismos de que dispõem, mu-
darem algumas coisas.
96. De acordo com o autor do texto:
a) filhos que não são responsáveis perturbam os
valores básicos que os pais tentam transmitir-lhes.
b) pais que não servem como modelos para seus
filhos não mudam nada em sua própria vida, nem
na deles.
c) Para que os filhos mudem, é preciso que primeiro
mudem seus pais.
d) os filhos podem absorver certos valores, que lhes
serão úteis para encontrar seu próprio caminho.
e) os filhos só podem mudar alguma coisa na vida
se aprenderem com a experiência dos pais. sua
vida
97. Considerando o texto, marque falso ou verdadei-
ro para as afirmativas e depois indique a correta
opção:
( ) os três pronomes do primeiro período apresen-
tam o mesmo valor e a mesma função sintática.
( ) há um elemento de coesão sequencial no primei-
ro período que desempenha a função sintática de
objeto direto.
( ) a primeira oração reduzida do segundo período é
classificada como subjetiva.
( ) os anafóricos lhes e estes fazem referência ao
mesmo termo.
a) V – V – V – V
b) F – F – V – V
c) F – F – F – F
d) V – V – F – F
e) V – F – F – F
98. “É preciso transmitir a estes maior noção de res-
ponsabilidade e também mostrar-lhes que é pos-
sível ...”
Substituindo, no período acima, as orações re-
duzidas pelas desenvolvidas correspondentes
tem-se:
a) É preciso que transmitam a estes maior noção de
responsabilidade e também, mostrar-lhes que é
possível....”
b) É preciso a transmissão de maior noção de res-
ponsabilidade a estes e também que se mostre a
eles que é possível...”
c) É preciso que se transmitam a estes maior noção
de responsabilidade e também que se mostre a
eles que é possível...”
d) É preciso que se transmitam a estes maior noção
de responsabilidade e também mostrar a eles que
é possível...”
e) É preciso transmitir a estes maior noção de res-
ponsabilidade e também mostrar a eles que é
possível...”
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Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 17
Leia o texto e responda às questões 99 e 100.
“A solução para a violência institucionalizada é a
erradicação da miséria, um dos objetivos fundamen-
tais da República, conforme preconiza a Constituição
Federal. Não se concebe, também, a ausência de in-
vestimentos pesados na educação e saúde públicas”.
99. Em relação aos elementos do texto, assinale a
opção correta.
a) A expressão “institucionalizada” significa sacrali-
zada por uma instituição.
b) A expressão “Não se concebe” poderia ser substi-
tuída, sem alteração de sentido, por Não perce-
bem-se.
c) A palavra “erradicação” significa divulgação.
d) A palavra “preconiza” não pode ser substituída por
apregoar, pois altera significativamente o sentido
do período.
e) As palavras “saúde” e “pública” recebem acento
com base na mesma regra de acentuação orto-
gráfica.
100.Julgue os itens a respeito do emprego das es-
truturas do texto e marque, a seguir, a opção
correta.
I. “A solução para a violência institucionalizada é a er-
radicação da miséria...” poderia ser substituída sem
prejuízo de compreensão por “Erradicar a miséria é
a solução para a violência institucionalizada”.
II. De acordo com a norma culta o plural de “Não se
concebe, também, a ausênciade investimentos
pesados na educação e saúde publicas” deve
manter o verbo conceber no singular.
III. Com base nas regras de concordância nominal o
adjetivo “públicas” poderia também estar no sin-
gular concordando atrativamente com o substanti-
vo “saúde”.
IV. As ocorrências da preposição de em “da miséria”
e “da República” se justificam por serem relacio-
nais em ambos os casos.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Apenas I e II estão corretos
c) Apenas I e III está correto.
d) Apenas III e IV estão corretos.
e) Apenas IV está correto
101. Os trechos abaixo constituem um texto, mas
estão desordenados. Ordene-os e, em seguida,
assinale a sequência correta correspondente.
( ) E a troca de informações entre Daniel e Pedro,
ambos com 12 anos, é um exemplo do que acon-
tece hoje nos lares invadidos pela maior mania
digital do momento.
( ) Para quem não tem filhos adolescentes e não lida
com o comunicador instantâneo Messenger, mais
conhecido como MSN, o diálogo entre dois ado-
lescentes pode parecer conversa de índio ou dia-
leto neolatino.
( ) Há quem afirme que é melhor escrever dessa
maneira do que não escrever, pelo menos os jo-
vens estão mais próximos da Língua do que já
estiveram antes.
( ) Segundo eles, até mesmo as crianças recém-al-
fabetizadas já estão se comunicando através do
MSN, alcançadas pela velocidade espantosa do
mundo informatizado.
( ) Mesmo assim os pedagogos acreditam que esta
linguagem corriqueira pode entrar em choque com
o processo educacional desenvolvido na escola.
a) 2 – 1 – 3 – 5 – 4
b) 1 – 2 – 3 – 5 – 4
c) 2 – 3 – 4 – 5 – 1
d) 2 – 1 – 5 – 4 – 3
e) 4 – 5 – 3 – 1 – 2
102. Assinale o trecho em que na transcrição, foi co-
metido um erro ortográfico.
a) As dificuldades da vida estão diretamente relacio-
nadas à disposição que cada um possui para en-
carar as vicissitudes que aparecem durante a ca-
minhada da existência humana.
b) Há, hoje em dia uma grande preocupação com a
educação dispensada às crianças especiais uma
vez que inseridas no contexto das escolas tradici-
onais sabe-se que o desenvolvimento se dá de
forma mais eficaz e natural.
c) Sabemos que o assodamento imprimido no dia-
a-dia das pessoas é um dos mais graves causa-
dores do estresse o que pode levar a esgotamen-
to físico e mental irreversíveis.
d) Todo ser humano ir ascível pode ser um sério
candidato às doenças do coração, pois o nível de
tensão é assustadoramente mais elevado do que
daqueles que conseguem manter a calma.
e) Aqueles que desejam seguir a carreira militar, a
fim de defender verdadeiramente a população, de
ser uma pessoa intimorata.
103. Considere as três afirmações abaixo sobre as
palavras revólver, até, amém.
I. São acentuadas, respectivamente, pelo mesmo
motivo que câncer, balaústre e parabéns.
II. Se fossem escritas sem acento, corresponderiam
a formas verbais existentes na Língua Portuguesa.
III. Se flexionada no plural, “revólver” continuaria sen-
do acentuada pela mesma regra segundo a que
recebeu acento no singular.
IV. Se grafada sem acento “até” pode ser uma prepo-
sição ou uma palavra denotativa de inclusão.
a) V – V – V – F
b) F – V – F – F
c) F – F – V – F
d) V – V – V – V
e) V – F – V – F
104. Em qual das frases a lacuna poderia ser adequa-
damente preenchida pelo pronome relativo cujo
ou suas variantes de gênero e número?
a) A polícia __________ a ação repressiva é frequen-
temente criticada, não pode agir sozinha na ques-
tão da segurança publica.
b) Alguns métodos de educação _______ filosofia
muitos de nós dependemos, tem dado bons re-
sultados em outros países.
c) O sistema educacional brasileiro ___________ o
objetivo é desconhecido, tem deixado muito a de-
sejar nos últimos anos.
d) A sociedade, ____________ formação participa-
mos, depende muito da colaboração de todos in-
teressados no crescimento do país.
e) O analfabetismo, ___________ altas taxas tanto
nos apavoram, é uma preocupação de todos os
profissionais da educação.
18 Folha Dirigida
Testes - Língua Portuguesa
105. Marque a alternativa cujo fragmento está grama-
ticalmente correto.
a) “Desde a idade de seis anos eu tinha mania de
desenhar a forma dos objetos. Por volta dos cinco-
enta havia publicado uma infinidade de desenhos,
mas tudo o que produzi antes dos sessenta não
devem ser levados em conta”.
b) As pessoas que convivi durante toda a minha exis-
tência foram muito importantes para mim estrutu-
rar minha personalidade.
c) As grandes inimizades contra cujas presenças lu-
tei, de certa forma, também foram importantes para
que eu pudesse discernir o que é certo e o que é
errado na minha vida.
d) Com os problemas resolvidos e os filhos criados,
tem fim todos os conflitos que uma mulher convive
até que todos estejam encaminhados na vida e
com a personalidade formada.
e) Durante a reunião familiar que planejaram há mui-
to tempo, fizeram alusão à fotografia e álbuns dos
casamentos dos que ainda mantinham uma vida
em comum.
106. Analise os fragmentos abaixo em relação à cor-
reção gramatical.
I. Um grupo de amigos que se reune regularmente
é muito saudável para a preservação do que se
constrói no que se refere a relacionamento hu-
mano.
II. A manutenção da amizade se faz quando as pes-
soas queridas se encontram para trocar experiên-
cias e relembrar o que viveram no passado.
III. As pessoas que mantém um relacionamento sau-
dável e que sabem conservar amizades, certamen-
te, tem muitas histórias para contar.
IV. Neste século estamos assistindo a uma inversão
de valores entre o poder do Estado e a população
que necessita de segurança.
Estão gramaticalmente corretos apenas os itens
a) I e II d) III e IV
b) II e III e) I e IV
c) II e IV
107. Para que o texto abaixo esteja de acordo com a
norma padrão é necessário substituir
Pensar a respeito do futuro dos valores morais faz
sentido se estipulemos o valor que cada cidadão de-
sempenha na comunidade em que vivem. É importante
que cada um tenha a certeza do que pretendem para a
formação de uma sociedade justa e igualitária.
a) respeito por à respeito
b) estipulemos por estipularmos
c) em que vivem por que vivem
d) tenha a certeza por cientifique-se
e) igualitária por igualitária
108. Marque o segmento dos fragmentos transcritos
do livro de Lya Luft - com adaptações - que apre-
senta total correção das regras de pontuação.
a) “...como símbolos desse quadro temos nossos
lados negativos que nos prendem, no medo e na
acomodação; mas também desejamos a clarida-
de e o crescimento pessoal”.
b) “Quando eu era menina, certo dia, num almoço, fi-
quei observando a família à mesa, e aquelas pes-
soas tão conhecidas me pareceram estranhas”.
c) “O ócio, é uma possibilidade infinita de ser explo-
rada, por aqueles que não gostam da vida”.
d) “Para viver de verdade pensando, e repensando, a
existência para que, ela valha a pena é preciso ser
amado”.
e) “Mãe que igreja, é essa?”
Nas questões 109 e 110, baseadas em parágrafos
de texto de Stefhan Kanitz, marque o enunciado que
não é verdadeiro.
109. No passado, para garantir o sucesso de um filho
ou de uma filha, bastava conseguir que eles ti-
rassem um diploma de curso superior. Uma vez
formados, seriam automaticamente chamados
de “doutor” e teriam um salário de classe média
pra o resto da vida. De uns anos para cá, essa
fórmula não funciona mais. Quem quiser garan-
tir o futuro dos filhos, além do curso superior,
terá de lhes arrumar um capital inicial. Esse ca-
pital deverá ser suficiente para o investimento
que gerará um emprego para seu filho.
a) a forma verbal “tirasse” poderia ser substituída sem
prejuízo de compreensão por obtivessem.
b) A oração “...essa fórmula não funciona mais”. equi-
vale a essa fórmula não é mais eficaz.
c) A palavra “automaticamente” poderia vir isolada por
vírgulas.
d) “ou” elemento de coesãosequencial tem valor
aditivo no primeiro período do fragmento.
e) Em “...terá de lhes arrumar um capital...” o prono-
me lhe poderia ser trocado pelo pronome oblíquo
o se a frase fosse reescrita da seguinte forma
“...terá de arrumá-lo um capital...”.
110. Os americanos ganham oito vezes mais que os
brasileiros não porque trabalham oito vezes mais,
mas porque investem muito mais em estoque,
máquinas e equipamentos, aumentando brutal-
mente a produtividade de seus filhos.
a) De acordo com o texto, a remuneração de qual-
quer individuo, nos Estados Unidos, varia propor-
cionalmente aos seus próprios investimentos in-
dividuais.
b) A relação entre os salários dos norte-americanos
e o dos brasileiros pode ser descrita pelo adjetivo
“óctupla”.
c) A conjunção adversativa “mas” poderia, sem prejuí-
zo da coerência do texto, ser substituída por “e sim”.
d) O pronome possessivo “seus” é um termo catafó-
rico de “americanos”.
e) Em “...oito vezes mais que...” a expressão poderia
ser substituída por “...oito vezes mais do que...”
111. Assinale a opção que preenche adequadamente
as lacunas do texto abaixo.
A nova pedagogia aplicada no Brasil contribuiu para
____ melhoria do processo educacional _____
muito abandonado pelas autoridades competen-
tes. _____ medida que a criança é mais bem aten-
dida, os resultados obtidos são visíveis e assim
não ficam mais expostas _____ discriminações tão
cruéis que _____ sociedade determina.
a) a / há / a / a / a
Testes – Língua Portuguesa
Folha Dirigida 19
b) a / há / à / às / a
c) a / a / à / a / a
d) a / à / à / às / a
e) à / há / a / às / a
 Nas questões 112 e 113, marque o segmento do frag-
mento que não contém ERRO de estruturação sintática.
112.
a) Estas são as crianças das quais me responsabi-
lizo durante a excursão que faremos a Ouro Preto.
b) Conversamos, durante toda noite, das 8h às 22
horas, acerca de política educacional.
c) No momento que escrevo esta questão, o índice
de desemprego está ao redor de 50% nas cama-
das mais desfavorecidas.
d) O professor procedeu a leitura das notas de Portu-
guês logo depois que os candidatos entregaram
seus gabaritos.
e) Os professores que demonstram afeição por seus
alunos podem dizer que lhes querem muito.
113.
a) É necessário, depois de tantos estudos, a divul-
gação dos resultados das pesquisas realizadas
com crianças especiais que estudam em escolas
da rede particular de ensino.
b) Anunciou-se, ontem através dos meios de comu-
nicação, os atos violentos que estão tomando
conta de todo o país e que as autoridades compe-
tentes não estão conseguindo controlar.
c) Embora a educação é uma preocupação visível de
todos, nada é feito para que essa situação seja
resolvida.
d) Jamais se escolheram com consciência os diri-
gentes do nosso país uma vez que o povo é mise-
rável e facilmente levado por falsas promessas.
e) Necessitam-se, urgentemente de pessoas capa-
citadas para tomar as rédeas do nosso país no
que se refere à educação infantil.
114. Marque a alternativa que apresenta ERRO de con-
cordância e ortografia.
a) Há cerca de trezentas pessoas esperando para
serem atendidas pelo Instituto de Ortopedia e Trau-
matologia no Estado do Rio de Janeiro.
b) Os milhões de mulheres que assistiram ao filme-
doumentário sobre Vinícius de Moraes saíram dos
cinemas bastante emocionadas.
c) Ao sair de casa, a mulher não tinha certeza de ter
desligado o ferro que usara para alisar a roupa do
marido e por descargo de consciência voltou para
certificar-se de que estava tudo bem.
d) As atitudes dos filhos revoltados são tal qual as
ações que observam em pais desestruturados.
e) Mais de 1,4 milhão de crianças que estão na rua
são desassistidas por pais que não têm condições
emocionais para criá-las com carinho e atenção.
115. Em relação ao texto, assinale a opção INCORRETA.
 Ao contrário da generalização teórica de que
mercados tendem a um equilíbrio entre procura e
oferta, a partir do qual todos os agentes teriam ape-
nas de reiterar a mesma conduta para continuar
participando da divisão social do trabalho, a reali-
dade histórica indica que os mercados apenas
passam de um desequilíbrio a outro, em função
de fatores naturais e sociais – quantidade de chu-
va e sol, guerras, expedições, invenções etc. – que
afetam a posição relativa de cada agente, benefi-
ciando a alguns e arruinando outros.
a) A expressão “do qual” está sintaticamente articu-
lada e refere-se a “contrário”.
b) A palavra “reiterar” está sendo empregada com o
sentido equivalente ao de repetir, iterar.
c) A preposição “a” em “a outro” pode ser, sem preju-
ízo para a correção do período, substituída pela
preposição para.
d) Os travessões que isolam exemplos podem ser
substituídos por parênteses sem alterar a coerên-
cia e a correção do período.
e) após o segundo travessão, inicia-se uma oração
de valor restritivo.
PROVA 10
QUESTÕES / CESGRANRIO
 As questões de números 116 a 118 referem-se ao
texto que segue. Para respondê-las, leia-o com cuidado.
É mais ou menos consensual que o país preci-
sa de uma reforma tributária, mas o acordo se des-
faz quando ela começa a ser concretamente deba-
tida. Aliás, é exagero dizer que haja um debate em
curso. Os interesses falam mais alto e, até o pre-
sente momento, foram capazes de manter a refor-
ma no limbo das intenções sempre reiteradas e
nunca realizadas.
Nesse contexto de falta de definição, em tudo
agravado pela prioridade óbvia da crise financeira,
vez por outra surgem ideias dignas de nota. Uma
delas foi apresentada pelo diretor da Agência Na-
cional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn: uma
sobretaxa para combustíveis.
À primeira vista, parece apenas mais um ônus
sobre os contribuintes e a atividade econômica. E
seria mesmo, caso a medida viesse isolada,
como mais um artifício para aumentar a arreca-
dação – algo inaceitável.
Não é com tal feitio que esse tributo vem sendo
discutido em países desenvolvidos, em que é en-
carado como instrumento econômico para obter a
redução na emissão de poluentes. A ideia foi apoi-
ada por 2 500 economistas dos EUA, liderados
por dois prêmios Nobel e uma estrela do brilho de
Paul Krugman.
116. Resume-se corretamente o assunto central do
texto em:
a) No contexto indefinido da crise financeira, a falta de
debates voltados para nossa reforma tributária im-
pede que sigamos a lição dos economistas dos EUA.
b) Não é com medidas onerosas, como a da sobre-
tributação dos combustíveis, que se vai amenizar
esta óbvia crise financeira ou mesmo o nível de
poluição ambiental.
c) Pode ser oportuna para o país a sobretaxa para
combustíveis, medida que os países desenvolvi-
dos vêm discutindo como instrumento para a re-
dução da emissão de poluentes.
d) O diretor da ANP, seguindo o caminho dos econo-
mistas dos EUA, estuda medidas que tragam efe-
tiva redução nos impostos que assolam também
o nosso país.
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Testes - Língua Portuguesa
e) Em meio aos debates sobre a crise financeira, são
oportunas as medidas, anunciadas por Paul Krug-
man e muitos outros economistas, relativas à nos-
sa reforma tributária.
117. Considere as seguintes afirmações:
I. A crise financeira tornou-se um assunto mais pre-
ocupante do que a necessidade de uma reforma
tributária.
II. Uma sobretaxa para combustíveis, além de colo-
car em debate a reforma tributária, é atraente por
seus efeitos ecológicos.
III. Será onerosa, e talvez inócua, a medida do diretor
da ANP, que visa a reduzir a emissão de poluentes.
Está correto, em relação ao texto, o que vem afir-
mado em
a) I, II e III. d) II e III, apenas.
b) I e II, apenas. e) II, apenas.
c) I e III, apenas.
118. Indique a alternativa em que, considerado o con-
texto, se traduz corretamente o sentido de uma
expressão do texto.

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