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Apostila Sistemas Pneumáticos

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Instituto Federal do Espírito Santo 
Campus Serra 
 
Curso Técnico em Automação Industrial 
 
 
APOSTILA DE PNEUMÁTICA 
Giovani Zanetti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO, 3 
2 PRODUÇÃO DE AR COMPRIMIDO, 8 
3 RESEVATÓRIO DE AR COMPRIMIDO, 21 
4 CONTAMINANTES DO AR COMPRIMIDO, 23 
5 TRATAMENTO DO AR COMPRIMINDO, 24 
6 REDES DE DISTRIBUIÇÃO, 29 
7 DRENOS, 31 
8 UNIDADE DE CONDICIONAMENTO DE AR, 32 
9 VISÃO GERAL DE SISTEMAS PNEMÁTICOS, 48 
10 ATUADORES PNEUMÁTICOS, 50 
11 VÁLVULAS PNEUMÁTICAS, 73 
12 SISTEMAS ELETROPNEUMÁTICOS, 89 
13 PROJETO DE REDES DE AR COMPRIMIDO, 97 
14 EXERCICIOS E DEMONSTRAÇÕES, 104 
 
3 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
1 INTRODUÇÃO 
Sistemas pneumáticos utilizam o ar comprimido como meio de transmissão de energia. O ar está 
submetido às leis gerais que regem os gases, sendo necessário aqui uma breve revisão dos 
conceitos físicos relacionados. 
1.1 Características do Ar 
o Compressibilidade: uma dada quantidade de ar pode sofrer compressão, ou seja, ter seu 
volume reduzido, pela ação de uma força externa. 
o Elasticidade: uma dada quantidade de ar que teve seu volume reduzido pela ação de uma 
força externa retorna ao seu volume inicial após cessar a força. 
o Difusibilidade: uma dada quantidade de ar pode misturar-se homogeneamente com 
qualquer meio gasoso que não esteja saturado. 
o Expansibilidade: uma dada quantidade de ar ocupa plenamente o recipiente que o contém. 
 
o Peso: o ar apresenta possui massa. 
 
o Ação da temperatura: dado dois volumes idênticos de ar, aquele que possui temperatura 
mais elevada apresenta menor massa que aquele que tem menor temperatura. 
 
A compressibilidade e a elasticidade são as duas principais características do ar quando se trata de 
sistemas pneumáticos, pois explicam a não linearidade do deslocamento de atuadores 
pneumáticos. Por esse motivo, a maioria das aplicações de atuadores pneumáticos são limitadas a 
poucas posições (tipicamente duas posições), onde o elemento encontra-se totalmente expandido 
ou totalmente recuado. 
 
 
 
4 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
1.2 Pressão 
Conceito físico que relaciona a quantidade de força exercida perpendicularmente a uma 
determinada área. A expressão a seguir indica a fórmula geral de pressão: F representa a força 
exercida perpendicularmente à uma superfície de área A. 
 
 
 
A tabela a seguir indica algumas unidades de Força. 
Unidades de Força Símbolo Equivalência 
Newton N = 1 Kg.m/s² 
Kilograma-força Kgf = 9,80665 N 
Libra-força lbf = 4,4482 N 
Dina dina 
 
As unidades de pressão derivam de sua formula geral e usualmente são descritas pela unidade de 
força sobre a unidade de área. 
Unidades de Pressão Símbolo Equivalência 
Newton por metro 
quadrado 
N/m² = 1 Pa 
Kilograma-força por 
centímetro quadrado 
Kgf/cm² = 0,98 bar 
Libra-força por polegada 
quadrada 
Lbf/pol² (psi) = 0,06895 bar 
Pascal Pa 
Bar bar = 14,5033 psi 
Atmosfera atm = 101325 Pa 
 
A
F
p =
N510−=
bar510−=
área
força
pressão =
 
5 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Em sistemas pneumáticos as duas unidades mais utilizadas são bar e psi, sendo comumente 
encontrados no mercado manômetros que trazem ambas as escalas. 
 
Exemplo de manômetro com escalas em bar e psi 
Em sistemas pneumáticos a pressão típica de trabalho é de até 10 bar, uma vez que a maioria dos 
componentes pneumáticos tem como especificação básica uma pressão máxima de trabalho nessa 
faixa. Para operar em pressões maiores que 10 bar é necessário especificar componentes que 
atendam à pressão de trabalho desejada. 
 
 
 
 
 
1.2 Vazão 
Representa a taxa com que determinado volume de um material passa por uma seção. 
 
 
 
Onde V representa o volume e t representa o tempo. A tabela a seguir indica algumas unidades de 
volume. 
Unidades de Volume Símbolo Equivalência 
Metro cúbico m³ = 1000 l 
Decímetro cúbico dm³ = 1 l 
Pés cúbicos ft³ = 28,32 l 
Litro l = 1 dm³ 
Galão (UK) UK-gal = 0,00455 m³ 
Galão (US) US-gal = 0,00379 m³ 
É comum ouvir no ambiente industrial a indicação de pressão em “quilos”. Essa forma 
de falar deriva da unidade kilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm²), que é 
aproximadamente igual a 1 bar (1 kgf/cm² = 0,98 bar). Ou seja, na prática, é comum 
uma pressão de 6 bar, por exemplo, ser indicada como uma pressão de 6 “quilos”, 
apesar da obviedade de “quilograma” ser uma unidade de massa ! 
t
V
Q =
tempo
volume
vazão =
 
6 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
As unidades de vazão derivam de sua formula geral: 
Unidades de Vazão Símbolo Equivalência 
Metros cúbicos por 
segundo 
m³/s = 60 m³/min 
Metros cúbicos por 
minuto 
m³/min = 0,0167 m³/s 
Centímetros cúbicos 
por segundo 
cm³/s = 0,001 l/s 
Litros por segundo l/s = 0,001m³/s 
Pés cúbicos por 
minuto 
pcm = 28,2667 
l/min 
 
Em sistemas pneumáticos a vazão se relaciona ao consumo de ar de equipamentos, sendo comum 
a utilização da unidade pcm (pés cúbicos por segundo) e da unidade l/min (litros por minuto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
1.3 Pressão Atmosférica, Absoluta e Relativa 
A atmosfera terrestre é formada por um conjunto de gases, todos possuidores de certa massa. 
Assim, as camadas superiores comprimem as camadas inferiores, desenvolvendo pressão sobre a 
superfície da Terra. O “peso” exercido pelo ar atua sobre todos os corpos e em todos os sentidos 
com a mesma intensidade. Advêm desse conceito que a pressão atmosférica tem valores 
diferentes a cada altitude. 
O consumo de ar comprimido indicado pelo fabricante refere-se ao valor nominal. 
Todavia, na prática, o consumo varia com a pressão da rede e com forma de utilização 
do equipamento. Por isso a utilização de medidores de vazão, como o da figura acima, 
é uma forma de avaliar o consumo real de ar comprimido de um equipamento ou 
sistema pneumático. 
Exemplo de lixadeira pneumática. 
O fabricante indica que o consumo 
é de 15 pcm, o que equivale a 424 l/min 
 
7 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Altitude (m) Pressão 
(Kgf/cm³) 
Exemplo 
0 1,033 Vitória (Brasil) 
1000 0,915 Brasília (Brasil) 
2000 0,810 Cidade do México 
3000 0,715 Huaraz (Peru) 
4000 0,629 Potosi (Bolívia) 
 
A pressão atmosférica foi medida pelo físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) utilizando 
um tubo de vidro com mercúrio. O valor da pressão atmosférica ao nível do mar foi avaliada em 
760 mmHg (milímetros de mercúrio). Dessa forma, pressão atmosférica é pressão exercida pela 
atmosfera terrestre. Denomina-se pressão absoluta a pressão medida em relação ao vácuo 
absoluto. Por sua vez, a pressão relativa é a pressão medida em relação à pressão atmosférica, e 
pode ser calculada da seguinte forma: 
Pressão Relativa = Pressão Absoluta – Pressão Atmosférica 
Em sistemaspneumáticos trabalha-se com a pressão relativa. Usam-se instrumentos diferentes 
para medir diferentes pressões, conforme a tabela a seguir: 
Tipo de Pressão Instrumento Utilizado 
Pressão Absoluta Barômetro 
Pressão Relativa Manômetro 
 
 
 
 
 
 
 
Outro ponto a ser considerado é que ao trabalhar com o conceito de pressão relativa, as pressões 
abaixo de zero são identificadas como pressões negativas. 
 
É fácil diferenciar pressão relativa e pressão absoluta na prática. Tome o seguinte 
exemplo: 
 Na indústria, ao desligar a pressão de um sistema e deixa-lo despressurizado, o 
manômetro marcará zero de pressão. Mas é claro que a pressão no sistema não é 
zero, pois a pressão atmosférica atua sobre todos os corpos. O manômetro é fabricado 
para não medir a pressão atmosférica, ou antes, para indicar zero quando a pressão 
medida for a pressão atmosférica ! 
 
8 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
2 PRODUÇÃO DE AR COMPRIMIDO 
A primeira etapa de um sistema pneumático é a compressão do ar. O ar à pressão atmosférica não 
possui energia suficiente para o acionamento dos dispositivos pneumáticos, sendo necessário 
elevar a pressão de certo volume de ar. A máquina que realiza esse trabalho é denominada de 
“compressor de ar”. A figura a seguir indica o diagrama geral de compressores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há dois tipos de principio de trabalho para compressores: deslocamento positivo e deslocamento 
dinâmico. No deslocamento positivo, certo volume de ar é isolado e tem seu volume reduzido 
gradativamente, o que resulta em aumento de pressão. Por sua vez, o deslocamento dinâmico 
consiste em primeiramente transmitir energia cinética ao ar através do aumento de sua velocidade, 
para em seguida converte-la em energia de pressão pelo restrição do escoamento do ar através do 
uso de difusores. 
Principio de Funcionamento de Compressores 
Deslocamento Positivo Deslocamento Dinâmico 
Redução do volume de 
ar com aumento da 
pressão 
Transformação de 
energia cinética em 
energia de pressão 
 
 
 
Pressão 
Final 
Pressão 
Inicial 
Principio do deslocamento positivo: 
redução do volume eleva a pressão 
Pressão 
Inicial 
Pressão 
Final 
Principio do deslocamento dinâmico: 
transformação de energia cinética 
em pressão 
Compressor 
Entrada 
P. Atm. 
Saída 
P. > P. Atm. 
Imagem de um compressor com 
reservatório e motor elétrico acoplados 
Simbologia geral utilizada para 
compressores de ar 
 
9 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
2.1 Compressores de Deslocamento Positivo 
O principio de operação envolve captar certa quantidade de ar e progressivamente reduzir o 
volume do espaço que cotem o ar. O resultado é o aumento da pressão. A principal classificação 
dos compressores de deslocamento positivo se encontra entre os do tipo alternativo e os do tipo 
rotativo. No caso dos alternativos, não há um fluxo contínuo de ar: dada quantidade de ar é isolada 
do meio externo através de válvulas e comprimida, e ao final da compressão outras válvulas 
liberarão o ar, já com pressão elevada. Por sua vez, no caso dos rotativos o fluxo de ar é contínuo: 
o ar é continuamente direcionado a câmaras de volume cada vez mais reduzido, produzindo 
aumento de pressão sem interrupção do fluxo. 
Compressores de Deslocamento Positivo 
 
Alternativo 
 
 
Pistão (Êmbolo) 
Simples Efeito 
Duplo Efeito 
Estágios 
Diafragma Mecânico 
Hidráulico 
 
Rotativo 
Palhetas 
Parafuso 
Lóbulos (Roots) 
 
2.1.1 Compressores Deslocamento Positivo Tipo Alternativo 
A principal característica dos compressores do tipo alternativo é que a compressão se dá de forma 
pulsante, ou seja, determinado volume de ar é captado da atmosfera, isolado, comprimido e 
liberado com pressão maior. Nesse tipo de compressor não há um fluxo contínuo de ar comprimido. 
 
Compressor Simples Efeito 
Compressores de simples efeito são do tipo pistão (ou êmbolo). Possuem pelo menos um cilindro 
equipado com válvulas de admissão e de descarga. Um pistão (ou êmbolo) se movimenta no 
interior do cilindro acionado por uma biela ligada a um eixo virabrequim. Por sua vez o eixo 
virabrequim é acionado mecanicamente por um motor elétrico ou motor a combustão. 
Esses compressores operam através de um ciclo de compressão composto por etapas: 
o Etapa de Admissão: com o deslocamento do pistão cria-se vácuo (pressão negativa) no 
interior do cilindro. A válvula de admissão se desloca e permite a entrada de certa 
quantidade de ar no interior do cilindro. 
o Etapa de Compressão: com a válvula de admissão fechada, o pistão desloca-se no sentido 
de reduzir o volume que contem a quantidade de ar. Progressivamente a pressão do ar é 
elevada. 
o Etapa de Descarga: quando a pressão interna do cilindro atinge determinado valor a válvula 
de descarga se abre, liberando o ar comprimido para o reservatório. Como a saída do ar 
implica em queda da pressão no interior do cilindro a válvula de descarga se fecha. Na 
 
10 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
seqüência o pistão desloca-se no sentido de aumentar o volume interno, gerando 
novamente vácuo e reiniciando o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compressor Duplo Efeito 
O principio de funcionamento do compressor de duplo efeito é o mesmo do compressor de simples 
efeito. A diferenciação que se dá é que no de simples efeito apenas uma face do pistão (ou 
êmbolo) realiza compressão. No compressor de duplo efeito a face superior e a face inferior do 
pistão (ou êmbolo) realizam trabalho de compressão, aumentando o rendimento da máquina: para 
um único ciclo de operação uma maior quantidade de ar sofrerá aumento de pressão. 
 
 
 
 
Ilustração de cilindros de duplo efeito em corte 
Filtro 
Entrada Ar 
Válvula 
Admissão 
Válvula 
Descarga 
Corpo do 
Cilindro 
Êmbolo 
Sistema 
Biela 
Compressão Descarga Admissão 
Ciclo de operação de um cilindro 
Ilustração de um cilindro de simples 
efeito em corte 
 
11 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Compressor de Estágios 
Possui dois ou mais pistões ligados em série. O funcionamento de cada pistão é idêntico ao 
funcionamento do compressor de simples efeito, a diferença é que a saída de um pistão alimenta 
outro: cada pistão funciona como um estágio de aumento de pressão. 
Esse tipo de compressor é utilizado quando é necessário valores maiores de pressão, como por 
exemplo, uma pressão de 17,5 Kgf/cm². A utilização desse sistema se faz necessária para obter 
pressões mais elevadas pois a grande maioria dos compressor fornecem no máximo de 10 a 12 
Bar. 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de compressor com dois pistões em série 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compressores de Membrana 
Compressores de membrana operam pelo mesmo principio dos compressores de simples efeito. 
Todavia diferenciam-se por apresentar uma membrana que isola o ar captado da parte onde se 
localiza o êmbolo do pistão, o que evita a contaminação do ar pelo óleo de lubrificação do cilindro. 
Usualmente são compressores de pequeno porte com pressões e vazões reduzidas, mas uma vez 
que o ar é isento de contaminação possuem aplicações nas áreas médicas e odontológicas. 
Na prática é fácil 
identificaresse tipo 
de compressor pois 
sua característica 
principal é possuir 
cilindros com 
dimensões 
diferentes. Observe 
as figuras acima e ao 
lado. 
1º 
Cilindro 
2º 
Cilindro 
P atm P1 P2 
 P2 > P1 > Patm 
Compressor de estágios em corte 
 
12 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de compressor com membrana 
 
2.1.2 Compressores de Deslocamento Positivo Tipo Rotativo 
Compressor de Palhetas 
O compressor de palhetas é um tipo de compressor rotativo. Um rotor excêntrico à carcaça do 
compressor é dotado de ranhuras no sentido do eixo do motor. Em cada ranhura uma palheta é 
inserida contra uma mola que tende sempre a forçá-la para fora da ranhura. As palhetas isolam 
certa quantidade de ar que tem sua pressão elevada gradativamente pela redução de volume. 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de compressores de palhetas 
 
 
 
 
 
 Ilustração de compressor de palhetas em corte 
 
13 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Compressor de Parafuso 
O compressor de parafuso é um tipo de compressor rotativo. Possui dois rotores helicoidais que 
giram em sentido contrario um ao outro. Um dos rotores, denominado rotor macho, possui lóbulos 
convexos, enquanto o outro rotor, denominado rotor fêmea possui depressões côncavas. 
A medida que o rotores giram, apreendem certa quantidade de ar que terá seu volume 
gradativamente reduzido, implicando em aumento de pressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos e ilustrações de compressores de parafuso 
Ilustração das etapas de 
compressão de um 
compressor de parafuso 
 
14 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Compressor de Lóbulos (Roots) 
O compressor de lóbulos é um tipo de compressor rotativo. Possui dois lóbulos situados no interior 
da caraça do compressor que giram em sentido contrário e um sobre o outro, de forma criar 
câmaras isoladas. Certa quantidade de ar é admitida e isolada da pressão atmosférica, sendo em 
seguida conduzida a uma região de menor volume, gerando aumento de pressão do ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos e ilustrações de compressores de dois lóbulos 
Compressor de três lóbulos em corte 
 
15 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
2.2 Compressores de Deslocamento Dinâmico 
O principio de operação consiste em acelerar o fluxo de ar, de forma a aumentar sua energia 
cinética. Posteriormente, com o uso de difusores, o fluxo de ar acelerado sofre uma restrição em 
seu deslocamento, fazendo com que a energia cinética se transforme em energia de pressão do ar. 
Aplicam-se em situações onde são requeridas grandes vazões de ar, porém sem aumento da 
pressão. Por exemplo, é possível obter vazões de 50.000 m³/h a 1.000.000 m³/h e pressões de até 
20 bar. 
Compressor de Fluxo Radial 
Nesse compressor de deslocamento dinâmico o ar é captado e acelerado radialmente (ou seja, no 
sentido do raio do rotor) em vários estágios de compressão. 
Entre um estágio de compressão e outro localizam-se difusores que retardam o escoamento do ar, 
transformando a energia cinética em energia de pressão. 
 
Exemplo de compressor radial 
Compressor de Fluxo Axial 
Nesse compressor de deslocamento dinâmico o ar é captado e acelerado axialmente (ou seja, no 
sentido do eixo do rotor) em vários estágios de compressão. 
Cada estágio acelera o ar para o estágio seguinte, que transmite mais energia cinética ao gás. Na 
saída do compressor, difusores operam a redução de velocidade que resulta no aumento de 
pressão. 
 
 
 
16 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
Exemplos de compressor axial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
2.3 Escolha de Compressores 
 
Como visto até aqui, existem diferentes tecnologias para realizar compressão de ar. Cada uma 
delas apresenta diferentes resultados de eficiência, pressão, vazão e custo. A escolha do 
compressor adequado a determinado sistema dependerá da análise da demanda. O gráfico a 
seguir indica as condições mais eficientes para o funcionamento de cada tipo de compressor. 
 
Exemplo de carta de seleção de compressores de ar em função da pressão em 
bar (eixo vertical) e em função da vazão em m³/hora (eixo horizontal) 
 
18 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de carta de seleção de compressores de ar em função da pressão 
em psig (eixo vertical) e em função da vazão em pcm – pês cúbicos por minuto – 
(eixo horizontal) 
 
19 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
2.3 Controle Automático de Compressores 
 
Compressores são equipamentos de funcionamento automático, ou seja, ligam e desligam 
independente da ação de algum operador. O tipo de controle tipicamente utilizado é o controle on-
off, ou liga-desliga. Nesse sistema o motor elétrico apresenta apenas dois estados: ligado ou 
desligado. O comando para ligar ou desligar o motor elétrico é enviado pelo pressostato, que 
monitora a pressão interna do reservatório do compressor. 
O pressostato é uma chave elétrica acionada por pressão. Em sua configuração mais simples seus 
contatos elétricos comutam quando a pressão de setagem é atingida. Entretanto em compressores 
utilizam-se pressostatos do tipo diferencial, que possuem um valor de pressão menor para fechar 
os contatos elétricos (e ligar o compressor) e outra pressão maior para abrir os contatos elétricos (e 
desligar o compressor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usualmente as pressões de alta e de baixa do pressostato diferencial vem configuradas de fabrica. 
O ajuste das pressões é realizado por parafusos situados no interior do pressostato, sendo que um 
deles ajusta o limite de desligamento e o outro ajusta o valor diferencial. A figura a abaixo indica os 
parafusos de ajuste de pressão e permite visualizar os parafusos das conexões elétricas. 
O gráfico a seguir ilustra o controlo do tipo on-off. O gráfico superior indica a modificação de 
pressão no interior do reservatório de ar comprimido e o gráfico inferior indica os períodos em que 
o motor elétrico está ligado ou desligado. O instante de tempo t1 indica o momento em que o 
sistema é energizado e o controle on-off se inicia. A pressão superior é de 7,5 bar enquanto a 
pressão inferior é de 4,5 bar. 
 
 
 
Detalhe dos parafusos de ajuste 
e das conexões elétricas 
do pressostato diferencial. 
Exemplo de compressor diferencial 
 
20 IFES Campus Serra SistemasPneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema de controle tipo on-off é utilizado na grande maioria dos sistemas pneumáticos para o 
controle de pressão. Todavia, existem outras formas de realizar o controle. 
Uma alternativa para evitar as partidas sucessiva dos motores elétricos, principalmente em 
sistemas com motores de grande porte, é manter o compressor ligado todo o tempo e regular a 
pressão no reservatório através de uma válvula de alívio de pressão. Nesse modelo o motor está 
sempre funcionamento, mas, dependendo das condições do sistema, é mais viável desprezar o ar 
comprimido não utilizado do que realizar inúmeras partidas no motor elétrico do compressor. 
Outra alternativa de controle é a utilização de inversores de freqüência para controlar a velocidade 
de rotação do motor elétrico, permitindo o controle gradativo da pressão no sistema e evitando os 
picos de partida típicos do acionamento de motores elétricos. 
A 
 
3 RESEVATÓRIO DE AR COMPRIMIDO 
 
 
Região 
OFF 
Tempo 
Pressão 
(bar) 
7,5 
 
4,5 
Tempo 
Motor 
Elétrico 
Ligado 
 
 
 
Desligado 
Região 
ON 
t1 
Gráfico de controle de um sistema on- off para compressores de ar 
Alguns pressostatos possuem como acessório uma 
válvula conectada através de um tubo ao cabeçote do 
cilindro. Essa válvula é chamada de válvula de alívio. 
Sua função é retirar o ar residual de dentro do 
cabeçote antes do acionamento do motor para que a 
inércia do sistema seja menor durante a partida, 
resultando em menor carga de partida para o motor 
elétrico. 
Detalhe da entrada da válvula do sistema de 
alivio de pressão do cabeçote 
 
21 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
3 RESEVATÓRIO DE AR COMPRIMIDO 
 
Após o estágio de compressão, o ar é encaminhado para um reservatório. A primeira função desse 
dispositivo é armazenar o ar para sua utilização de forma que a pressão se mantenha constante. 
Todavia, outras funções estão associadas ao armazenamento de ar: 
o Estabilização da rede de ar comprimido. 
o Eliminação das oscilações. 
o Refrigeração do ar. 
o Eliminação de condensado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de reservatórios de ar comprimido 
Alguns dispositivos acompanham o reservatório: manômetro, destinado à medição da pressão 
interna, e válvula de alívio, dispositivo de segurança que abre-se para o meio ambiente liberando ar 
comprimido e diminuindo a pressão interna em caso de sobre-pressão. O dreno é responsável por 
eliminar o condensado acumulado no fundo do reservatório. 
 
22 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os reservatórios são dotados de drenos 
manuais na parte inferior. São utilizados para 
retirar a água condensada que se acumula pelo 
processo de diminuição de temperatura. A ação 
de drenar a água de reservatórios faz parte da 
manutenção de sistemas pneumáticos. 
 
23 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
4 CONTAMINANTES DO AR COMPRIMIDO 
Os três tipos de contaminantes encontrados no ar comprimido são óleo, poeira e água. 
O óleo provém do sistema de lubrificação dos compressores, enquanto que a poeira está em 
suspensão na meio ambiente e é captada pela sucção dos compressores. O óleo é responsável 
pelo surgimento de manchas nos equipamentos, e a característica abrasiva da poeira implica em 
fissuras no interior dos dispositivos pneumáticos. O tratamento desses dois contaminantes é 
realizada através de filtros na captação do ar e no tomada de pressão do ar comprimido. 
A água no estado gasoso contida no ar atmosférico é drenada para o interior do sistema 
pneumático. A etapa de compressão promove implica em duas transformações no ar: aumento da 
pressão e aumento da temperatura. O aumento da pressão tende a condensar a água em 
suspensão. Todavia, o aumento da temperatura faz com a água em suspensão não se condense. 
Como resultado, a condensação irá acontecer posteriormente a medida que a água resfria-se. 
Os maléficos da umidade em sistemas pneumáticos são: 
o Oxidação da tubulação e componentes pneumáticos. 
 
o Arraste de partículas solidas presentes no interior das tubulações. 
 
o Destruição de películas lubrificantes. 
 
o Promoção de golpes de aríetes no sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
5 TRATAMENTO DO AR COMPRIMINDO 
Após a etapa de compressão, o ar comprimido encontra-se contaminado – água, óleo e poeira – e 
necessita ser tratado antes de sua utilização final. 
Os equipamentos utilizados para esse fim são os resfriadores, os separadores de condensado e os 
secadores. 
Resfriadores 
Instalados na saída do compressor, promovem a diminuição da temperatura do ar comprimido. 
Operam pelo principio da troca de calor entre o ar comprimido e o ar ambiente (resfriadores sem 
líquido refrigerante) ou o ar comprimido e líquido que possui menor temperatura (resfriadores com 
líquido refrigerante). 
 
 Simbologia resfriadores sem e com líquido refrigerante 
 
 
 
Princípio de funcionamento 
 
 
 
Exemplo de funcionamento de um refrigerador de ar 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo de 
refrigerador a ar 
Exemplo de 
refrigerador a água 
 
25 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Separadores de Condensado 
A diminuição de temperatura do ar comprimido no resfriador implica na condensação da umidade. 
A finalidade dos separadores de condensando é drenar tal umidade, retirando-a do sistema. 
 
 
 
 
 
 
Secadores 
Também identificados por desumidificadores de ar, os secadores são equipamentos com maior 
grau de eficiência na retirada de umidade de sistemas de ar comprimido. 
 
Simbologia secadores 
a) Secagem por refrigeração: diminuição da temperatura do ar comprimido produz 
condensação da umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagrama secagem por refrigeração e exemplo de secador 
 
26 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
eração e exemplo de secador 
 
Ilustração de secagem por refrigeração 
b) Secagem por absorção: processo químico de secagem no qual o ar comprimido é forçado a 
circular por uma substancia com propriedades de absorção de umidade (cloreto de sódio, 
cloreto de lítio). Quando essas substâncias entram em contato com o vapor d’água presente 
no ar comprimido reagem quimicamente e se liquefazem. A umidade se deposita no fundo 
do reservatório para em seguida ser drenada. Observe que é necessária a reposição das 
substâncias químicas utilizadas no processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração da secagem de ar 
por absorção 
Exemplo de um secador de ar 
por absorção 
 
27 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
c) Secagem por adsorção: processo físico de secagem no qual o vapor d’água presente no ar 
comprimido fixa-seem uma substância com propriedades adsorventes. Um exemplo de 
substância adsorvente é o oxido de silício, também conhecido como sílica gel. Uma vez em 
contato com o ar comprimido, o sílica gel retém a umidade presente na forma de vapor. 
O processo de adsorção é regenerativo, ou seja, o material adsorvente é reutilizado após 
sofrer processo de secagem, não necessitando ser reposto como no caso de secagem por 
absorção. 
Para facilitar o processo de secagem da substância adsorvente, os equipamentos são 
construídos com dois reservatórios idênticos. Inicialmente o ar comprimido úmido é forçado 
a circular em um dos reservatórios. Nesse processo o ar comprimido transfere umidade 
para a substância adsorvente. Enquanto isso no outro reservatório a substância adsorvente 
é submetida a um processo de secagem e perde a umidade retida. Após um período de 
tempo ocorre a inversão das funções dos reservatórios, seja por controle manual ou por 
controle automático, e o reservatório que anteriormente retinha a umidade agora promove a 
secagem do adsorvato, e o reservatório que anteriormente estava em processo de secagem 
passa a retirar umidade do ar comprimido. Esse processo é chamado de regeneração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagrama de funcionamento de secadores de 
ar por adsorção 
Exemplos secadores de ar 
por adsorção 
 
28 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
Diagrama de funcionamento de secadores de ar 
por adsorção 
 
29 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
6 REDES DE DISTRIBUIÇÃO 
Uma instalação pneumática industrial tipicamente é composta por um compressor que fornece ar 
comprimido para um ou vários dispositivos pneumáticos. A rede de distribuição tem a finalidade de 
interligar o compressor ao ponto de consumo de ar comprimido. 
Duas configurações básicas de redes de distribuição: circuito aberto e circuito fechado. No circuito 
aberto a tubulação, também chamada linha de pressão, tem inicio no compressor e se distribui pelo 
ambiente. Nesse caso o ar comprimido circula somente em uma direção. 
 
Configuração em circuito aberto 
No circuito fechado a tubulação forma um malha fechada, sendo que o ar comprimido pode circular 
em direções diferentes conforme a demanda de carga. Essa configuração evita que o aumento de 
consumo de ar em um equipamento interfira na pressão geral da rede, porém dificulta a retirada da 
água condensada no interior da tubulação pois o ar não tem um sentido único de deslocamento. 
 
Configuração em circuito fechado. 
Configurações mistas – circuito fechado com derivações de circuitos abertos – são também 
utilizadas e dependem do leiaute dos equipamentos e das instalações industriais. 
Conforme a necessidade do sistema pode-se instalar um reservatório auxiliar no ponto oposto ao 
compressor, cuja função é manter a pressão e vazão constantes na rede, funcionando como um 
capacitor em um circuito eletrônico. 
 
Configuração em circuito fechado com reservatório auxiliar 
 
30 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Além da finalidade primeira de fornecimento de ar comprimido, as redes de distribuição devem ter 
outras características também importantes: 
o Possuir válvulas de fechamento que permitam isolar partes da rede para manutenção ou 
para a instalação de novos equipamentos. 
o Apresentar pequena queda de pressão entre o compressor e os equipamentos 
pneumáticos. 
o Não apresentar escape de ar. 
o Capacidade de separação de água condensada. 
 
 
 
 
Retirada de Umidade 
Com a diminuição da temperatura do ar comprimido ao longo da rede de distribuição, a água que 
se encontra em estado gasoso misturada ao ar condensa e transforma-se em líquido no interior 
das tubulações. 
Para a retirada desse umidade – também chamada de condensado – aplica-se à rede de 
distribuição dispositivos de drenagem e algumas características físicas de instalação: 
o Inclinação da tubulação entre 0,5% e 2% do comprimento total. Permite que o condensado 
escoe em uma direção. 
o Construção de reservatórios na tubulação para coletar o condensado. 
o Instalação da tomada de pressão pela parte superior da tubulação. Evita que o condensado 
siga para o dispositivo pneumático. 
o Instalação de drenos, também chamados de purgadores, ao longo da linha. 
 
 
 
 
31 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
7 DRENOS 
Os drenos tem a finalidade de retirar da rede de distribuição o condensando existente. É um 
dispositivo que armazena a água em seu interior e que possui um válvula que abre-se para o meio 
externo permitindo que o líquido seja retirado da tubulação. Quanto à forma de atuação tem-se: 
o Drenos manuais: requerem que um operador abra manualmente a válvula. 
o Drenos automáticos de comando mecânico: ao atingir determinado nível de água no interior 
do dreno, uma bóia promove a abertura da válvula. 
o Drenos automáticos de comando elétrico/eletrôncio: a abertura da válvula ocorre a 
intervalos de tempo pré-programados pelo operador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dreno do tipo manual 
 
 
 
 
Simbologia de dreno manual e dreno 
automático. 
Exemplos de drenos na rede de 
distribuição de ar comprimido 
Exemplos drenos automáticos controlados por sistemas 
eletrônicos e temporizadores 
Exemplo de 
dreno manual 
 
32 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
8 UNIDADE DE CONDICIONAMENTO DE AR 
 
Após as etapas de produção, tratamento e distribuição do ar comprimido, o ultimo procedimento 
antes de fornecer o ar para o consumidor final consiste em condiciona-lo. O equipamento para 
esse fim é designado Unidade de Condicionamento de AR ou Unidade de Conservação de Ar. 
Todo sistema de ar comprimido deve possuir uma unidade de condicionamento de ar para 
assegurar o bom funcionamento do sistema assim como para diminuir a necessidade de 
manutenção corretiva. 
Tipicamente, uma unidade de condicionamento de ar é composta por alguns dispositivos que tem 
as seguintes finalidades: filtragem do ar, regulagem do ar e lubrificação do ar. 
Entretanto alguns dispositivos pneumáticos possuem a caracteristica de serem auto-lubrificados, 
não necessitando de um dispositivos externo de lubrificação. Deve-se observar que nesses casos a 
utilização de lubrificantes externos compromete a caracteristica auto-lubrificante dos dispositivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condicionamento de ar: simbologia completa 
Condicionamento de ar: 
simbologia reduzida 
Ilustração de uma unidade de condicionamento com diversos itens que serão 
apresentados nesse capítulo. 
 
33 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Filtro de Ar 
Tipicamente as entradas de ar dos compressores possuem filtros de ar destinados à retenção de 
impurezas. Todavia, mesmo quando ocorre o tratamento do ar comprimido após a etapa de 
compressão, particulas de impurezas de pequenas proporçõe encontram-se presentes no interior 
de sistemas pneumáticos. 
O filtro de ar constitui a última barreira para tais impurezas antes de disponibilizaro ar comprimido 
para o consumo final. 
O conceito geral associado aos filtros é simples: um materia poroso qualquer irá reter elementos 
que possuirem dimensões maiores que a dimensão de seus poros. Contudo os filtros de ar operam 
ainda com um outro procedimento: a utilizando a ação da força centrifuga para separar as 
impurezas do ar comprimido. Tal ação irá resultar ainda na retirada de parte do condensado 
existente no ar comprimido. 
 
 
Ao entrar no filtro, o ar sofre um processo de turbilhonamento provocado por um defletor. Pela ação 
da força centrifuga, tanto o condensado quando particulas de impurezas são forçadas contras as 
paredes do filtro, vindo a depositar-se no fundo do dispositivo. 
Após essa etapa, o ar comprimido é direcionado a fluir através de um elemento filtrante, cuja 
finalidade é reter as particulas de impureza de menores dimensões que permanecerem em 
suspensão no ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A retirada do condensado e das 
particulas retidas no fundo do filtro 
de ar é feita através de drenos, que 
podem ser manuais ou automáticos. 
 
Filtro de ar em corte: 
A – Defletor superior 
B – Anteparo 
C – Copo 
D – Elemento filtrante 
E – Defletor inferior 
F – Dreno manual 
G – Manopla 
 
34 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhes do filtro de ar: observe o turbilhonamento causado pela aletas defletoras 
Detalhe do filtro de ar: 
Elemento filtrante 
Aletas defletoras 
Fixação do elemento filtrante 
Defletor inferior 
Dreno automático 
 
35 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
A retirada do condensado e das particulas retidas no fundo do filtro de ar é feita através de drenos, 
que podem ser manuais ou automáticos. 
 
Simbologia do filtro de ar sem dreno, com dreno manual e com dreno automático 
 
Filtros coalescentes 
Filtros coalescentes possuem capacidade de reter partículas muito pequenas, tipicamente menores 
que 2µm. Particulas com essas dimensões não são retidas por filtros convencionais. E ao contrário 
dos filtros convencionais, nos filtros coalescentes o ar circula de dentro para fora do filtro, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regulador de pressão com filtro, filtro coalescente 
e filtro de carvão ativado 
Exemplo de condicionamento de ar para uso odontológico. São utilizados filtros coalescente em 
série para garantir a qualidade do ar. Observe que cada filtro possui grau de retenção maior que o 
filtro imediatamente anterior 
 
36 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Válvula Reguladora de Pressão 
Em uma instalação de ar comprimido a pressão é a mesma em todos as partes do sistema. Isso 
implica que o mesmo nível de pressão será fornecido a todos os equipamentos da rede 
pneumatica. Entretanto, diferentes equipamentos podem requerer diferentes pressões de trabalho, 
tornando necessário utilizar um dispositivo que module a pressão do sistema, reduzindo-a para o 
nível de pressão adequado. 
A válvula reguladora de pressão tende sempre a manter a pressão regulada P2 constante 
independente das flutuações de pressão da entrada P1. 
 
 
 
 
 
 
 
A válvula reguladora de pressão é composta por um diafragma que opera sob a ação de duas 
forças: a pressão do ar de entrada por um lado, e a pressão de uma mola ajustável por outro. O 
diafragma está acoplado a uma válvula de assento que controla a passagem de ar da entrada para 
a saída. 
Podem ocorrer duas situações: 
o A pressão de entrada P1 diminui: a força da mola torna-se maior que a pressão do ar e o 
diafragma se desloca de forma que a válvula de assento libera a entrada de mais ar. 
 
o A pressão de entrada P2 aumenta: a força da mola torna-se menor que a pressão do ar e o 
diafragma se desloca de forma a permitir a liberação do excesso de ar para a atmosfera 
através de um orifício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Válvula 
Reguladora 
de Pressão 
Entrada 
P1 
Saída 
P2 (< P1) 
Simbolo da válvula 
reguladora de pressão 
Principio de funcionamento da válvula 
reguladora de pressão 
 
37 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manômetro 
Instrumento destinado a medição da pressão de um gás ou liquido. As unidades de 
condicionamento de ar possuem um manômetro para que o operador possa visualizar e regular a 
pressão de saída. Eventualmente é possível encontrar unidades de condicionamento com dois 
manômetros, sendo um para a pressão de saída e um para a pressão de entrada. 
 
Simbologia e exemplo de manômetro 
Válvula reguladora de pressão em corte: 
A – Mola 
B – Diafragma 
C – Válvula de assento 
D – Manopla 
E – Orifício de exaustão 
F – Orifício de sangria 
G – Orifício de equilíbrio 
H – Passagem do ar 
I – Amortecimento 
J – Conexão manômetro 
 
38 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Efeito Venturi 
 
O efeito Venturi é observado em uma dada linha de pressão onde se promove o estreitamento da 
tubulação. Como a vazão na linha permanece constante, o estreitamento provoca aumento da 
velocidade, que por fim resulta em diminuição da pressão. O efeito Venturi é explicado pelo 
princípio da continuidade pois, uma vez que a vazão em uma tubulação é constante, a existência 
de uma restrição obriga o ar a aumentar a velocidade para que a taxa de volume por tempo se 
mantenha constante. E pelo principio da conservação de energia, se ocorre aumento da velocidade 
deve ocorrer diminuição da pressão para que a quantidade de energia do sistema se mantenha 
constante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O efeito Venturi é utilizado para gerar vácuo parcial em uma linha, criando uma diferença de 
pressão que é utilizada para lançar no fluxo de ar o óleo lubrificante. O reservatório do óleo 
lubrificante está submetido à pressão da linha, enquanto o tubo ascendente está conectado à 
restrição do tubo, tendo portanto menor pressão. Um tubo permite que o óleo lubrificante flua até a 
parte superior do lubrificador, sendo então inserida na linha de pressão por gotejamento. Uma 
manopla ou parafuso de regulagem permite ajustar a quantidade de óleo lubrificante a ser inserida 
no sistema pneumático. 
Ilustração do efeito Venturi 
 
39 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos(Revisão 29) 
Os resultados do efeito Venturi são: aumento da velocidade e diminuição da pressão na seção A2 
em relação à seção A1. 
a) Aumento da velocidade na seção A2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A inserção de uma restrição 
pode alterar a vazão inicial, 
porém o sistema se 
reequilibrará com uma nova 
vazão que permanece 
constante 
A vazão do ar peça seção A1 
é a mesma vazão na 
secção A2 
volume V(A1) = 1m x 1m² = 1m³ 
Se vazão Q = 1m³/s logo 
velocidade v1 = 1m/s 
Ou seja: o volume contido em 1 
m de tubulação deve passar 
pela área A1 no tempo de 1s 
para que a vazão seja 1m³/s 
Para que a vazão continue sendo 
1m³/s na área A2 o volume contido 
em 2 m de tubulação deve passar 
pela área A2 em 1s 
volume V(A2) = 2m x 0.5m² = 1m³ 
velocidade v2 = distancia / tempo = 
2m / 1s = 2 m/s 
Par que a vazão continue sendo 
1m³/s: 
velocidade v2 > velocidade v1 
 
 
40 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
b) Redução da pressão na seção A2: 
A redução da pressão pode ser explicada pelo principio de conversação de energia. Se o 
fluido teve sua velocidade aumentada, o que implicaria em aumento de energia, sua 
pressão interna deve diminuir para manter a energia do fluido constante, uma vez que não 
pode sugir nos sistema uma energia que não está sendo fornecida por uma fonte externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição p1: velocidade v = 0 m/s , altura h m 
Posição p2: velocidade v m/s , altura h = 0 m 
Posição p1: somente energia potencial 
Posição p2: somente energia cinética 
 
A medida que a massa perde altura (energia potencial) ganha velocidade (energia cinética), 
mantendo a conservação de energia. A medida que o fluido ganha velocidade, perde pressão 
mantendo a conservação de energia 
 
 
 
 
 
 
A medida que o fluido ganha velocidade, perde pressão mantendo a conservação de energia. 
 
41 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Lubrificador 
As válvulas e os atuadores pneumáticos, bem como as ferramentas pneumáticas, possuem alguns 
componentes internos que se movimentam em relação à parte externa do dispositivo, o que gera 
desgaste de materiais. A lubrificação tem por função reduzir o atrito interno bem como diminuir os 
desgastes. A forma mais eficaz de lubrificar um sistema pneumático, fazendo com que todos os 
componentes sejam protegidos, é pulverizar o óleo lubrificante em gotículas na linha de ar 
comprimido. Para este fim é utilizado um dispositivo que opera a partir do efeito Venturi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simbolo do lubrificador 
Ilustração de um lubrificador O tipo de óleo utilizado deve ser 
adequado para a lubrificação de 
sistemas pneumáticos, devendo possuir 
baixa viscosidade 
 
42 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simbologia completa e simbologia simplificada de unidade de condicionamento de ar 
 
Unidade de condicionamento de ar completa: filtro de ar, válvula reguladora de pressão, 
lubrificador e manômetro. 
Comumente, o filtro de ar, a válvula reguladora de pressão, o lubrificador e o 
manômetro estão conectados compondo um dispositivo único, denominado 
unidade de condicionamento, ou tratamento, de ar comprimido. 
A saída de unidade de condicionamento de ar representa o ponto de tomada 
de pressão dos equipamentos pneumáticos. 
 
43 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simbologia completa e simbologia simplificada de unidade de condicionamento de ar sem lubrificador 
 
Acessórios Para Unidades de Condicionamento 
 
Importante ! 
Alguns dispositivos pneumáticos possuem auto-lubrificação, que é uma 
lubrificação realizada pelo fabricante quando da montagem do equipamento 
em fabrica. Nesses casos não se deve utilizar lubrificador sob o risco de 
danificar a auto-lubrificação. 
Unidade de condicionamento de ar sem 
o lubrificador: filtro de ar, válvula 
reguladora de pressão e manômetro. 
 
 
44 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Alguns acessórios podem ser implementados em unicades de condicionamento. Uma válvula 
solenoide comanda à distância tem a função de liberar ou não a passagem de ar para o 
dispositivos pneumático. Por sua vez, alguns reguladores de pressão podem ser equipados com 
chaves, para evitar que o valor de pressão regulado seja alterado por pessoas não habilitadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubos e Mangueiras para Sistemas Pneumáticos 
 
Após realizar o condicionamento de ar, o ar comprimido está pronto para ser utilizado em um 
equipamento pneumático ou ferramenta pneumática. A transmissão do ar comprimido é realizada 
através de tubos, que devem atender às especificações do sistema onde é utilizado. Antes de 
adquirir tubos ou mangueiras é necessário observar alguns aspectos: 
- nível de pressão do sistema; 
- temperatura do local; 
- existência de agentes agressivos como centelhas e faíscas, gases ou líquidos corrosivos; 
- situações de atrito dos tubos; 
- movimentos que possam gerar fadiga dos tubos. 
Chave de trava do regulador de pressão. 
Válvula solenoide para liberação do fluxo de 
ar comprimido à distância 
 
45 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
A tabela a seguir indica a pressão máxima e o range de temperatura de trabalho de alguns 
materiais utilizado na confecção de tubos para uso em pneumática. 
Tipo de Tubo Pressão 
Máxima 
Temperatura 
Poliuretano 7 bar -35ºC a 60ºC 
Poliamida 21 bar -35ºC a 60ºC 
PVC com tela 
trançada 
7 bar -10ºC a 40ºC 
 
O diâmetro da tubulação varia com a necessidade de vazão de ar comprimido deseja. No mercado 
existem tubulações com diâmetro de 4 mm a 10 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conexões para Sistemas Pneumáticos 
 
A função das conexões em sistemas pneumáticos é conectar os tubos condutores de ar comprido 
aos equipamentos pneumáticos. Uma vez que os dispositivos pneumáticos, com válvulas e 
cilindros, são comercializados sem os conectores, se faz necessário especificá-los de acordo com 
as características técnicas do equipamento e do tubo. 
Como de forma geral os orifícios dos equipamentos pneumáticos possuem roscas faz-se 
necessários especificar o tipo de rosca da conexão. São utilizados dois tipos: 
- Rosca NPT 
- Rosca BSP 
 
Exemplos de agentes agressivos à tubulações 
pneumáticas: temperatura elevada, respingos 
de solda e materiais corrosivos. 
Exemplos de tubos pneumáticos 
 
46 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Rosca NPT 
Tipo de rosca cônica, que apresenta aumento do diâmetro da conexão no sentido do inicio para o 
seu fim. Ao realizar o aperto com chave adequada, a inclinação dos filetes da rosca faz com queexista a pressão entre os flancos em todos os filetes acoplados. A pressão entre os flancos dos 
filetes faz com que os mesmos se amoldem, eliminando a rugosidade e as irregularidades, criando 
assim, uma completa justaposição. Dessa forma é criada uma área de vedação que dispensa o uso 
de vedação auxiliar. 
 
 
 
 
Rosca BSP 
Tipo de rosca paralela na qual o diâmetro da rosca é o mesmo do inicio ao fim da conexão. Por 
esse motivo esse tipo de rosca necessita da utilização de vedação auxiliar, como fitas veda-rosca 
ou adesivos vendates. 
 
As roscas em sistemas pneumáticos são geralmente são utilizadas nas saídas dos equipamentos, 
sendo portanto importante especifica-las corretamente quando da aquisição das válvulas e 
cilindros. A outra seção das conexões pneumáticas receberá o tubo pneumático escolhido para o 
sistema. Existem diversas formas de conectores, variando com tipo de conexão e com o tipo de 
tubo desejado. 
Rosca do tipo NPT. 
Observe o formato 
cônico da conexão. 
Rosca do tipo BSP. 
Observe o formato 
retilíneo da rosca. 
 
47 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Exemplos de diversos conectores rosca-tubo para dispositivos pneuáticos 
A maioria das conexões de tubos em sistemas pneumáticos é realizada através de engate 
rápido, sem a necessidade de utilização de ferramentas. Esse tipo de sistema caracteriza-
se pela facilidade de conexão e desconexão entre o tubo e os dispositivos pneumáticos em 
linhas de ar camprimido. 
 
Exemplos de conectores do tipo engate rápido 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
9 VISÃO GERAL DE SISTEMAS PNEMÁTICOS 
 
Como visto, para que se possa disponibilizar ar comprimido para um equipamento, uma série de 
ações devem ser executadas para garantir a qualidade do ar e os níveis de pressão desejados. 
A figura a seguir traz uma visão geral de um sistema pneumático. Todavia deve-se observar que 
nem todo sistema pneumático possui resfriadores ou secadores de ar ou reservatórios de ar 
independentes. 
O nível de sofisticação de tratamento do ar comprimido depende das exigências do processo 
produtivo a ser atendido. Há sistemas que necessitam de ar comprimido de com elevado grau de 
pureza e isenção de contaminantes, todavia há também situações onde o grau de exigência é 
menor. 
Pode ocorrer em uma planta industrial a situação onde uma parte especifica do processo necessita 
maior tratamento do ar comprimido, nessa caso pode-se utilizar equipamentos de menor porte 
somente nesse ponto da rede, pois o projeto final de um sistema de ar comprimido tanto deve 
observar as demandas da planta quanto analisar as condições mais viáveis técnica e 
economicamente. 
 
 
 
 
1 Compressor 2. Resfriador posterior ar/ar 3. Separador de condensados 4. Reservatório 
5. Purgador automático 6. Pré-filtro coalescente 7. Secador 
8. Purgador automático eletrônico 9. Pré-filtro coalescente grau x 
10. Pré-filtro coalescente grau y 11. Pré-filtro coalescente grau z 
12. Separador de água e óleo. 
 
49 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Filtro de 
admissão de ar 
Compressor 
Resfriador 
Filtro 
Secador de ar 
Reservatório 
Rede de 
distribuição 
Condicionamento 
de ar 
Visão geral de um sistema pneumático até o 
reservatório 
Visão geral de um sistema pneumático: observe os 
quatro compressores e o reservatório único 
 
50 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10 ATUADORES PNEUMÁTICOS 
 
A geração, tratamento, distribuição e condicionamento de ar comprimido tem por finalidade a 
alimentação de algum atuador pneumático. Um atuador pneumático é um dispositivo que 
transforma a energia armazenada sob forma de pressão no ar comprimido em algum tipo de 
movimento mecânico. 
 
 
 
O principio de operação dos atuadores pneumáticos é o inverso do princípio dos compressores de 
ar. No atuador, o ar comprimido – pressão – atua sobre uma superfície com determinada área, o 
que implica em uma força resultante. Na fórmula a seguir F representa força, p representa pressão 
e A representa área. 
 
 
 
‘ 
O aumenta da força desenvolvida por um atuador pneumático depende o aumento da área ou do 
aumento da pressão. Como na prática o nível de pressão não pode, por exemplo, duplicar ou 
triplicar de valor, a opção recai sobre o aumento da área onde a pressão atua. 
Os atuadores pneumáticos são classificados basicamente em dois tipos de movimento: 
o Movimento linear. 
o Movimento rotativo. 
Observação: outra categoria de atuadores pneumáticos são as ventosas, que associadas a 
válvulas geradoras de vácuo permitem a movimentação de peças por sucção. 
Tipos de Atuadores Pneumáticos 
Atuadores 
Pneumáticos 
Atuadores 
Lineares 
Simples Ação 
Dupla Ação 
Atuadores 
Rotativos 
Motores 
Osciladores 
Outros 
Atuadores 
Garras 
Músculo 
Ventosas 
 
Atuador 
Pneumático Entrada 
Ar Comprimido 
Saída 
Movimento 
ApF ×=Pressão 
Força 
Resultante 
Á
re
a
 
 
51 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Princípio de Funcionamento de Atuadores Lineares 
 
Os atuadores do tipo linear tipicamente são cilindros pneumáticos que se classificam segundo duas 
categorias: 
o Simples ação: dispositivos onde há apenas um orifício para entrada e saída do ar 
comprimido. Isso caracteriza que o ar é responsável pelo movimento em um sentido 
apenas. O sentido contrário de movimento pode ser realizado por uma mola ou por outra 
força externa. 
o Dupla ação: dispositivos onde há dois orifícios para entrada e saída de ar comprimido. 
Dessa forma, o ar é responsável por movimentar a peça em ambos os sentidos de 
deslocamento. 
Partes Constituintes dos Cilindros Pneumáticos 
Todo cilindro pneumático é constituído por, pelo menos, as seguintes partes: 
o Camisa ou corpo. Constitui a parte exterior do cilindro que abriga em seu interior o pistão. 
Podem ser cilíndricas ou retangulares. 
o Tampas traseira e dianteira da camisa. Fazem o fechamento do cilindro pneumático, sendo 
que em pelo menos uma delas há o orifício onde o pistão se desloca. 
o Pistão: barra metálica usualmente de formato cilíndrico que possui um êmbolo que recebe a 
pressão do ar comprimido gerando a força de deslocamento. 
o Anéis de vedação. Juntas de vedação de borracha que impedem o vazamento do ar 
comprimido entre as câmeras do cilindro e entre o interior do cilindro e o meio externo. 
Além das partes básicas, outros componentes podem ser encontrados: diferentes tipos de pistões, 
amortecedores ou sensores de posição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
F B A C D E F 
Cilindro pneumático em corte: 
A – Camisa B – Tampa traseira 
C – Tampa dianteira D – Pistão 
E – Êmbolo do pistão F – Anéis de vedação 
 
52 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29)10.1 Cilindros de Simples Ação 
Os cilindros de simples ação possuem um único orifício que atua como entrada e saída para o ar 
comprimido, o que resulta em movimento gerado pelo ar em apenas um sentido. O movimento em 
sentido contrário pode ser resultado da ação de uma mola ou de forças externas. Outra 
característica é que esses cilindros possuem uma posição de repouso, que é a posição onde 
permanecem se não houver nenhuma ação. 
 
10.1.1 Cilindro de Simples Ação Retorno por Mola 
A posição de repouso do cilindro é com o pistão recuado pela ação da mola. Ao injetar ar 
comprimido ocorre o avanço do cilindro. 
 
 
 
 
 
 
Corte cilindro simples ação retorno por mola. Simbologia cilindro simples ação retorno por mola 
 
10.1.2 Cilindro de Simples Ação Avanço por Mola 
A posição de repouso do cilindro é com o pistão avançado pela ação da mola. Ao injetar ar 
comprimido ocorre o recuo do cilindro 
 
 
 
 
 
Simbologia cilindro simples ação avanço por mola Corte cilindro simples ação avanço por mola 
 
 
. 
 
 
53 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10.1.3 Atuador de Simples Ação com Membrana 
Destinado à operações de fixação. Não possui pistão, mas uma membrana elástica que se 
distende sob ação do ar comprimido. A posição de retorno se dá pelo retorno da membrana à 
posição original 
 
 
 
 
 
 
Principio de funcionamento e simbologia atuador simples ação com membrana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos do atuador simples ação com membrana. 
 
 
 
54 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10.1.4 Atuador de Simples Ação tipo Músculo Pneumático 
Tipo de atuador pneumático que produz movimento linear. Não possui camisa e pistão. Constitui-se 
de duas tampas interligadas por um tubo elástico. Ao inserir ar comprimido no tubo esse se 
distende aumentando de diâmetro e reduzindo o comprimento. 
 
Simbologia atuador simples ação tipo músculo pneumático 
 
 
Exemplos atuador simples ação tipo músculo pneumático 
 
Principio de operação do atuador simples ação tipo músculo pneumático. 
 
Músculo pneumático conseguem produzir forças muito superiores aos cilindros 
pneumáticos de mesmo diâmetro pois a área interna disponível para sofrer a ação da 
pressão é muito maior. 
 
55 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Principio de operação do atuador simples ação tipo músculo pneumático. 
 
 
Detalhe de musculo pneumático 
 
 
Exemplo de dispositivo que utiliza músculos pneumáticos para gerar movimento de rotação 
 
 
 
56 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10.2 Cilindros de Dupla Ação 
Os cilindros de dupla ação possuem dois orifícios que atuam como entrada e saída para o ar 
comprimido, o que resulta em movimento gerado pelo ar em ambos os sentido. Esses cilindros não 
possuem uma posição de repouso, sendo assim, permanecem na posição em que estão se não 
houver uma nova ação. 
10.2.1 Cilindro de Dupla Ação 
Consiste do tipo mais comum de cilindro pneumático. Ao injetar ar comprimido pelo orifício da 
tampa traseira, o pistão se desloca para a frente. Ao injetar ar comprimido pelo orifício da tampa 
dianteira, o pistão recua para dentro da camisa do cilindro. 
 
 
 
 
 Simbologia cilindro dupla ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo cilindro dupla ação Princípio de operação cilindro dupla ação 
 
 
10.2.2 Cilindro de Dupla Ação Haste Passante 
Também chamado de cilindro de haste dupla, o cilindro de haste passante possui um êmbolo 
central ao qual estão fixadas duas hastes. As hastes executam movimentos opostos de avanço e 
recuo. Além da aplicação da aplicação da haste em movimentos opostos, uma das hastes pode ser 
utilizada para sensoriamento enquanto a outra realiza trabalho. 
 
 
57 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Princípio de operação cilindro dupla ação haste passante. 
Conforme a necessidade do processo, a utilização de uma haste vazada permite o transporte de 
algum tipo de fluido pelo interior da haste. 
 
 
 
 
 
Simbologia cilindro dupla ação haste passante e exemplo cilindro dupla ação haste passante 
 
10.2.3 Cilindro de Dupla Ação Múltiplas Posições 
Trata-se da união de dois cilindros de dupla ação pelas tampas traseiras. Nessa configuração, a 
haste de um dos cilindros é fixada à uma estrutura, permanecendo imóvel. A camisa dos cilindros e 
a haste restante é que proporcionam o posicionamento em múltiplas posições. 
 
 
Simbologia cilindro dupla ação múltiplas posições. 
 
58 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Princípio de operação cilindro dupla ação múltiplas posições 
 
10.2.4 Cilindro de Dupla Ação Tandem 
Essa configuração é composta de dois cilindros em série, compondo um pistão único com dois 
êmbolos. Como os dois êmbolos podem receber ar comprimido a força resultante é maior devido à 
maior área disponível para atuação da pressão do ar. 
 
Princípio de operação cilindro dupla ação tandem 
Esse dispositivo permite a obtenção de maiores forças sem alterar o diâmetro do cilindro utilizado. 
 
59 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Simbologia cilindro dupla ação tandem 
 
10.2.5 Cilindro de Dupla Ação de Impacto 
Trata-se de um cilindro de dupla ação modificado para obter maior velocidade de deslocamento. 
Uma ante-câmera armazena o ar comprimido, que por sua vez atua somente na pequena área do 
prolongamento do êmbolo e não em todo o êmbolo. 
 
Principio de operação cilindro dupla ação de impacto. Exemplo cilindro dupla ação de impacto montado em 
bancada. Ao lado vê-se a unidade de condicionamento de ar. 
 
 
 
 
 
 
60 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Devido à pequena área do prolongamento do êmbolo, a força exercida é menor e o pistão se 
desloca lentamente no começo. Todavia, em determinada posição ocorre a liberação de todo o ar 
acumulado na ante-câmera, resultando em alta velocidade de deslocamento do cilindro. 
 
Simbologia cilindro dupla ação de impacto. 
 
10.2.6 Atuadores sem Haste 
Destinam-se ao transporte de cargas ou para posicionamento de elementos. São atuadores de 
dupla ação que ao invés de uma haste, possuem um suporte, ou carro transportador, que se 
desloca sobre ao longo da camisa do atuador. Dependendo do tipo de acoplamento entre o suporte 
e o corpo do atuador, os atuadores são classificados como: 
o Acoplamento Mecânico. 
o Acoplamento Magnético. 
 
Atuador sem Haste Acoplamento Mecânico 
O êmbolo se desloca pelo interior do corpo do atuador impulsionando pela ação da pressão do ar 
comprimido. Um suporte, ou carro transportador, está fixado mecanicamente ao êmbolo. Um 
sistema de vedação garante que o ar comprimido não saia para a atmosfera. 
 
 
Simbologia atuadordupla ação de sem haste com acoplamento mecânico. 
 
 
61 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Exemplo atuador dupla ação de sem haste com acoplamento mecânico. 
 
 
Detalhe atuador dupla ação de sem haste com acoplamento mecânico 
 
 
Detalhe atuador dupla ação de sem haste com acoplamento mecânico 
 
62 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Atuador sem Haste Acoplamento Magnético 
O êmbolo se desloca pelo interior do corpo do atuador impulsionando pela ação da pressão do ar 
comprimido. Um suporte, ou carro transportador, está magneticamente acoplado ao êmbolo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simbologia atuador dupla ação de sem haste 
com acoplamento magnético 
Exemplo atuador dupla ação de sem haste com 
acoplamento magnético 
 
63 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10.2.7 Atuador Anti-Giro 
Uma característica dos cilindros pneumáticos é que a haste cilíndrica é livre para rotacionar sobre 
seu próprio eixo. Caso essa situação seja problemática para o processo é necessário impedir a 
rotação da haste utilizando alguma técnica, como por exemplo: 
o A utilização de guias lineares. 
o A construção de hastes não cilíndricas. 
 
Exemplo de atuador dupla ação com guia linear 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de atuador dupla ação com haste retangular Exemplo de atuador dupla ação com haste oval 
 
 
 
 
 
 
64 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10.2.8 Amortecimento em Cilindros Pneumáticos 
A haste de um cilindro pneumático se desloca no interior do corpo do cilindro impulsionado pela 
força exercida pelo ar comprimido sobre o êmbolo. Todavia, o movimento da haste é limitado pelo 
choque do êmbolo com as tampas traseira e dianteira do cilindro. Essa limitação é mecânica e 
implica em choque entre o êmbolo e as tampas. 
Em cilindros de diâmetro relativo e que atuam cargas de elevada inércia, os choques sucessivos 
implicam em desgaste prematuro do cilindro. Nesses casos utiliza-se algum sistema de 
amortecimento com o objetivo de absorver para da energia do movimento da haste. 
O amortecimento pode ser realizado: 
o Por buchas. 
o Por colchão de dar. 
 
Amortecimento Por Buchas 
Utiliza-se de buchas de borracha no êmbolo da haste, que tem a função de absorver parte da 
energia envolvida no deslocamento da haste. Esse tipo de amortecimento não permite ajuste. 
 
Ilustração de amortecimento por buchas 
 
Simbologia de amortecimento por buchas 
 
Amortecimento Por Colchão de Ar 
Trata-se de um amortecimento pneumático: um colchão de ar se opõe ao deslocamento do 
êmbolo, atuando como uma mola. 
Enquanto o êmbolo da haste não está próximo ao fim de seu curso, o ar de escape é liberado pela 
orifício de escape de forma normal. Entretanto, ao aproximar-se do fim de seu curso, a própria 
haste bloqueia o escape normal do ar, forçando que o ar de escape por um canal estreito. 
 
65 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
 
 
Modelo de amortecimento pneumático por colchão de ar 
 
 
 
Como a quantidade de ar que tenta sair do cilindro é menor que a quantidade de ar que 
efetivamente sai (devido à restrição do canal) forma-se um colchão de ar no interior do cilindro que 
se opõe ao movimento da haste. Observe que esse tipo de amortecimento é regulável através de 
um parafuso que atua sobre o canal de escape do ar. 
 
 
 
 
Simbologia de amortecimento pneumático regulável 
Importante: 
De forma geral, a configuração 
básica de cilindros pneumáticos não 
inclui o amortecimento. Se você 
necessitar desse recurso deverá 
incluir esse item na especificação 
de compra. 
 
66 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
10.3 Atuadores Rotativos 
 
Os atuadores rotativos dividem-se em duas categorias: 
o Motores pneumáticos: análogos aos motores elétricos, disponibilizam movimento girante em 
um eixo. 
o Osciladores pneumáticos: disponibilizam em um eixo movimentos angulares limitados ou 
apenas algumas voltas completas. 
10.3.1 Motores Pneumáticos 
As características principais dos motores pneumáticos são melhor identificadas quando 
comparadas às dos motores elétricos: 
o Possuem dimensões menores. 
o Menor peso. 
o Maiores velocidades. 
o Podem operam com sobrecarga ou mesmo com rotor travado. 
Motor Pneumáticos de Palhetas 
Assim como compressor de palhetas, o motor pneumático de palhetas possui um rotor excêntrico à 
carcaça do motor. No rotor são feitas ranhuras que acondicionam palhetas impulsionadas para fora 
por molas colocadas no interior das ranhuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte do motor 
pneumático de palhetas 
1 – Corpo do motor 
2 – Rotor 
3 – Palhetas 
4 – Molas 
 
 
67 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Como a tendência das palhetas é sempre deslocar-se para fora das ranhuras, o espaço entre o 
rotor e a carcaça do motor determina a áreas exposta da palheta. A ação do ar comprimido sobre 
as áreas das palhetas gera o rotação do eixo do motor. Observe que o sentido de rotação do motor 
pneumático depende do sentido da inserção do ar comprimido. 
 
Simbologia de motor pneumático com dois sentidos de rotação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.3.2 Osciladores Pneumáticos 
Os osciladores pneumáticos disponibilizam em um eixo movimentos angulares limitados ou apenas 
algumas voltas completas. Quanto à construção podem ser: 
o Rotativo do tipo giro limitado. 
o Oscilador do tipo pinhão-cremelheira. 
 
 
 Simbologia de oscilador pneumático com dois sentidos de rotação 
Detalhe de motor pneumático de palhetas 
aberto. Observe as ranhuras no rotor, as 
palhetas e os dois orifícios de 
entrada/saída de ar. 
Exemplo de motor pneumático 
 
 
68 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
 
Rotativos do tipo giro limitado 
Similar ao motor pneumático de palhetas, esse dispositivo possui um rotor com uma única palheta 
fixa. Conforme o sentido da inserção do ar comprimido, o giro do eixo ocorre no sentido horário ou 
no sentido anti-horário. Pelo ajuste de batentes que limitam o deslocamento da palheta é possível 
limitar o deslocamento angular do eixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de oscilador pneumático. Observe os parafusos que delimitam o deslocamento angular do eixo e a 
escala indicativa do ângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de oscilador pneumático. Observe a palheta de giro acoplada ao eixo exterior 
Diagrama de oscilador pneumático. 
Observe o rotor e a palheta única fixa. 
 
69 IFES Campus Serra Sistemas Pneumáticos (Revisão 29) 
Oscilador do tipo pinhão-cremelheira

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