Buscar

texto 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Biologia para 
Ciências Ambientais 
Ciclo Celular, Metabolismo Energético 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Garcia 
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
5
•	Introdução
•	Metabolismo Energético
 
 Atenção
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura; na sequência, as atividades 
de fixação dos conteúdos (Atividade de Sistematização) e as atividades de interação (Fórum, 
Reflexiva ou Aplicação).
Explore todos os recursos do blackboard. Não acumule dúvidas, participe, pergunte! 
Nesta Unidade, daremos continuidade às informações que o 
ajudarão no entendimento de uma ciência desafiadora e básica, 
a Biologia. 
Abordaremos os conhecimentos científicos que envolvem a 
organização, o funcionamento celular e o metabolismo celular 
para obtenção de energia e o ciclo celular.
Ciclo Celular, Metabolismo Energético 
6
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Contextualização
Ao avançar do século XXI, a implantação de processos sustentáveis em nossa sociedade 
torna-se uma medida imprescindível e urgente. 
Os avanços tecnológicos dessa área específica, aliados aos avanços nos conhecimentos dos 
processos das demais áreas biológicas, visam a minimizar os efeitos do crescimento acelerado 
da população, garantir a oferta de alimentos e energia limpa na substituição dos combustíveis 
fósseis, entender a dinâmica de grandes corpos de água represados para diminuir o grau de 
poluição e assegurar a manutenção da qualidade ambiental.
O avanço nessa área de conhecimento está possibilitando o uso de microorganismos para o 
aumento da produção e conservação de alimentos.
O desenvolvimento do etanol combustível que constitui uma fonte de energia mais limpa 
e renovável em substituição do uso de combustíveis fósseis que na sua combustão emitem 
resíduos que certamente podem influenciar nas alterações climáticas globais.
O desenvolvimento de tecnologia para aumentar a eficiência do processo de fermentação 
e o melhor aproveitamento da matéria prima para a produção de etanol contribuem para a 
redução da área destinada à agricultura e acenam com a possibilidade de uma maior área de 
preservação de mata nativa.
7
Introdução
Em nossa conversa anterior, abordamos as principais diferenças entre os seres vivos e os não 
vivos, as moléculas fundamentais à manutenção da vida e a síntese de proteínas, mas ainda 
falta entender como há energia disponível para os componentes realizarem as tarefas para a 
manutenção das atividades intracelulares.
Para avançarmos no estudo das células e na investigação de seu funcionamento, vamos 
relembrar e denominar que todo o conjunto de transformações químicas que integram o ciclo 
de vida da célula (obter energia, transformar compostos, produzir e degradar biomoléculas) é 
chamado de metabolismo. 
Dentro do conjunto de transformações que fazem parte do metabolismo, está o catabolismo 
ou fase de degradação de moléculas orgânicas que irão liberar energia no momento em que 
forem quebradas em compostos menores e o anabolismo, fase de produção de moléculas 
maiores, a partir de compostos menores, necessitando de energia para tal (fase de anabolismo).
Os organismos obtém energia por meio da transformação da matéria, de modo que seja 
possível liberar/retirar dela a energia armazenada; dessa forma, evidenciamos a íntima relação 
entre energia e matéria.
De acordo com a forma de obter energia, os organismos podem ser divididos em autótrofos 
e heterótrofos. Os primeiros (incluem-se aqui grupos vegetais e de algumas bactérias especiais) 
conseguem produzir compostos ricos em energia (matéria orgânica) a partir da energia do Sol 
pelo processo denominado de fotossíntese e os segundos (grupos animais e fungos) retiram 
energia da matéria produzida pelos primeiros.
A interação entre esses dois grupos de organismos se dá não só pelo fato de os organismos 
heterotróficos serem dependentes da matéria orgânica produzida pelos autotróficos, mas 
também pelo fato de o subproduto das reações de um ser necessário para as reações do outro: 
organismos autótrofos utilizam o CO2 atmosférico e liberam O2, enquanto que os heterótrofos 
utilizam o O2 e liberam CO2 em suas reações:
Figura 1. Ciclo do dióxido de carbono(CO2) e oxigênio (O2 entre os seres autotróficos 
fotossintetizantes e os seres heterotróficos).
Nesta Unidade, será importante nosso conhecimento a respeito dos carboidratos, pois esses 
são os principais compostos fornecedores de energia aos organismos.
8
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Metabolismo Energético
As transferências energéticas em um ecossistema obedecem a duas leis da Termodinâmica. 
A primeira delas se refere às transformações energéticas que resumidamente estabelece que “a 
energia não se cria, nem se destrói, apenas é transformada de uma modalidade em outra”.
A segunda lei está relacionada às transferências de energia: a cada transformação da energia, 
uma parcela é liberada, dissipada para o ambiente na forma de calor.
As células heterotróficas obtém energia livre em forma química pela degradação (catabolismo) 
das moléculas maiores, principalmente carboidratos, e utilizam esta energia para sintetizar 
biomoléculas menores, como a síntese de adenosina trifosfato (ATP) para realizar trabalho 
mecânico como a contração muscular, para realizar transporte de moléculas ou íons pela 
membrana (transporte ativo) entre outras atividades celulares. 
O ATP funciona como transportador de energia dos processos catabólicos para as atividades 
celulares básicas que requerem energia, é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de 
energia em suas ligações químicas. 
A molécula é constituída por adenosina, um nucleosídeo, associado a três radicais fosfato 
conectados em cadeia (Figura 2). 
A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos e não pode ser estocada, seu uso é 
imediato.Só para lembrarmos, a energia geralmente é estocada na forma de carboidratos e lipídios:
Figura 2.Fórmula estrutural do ATP – Adenosina trifosfato.
 
As principais formas de produção do ATP são a fosforilação oxidativa na respiração aeróbia 
e a fotofosforilação na fotossíntese. Um radical fosfato inorgânico (Pi) é adicionado a uma 
molécula de ADP (adenosina difosfato). 
Na respiração aeróbia, o ATP é formado pelo processo de fosforilação oxidativa utilizando 
energia proveniente da decomposição da glicose e no caso da fotossíntese a energia é proveniente 
da luz (na fotofosforilação).
Vamos abordar três processos celulares que constituem exemplos do metabolismo energético 
e são muito importantes na manutenção da vida: a fotossíntese, a fermentação ou respiração 
anaeróbia e a respiração celular aeróbia.
9
Fotossíntese
Processo celular que na maioria dos seres autotróficos ocorre na organela citoplasmática 
cloroplasto, na qual encontramos o pigmento clorofila, típico dos vegetais e capaz de absorver 
a energia luminosa. 
A fotossíntese é o processo no qual ocorre a transformação de energia luminosa em 
energia química com a produção de substâncias orgânicas – carboidratos.
Equação da fotossíntese simplificada: 
6 CO2 + 6 H2O  C6H12O6 + 6O2
Esse processo ocorre nos vegetais clorofilados (presença do pigmento clorofila em cloroplastos), 
algas e algumas bactérias especiais que na sua maioria não apresentam a organela cloroplasto, 
mas apresentam um tipo especial de clorofila.
Como já descrevemos anteriormente, a fotossíntese garante a nutrição dos seres autótrofos 
e disponibiliza energia (compostos químicos) e matéria orgânica necessária à vida dos 
organismos heterotróficos.
Outro fator importante para lembrarmos é o fato de a fotossíntese ser o processo responsável 
pela produção e renovação de quase todo o gás oxigênio da atmosfera terrestre (cercade 21% 
do volume do ar atmosférico). 
Alguns dados científicos apontam que os seres autotróficos seriam capazes de renovar todo o 
volume de gás oxigênio da atmosfera terrestre a cada dois mil anos.
Os processos que ocorrem na fotossíntese são influenciados pelos fatores ambientais (luz, 
temperatura, umidade do ar e do solo, vento, concentração de CO2, interações bióticas) e 
intrínsecos ao próprio organismo (status nutricional, idade, metabolismo, anatomia e morfologia) 
e o resultado final possui profundas consequências ecológicas.
Resumidamente, a fotossíntese pode ser dividida em três proce- 
ssos químicos principais:
•	 Fotólise	da	água – absorção da energia da luz e consequente excitação dos elétrons da 
clorofila, ou seja, a transferência de energia para os elétrons da clorofila. Paralelamente a 
esse processo, ocorre a quebra da molécula de água, reação denominada de fotólise da 
água e liberação de O2;
•	 Fotofosforilaçâo – transporte de elétrons carregados de energia pela cadeia transportadora 
de elétrons formada pelos aceptores de elétrons que liberam a energia gradativamente. 
10
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
A	substância	fosfato	dinucleotidio	de	nicotinamida	adenina	–	NADP	capturam 
os H da reação formando o NADPH. A energia liberada é utilizada no processo de 
fotofosforilação, produção de energia química na molécula de ATP;
•	 Ciclo	das	pentoses	ou	fixação	do	carbono	– basicamente é um conjunto de reações 
químicas que envolvem a utilização do carbono do gás carbônico (CO2) e dos hidrogênios 
da molécula do NADPH para a produção de carboidratos.
 
Uma forma mais simples de abordar as reações químicas que ocorrem na fotossíntese é lembrar 
que as reações que precedem a fixação do carbono, ou seja, a fotólise da água, o transporte de 
elétrons com a produção de NADPH e síntese de ATP dependem diretamente da presença da luz. 
Esse conjunto de reações em conjunto pode ser denominado de etapa fotoquímica da 
fotossíntese ou reações do claro.
A etapa do ciclo das pentoses ou da fixação do carbono só depende da disponibilidade de 
NADPH e ATP para a formação dos carboidratos, não dependendo diretamente da presença 
da luz. Essa etapa final da fotossíntese pode ser denominada de etapa puramente química ou 
reações de escuro.
Nos dias atuais, fala-se muito da importância da cobertura vegetal das florestas que pelo processo 
de fotossíntese trabalham na fixação de carbono que prende o carbono da molécula de dióxido de 
carbono (CO2) na síntese de carboidratos, para atenuar os efeitos do aquecimento global. 
Em contrapartida, as queimadas têm efeito nocivo nesse processo, vez que diminui a área de 
cobertura vegetal e libera mais CO2 na atmosfera.
Fermentação	ou	respiração	anaeróbia
Consiste em um processo de degradação incompleta de substâncias orgânicas (geralmente a 
glicose) com liberação de energia e calor. A reação é exotérmica, o que significa que se células de uma 
suspensão estão fermentando, o fluxo de calor liberado pode ser detectado por um microcalorímetro. 
Quanto maior for o catabolismo celular, isto é, quanto maior for o número de moléculas 
consumidas por unidade de tempo, maior será a energia liberada e, consequentemente, maior 
será o efeito térmico registrado.
Como a degradação da glicose é incompleta, o rendimento energético do processo de 
fermentação é menor que o apresentado na respiração aeróbia; apenas uma pequena fração da 
energia total disponível na molécula da glicose é liberada.
O rendimento em ATP sob condições anaeróbicas é muito menor: cerca 2 ATP por molécula de 
glicose. Na oxidação completa da glicose até CO2 e H2O sob condições aeróbicas, o rendimento 
é de 30 ou 32 ATP por molécula de glicose. 
O gás oxigênio pode ser letal para as bactérias anaeróbias como o agente causador do tétano 
(Clostridium tetani) restringindo a ocorrência desses organismos a solos profundos e regiões em que 
o teor de oxigênio é praticamente zero. A esses organismos damos o nome de anaeróbios estritos.
11
Outros organismos são considerados anaeróbios facultativos, vez que realizam a fermentação 
na ausência de oxigênio e a respiração aeróbia na presença desse gás, como é o caso de certos 
fungos (Saccharomyces cerevisiae – levedura) e de muitas bactérias.
A fermentação também ocorre na natureza em corpos d’água eutrofizados.
A descrição desse processo pode ser encontrada na publicação do Ministério da Saúde 
“Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano”, que observa as condições 
e as etapas que podem ser observadas em um corpo d´água em processo de eutrofização.
 O corpo d´água recebe uma descarga de produtos ricos em nutrientes como: - água da 
chuva carreada de uma área que recebeu fertilizantes, os compostos contendo fósforo (fosfatos) 
e nitrogênio (nitratos), substâncias nutrientes que promovem o crescimento de vegetais. 
Nesse ambiente, essas substâncias (nutrientes) contribuem para o crescimento e a 
multiplicação do fitoplâncton, algas e vegetais aquáticos, o que provoca o aumento da turbidez 
da água, causando aspecto esverdeado e turvo, dificultando a penetração de luz no ambiente, 
diminuindo ou interrompendo o processo de fotossíntese. 
Após certo tempo, observa-se o desaparecimento da vegetação aquática submersa, o que 
proporciona a perda de alimento, habitat e oxigênio dissolvido.
Embora os lagos em processo de eutrofização possuam elevada quantidade de fitoplâncton, 
que produz oxigênio pela fotossíntese, sua distribuição superficial provoca nesse setor uma 
saturação em oxigênio, que escapa para a atmosfera e não restabelece o oxigênio dissolvido 
no corpo d´água.
O fitoplâncton apresenta taxas de crescimento e reprodução muito elevadas, formando 
«tapetes» verdes na superfície dos cursos de água. Quando estes organismos morrem, depositam-
se no fundo, aumentando o volume de detritos que elevam a população de decompositores 
(essencialmente bactérias), cujo crescimento exponencial provoca diminuição do oxigênio 
dissolvido (consumido na respiração). 
O esgotamento do oxigênio leva à morte por asfixia de peixes e crustáceos, mas não de 
bactérias, que recorrem à fermentação e respiração anaeróbia.
Existem diversos tipos de fermentação, que variam quanto ao produto final. No processo de 
fermentação, o aceptor final de hidrogênios é o produto final. 
Vamos citar os dois tipos mais comuns de fermentação:	 fermentação	 alcoólica	 e	
fermentação lática.
O catabolismo da glicose com o objetivo de produzir energia (ATP) pode se dar pela via 
aeróbia ou anaeróbia, ou seja, na presença ou ausência de O2 respectivamente. 
12
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Figura 3. O piruvato é o produto final da glicólise. Dependendo do organismo e das condições 
metabólicas, na presença ou ausência de O2, pode seguir vias metabólicas diferentes. 
 
Fonte: Princípios de Bioquímicas, Lehninger (modificado e adaptado).
A quebra da glicose até piruvato, denominada via glicolítica, é comum ao metabolismo 
aeróbio e anaeróbio e o que determina a via a ser seguida é a presença ou ausência de O2. 
Mesmo na presença de oxigênio, a via anaeróbia também pode ser ativada se a concentração 
de glicose estiver acima de um valor chamado concentração crítica. 
Fermentação	Alcóolica
A fermentação ocorre no citoplasma da célula e podemos resumi-la em duas etapas: 
•	 Glicólise:	conjunto de reações que degradam a glicose até ácido pirúvico;
•	 Redução	 do	 ácido	 pirúvico:	 conjunto de reações que conduzem à formação dos 
produtos da fermentação, nesse caso, o álcool etílico.
Equação geral da fermentação etílica
C6H12O6 + 2 ADP + 2 Pi  2 HO-CH2CH3 + 2 CO2 + 2 ATP + calor
13
As leveduras, espécies de fungos e algumas bactérias, são capazes de fermentar açúcares, 
produzindo duas moléculas de ácido pirúvico, que são convertidas em álcooletílico (etanol), 
com a liberação de duas moléculas de CO2 e a formação de duas moléculas de ATP.
Figura 4.Redução do número de carbonos nas substâncias envolvidas na fermentação etílica. 
Glicose com 6 carbonos, ácido pirúvico 4 carbonos e álcool etílico 2 carbonos.
 
No Brasil, a produção de álcool etílico adquiriu importância significativa no desenvolvimento 
de um setor da Economia, o agronegócio que, com o plano de desenvolvimento da produção 
de álcool, denominado Proálcool, passou a acrescentar uma determinada porcentagem de 
etanol ou álcool etílico à gasolina. 
Esse processo culminou com a utilização desse combustível como fonte energética mais 
limpa e renovável. Houve, também, a criação de empregos diretos e indiretos e uma rápida e 
importante evolução na construção de motores na indústria automobilística no desenvolvimento 
da tecnologia do motor flex .
Atualmente, a iniciativa privada é responsável por crescentes investimentos na produção 
do álcool como combustível e fonte energética, acirrando as discussões sobre as questões 
ambientais envolvidas no processo.
O álcool também aparece com relativa importância em outros setores da Economia, como na 
indústria farmacêutica, na produção de corantes e na fabricação de tintas, entre outros.
Fermentação Lática
A fermentação ocorre no citoplasma da célula e podemos resumi-la em duas etapas: 
•	 Glicólise: conjunto de reações que degradam a glicose até ácido pirúvico;
•	 Redução	 do	 ácido	 pirúvico: conjunto de reações que conduzem à formação dos 
produtos da fermentação, nesse caso, o ácido láctico.
14
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Equação geral da fermentação láctica
Glicose + 2ADP + 2 Pi  2 lactato + 2 ATP + 2 H2O + 2 H+
As células do tecido muscular humano também podem promover a fermentação da glicose, 
em uma situação de exercício intenso com alta demanda energética e carência de oxigênio, é 
uma maneira compensatória de se obter energia. 
O ácido lático gerado como subproduto nesse processo se acumula nas fibras musculares, o 
que pode gerar certo desconforto popularmente conhecido como câimbras.
A fermentação láctica ganha notoriedade na indústria de processamento de alimentos com a 
produção de queijos maturados, conservas e bebidas fermentadas entre outros; em alguns desses 
alimentos, há aumento da digestibilidade e essa categoria de alimentos tem sido relacionada ao 
bem estar nutricional, em todo o mundo. 
São alimentos que possuem aroma e sabor característicos que resultam direta ou indiretamente 
dos organismos fermentadores.
 Figura 5. Redução do número de carbonos nas substâncias envolvidas na fermentação 
etílica. Glicose com 6 carbonos, ácido pirúvico 4 carbonos e ácido lático 3 carbonos.
15
Respiração	Aeróbia
Como já mencionamos anteriormente, o metabolismo aeróbico (na presença de O2) é mais 
eficiente do que o metabolismo anaeróbico, em termos de ganho líquido e produção de ATP.
As células da grande maioria dos seres vivos consomem oxigênio para o desempenho de 
suas atividades metabólicas no processo chamado de respiração celular, fonte de energia 
(ATP) para as células.
Podemos resumir o processo em três etapas:
-	Glicólise	
Comum ao processo anaeróbio e ocorre no citoplasma das células. Há um gasto inicial de 
energia (duas moléculas de ATP são consumidas), mas o resultado da glicólise é a formação 
de 2 moléculas de ácido pirúvico e 4 moléculas de ATP. Também ocorre liberação de elétrons 
energizados e íons H, que são capturados por moléculas de uma substância denominada NAD 
(nicotinamida adenina dinucleotídeo), formando duas moléculas de NADH2. 
 
Figura 6. Esquema representativo da glicólise. Quebra da molécula de glicose originando 2 
ATP, 2 moléculas de ácido pirúvico e 2 NADH2.
- Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico 
O ácido pirúvico e o NADH2 são transferidos para o interior das mitocôndrias, especificamente 
na matriz mitocondrial (solução aquosa no interior das mitocôndrias). Já na entrada, o ácido 
pirúvico reage com a coenzima A, dando origem a duas moléculas de gás carbônico e duas de 
acetil-coenzima A(acetil-coA). O acetil-coA vai ser totalmente degradada numa série de reações, 
cujos produtos são mais quatro moléculas de gás carbônico, além de elétrons energizados e íons 
H, que serão capturados por NAD e por outro aceptor de elétrons e de hidrogênio chamado 
FAD (flavina adenina dinucleotídeo), originando moléculas de NADH2 e FADH2. 
16
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Figura 7. Esquema simplificado do Ciclo de Krebs. No ciclo são liberados CO2, ATP, 
NADH2 e FADH2. 
Fonte: disponível em: www.sobiologia.com.br
- Fosforilação oxidativa 
As moléculas de NADH2 e FADH2 liberam os elétrons energizados e os íons H+. Esses elétrons 
(somados aos provenientes da glicólise) passam por proteínas transportadoras (citocromos e 
quinonas) presentes nas membranas internas da mitocôndria. Essa série de proteínas recebe 
o nome de cadeia respiratória. Nessa etapa, os elétrons perdem energia, que é captada para 
a transformação do ADP + P em ATP. Ao final da cadeia respiratória, os elétrons menos 
energizados e os íons H+ combinam-se com átomos provenientes do oxigênio, formando seis 
moléculas de água.
Equação Geral da respiração
C6H12O6 + 6 O2 + 38 ADP + 38 Pi 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP
A glicose foi ressaltada como a principal fonte de energia para o metabolismo celular. 
No entanto, no metabolismo aeróbio pode haver a entrada de outras substâncias como os 
aminoácidos de proteínas e ou subprodutos do metabolismo de lipídios, que podem entrar nas 
reações da etapa do ciclo de Kebs.
17
Vimos como a célula está organizada e como são os mecanismos e processos de obtenção de 
energia. Vamos estudar agora como uma célula dará origem a outras células. 
Ao longo da vida de um organismo, mesmo depois de terminado o período de crescimento, 
várias de suas células continuarão se dividindo, seja para renovação de tecidos, como nos 
epitélios e células sanguíneas ou para reparo de lesões, como na fratura de um osso. O fato é 
que a maior parte das células de nosso corpo é mais nova que o próprio organismo.
Cada tipo celular passará por um ciclo celular que compreende um período de tempo 
denominado interfase, no qual a célula desempenha todas as suas funções, e um período de 
divisão celular.
Um exemplo especial é a fase inicial do desenvolvimento embrionário, quando o zigoto ou 
célula-ovo sofre ciclos sucessivos de divisão em que as células-filhas são cada vez menores. 
Essa fase é denominada de clivagem e embora o número de células aumente, o volume do 
embrião não aumenta consideravelmente.
Num organismo adulto, cada tipo celular tem o ciclo com uma duração diferente, desde 
algumas horas, até anos.
 Figura 8. Como exemplo, observe o ciclo celular de uma célula de mamífero com duração 
média de 24 horas. A célula leva cerca de uma hora para se dividir (M). O período de interfase 
inclui uma fase de crescimento (G1), a duplicação do DNA (S) e um segundo período de 
crescimento (G2).
18
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
 
 
Explore
Observe o vídeo de uma célula animal se dividindo: 
www.youtube.com/watch?v=CU0Al6FHYiU
Caros alunos, na próxima Unidade, ampliaremos nossos conhecimentos sobre o ciclo celular, 
no período de interfase e nos tipos de divisão celular: - mitose, no qual a célula mantém o 
mesmo padrão genético; - meiose, quando são formadas as células sexuais com metade da 
carga gênica ou metade do número de cromossomos.
Figura 9. Ilustração do ciclo celular com o período de interfase e dos dois tipos de divisão 
celular: mitose, formando duas novas células com o mesmo número de cromossomos e meiose, 
diminuindo o número de cromossomos pela metade.
 
19
Material Complementar
MINISTÉRIO DA SAÚDE-Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_controle_qualidade_agua.pdf
Assista os vídeos do processo de fermentação na cadeia produtiva do álcool.
www.youtube.com/watch?v=J9nxw7wtXME
www.youtube.com/watch?v=c3PpSB5xkk8
Observe também os vídeos que abordam o processo de fermentação e suas aplicações na 
indústria de alimentos.
www.youtube.com/watch?v=xAisq9WcAFM
www.youtube.com/watch?v=SQFdGVDfE2Y
www.youtube.com/watch?v=jXUmbLqgzv4
20
Unidade: Ciclo Celular, Metabolismo Energético
Referências
ALBERTS, B. et al. Fundamentos	da	biologia	celular. 3.ed. Porto Alegre: ArtMed, 2011.
AMABIS, J. M.; Martho G. R. Biologia. 3.ed.São Paulo: Moderna, 2009. 
LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios	 de	 bioquímica.	2.ed. São 
Paulo: Sarvier, 1995.
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

Outros materiais