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Ética na Pesquisa científica
Profa. Bernadete de Lourdes Marinho
A ÉTICA NA PESQUISA CIENTÍFICA
■ O que é Ética? 
 É a necessidade de fundamentar teoricamente os valores vividos de forma prática por uma sociedade. Para alguns autores, é a moral teórica.
 Estudo dos juízos de apreciações referentes à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.
A ÉTICA NA PESQUISA CIENTÍFICA
■ Marcos Históricos 
 
 
Código Nuremberg
Declaração de Helsinque
Código de Nuremberg /1947
Na realização de pesquisas:
O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial.
Produzir resultados vantajosos para a sociedade (mas não podem ser feitos de maneira casuística).
Basear-se em resultados de experimentação em animais e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas em estudo.
 
Ser conduzida por pessoas cientificamente qualificadas.
Evitar todo sofrimento e danos desnecessários.
Cuidados especiais para proteger o participante do experimento de qualquer possibilidade de dano, invalidez ou morte, mesmo que remota.
DECLARAÇÃO DE HELSINKI - 1964/2000
Associação Médica Mundial
 Princípios Básicos
O pesquisador deve proteger a vida, a saúde, a dignidade e a integridade do ser humano.
O projeto e métodos devem atender a protocolos reconhecidos, apoiar-se em profundo conhecimento da literatura e ter sido aprovado por um Comitê de Ética.
A pesquisa deve ser realizada por profissional qualificado.
A importância do objetivo deve ser maior que o risco ao sujeito de pesquisa.
Deve existir possibilidade de benefício para a população.
Os indivíduos devem ser voluntários, livres e esclarecidos e protegidos na sua individualidade e confidencialidade das informações.
Princípios Éticos
Na pesquisa com Pessoas
Autonomia - o consentimento livre e esclarecido dos sujeitos e a proteção a grupos vulneráveis.
Beneficência - Ponderação entre os riscos e os benefícios;
Não maleficência - garantia de que os danos previsíveis serão evitados.
O pesquisador deve dar suporte aos pesquisados em caso de danos e interromper a pesquisa com o aparecimento de riscos ou efeitos adversos.
Justiça como equidade- equidade na distribuição dos benefícios 
Consiste na obrigação de respeitar a igualdade de direitos dos sujeitos de pesquisa
A ÉTICA NA PESQUISA CIENTÍFICA
Consentimento livre e esclarecido 
    O consentimento livre e esclarecido consiste em instrumento que tem por objetivo assegurar a autonomia do sujeito da pesquisa, através da obtenção da sua concordância à participação;
Seu correto uso pressupõe a concordância livre, sem qualquer tipo de coerção, após a apresentação das informações sobre os procedimentos da pesquisa e os esclarecimentos necessários.
Capacidade para decidir
Participação Voluntária
Informação completa
Linguagem adequada
Objetivos e procedimentos
Riscos, desconfortos, benefícios
Direitos do participante (sigilo)
Autorização formal
Documento por escrito, assinado em 2 vias.
© Goldim/2001
Consentimento livre e esclarecido 
Garantia de não revelação da identificação dos participantes
Utilização de imagens e sons só com autorização específica
Exemplo
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
PESQUISADOR
Interesse Científico X Interesse Político
Não divulgação de resultados
Interesse Científico X Interesse Econômico
Apropriação de bem público
Exploração pessoal de resultados institucionais
Patrocínio privado
Patenteamento
Direcionamento
Interesse Econômico X Interesse Social
Cláusulas de não divulgação
© Goldim/2001
Conflitos de interesse NA PESQUISA CIENTÍFICA
Ética na comunidade científica
Ética na comuniDade científica
Conjunto de práticas de ação adotadas pela comunidade científica.
Mas, quem define as práticas coletivamente aceitas?
A comunidade científica é auto-referente e auto-regulada.
Princípios
Primazia: quem publica o primeiro artigo sobre o tema, tem o crédito da descoberta (ou da invenção)
Avanço do conhecimento: todo artigo científico deve conter um resultado inédito e relevante para a Ciência
Reprodutibilidade: todo experimento publicado deve ser replicável por outrem.
Ética da comunidade científica: 
	revisão por pares
Artigo recebido pelo editor
Enviado para revisores externos
Recomendações dos revisores
Nova revisão 
Publicação
Problemas na Revisão por pares?
Reescreva, não faça plágio!
Você pode se plagiar?
Reuso de até 30% de um artigo científico anterior é o limite máximo aceitável para um novo artigo!
Partes de um artigo científico podem também ser reusadas para um artigo de divulgação. 
(Pamela Samuelson, Self-Plagiarism or Fair Use, Communications of the ACM, August 1994)
Artigo apresentado em conferência pode ser aproveitado para revista.
Ética da comunidade científica: prática
O que fazer quando você é um cientista jovem?
Participe de redes informais de pesquisa (simpósios e workshops)
Trabalhe com colaboradores internacionais 
Acompanhe a agenda de pesquisa em sua área
Monte um grupo de pesquisa realmente cooperativo, onde todos se ajudam!
Escreva seus artigos com a melhor qualidade possível, mas não espere ter grande impacto!
Siga as regras da ética científica para conseguir publicar.
MANTENHA A HONESTIDADE INTELECTUAL MESMO CONSIDERANDO QUE....
			Os limites da ética científica são fluidos! 
			Há pessoas desonestas também na academia!
			A Ciência é uma atividade competitiva!
Ética da comunidade científica: prática
a Ética em Pesquisa no Brasil
1988 - Resolução nº 1/88 do Conselho Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde (CNS/MS);
1996 - Resolução 196/96 criou a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP);
 A CONEP tem como principais atribuições : zelar pelo cumprimento da resolução; monitorar e aconselhar.
CÓDIGO DE ÉTICA DA PESQUISA NA FEA
PREÂMBULO: O Código de Ética da Comissão de Pesquisa da FEA destina-se a nortear as atividades de pesquisas realizadas na FEA, contemplando tanto os princípios universais quanto recomendações específicas e peculiares a esta unidade.
Os princípios éticos gerais remetem ao CÓDIGO DE ÉTICA DA USP. RESOLUÇÃO Nº 4871, DE 22 DE OUTUBRO DE 2001. (D.O.E. - 23.10.2001 e retificada em 24.10.2001)
DA UTILIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 
Na utilização de INFORMAÇÃO BIBLIOGRÁFICA, os pesquisadores docentes e discentes devem assegurar-se de que as disposições do artigo 28 do Código de Ética da Universidade sejam respeitadas.
Artigo 28 - É vedado aos membros da Universidade:
I - na elaboração de artigos e relatórios, falsear dados sobre suas publicações;
II - nas suas publicações, não dar crédito a colaboradores e outros que tenham contribuído para obtenção dos resultados nelas contidos;
III - utilizar, sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, informações, opiniões ou dados ainda não publicados;
IV - apresentar como originais quaisquer idéias, descobertas ou ilustrações, sob a forma de texto, imagens, representações gráficas ou qualquer outro meio, que na realidade não o sejam; 
V - falsear dados ou deturpar sua interpretação científica;
VI - falsear dados sobre sua vida acadêmica pregressa.
CÓDIGO DE ÉTICA DA PESQUISA NA FEA
DA PESQUISA COM ORGANIZAÇÕES 
Na utilização de informação de ORGANIZAÇÕES, os pesquisadores docentes e discentes devem assegurar-se de que as disposições do artigo 27 do Código de Ética da Universidade sejam respeitadas. Além disso, faz-se necessário que um responsável legal pela organização autorize formalmente, assinando o termo anexo, os procedimentos:
a utilização das informações sobre sua organização na pesquisa em questão; e
a divulgação dos resultados dessa pesquisa. 
Artigo 27 - No desenvolvimento de atividades de pesquisa, o docente deve assegurar-se de que:
I - os métodos utilizados são adequados e compatíveis com as normas éticas estabelecidas em seu campo de trabalho e das quais deve terpleno conhecimento;
II - os objetivos do projeto são cientificamente válidos, justificando o investimento de recursos e tempo; 
III - os objetivos da pesquisa e a divulgação dos seus resultados devem ser públicos, salvo nas hipóteses devidamente justificadas por razões estratégicas de interesse público;
IV - dispõe das condições necessárias para realizar o projeto;
V - as conclusões são coerentes com os resultados e levam em conta as limitações dos métodos e técnicas utilizadas;
VI - na apresentação e publicação dos resultados e conclusões é dado crédito a colaboradores e outros pesquisadores, cujos trabalhos se relacionem com o seu ou que tenham contribuído com informações ou sugestões relevantes, bem como à Universidade de São Paulo;
VII - tratando-se de pesquisa envolvendo pessoas, individuais ou coletivas, são respeitados os princípios estabelecidos nas declarações e convenções sobre Direitos Humanos, na Constituição Federal e na legislação específica;
VIII - é vedado ao docente e ao pesquisador utilizar recursos destinados ao financiamento de pesquisa em benefício próprio ou de terceiros ou com desvio de finalidade.
CÓDIGO DE ÉTICA DA PESQUISA NA FEA
DA PESQUISA COM INDIVÍDUOS 
No caso da coleta direta de dados junto a indivíduos, relativos aos aspectos sociológicos, psicológicos e antropométricos, os pesquisadores docentes e discentes devem assegurar-se de que as disposições do artigo 27 do Código de Ética da Universidade citado acima sejam respeitadas. Além disso, faz-se necessária a consulta à Faculdade de Saúde Pública ou às comissões especializadas de ética de órgãos competentes. 
http://www.leginf.usp.br/?resolucao=resolucao-no-4871-de-22-de-outubro-de-2001#c2 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
ANTUNES, Maria Thereza Pompa et al. Conduta ética dos pesquisadores em contabilidade: diferenças entre a crença e a práxis. R. Cont. Fin. – USP, São Paulo, v. 22, n. 57, p. 319-337, set./out./nov./dez. 2011. Brasil.
CARRATO, Maria Aparecida Piveta. Ética na pesquisa científica com seres humanos: a dignidade como meta e como realização do Estado democrático. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/juridica/article/view/2254/1855>. Acesso em: 19 out. 2009.
CASTIEL, Luis David; SANZ-VALERO, Javier. Entre fetichismo e sobrevivência: o artigo científi co é uma mercadoria acadêmica?. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(12):3041-3050, dez, 2007.
Castilho EA, Kalil J. Ética e pesquisa médica: princípios, diretrizes e regulamentações. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2005; 38(4)344-347.
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos/IMIP. Lista de checagem .
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos/IMIP. Roteiro para manuseio do Módulo Pesquisador no SISNEP
Declaração de Helsinki. Associação Médica Mundial. 1964/2000.
ESTIGARA, Adriana. Consentimento livre e esclarecido na pesquisa envolvendo seres humanos: a distância entre o "dever ser" e o "ser". Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8803>. Acessado em: 16 outubro 2009.
FAPESP. Diretrizes para as atividades científicas, de acordo com o documento Código de Boas Práticas Científicas. 2012. 
FORTES, Antonio de Carvalho. Ética nas pesquisas em seres humanos. In:______. Ética e saúde:questões éticas, deontológicas e legais, autonomia e direitos do paciente, estudo de casos. São Paulo: Pedagógica e Universitária,1998. Cap. 8, p.105-19.
Garrafa V, Prado MM. Mudanças na Declaração de Helsinki: fundamentalismo econômico, imperialismo ético e controle social. Cad. Saúde Pública 2001;17(6) 1489-1496.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GOLDIM, José Roberto. Conflito de Interesses na área da saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Capacitação para Comitês de Ética em Pesquisa – CEPs/ Ministério da Saúde/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
Hardy E, Bento SF, Osis MJD. Consentimento informado normatizado pela Resolução 196/96: Conhecimento e opinião de pesquisadores brasileiros. RBGO 2002; 24(1)59-65. 
Hardy E, Bento SF, Osis MJD. Consentimento livre e esclarecido: experiência de pesquisadores brasileiros na área da regulação da fecundidade. Cad. Saúde Pública 2004; 20(1)216-223. 
MELO, Ana Claúdia Raposo; LIMA, Vinicius Machado de. Bioética: pesquisa em seres humanos e comitês de ética em pesquisa. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd78/etica.htm>. Acesso em: 21 out. 2009.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Manual operacional para comitês de ética em pesquisa / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 124 p. BRASIL.
Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Manual operacional para comitês de ética em pesquisa / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. – 4. ed. rev. atual. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. 138 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Série CNS Cadernos Técnicos).
Vieira S. Ética e metodologia na pesquisa médica. Rev Bras Saúde Matern Infant 2005; 5(2):241-245.
http://www.conselho.saude.gov.br/comissao/eticapesq.htm

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