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Escassez de mão de obra qualificada

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Ameaça ao crescimento: Escassez de mão de obra qualificada
Jonathan Lopes de Oliveira
O Brasil se encontra hoje na terceira colocação no ranking dos países que mais encontram dificuldade em preencher as vagas disponíveis com profissionais qualificados. Estas vagas estão hoje num processo continuo de aumento, causando assim o preenchimento temporário de pessoas incapazes de assumir estes cargos por falta de estudo e de experiência. Neste contexto, o Brasil só perdeu para o Japão e para a Índia em termos de insatisfação e queixas da parte dos empresários, que são os responsáveis pelas contratações, muitas das vezes ineficientes.
O maior índice de escassez de mão de obra qualificada é facilmente observado nas empresas industriais brasileiras, onde a competitividade é prejudicada, assim como a eficiência do serviço oferecido e da qualidade do produto final. Esse déficit de profissionais é caracterizado tanto nos níveis estratégicos (onde se concentra na maioria das vezes planejamentos ineficientes), quanto nas funções operacionais (responsáveis pela execução do material oferecido ao cliente). Todos esses fatores resultam em custos mais elevados e lucros cada vez menores.
Observando a taxa de desemprego no Brasil, permite-se dizer que existe mão de obra disponível para a execução destas atividades, porém a exigência destes cargos se submetem a pessoas qualificadas (curso superior) com curso de especialização na área de atuação, e a alto nível de experiência comprovado na carteira de trabalho, o que resulta à uma busca muitas das vezes insatisfatória. Nesta busca, jovens sem uma boa qualificação profissional e pessoas mais velhas são recusadas na hora da contratação por não apresentarem as exigências do cargo. Quanto maior a oferta de emprego, maior é a preocupação de uma boa parte de empresários.
Atualmente, 7% dos trabalhadores brasileiros obtêm diploma universitário. Muitos deles não estão aptos a desenvolverem novas ideias e a ser adaptar a novas tecnologias. A escassez de funcionários qualificados pode estagnar a economia, fazendo com que aja obrigatoriamente um financiamento no capital humano, ocorrendo assim a sua capacitação.
Antes de qualquer atitude, deve-se valorizar os professores, que são os responsáveis diretos neste contexto de informar, educar e lançar ao mercado não mais estudantes, e sim funcionários participantes na engrenagem da economia brasileira. Deve-se melhorar a educação básica, tantas vezes exigida pela sociedade. E para finalizar o envolvimento das instituições de ensino, devem-se incentivar os alunos para os fins escolares, como fator indispensável na sua participação no desenvolvimento de nossa economia.
Também devemos abrir espaço para estrangeiros que detém muitas vezes um conhecimento avançado em tecnologias, e que são limitados pelos vistos temporários. As empresas precisam capacitar seus funcionários dentro das próprias instituições com palestras, cursos e atividades que aprimorem a sua capacidade intelectual. E por ultimo, apostar nos funcionários mais velhos e adapta-los para não perder a sua experiência e os conhecimentos adquiridos durante anos de serviço.
Enquanto nossa mão de obra não for qualificada, estaremos estagnados em uma competitividade baixa. Nossos funcionários não serão valorizados a nível salarial. E por fim nossa economia encontrará dificuldades de manusear os impasses e problemas que terá ao longo dos anos com a falta destes profissionais cada dia mais ausentes no mercado.
Acadêmico do primeiro ano do curso de Administração da Unidade Universitária da UEG de Santa Helena de Goiás

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