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Neuropsicopedagogia e contexto de atuação

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1 
 
Disciplina: Neuropsicopedagogia e contextos de atuação 
Autores: Esp. Cláudia de Faria 
Revisão de Conteúdos: Esp. Marcelo Alvino da Silva 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso 
Ano: 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral 
ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe 
da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas 
solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 
 
 
2 
 
Cláudia de Faria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neuropsicopedagogia e 
contextos de atuação 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
FARIA, Cláudia de. 
Neuropsicopedagogia e contextos de atuação / Cláudia de Faria. – 
Curitiba, 2017. 
44 p. 
Revisão de Conteúdos: Marcelo Alvino da Silva. 
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. 
Material didático da disciplina de Neuropsicopedagogia e contextos de 
atuação – Faculdade São Braz (FSB), 2017. 
 ISBN: 978-85-94439-71-0 
 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
Esta disciplina busca evidenciar a importância das Neurociências na 
educação e aprendizagem, fazendo-se necessário o entendimento na 
importância de suas influencias no desenvolvimento cognitivo do indivíduo. 
Serão enfatizados também os processos teóricos e práticos, os quais 
levam o neuropsicopedagogo a observar, intervir e diagnosticar, de acordo com 
suas competências. Nesta disciplina será possível identificar as modalidades de 
atuação do neuropsicopedagogo e a relação entre teoria e prática 
neuropsicopedagógica. Assim como o embasamento neuropsicopedagógico e a 
interação do psicopedagogo com os demais profissionais: psicólogo, 
neurologista, fonoaudiólogo, psiquiatra, médicos e especializações da medicina, 
apresentando também, a relação entre a Neuropsicopedagogia e as formas na 
atuação interdisciplinar, envolvendo os conhecimentos das neurociências, 
objetivando aos processos de ensino aprendizagem; bem como a importância 
no papel de atuação do neuropsicopedagogo em diversas atividades que 
servirão de avaliação, intervenção e prevenção nos processos de aprendizagem 
do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral 
ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe 
da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas 
solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 – Delineamento da atuação profissional do neuropsicopedagogo e 
as modalidades de atuação 
Apresentação da aula 1 
Nesta aula será apresentada a conceituação e a legislação pertinente ao 
profissional neuropsicopedagogo, as competências e habilidades que moldam o 
perfil na atuação desta prática profissional; assim como a importância no 
desenvolvimento e estímulo às novas sinapses para o processo das 
competências e habilidades transformadas em conhecimento. 
 
1. Delineamento da atuação profissional do neuropsicopedagogo e as 
modalidades de atuação 
1.1 Conceito 
A Neuropsicopedagogia é a área de conhecimento e pesquisa na atuação 
multidisciplinar, destinada aos processos de ensino-aprendizagem, integrando 
avaliação e intervenção, individualmente ou coletivamente. Partindo do conceito 
formal, a denominação técnica vem da junção de três especialidades: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
Alguns autores denominam a Neuropsicopedagogia como: 
 
 
7 
 
[...] área de estudo das neurociências na qual objetiva a análise dos 
processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil sócio-
econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção 
clínica frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que 
apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem 
genética, congênita ou adquirida. (ROTTA apud COSENZA, 2010) 
 
[...] abordagem neurológica de distúrbios e de incapacidades de 
aprendizagem. A Neuropsicopedagogia é de grande utilidade para o 
psicopedagogo clínico, pois possibilita o diagnóstico de processos 
anormais na estrutura, na organização e no funcionamento do sistema 
nervoso central, por meio de testes de avaliação neuropsicológica, 
aplicáveis a indivíduos portadores de problemas de aprendizagem. 
(KRUG, 2011 apud Rodrigues 1996, p.40) 
 
[...] estuda a interação entre o cérebro, a mente e o aprendizado, 
possibilitando, através de métodos rigorosamente científicos, o 
planejamento de intervenções precisas que promovam o 
desenvolvimento de sujeitos epistêmicos. (MARQUES, 2008, p.11) 
 
 
Conforme o Capítulo II da SBNPq - Sociedade Brasileira de 
Neuropsicopedagogia, essa especialidade é: “Ciência transdisciplinar, 
fundamentada nos conhecimentos da Neurociência aplicada à educação, com 
interfaces da Psicologia e Pedagogia que tem como objeto formal de estudo a 
relação entre cérebro e a aprendizagem humana numa perspectiva de 
reintegração pessoal, social e escolar”. 
Vocabula rio 
Neurociência: “[...] é a área que se ocupa em estudar o 
sistema nervoso, visando desvendar seu funcionamento, 
estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que sofra. 
Portanto, o objeto de estudo dessa ciência é complexo, sendo 
constituído por três elementos: o cérebro, a medula espinhal e 
os nervos periféricos”. (MARQUES, 2016). 
 
1.2 Legislação 
O embasamento legal da Neuropsicopedagogia vem da Regulamentação 
da Psicopedagogia, de acordo com o Projeto de Lei 3.124/97, o qual pode ser 
acompanhado pelo site da Câmara dos Deputados. 
O Código de Ética Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia (2014), 
em seu Artigo 3°, afirma que: 
Definiu-se por parametrizar como Neuropsicopedagogo aqueles 
profissionais que através de uma formação pessoal, educacional, 
 
 
8 
 
profissional e um corpo de práticas próprias da Neuropsicopedagogia 
busca atender demandas sociais, norteado por padrões técnicos e pela 
existência de normas éticas que garantam a adequada relação de um 
profissional com seus pares e com a sociedade comoum todo de 
acordo com as especificidades das funções. (SBNPP, 2014, p. 1) 
 
 
1.3 O papel do profissional 
A Neuropsicopedagogia conquistou espaço como uma nova 
especialidade de pesquisa e atuação multidisciplinar, envolvendo 
conhecimentos neurocientíficos, focando no resultado dos processos de 
aprendizagem. Está amparada em atividades, com objetivo de avaliar e intervir 
na aprendizagem, procurando obter informações das ciências, as quais 
contribuem para a formação e entendimento da retenção de cada indivíduo. 
Dentro desse contexto, a Neuropsicopedagogia vem com a finalidade principal 
de compreender, intervir e diagnosticar os processos, conforme apresentado 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor (2017). 
 
O papel do neuropsicopedagogo ressalta o estudo no desenvolvimento 
humano em suas várias interconexões, ressalta as questões ligadas ao 
aprendizado, através das contribuições de Jean Piaget. 
Jean Piaget explica que há quatro estágios no desenvolvimento da 
criança: sensório-motor, pré-operacional, das operações concretas e por último, 
das operações formais. 
Os níveis de desenvolvimento que Piaget formulou consistem em 
estágios do desenvolvimento cognitivo, subdivididos em quatro 
 
 
9 
 
estágios evolutivos e sequenciais do crescimento humano, 
qualitativamente diferentes entre si, que vão desde o nascimento à 
idade adulta. Em cada estágio, a criança desenvolve um novo modo 
de operar, sendo variável de indivíduo para indivíduo, obedecendo a 
um desenvolvimento gradual (MENESES, 2012). 
 
1.4 As contribuições no papel do neuropsicopedagogo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
 
 1.5 A atuação e competências 
O neuropsicopedagogo em sua atuação multidisciplinar apresenta 
competências as quais direcionam o trabalho, tornando-o mais efetivo: 
 Elaboração de publicações científicas, com foco na reabilitação 
ou ainda periódicos da área; 
 Possuir dinamismo, ética, postura Interdisciplinar e visão 
sistêmica dos processos; 
 Elaboração de pareceres, laudos, técnicos e demais 
comunicações; 
 Atuação frente aos processos de cognição e prevenção frente 
aos TAS. 
 
 
10 
 
Vocabula rio 
TAS (Transtorno de ansiedade social): Fobia social, 
transtorno comum e crônico. Característica principal o medo 
em situações sociais; promovendo a limitação no 
relacionamento interpessoal. 
 
 
 
ATUAÇÃO NA ÁREA CLÍNICA (OU DE ATENDIMENTO 
MULTIPROFISSIONAL) 
- Observação, identificação e análise do ambiente escolar nas questões 
relacionadas nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais; 
- Elaboração de relatórios e pareceres técnicos-profissionais e 
encaminhamento a outros profissionais quando for de outra área de 
atuação/especialização; 
- Avaliação, intervenção e acompanhamento do indivíduo com dificuldades 
de aprendizagem, transtornos, síndromes ou altas habilidades que causem 
prejuízos na aprendizagem escolar e social; 
- Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo de 
ensino-aprendizagem do aluno. 
Fonte: Elaborada pelo autor (2017). 
 
Importante 
O especialista em Neuropsicopedagogia é um profissional 
que atua em diferentes contextos sociais, buscando a 
compreensão do processo cognitivo do indivíduo desde os 
primeiros anos de vida e as implicações na aprendizagem, 
refletindo no desenvolvimento de suas competências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
 
 
A Neuropsicopedagogia tem as mesmas bases de regulamentação da 
Psicopedagogia, pautando-se na Lei 3.124/97. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.abpp.com.br/pl3124-1997.pdf 
 
Saiba Mais 
Para saber mais a respeito das bases de regulamentação leia 
a Lei 3.124/97. 
Disponível no acesso: http://www.abpp.com.br/pl3124-
1997.pdf 
 
 
 
12 
 
A Resolução da Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp) 
N° 03/2014, nos artigos 12º ao 21º do Capítulo II tratam especificamente da 
atuação do neuropsicopedagogo. 
RESOLUÇÃO SBNPp N° 03/2014 
 
 Resolução SBNPp N° 03/2014 dispõe sobre o CÓDIGO DE ÉTICA TÉCNICO 
 PROFISSIONAL DA NEUROPSICOPEDAGOGIA, no Capítulo II trata: 
 
 
[...] 
 Artigo 12º. O Neuropsicopedagogo deve exercer somente as funções para as quais ele 
está qualificado e habilitado pessoal e tecnicamente. 
 
 Artigo 13º. O Neuropsicopedagogo deve estar em busca constante de sua saúde física e 
mental observando as suas limitações pessoais que possam interferir na qualidade do seu 
trabalho, inclusive durante a sua formação. 
 
 Artigo 14º. O Neuropsicopedagogo trabalhará para promover a saúde e a qualidade de 
vida dos indivíduos e da sociedade que passarem por sua intervenção ou avaliação e 
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, omissão, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
 Artigo 15º. O Neuropsicopedagogo fará sua atuação dentro das especificidades do seu 
campo e área do conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das 
potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços. 
 
 Artigo 16º. O Neuropsicopedagogo deve ter como princípio básico a promoção do 
desenvolvimento das pessoas que o recorrem sob seu atendimento profissional devendo 
utilizar todos os recursos técnicos disponíveis (principalmente a interdisciplinaridade) e de 
acordo com cada especificidade, proporcionando o melhor serviço possível. 
 
 Artigo 17º. O Neuropsicopedagogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica 
e historicamente a realidade humana dentro dos aspectos: políticos, econômicos, sociais e 
culturais e todos os contextos que de alguma forma possam ser relevantes de análise sobre 
a responsabilidade e o seu papel social. 
 
 Artigo 18º. O Neuropsicopedagogo atuará com suas responsabilidades, por meio do 
contínuo aprimoramento profissional, levando em consideração todos os avanços pertinentes 
a área, sejam estes: políticos, econômicos, sociais, tecnológicos ou científicos, contribuindo 
para o desenvolvimento da Neuropsicopedagogia e apoiando-se sempre em bases 
referenciais do campo da ciência de conhecimento e de prática. 
 
 Artigo 19º. O Neuropsicopedagogo deverá ser atuante na promoção da universalização 
do acesso da população às informações referentes a Neuropsicopedagogia, sejam ao 
conhecimento das fontes, das necessidades, dos avanços, dos serviços, dos padrões éticos, 
etc. 
 
 Artigo 20º. O Neuropsicopedagogo fará a prestação, sempre, do melhor serviço, a um 
número cada vez maior de pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade. 
 
 Artigo 21º. O Neuropsicopedagogo fará a priorização do compromisso ético para com a 
sociedade, cujo interesse será colocado acima de qualquer outro, sobretudo do de natureza 
corporativista. 
[...] 
 
Disponível na integra no acesso: 
http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Codigo-de-etica-atualizado-2016.pdf 
 
 
 
 
13 
 
Curiosidade 
Alguns dos teóricos estudados pelo Neuropsicopedagogo: 
Lev Vygotsky (1896-1934), foi um psicólogo, proponente da 
Psicologia cultural-histórica e pensador, sendo o pioneiro no 
conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças 
ocorre em função das interações sociais e condições de vida. 
Jean Piaget (1896-1980), biólogo e psicólogo, desenvolveu a 
teoria da construção do conhecimento. 
Henri Wallon (1879-1962), médico, psicólogo e filósofo 
defendeu a tese de que a criança têm corpo e emoções nasala de aula; considerando o indivíduo como “geneticamente 
social”. 
Alexander Luria (1902-1977), neuropsicólogo, fundador da 
psicologia cultural-histórica, através do estudo das noções de 
causalidade e pensamento lógico-conceitual. 
 
Resumo da aula 1 
Nesta aula foram abordados os conceitos que norteiam a importância do 
neuropsicopedagogo, suas competências voltadas ao entendimento no papel do 
cérebro relacionadas aos processos neurocognitivos. Evidenciou-se também a 
atuação clínica e institucional levando em consideração os fatores que compõem 
as competências, bem como a importância na compreensão do Projeto de Lei 
3.124/97 e do Código de Ética Técnico-profissional do Neuropsicopedagogo. 
Atividade de Aprendizagem 
“Toda criança pode aprender a ler e a escrever, mas não em 
qualquer situação. Mas está claro, também que não é em 
qualquer situação para todas as crianças. As condições para 
que ocorra aprendizagem vão variar de acordo com seu período 
de formação, pois todo processo de aprendizagem deve estar 
articulado com a história de cada indivíduo.” (LIMA, 2002, p.15). 
Com base nesta citação, discorra da importância do 
neuropsicopedagogo nos anos iniciais da criança. 
 
Aula 2 – Relação entre teoria e prática neuropsicopedagógica 
 
 
14 
 
Nesta aula o foco será no embasamento teórico-prático, o qual o 
neuropsicopedagogo necessita para intervir, conduzir e mapear as situações que 
direcionam as situações, bem como a aplicação da Neurociência para 
compreender a aprendizagem, bem como seus distúrbios e/ou transtornos. 
 
2. Relação entre teoria e prática neuropsicopedagógica 
2.1 Fundamentação 
A Neuropsicopedagogia denominada como uma área na atuação da 
educação e saúde, relacionada aos processo de aprendizagem, leva em 
consideração os fatores que compõem este núcleo: indivíduo, família, escola, 
sociedade e o contexto social. 
O neuropsicopedagogo, em sua forte atuação investigativa, por obter 
embasamento na teoria e prática, utiliza das Neurociências para aprofundar seus 
estudos, criando uma abordagem no entendimento do ser humano (como age, 
como se desenvolve e de que forma aprende). Dentro desse contexto, o 
profissional utiliza-se de várias abordagens, buscando seu aprimoramento e 
desenvolvendo a capacidade de observação crítica, percepção aguçada e 
atenção, principalmente sobre as situações que o cercam; pois a construção do 
conhecimento não é um fato isolado, mas acontece resultante de diversos 
fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABnUYAH-62.png 
2.2 Formação e prática do neuropsicopedagogo 
 
 
15 
 
Através de modificações funcionais do Sistema Nervoso Central (SNC), o 
indivíduo aprende, e essas modificações especificamente acontecem nas áreas 
da atenção, memória e linguagem; estabelecendo o processo de aprendizagem, 
importante que o indivíduo interaja com o elemento do conhecimento, 
proporcionando que as conexões neurais realizem sinapses produtivas, com a 
qualidade de memorização, de seleção, de captação, armazenamento e 
consequentemente na informação dos dados, objetivando a construção do 
conhecimento. 
Vocabula rio 
Sinapses: é a região localizada entre neurônios onde agem os 
neurotransmissores, transmitindo o impulso nervoso de um 
neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular 
ou glandular. 
 
 
Alguns autores mencionam as Neurociências como: “conjunto de ciências 
fundamentais e clínicas que se ocupam da anatomia, da fisiologia e da patologia 
do sistema nervoso” (DINIZ; DAHER; SILVA, 2008), contextualizando a atenção, 
memória e linguagem. Ainda há o conceito de: “congregação multidisciplinar e 
sistêmica de conhecimentos, onde os avanços da Neurologia, da Psicologia e da 
Biologia - referentes aos estudos do cérebro - nos elucidam sobre os aspectos 
fisiológicos e bioquímicos relacionados ao seu funcionamento (BEAUCLAIR, 
2014, p.24)”. 
Dessa forma, entende-se que o profissional atuante com Neurociências 
obtém conhecimentos no funcionamento das doenças geradas pelo sistema 
nervoso; bem como a sua forma de atuação está relacionada na avaliação, 
diagnóstico, intervenção e pesquisa sobre as sistemáticas do cérebro, assim 
como a aprendizagem e os possíveis resultados desse funcionamento 
(transtornos e/ou distúrbios). 
 
Ocorram modificações permanentes nas sinapses das redes neurais 
de cada memória e, para a evocação de uma memória, é necessária a 
reativação das redes sinápticas de cada memória armazenada. É bom 
lembrar que as emoções, os níveis de consciência e o estado de ânimo 
 
 
16 
 
podem inibir estes processos. A aprendizagem e a memória 
necessitam de mecanismos neuronais mediados pelas sinapses 
nervosas. Estas sinapses podem ser afetadas por estímulos 
neuropsicológicos, eletrofisiológicos, farmacológicos e genéticas 
molecular, que determinam alterações nos circuitos cerebrais. 
(RELVAS, 2009, p. 37) 
 
Mediante essas competências, a Neurociência acabou por se ramificar em 
outras áreas, surgindo então a Neuropsicopedagogia. Para BEAUCLAIR (2014, 
p.23), a neuropsicopedagogia é “um novo campo de especialização profissional, 
de pesquisa, ação e intervenção, baseados nos avanços das Neurociências e 
suas aplicabilidades no campo da Educação e Psicopedagogia”. 
Mas importante ressaltar que a Neuropsicopedagogia é, ainda uma práxis, 
ou seja, é uma prática que tem determina o estudo a referenciais teóricos. 
[...] um novo campo de intervenção e especialização, onde o 
conhecimento ultrapassa fronteiras e cria, com isso, novas 
possibilidades de aprender sobre o aprender, ampliando olhares e 
oportunizando novas formas de inter-relacionar informações, 
conhecimentos e saberes. (BEAUCLAIR, 2014, p. 28). 
 
 
Seguindo essas diretrizes, o termo Neuropsicopedagogia é uma 
especialidade no estudo das Neurociências que tem por objetivo “análise dos 
processos cognitivos, [...] construir indicadores formais para a intervenção clínica 
frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que apresentam 
disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem genética, congênita ou 
adquirida (ROTTA apud CONSENZA, 2011, p.50)”. 
 
A Neurociência tem apresentado diariamente novas descobertas que 
não era possível saber antes. Hoje, talvez, a melhor e a mais 
importante descoberta da ciência que estuda o cérebro seja a questão 
da plasticidade cerebral, ou seja, no passado, acreditava-se que 
quem não aprendia e ponto final. Seu cérebro não dava conta e nunca 
poderia dar conta da aprendizagem, e, dessa forma, cabia ao indivíduo 
desaparecer dos meios acadêmicos e sociais. Era uma exclusão 
fundamentada até mesmo pela ciência. (ALMEIDA, 2012, p. 44). 
 
Vocabula rio 
Plasticidade Cerebral: É a habilidade que o cérebro possui em 
se remodelar mediante as experiências adquiridas pelo 
indivíduo, refazendo suas conexões em razão das 
necessidades. 
 
 
17 
 
 
 
Dessa forma, a Neurociência veio com o objetivo de alterar concepções 
do passado e, mediante diversos estudos sobre o cérebro, demonstrar que esse 
apresenta diversos potenciais, na qual o profissional pode encontrar as 
competências do indivíduo, seja na área social ou escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plasticidade Cerebral 
Fonte: 
https://s3.amazonaws.com/dynamicimages.cognifit.com/storage/cognifit/landing/brain-
plasticity-exercises-training.jpg 
 
Saiba Mais 
Leia a matéria Neurociência aplicada em sala de aula, na qual 
evidenciam-se algumas escolas no Estado de São Paulo, as 
quais investem em atividades de estímulo cerebral. 
Link: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-
cidadania/neurociencia-aplicada-em-sala-de-aula-eii81gwa8jsoqy0s7xw59jfpq 
Ví deo 
Assista os fragmentos da entrevista com Suzana Herculano-
Houzel, no qual traz considerações importantes a respeito do 
funcionamento cerebral atrelado ao aprendizado e ao excesso de 
estímulos. 
 
 
18 
 
Link 1: https://www.youtube.com/watch?v=dLWiwD_YhUM 
Link 2: https://www.youtube.com/watch?v=pc0eOuHwHwQ 
 
O contexto social e cultural em que o indivíduo está inserido, muitas vezes 
contribui para uma dificuldade na aprendizagem, ou mesmo no relacionamento 
interpessoal, situações essas, em que a própria família toma como fator de 
desorientação. Dessa forma, para o indivíduo, essas situações não podem ser 
consideradas com menor valor, ou menos importantes do que os fatores 
relacionados à linguagem, motricidade, audição e visão. 
 
2.3 Contextos de atuação 
Com as inovações e a era da tecnologia, as mudanças ocorrem em maior 
velocidade e consequentemente, novos entendimentos quanto aos estímulos da 
aprendizagem vêm sendo reestruturados, frente às contribuições das 
Neurociências. Outras áreas de conhecimentos sentiram necessidade de 
acrescentar os embasamentos teóricos da neurociência aos seus. Dessa forma, 
o interesse de outros campos da ciência começam a surgir, como: 
neuropediatria, neurobiologia, neuropsicologia, neurofisiologia, neuropsicologia 
e consequemente a neuropsicopedagogia. 
A Neuropsicopedagogia Clínica contempla uma mesma prática, 
demonstrando que o atendimento necessariamente não precisa ser realizado em 
consultórios, mas também em outros ambientes, tais como instituições e 
hospitais. (ANDRADE, 1998, p.40). 
O objetivo do ambiente educativo é promover a socialização e inserção 
da criança; é através dessa prática, que essas são avaliadas, comparadas com 
seus pares, com os demais grupos, considerando a faixa etária e o ambiente 
social. 
Através da preparação, o professor está qualificado para identificar 
situações, as quais podem interferir no aprendizado, no entanto, educação e 
inclusão não devem ser considerados atos isolados, necessitam de parcerias, 
de profissionais que entendam o indivíduo em seus diferentes modos de pensar 
e agir. Dentro dessa perspectiva, a atuação do neuropsicopedagogo se torna 
 
 
19 
 
importante, contribuindo para que os diversos processos e metodologias de 
aprendizagem se concretizem, abordando possíveis causas; mas sem deixar de 
influenciar os envolvidos (família, professores, pais), os quais juntos necessitam 
da melhoria no desempenho escolar, emocional e social da criança. 
Os alunos de hoje merecem uma educação exemplar baseada na atual 
investigação sobre o cérebro. Isto não pretende sugerir que tudo o que 
os professores e as escolas fizeram até aqui estava errado, mas sim, 
que temos uma nova informação, baseada na própria biologia da 
aprendizagem do cérebro, que pode melhorar a educação. Como o 
cérebro processa a informação que recebe, como ocorre o registro 
sensório, como funciona a memória, como os ritmos biológicos afetam 
o aprender e o ensinar são algumas das perguntas que nos fazemos e 
que já começa a ter delineadas suas respostas pelas Neurociências. 
Quem compreende o processo de aprender como uma atividade deve 
pensar nas condições essenciais para que esta atividade seja 
otimizada. Precisamos iniciar uma discussão entre professores e 
psicopedagogos sobre a necessidade de uma visão neurocientífica em 
nossa ação. (CHEDID, 2007, p. 300). 
 
Numa visão mais abrangente, pode-se dizer que Neuropsicopedagogia é 
uma ciência que estuda o sistema nervoso e sua atuação no comportamento 
humano, tendo como enfoque a aprendizagem; procura fazer inter-relações 
entre os estudos das neurociências com os conhecimentos da psicologia 
cognitiva e da pedagogia. Nesse sentido a Sociedade Brasileira de 
Neuropsicopedagogia (SBNPp) através do artigo 10º do Código Técnico 
Profissional da Neuropsicopedagogia, enfatiza que: 
[...] A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, 
fundamentada nos conhecimentos da Neurociências aplicada à 
educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que 
tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do 
sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de 
reintegração pessoal, social e educacional. (SBNPp, 2016, p.3). 
 
A Neuropsicopedagogia enfoca a compreensão da relação entre 
funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana, embasados na 
interface entre Neurociências Aplicada a Educação, Psicologia Cognitiva e 
Pedagogia em uma abordagem multidisciplinar, estabelecendo a identificação, 
diagnóstico, reabilitação e prevenção diante dos distúrbios e dificuldades de 
aprendizagem. 
A Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp) contextualiza o 
campo de atuação conforme o perfil profissiográfico do neuropsicopedagogo, ou 
seja, de acordo com a titulação, e assim definida a sua área de atuação. O 
 
 
20 
 
Código Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia, objetivando a orientação 
dos profissionais no Brasil, traz as diretrizes do trabalho a ser desenvolvido pelo 
Neuropsicopedagogo conforme seu contexto de atuação evidenciados em seus 
artigos 29, 30 e 31. 
 
RESOLUÇÃO SBNPp N° 03/2014 
 
 
 
[...] 
 Art. 29. A Neuropsicopedagogia tem características próprias de atuação e considera 
contextos diferenciados para tal, de acordo com a característica dos espaços nos quais é 
possível desempenhar o exercício da Profissão. Por isso, para definir as suas formas de 
atuação, toma como base: 
 
 § 1º A atuação Institucional, na qual tem como espaço de atuação, instituições que tem 
no princípio de suas atividades o trabalho coletivo. 
 §2º A atuação Clínica, na qual tem como espaço de atuação o atendimento 
individualizado, focado em planos de intervenção específicos. 
 §3º Conforme avanços nos estudos realizados por esta nova ciência, a SBNPp poderá 
prever novos espaços de atuação neste código, atendendo as revisões bienais, conforme 
previsto no artigo 2º deste documento. 
 
 Artigo 30. Ao Neuropsicopedagogo com formação na área Institucional, conforme descrito 
no Capítulo V, fica delimitada sua atuação com atendimentos neuropsicopedagógicos 
exclusivamente em ambientes educacionais e/ou instituições de atendimento coletivo. 
 §1° Entende-se que sua atuação na área de Institucional possa acontecer em instituições 
como Escolas Públicas e Particulares, Centros de Educação, Instituições de Ensino Superior 
e Terceiro Setor que tem finalidade de oferecer serviços sociais, sem foco na distribuição de 
lucros, mas com administração privada, sendo composto por associações, cooperativas, 
organização nãogovernamentais, entre outros. 
 §2º São bases da atuação institucional os fundamentos da Educação Especial e da 
Educação Inclusiva, com embasamento legal e de práticas sociais, que deverão ser pensadas 
através da aplicação das neurociências ao ambiente educacional. devendo contemplar as 
seguintes ações: 
 a) Observação, identificação e análise dos ambientes e dos grupos de pessoas atendidas, 
focando nas questões relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas áreas 
motoras, cognitivas e comportamentais, considerando os preceitos da Neurociência aplicada 
a Educação, em interface com a Pedagogia e Psicologia Cognitiva. 
 b) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem dos que são atendidos nos espaços coletivos 
 c) Encaminhamento de pessoas atendidas a outros profissionais quando o caso for de outra 
área de atuação/especialização contribuir com aspectos específicos que influenciam na 
aprendizagem e no desenvolvimento humano. 
 
 Artigo31. Ao Neuropsicopedagogo com formação na área Clínica, conforme descrito no 
Capítulo V, fica delimitada sua atuação com atendimentos neuropsicopedagógicos 
individualizados em setting adequado, como consultório particular, espaço de atendimento, 
posto de saúde, terceiro setor, conforme características institucionais dispostas no Art. 29 e 
Hospitais. Os atendimentos em local escolar ou hospitalar devem acontecer de forma 
individual e em local adequado. 
 §1° Entende-se que sua atuação na área clínica, pode atender o aspecto multiprofissional 
de acordo com o espaço no qual o neuropsicopedagogo estará inserido e deve contemplar: 
 
 
21 
 
 a) Observação, identificação e análise dos ambientes sociais no qual está inserido a pessoa 
atendida, focando nas questões relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento humano 
nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais; 
 b) Avaliação, intervenção e acompanhamento do indivíduo com dificuldades de 
aprendizagem, transtornos, síndromes ou altas habilidades que causam prejuízos na 
aprendizagem escolar e social, através de um plano de intervenção específico que prevê 
sessões contínuas de atendimento; 
 c) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem do aluno; 
 d) Utilização de protocolos e instrumentos de avaliação e reabilitação devidamente 
validados, respeitando sua formação de graduação; 
 e) Elaboração de relatórios, laudos e pareceres técnicos profissionais; 
 f) Encaminhamento a outros profissionais quando o caso for de outra área de 
atuação/especialização. 
[...] 
 
Disponível na integra no acesso: 
http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Codigo-de-etica-atualizado-2016.pdf 
 
 
Nesse contexto pode-se identificar duas áreas de atuação a Institucional 
e a Clínica. 
Na área institucional, o neuropsipedagogo é responsável: 
 pela observação, identificação e análise do ambiente escolar 
nas questões relacionadas ao desenvolvimento humano do 
aluno nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais; 
 pela criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do 
processo ensino-aprendizagem do aluno; 
 pelo encaminhamento do aluno a outros profissionais quando o 
caso for de outra área de atuação/especialização. 
 
 
Na área clínica, o neuropsipedagogo, além das atribuições citadas acima, 
é responsável pela: 
 elaboração de relatórios e pareceres técnicos-profissionais; 
 avaliação, intervenção e acompanhamento do indivíduo com 
dificuldades de aprendizagem, transtornos, síndromes ou altas 
habilidades que causam prejuízos na aprendizagem escolar e 
social; 
 
 
22 
 
 utilização de protocolos e instrumentos de avaliação e 
reabilitação devidamente validados, respeitando sua formação 
de graduação. 
 
 
Ainda dentro desses contextos, o neuropsicopedagogo pode atuar em 
diversos ambientes, tais como: 
CLÍNICO INSTITUCIONAL 
Consultórios; 
Posto de Saúde; 
Escolas de atendimento Especial; 
CRAS (caso tenha autorização); 
Hospitais; 
Terceiro Setor. 
Instituições de Ensino (escolas, 
faculdades, associações); 
Terceiro Setor. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
 
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SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o livro Neuropsicopedagogia Clínica 
Introdução, Conceitos, Teoria e Prática, de 
autoria de Rita Margarida Toler Russo. A obra 
aborda as similaridades e diferenças entre a 
Neuropsicologia e a Psicopedagogia, suas 
interfaces com a Neurociência e a Educação no 
processo de aprendizagem. 
Resumo da aula 2 
Nesta aula foram abordadas as áreas de atuação; a contribuição da 
Neurociência para a formação do perfil do profissional e o papel do 
neuropsicopedagogo, mediante estratégias que norteiam as necessidades do 
indivíduo, na escola, como no consultório; possibilitando a atuação nestes 
espaços, compreendendo o funcionamento do cérebro e as formas de 
aprendizado. Para que toda aprendizagem seja concretizada, importante que o 
neuropsicopedagogo identifique as dificuldades, minimizando as barreiras, 
promovendo e facilitando a aprendizagem do aluno. 
 
 
23 
 
Atividade de Aprendizagem 
De acordo com a SBNPq (Sociedade Brasileira de 
Neuropsicopedagogia), quais as diferenças no contexto de 
atuação institucional e clínica do Neuropsicopedagogo? 
 
 
 
 
Aula 3 – O embasamento neuropsicopedagógico e a interação com as 
demais áreas 
Apresentação aula 3 
Nesta aula serão evidenciados os embasamentos 
neuropsicopedagógicos e a interação do psicopedagogo com os demais 
profissionais (psicólogo, neurologista, fonoaudiólogo, psiquiatra, médicos e 
especialistas da medicina), assim como a importância de um correto diagnóstico 
na condução e direcionamento do indivíduo a obter um tratamento adequado. 
 
 
 
3. O embasamento neuropsicopedagógico e a interação com as demais 
áreas 
3.1 A interação com as demais áreas 
As neurociências realçam a pesquisa e o estudo do cérebro, e através dos 
conhecimentos sobre as anormalidades psiquiátricas, neurológicas e transtornos 
existentes, para ampliar um acompanhamento pedagógico, emocional e 
cognitivo dos indivíduos que ofereçam esses sintomas refletem na importância 
do diagnóstico e a eficácia do tratamento. “O diagnóstico neuropsicopedagógico 
é a investigação do processo de aprendizagem do indivíduo: seu modo de 
aprender, áreas de competência e limitações, habilidades” (BEAR, 2008). 
 
 
24 
 
[...] a pesquisa em Neurociências (e os neurocientistas) pode ser 
dividida em dois tipos: clínicas e experimentais. Pesquisa clínica é 
basicamente conduzida por médicos. As principais especialidades 
dedicadas ao sistema nervoso humano são a neurologia, a psiquiatria, 
a neurocirurgia e a neuropatologia (Tabela 1.1). Muitos dos que 
conduzem as pesquisas clínicas continuam a tradição de Broca, 
tentando deduzir as funções das várias regiões do encéfalo a partir dos 
efeitos comportamentais das lesões. Outros conduzem estudos para 
verificar os riscos e os benefícios de novos tipos de tratamento. (BEAR, 
2008, p.14). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (BEAR, 2008) 
 
No entanto Bear (2008) demonstra outra tabela com alguns tipos de 
especialistas, os quais se aliaram aos conhecimentos neurocientíficos, sendo 
considerados assim, Neurocientistas Experimentais, havendo a possibilidade 
dos Neuropsicopedagogos se enquadrarem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
Fonte: (BEAR, 2008). 
 
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SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia a o livro Neurociências: Desvendando o 
Sistema Nervoso, de autoria de Mark F. Bear. A 
obra aborda a organização e a função do sistema 
nervoso humano, evidenciando as suas 
funcionalidades e facilitando a compreensão e a 
fixação dos princípios neurobiológicos. 
 
 
3.2 A influência da Neuropsicologia 
De acordo com a Resolução do Conselho Regional de Psicologia (CRP 
002/2004), a Neuropsicologia “atua no diagnóstico no tratamento e na pesquisa 
da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque 
da relação entre esses aspectos e o funcionamento cerebral”. Faz utilização de 
conhecimentos teóricos com embasamento da neurociência e atua na prática 
clínica, através de metodologia experimental. 
A Neuropsicologia busca a realização de intervenções junto aos 
pacientes, a fim de melhorar, contornar, compensar ou se adaptar às 
dificuldades; junto aos familiares; junto a equipes de instituições acadêmicas e 
profissionais, proporcionando a cooperação na inclusão de tais indivíduos na 
comunidade, quando possível, ou ainda, na adaptação individual e familiarquando as mudanças nas capacidades do paciente forem mais permanentes ou 
a longo prazo. 
Através de instrumentos padronizados em diversas avaliações, a 
Neuropsicologia atua nas habilidades de percepção, observação, linguagem, 
raciocínio, atenção, aprendizagem, afetividade, abstração, habilidades 
 
 
26 
 
institucionais, processos de informações, assim como em funções motoras. 
Outros pontos importantes nesse processo de diagnóstico, são o fornecimento 
de dados objetivos e a formulação de hipóteses do funcionamento das 
cognições, participando no auxílio da tomada de decisão de outros profissionais 
de áreas similares, contribuindo para diversas formas de tratamentos 
(medicamentos ou mesmo cirurgias). 
Na junção entre a teoria e a prática, seja no diagnóstico ou na reabilitação, 
há o uso de materiais, por exemplo, testes, jogos e livros, os quais acabam por 
auxiliar na avaliação e reabilitação dos pacientes. 
O Neuropsicólogo desenvolve atividades em instituições de ensino, com 
a realização de ensino, pesquisa e supervisão; em hospitais, clínicas, 
consultórios, ou mesmo atendimentos domiciliares, realizando diagnóstico, 
reabilitação, orientação à família e trabalho em equipe multiprofissional. É da 
prática do Neuropsicólogo enfatizar que o exame neuropsicológico é inseparável 
do exame neurológico e do exame geral. Eles não se substituem e sim se 
complementam. 
Na avaliação neuropsicopedagógica, o profissional aplica testes e escalas 
padronizadas, utilizando a observação clínica, lúdica, e do material escolar para 
a elaboração da hipótese diagnóstica. O contato com a escola, com a família, ou 
mesmo com demais familiares propõe uma interação durante o diagnóstico, 
sendo parte importante na compreensão do quadro e do projeto de intervenção. 
“Compreender o funcionamento do cérebro, a plasticidade cerebral, os 
transtornos do neurodesenvolvimento, as síndromes, as metodologias de ensino 
e aprendizagem direcionam o Neuropsicopedagogo no seu campo de atuação, 
que é voltado à aprendizagem e suas dificuldades”. (BEAR, 2008). 
Dentro desse contexto, o Plano Nacional da Educação (PNE), o Estatuto 
da Criança e do Adolescente (ECA), a Legislação da Educação Inclusiva, entre 
outros, devem fazer parte da compreensão do Neuropsicopedagogo Clínico e/ou 
Institucional no sentido de estabelecer diálogos, visando à qualidade 
educacional, e de pertencimento. 
 
3.3 A Psicopedagogia na formação do indivíduo 
 
 
27 
 
O papel inicial da psicopedagogia se dá através do estudo no processo 
de ensino-aprendizagem, prevenção, diagnóstico e tratamento. O 
psicopedagogo analisa a situação do indivíduo, a fim de diagnosticar as causas. 
Faz o levantamento de hipóteses, analisando sintomas que o indivíduo tenha 
apresentado, ouvindo os envolvidos (família, escola, etc.). No entanto, para isso, 
é importante obter conhecimento do indivíduo nos seus diversos aspectos 
afetivos, sociais, cognitivos e neurofisiológicos; assim como entender cada 
aprendizagem e a qual vínculo pertence. Cada profissional tem um modo de 
fazer a intervenção psicopedagógica. 
Para Bossa (2000) “o psicopedagogo também pesquisa as condições 
para que se produza a aprendizagem do conteúdo escolar, identificando quais 
são os obstáculos e os elementos que facilitam, quando se trata de uma 
abordagem preventiva”. 
 
3.4 A importância do diagnóstico 
O diagnóstico não fundamenta apenas deficiências e limitações, mas 
detecta as potencialidades do indivíduo (ou ainda como ele pode se 
desenvolver). Nesse contexto, Bossa (2000), reforça que: 
É de extrema relevância detectarmos, através do diagnóstico, o 
momento da vida da criança em que se iniciam os problemas de 
aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, faz muita diferença 
constatarmos que as dificuldades de aprendizagem se iniciam com o 
ingresso na escola, pois pode ser um forte indício de que a 
problemática tinha como causa fatores intra-escolares (BOSSA, 2000, 
p. 101). 
 
É necessário que o profissional perceba o significado do sintoma; que 
através do diagnóstico identifique possibilidades de aprendizagem, priorizando 
transformações e construções; norteando a intervenção psicopedagógica. 
Rubinstein (1987), traduz a investigação na psicopedagogia como: “o 
profissional dessa área deve vasculhar cada canto da pessoa, analisar o modo 
de como ela se expressa, seus gestos, a entonação da voz, tudo”. O profissional 
deve ter o olhar da observação, identificando a dificuldade na aprendizagem, 
sabendo conduzi-la para outros profissionais, tais como: fonoaudiólogos, 
 
 
28 
 
psicólogos, etc.; sabendo investigar os possíveis fatores que levam esse 
indivíduo a não obter aprendizagem. 
O psicopedagogo é como um detetive que busca pistas, procurando 
solucioná-las, pois algumas podem ser falsas, outras irrelevantes, mas 
a sua meta fundamentalmente é investigar todo o processo de 
aprendizagem levando em consideração a totalidade dos fatores nele 
envolvidos, para valendo-se desta investigação, entender a 
constituição da dificuldade de aprendizagem (RUBINSTEIN, 1987, p. 
51). 
 
Fernández (1991) afirma que “o diagnóstico, para o terapeuta, deve ter a 
mesma função que a rede para um equilibrista. É ele, portanto, a base que dará 
suporte ao psicopedagogo para que esse faça o encaminhamento necessário”. 
O processo de diagnóstico permite ao profissional a investigação, o 
levantamento de hipóteses provisórias, as quais serão confirmadas durante o 
processo. “Esta investigação permanece durante todo o trabalho diagnóstico 
através de intervenções e da escuta psicopedagógica, para que se possa 
decifrar os processos que dão sentido ao observado e norteiam a intervenção” 
(BOSSA, 2000, p. 24). 
Promover o diagnóstico é identificar que a criança possui algum tipo de 
dificuldade na aprendizagem, o qual muitas vezes somente é identificado quando 
ela é inserida no ensino formal. No entanto, após a identificação, torna-se 
importante a equipe multidisciplinar investigar causas, motivos e condições que 
tornaram essa dificuldade evidente, promovendo recursos adequados para 
sanar os problemas. O diagnóstico cria possibilidades, permitindo a intervenção, 
iniciando um processo de superar possíveis dificuldades; processo no qual são 
analisadas situações que envolvem muitas vezes, todo um contexto do indivíduo, 
escola, família, núcleo, meio em que está inserido. 
Dentro desse contexto, o diagnóstico psicopedagógico viabiliza outras 
situações (postura, atitude, vontade) do indivíduo e dos demais envolvidos, 
criando condições importantes na resolução e tomada de decisão. Através da 
percepção, da compreensão e da intervenção do profissional, poderão ser 
apresentadas as impressões a cerca da situação. Diagnóstico esse, que envolve 
a parceria de outras áreas como a neurologia, a psicopedagogia e a psicologia, 
criando possibilidades de eliminar fatores que não são importantes para 
identificar o motivo real do problema. 
 
 
29 
 
A interação se torna parte importante em todo o processo, ressaltando a 
relevância no tratamento, pois o fator observação deve ser levado muito em 
consideração. 
O diagnóstico psicopedagógico é identificado como um fator de 
intervenção, seguindo algumas sistemáticas, tais como: 
 Analisar e levantar hipóteses; 
 Analisar o contexto e a leitura do sintoma; 
 Verificar as possibilidades de diversas ordens (interação, 
funcionamento, conhecimento); 
 Explicar a origem e o histórico do sintoma; 
 Explicar os motivos que determinam o sintoma; 
 Promover encaminhamentos e indicações. 
 
Durante o diagnóstico, a proposta é de um trabalho em conjunto, em quetodos os envolvidos participem e colaborem de forma assertiva, proporcionando 
um resultado mais assertivo. Esse processo não se trata apenas de um estudo 
das manifestações, mas envolve práticas acerca das causas que possam 
interferir no desenvolvimento do aluno. 
Não cabe ao neuropsicopedagogo julgamentos antecipados e errôneos, 
mas sim, um olhar dirigido a um indivíduo, que possui limitações ou deficiências. 
Importante considerar o indivíduo com conhecimentos, afetividade, sensações, 
sem desconsiderar o ambiente em que este indivíduo esteja inserido, pois tal é 
parte do processo. 
Ví deo 
Assista a entrevista Dificuldades de Aprendizagem, na qual são 
abordadas as tipologias dentro das dificuldades de 
aprendizagem. 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=6S25D0xgE5Y 
 
 
 
30 
 
 
Resumo da Aula 
Nesta aula identificou-se a importância da atuação do 
neuropsicopedagogo, assim como a participação dos demais profissionais 
envolvidos nos processos cognitivos e de aprendizagem. Pois através deles é 
possível diminuir os índices de evasão escolar e reprovações, mediante 
aplicação das três fundamentações (avaliação, diagnóstico e intervenção 
neuropsicopedagógica), agindo de forma preventiva, em ambientes institucionais 
e clínicos 
Atividade de Aprendizagem 
O papel do neuropsicopedagogo na condução de um 
diagnóstico necessita muitas vezes da parceria dos demais 
profissionais da área, tais como psicólogo, nutricionista, 
psicopedagogo. Discorra a respeito dessas participações na 
garantida de um diagnóstico. 
 
 
Aula 4 – Processos de ensino-aprendizagem e atuação interdisciplinar 
Apresentação da aula 4 
Nesta aula o foco será na relação entre a Neuropsicopedagogia e a 
atuação interdisciplinar, envolvendo conhecimentos neurocientíficos, focando 
nos processos de ensino aprendizagem, bem como a compreensão do papel do 
cérebro do ser humano em relação aos processos neurocognitivos na aplicação 
de estratégias; bem como a importância da atuação do neuropsicopedagogo em 
diversas atividades que servirão de avaliação, intervenção e prevenção nos 
processos de aprendizagem do indivíduo. 
 
4. Processos de ensino-aprendizagem e atuação interdisciplinar 
4.1 O objetivo de funções cognitivas e conativas 
 
 
31 
 
A neuropsicopedagogia busca promover e unir os estudos do 
desenvolvimento, das funções e das estruturas, paralelamente ao estudo dos 
processos psicocognitivos responsáveis pela aprendizagem e os processos 
psicopedagógicos responsáveis pelo ensino. Delimita aos tipos de 
aprendizagem, baseados nos processos investigativos, exclui mitos de como o 
cérebro humano processa informação e aprende. Diante destas vivências, o 
ensino já não mais possui o conceito de somente instruir, mas também de uma 
transmissão cultural que combina a ciência com a aprendizagem, criando 
possibilidades de conhecimentos mais produtivos, no qual todos aprendem, 
levando em consideração a sua neurodiversidade. 
Vocabula rio 
Neurodiversidade: É o conceito no qual as diferenças 
neurológicas devem ser reconhecidas e respeitadas como 
qualquer outra variação humana. Exemplos: dislexia, déficit de 
atenção, discalculia, entre outras. 
 
 
 
 
4.2 Funções Cognitivas 
O termo cognição é, consequentemente, sinônimo de "algo que é conhecido 
através dele", aquele que envolve funções, tais como: memória, raciocínio, 
atenção, percepção. A cognição é, portanto, sistêmica, surge do cérebro como 
o resultado de uma interação, contribuição e conexão do conjunto de funções 
mentais, as quais operam segundo determinadas propriedades fundamentais: 
 Totalidade (noção de integração); 
 Adaptabilidade (noção de modificação); 
 Autorregulação (noção de buscas de objetos e fins a atingir); 
 Interdependência (noção de coibição); 
 Hierarquia (noção de maturidade e complexidade); 
 Intercâmbio (noção de referente e efeito da experiência); 
 
 
32 
 
 Equilíbrio (noção de homeostasia). 
Tipos de Neurocientistas Experimentais 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
 
Vocabula rio 
Homeostasia: É o conjunto de fenômenos de autorregulação 
que levam à preservação da constância quanto às propriedades 
do meio interno de um organismo. Conceito criado pelo 
fisiologista norte-americano Walter Bradford Cannon. 
 
 
A aprendizagem humana reflete a mudança de comportamento provocada 
pela experiência prolongada (no mínimo 2.000 horas de prática sistemática), 
sendo esse descrito como uma sequência de operações e estádios mentais que 
compreendem outras funções cognitivas: 
 
 
 
FUNÇÕES COGNITIVAS 
Funções de Input Funções de Integração Funções de Output 
 recepção ou de 
capacitação; 
 percepção analítica; 
 sistematização na 
exploração de 
dados; 
 priorização de 
dados; 
 conversão e 
agilização de 
constâncias 
(tamanho, forma, 
quantidade, 
profundidade, 
 definição detalhada 
de situações-
problema; 
 seleção de dados 
relevantes; 
 comparação de 
dados; 
 semelhanças, 
memorização e 
retenção; 
 integração 
sistemática da 
realidade; 
 comunicação clara, 
conveniente e 
compreensível; 
 expressão verbal 
fluente; 
 regulação, inibição, 
iniciação, 
persistência, 
perfeição, 
verificação, 
conclusão e precisão 
de respostas 
adaptativas; 
 
 
33 
 
movimento, cor, 
orientação); 
 precisão e perfeição 
na apreensão de 
dados; 
 filtragem, fixação e 
flexibilização nas 
fontes de 
informação 
simultânea. 
 
 comportamentos 
quantitativos; 
 exploração da 
evidencia lógica; 
 utilização do 
pensamento 
dedutivo, 
inferencial, crítico e 
criativo. 
 enriquecimento de 
instrumentos não 
verbais e verbais de 
expressão; 
 avaliação e 
retroação das 
soluções criadas. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
 
 
Aprender a aprender é, portanto promover a prática, capacitar, treinar, 
aperfeiçoar e redesenvolver tais funções e capacidades cognitivas, integrando 
as capacidades conativas, as quais são pouco estimuladas culturalmente e na 
escola; as quais demonstram a maior parte das dificuldades na aprendizagem. 
 
4.3 Funções Conativas 
O conceito função conativa provém das emoções, da motivação, do 
temperamento e personalidade do indivíduo. É o sinônimo em que o organismo 
se prepara para certas situações, por exemplo, ansiedade, insegurança, perigo, 
medo, etc. Tais emoções são consideradas como processos que se organizam 
para receber comportamentos (os impulsos internos, as reações psíquicas a 
determinadas circunstâncias, a somatização, etc.). 
 
4.4 Intervenção psicopedagógica 
Dentro da contribuição das neurociências na prática do 
neuropsicopedagogo, observa-se que: 
[...] A escola precisa refletir sobre suas práticas. Porque dependendo 
de como as desenvolve, pode estigmatizar as crianças, prejudicando 
sua autoestima e dificultando, com isso, seu envolvimento com as 
situações de aprendizagem. É algo que acontece em muitas escolas 
por meio de atitudes sutis, muitas vezes inconscientes e que, mesmo 
de maneira involuntária, prejudicam o sucesso escolar dos alunos. 
(WEISZ, 2001, p. 29). 
 
 
 
34 
 
Considerar os motivos do fracasso escolar é aceitar que esse processo 
se torna um desafio na qualificação da educação. Em termos institucionais, a 
expressão “fracasso escolar” denomina uma situação do aluno a uma exigência 
da escola. 
O fracasso escolar afeta o indivíduo em sua totalidade. Ele sofre, ao 
mesmo tempo, com a falta de estima por não estar à altura de suas 
aspirações, ele sofre também com a depreciação. Quando não com o 
desprezo que lê no olhar dos outros. O fracassoatinge, portanto, o ser 
íntimo e o ser social da pessoa. (CORDIÉ, 1996, p.35). 
 
 
 
4.5 Instrumentos de avaliação 
O Neuropsicopedagogo ao realizar um diagnóstico, em parceria com 
demais profissionais utiliza vários recursos, os quais se constituem em um 
importante instrumento de linguagem. Dentro dessa perspectiva, cabe a 
composição de etapas para distinguir os objetivos de atuação. Os instrumentos 
de avaliação podem incluir diferentes modalidades de atividades e testes 
padronizados, utilizados de acordo com a habilitação profissional e da 
composição da equipe multidisciplinar da instituição. 
A fim de compreender as relações familiares e o modelo de aprendizagem 
do indivíduo, importante mencionar a anamnese; a avaliação de desempenho 
em teste de inteligência e viso-motor; a avaliação da produção escolar e dos 
vínculos com os objetivos de aprendizagem escolar; a análise dos aspectos 
emocionais por meio de testes e sessões lúdicas, entrevistas com a escola ou 
outra instituição em que o indivíduo faça parte; etc. 
Vocabula rio 
Anamnese: é a entrevista realizada pelo profissional com o 
objetivo de relembrar os fatos que se relacionam com a 
situação, a fim de ajudar no diagnóstico. 
 
 
Existem diferentes modelos de diagnóstico, os quais contemplam fases 
diferenciadas. As etapas podem ser modificadas quanto a sua sequência e 
maneira de aplicá-las, de acordo com cada prática psicopedagógica. 
 
 
35 
 
A história do paciente tem início no momento da concepção e vêm 
avareforçar a importância desses momentos na vida do indivíduo e, de 
algum modo, nos aspectos inconscientes de aprendizagem. (WEISS, 
1992, p. 64). 
 
Nesse contexto Weiss (1992), sugere um modelo, o qual traz pontuações 
importantes (os quais correlacionam-se com as práticas investigativas 
psicopedagógicas). 
Entrevista 
Familiar 
Exploratório 
Situacional 
Objetiva na compreensão da queixa nas dimensões da escola e da 
família, a expectativa em relação ao psicopedagogo, a captação das 
relações e expectativas familiares centradas na aprendizagem escolar, e 
principalmente na aceitação do indivíduo durante o processo de 
diagnóstico. 
Entrevista de 
Anamnese 
É uma entrevista, com foco mais específico, considerada como um dos 
pontos cruciais de um bom diagnóstico, visando colher dados 
significativos do indivíduo na família, integrando passado, presente e 
projeções para futuro, permitindo perceber a inserção desse sujeito na 
sua família e a influência das gerações passadas nesse núcleo e no 
próprio indivíduo. 
Sessões 
lúdicas 
centradas na 
aprendizagem 
Tem fundamental importância, contribuindo para a compreensão dos 
processos cognitivos, afetivos e sociais (e a sua relação com o modelo de 
aprendizagem do indivíduo). A atividade lúdica fornece informações sobre 
os esquemas do indivíduo. 
Provas e Testes 
As provas e testes podem ser utilizadas para explicitar o nível pedagógico 
e analisar a estrutura cognitiva (e/ou emocional) do indivíduo. O uso de 
provas e testes não é indispensável em um diagnóstico psicopedagógico, 
representam um recurso a mais a ser utilizado (quando necessário), 
sendo uma complementação que funciona em situações estimuladoras, 
as quais provocam reações variadas. 
Fonte: WEISS (1992) – adaptado pelo autor (2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Fonte: 
http://www.douradosnews.com.br/media/images/3207/19591/4f466e02034ceaf2e982c
8a5287c6181f9657b1fce6dc.jpg 
 
As provas operatórias têm como objetivo principal determinar o grau 
de aquisição de algumas noções-chave do desenvolvimento cognitivo, 
detectando o nível de pensamento alcançado pela criança. (WEISS, 
1992, p. 106). 
 
 
Dentro das provas e testes, podem-se citar alguns exemplos: 
PROVAS E TESTES 
Provas de Inteligência WISC. 
Provas de nível de 
pensamento 
Piaget. 
Avaliação do nível 
pedagógico 
Atividades com nível de 
escolaridade. 
Avaliação perceptomotora 
Teste de Bender (objetiva 
avaliar o grau de maturidade 
visomotora do sujeito). 
Testes projetivos HTP (casa, árvore e pessoa). 
Outros 
Testes psicomotores e jogos 
psicopedagógicos. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017). 
 
 Vale reforçar que as provas de Wisc, avaliação de Bender e testes 
Projetivos (HTP), são de aplicação exclusiva dos psicólogos. 
 
4.6 Acompanhamento 
Vale reforçar que o acompanhamento neuropsicopedagógico 
desencadeará necessidades, promovendo a vontade de identificar o 
aprendizado e não somente uma "melhora no rendimento escolar". O objetivo do 
neuropsicopedagogo não é o "aluno", mas sim o "indivíduo" em qualquer das 
situações em que ele se apresente. 
Durante o acompanhamento são constituídos contatos periódicos, criando 
um cronograma com o envolvido; a família e equipe escolar, com o objetivo em 
obter um resultado mais assertivo, bem como um feedback dos avanços e 
 
 
37 
 
conquistas do envolvido, até que o neuropsicopedagogo conclua um resultado 
mais concreto. 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia o livro Psicopedagogia clínica: uma visão 
diagnóstica dos problemas de apreindizagem 
escolar, de autoria de Maria Lúcia Lemme 
Weiss. A obra aborda a aprendizagem 
humana e os fatores que conduzem ao 
fracasso escolar. 
 
 
4.7 Avaliação psicopedagógica 
A avaliação psicopedagógica é: 
[...] um processo compartilhado de coleta e análise de informações 
relevantes acerca dos vários elementos que intervêm no processo de 
ensino e aprendizagem, visando identificar as necessidades 
educativas de determinados alunos ou alunas que apresentem 
dificuldades em seu desenvolvimento pessoal ou desajustes com 
respeito ao currículo escolar por causas diversas, e a fundamentar as 
decisões a respeito da proposta curricular e do tipo de suportes 
necessários para avançar no desenvolvimento das várias capacidades 
e para o desenvolvimento da instituição. (COLL; MARCHESI; 
PALACIOS, 2007, p. 279). 
 
“De fato, se pensarmos em termos bem objetivos, a avaliação nada mais 
é do que localizar necessidades e se comprometer com sua superação” 
(VASCONCELOS, 2002). A avaliação psicopedagógica envolve três aspectos 
importantes: 
 Identificação de fatores responsáveis pelas dificuldades da criança; 
 Levantamento das habilidades; 
 Identificação das características emocionais. 
 
A avaliação psicopedagógica tem fundamental importância em todo o 
processo, proporcionando a intervenção, pois nela se fundamenta as decisões 
 
 
38 
 
voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades do envolvido, 
promovendo melhores condições para o seu desenvolvimento. 
 
4.7.1 Identificação de fatores responsáveis pelas dificuldades da criança 
A identificação de fatores responsáveis pelas dificuldades da criança é 
importante na identificação do transtorno e/ou distúrbio de aprendizagem ou 
ainda uma dificuldade provocada por outros fatores (emocionais, cognitivos, 
sociais). No entanto, deve acontecer uma coleta de dados referente à origem da 
dificuldade apresentada pelo indivíduo, assim com a investigação de possíveis 
condições familiares, ambiente escolar ou mesmo quadros neuropsiquiátricos, 
oportunizando estímulos oferecidos de acordo com o meio em que o indivíduo 
está inserido. 
 
4.7.2 Levantamento das habilidades 
O levantamento relativo às habilidades cognitivas e acadêmicas refletem 
a importância durante as apresentações das dificuldades, as quais incluem o 
conhecimento da proposta pedagógica e do profissional, as quais o indivíduo 
está submetido; assim como condições que possam facilitar a aprendizagem; a 
investigação de situações que envolvem as funções conativas(atenção, 
memória, etc.) 
 
4.7.3 Identificação das características emocionais 
Importante observar na consulta inicial, se há relatos pelos pais como 
motivo do encaminhamento para avaliação, muitas vezes pode não só descrever 
o “sintoma”, mas também traz consigo indícios que indicam o caminho para início 
da investigação. “A versão que os pais transmitem sobre a problemática e 
principalmente a forma de descrever o sintoma, dão-nos importantes chaves 
para nos aproximarmos do significado que a dificuldade de aprender tem na 
família” (FERNÁNDEZ, 1991, p. 144). 
Trata-se de uma forma dinâmica, pois são levados em consideração 
fatores que determinem a necessidade e na sequência a intervenção. 
 
 
39 
 
Ela é a investigação do processo de aprendizagem do indivíduo 
visando entender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado. 
Inclui entrevista inicial com os pais ou responsáveis, análise do material 
escolar, aplicação de diferentes modalidades de atividades e uso de 
testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e 
dificuldades apresentadas. Durante a avaliação podem ser realizadas 
atividades matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento 
e outras funções cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos. (COLL; 
MARQUESI, PALACIOS, 2007). 
 
 
Nesse contexto investigação do processo de aprendizagem do indivíduo 
visando entender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado, refere-se 
a identificação das características emocionais. Ainda de acordo com Coll e 
Martín (2006), “avaliar as aprendizagens de um aluno equivale a especificar até 
que ponto ele desenvolveu determinadas capacidades contempladas nos 
objetivos gerais da etapa”. 
[...] a avaliação psicopedagógica irá fornecer informações importantes 
em relação as necessidades dos seus alunos, bem como de seu 
contexto escolar, familiar e social, e ainda irá justificar se há ou não 
necessidade de introduzir mudanças na oferta educacional. (COLL; 
MARCHESI, PALACIOS, 2007). 
 
 
 
Resumo da aula 
Nesta aula abordou-se a atuação na avaliação, na intervenção, no 
acompanhamento, na orientação de estudos e no ensino de estratégias de 
aprendizagem; assim como atuação no diagnóstico do tratamento e na pesquisa 
da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque 
da relação entre esses aspectos e o funcionamento cerebral. 
A neuropsicopedagogia procura promover e integrar os estudos do 
desenvolvimento, das funções, das estruturas e das disfunções do cérebro. 
Nesse contexto, há duas funções importantes as cognitivas e conativas. 
Importante ressaltar que a avaliação e o diagnóstico psicopedagógico 
devem estar voltados ao compromisso em promover desenvolvimento, 
autoestima e condições de maturidade emocional para resolver problemas; uma 
vez que a avaliação psicopedagógica deve ser um processo dinâmico. 
 
 
 
40 
 
Atividade de Aprendizagem 
[...] É importante ressaltar que a avaliação 
neuropsicopedagógica não se restringe apenas à aplicação 
de testes e obtenção de resultados, mas depende sobretudo 
da capacidade do examinador de interpretá-los e avaliá-los 
corretamente”. (FUENTES et. al., 2014, p.414). 
De acordo com esta citação, contextualize a importância desse 
profissional com base na teoria e prática, objetivando no 
alcance dos resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo da disciplina 
Ao longo desta disciplina, tivemos a oportunidade de compreender a 
importância das Neurociências na educação e aprendizagem, influenciando ao 
desenvolvimento cognitivo do indivíduo; dos processos teóricos e práticos que 
levam o neuropsicopedagogo em observar, intervir e diagnosticar, de acordo 
com suas competências. A neuropsicopedagogia, agregando conhecimentos da 
neurociência, proporciona um trabalho preventivo, avaliando e auxiliando os 
processos metodológicos, a fim de melhorar o processo de ensino-
aprendizagem. 
A atuação do neuropsicopedagogo no ambiente escolar contribui para que 
se desenvolvam processos e metodologias, abordando possíveis barreiras para 
aprendizagem apresentadas pelas crianças, procurando ligar vários 
intervenientes deste processo, tais como: pais, professores e colaboradores que 
 
 
41 
 
juntos almejam uma melhoria significativa no desempenho acadêmico, social e 
emocional da criança. 
O uso de estratégias adequadas promovendo um processo dinâmico, 
através de atividades desafiadoras, estimulando o cérebro, criando sinapses, as 
quais se fortalecem e se estabelecem com mais facilidade. O 
neuropsicopedagogo propõe a integração da formação psicopedagógica, o 
adequado funcionamento do cérebro, a fim de entender a forma como esse 
cérebro recebe, processa e transmite as sensações; mas para isso, o 
neuropsicopedagogo necessita estar capacitado e em busca de aprendizado 
sobre os distúrbios que cercam o indivíduo. 
Assim como, dentro das especialidades das Neurociências, o 
neuropsicopedagogo pode ampliar seus conhecimentos, através do atendimento 
clínico e institucional. 
 
 
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