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MÓDULO 1 INTRODUÇÃO AO PROCESSO PENAL

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18/02/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/8
 
Módulo 1
 
1. Introdução ao Processo Penal.
 O direito processual penal é o ramo do direito (conjunto
de princípios e normas) que rege as relações jurídicas dos sujeitos que participam
do instrumento que viabiliza a ação que tenha por objeto a realização de uma
pretensão de natureza penal. 
 Em verdade, nascida a pretensão penal do Estado pelo
descumprimento de uma norma penal, existirá um conflito de interesses: de um
lado, o Estado pretendendo a punição do agente infrator e, de outro, a pessoa
apontada como infratora exercendo seu direito de defender-se.
 Essa pretensão do Estado será levada ao Poder Judiciário
através da ação penal que será instrumentalizada através de vários atos que
formam o processo. Irão disciplinar esse processo vários princípios e normas que
compõe o chamado "Direito Processual Penal".
 Outros dois conceitos podem ser dados:
“Chama-se direito processual o conjunto de normas e
princípios que regem (...) o exercício conjugado de
Jurisdição pelo Estado-Juiz, da ação pelo demandante
e da defesa pelo demandado” (Cintra, Grinover e
Dinamarco in Teoria Geral do Processo, 9, ed.
Malheiros, Ed., p. 41)
“O conjunto de princípios e normas que regulam a
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as
atividades persecutórias da Policia Judiciária, e a
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e
respectivos auxiliares.” (José Frederico Marques, in
Elementos de direito processual penal, 2ª Edição,
Forense, v. 1, p. 20)[1]
 Os aludidos princípios estão inicialmente previstos na
Constituição Federal (v.g. contraditório, ampla defesa, presunção de inocência,
devido processo legal, duração razoável do processo) e complementarmente na
legislação infraconstitucional (v.g. instrumentalidade, duplo grau de jurisdição).
 Já as normas processuais estão previstas no Código de
Processo Penal (Dec.-lei 3.688/41) e legislação extravagante (v.g. lei da
interceptação telefônica, lei da prisão provisória, lei da identificação criminal, lei
do tráfico de drogas).
 Subsidiariamente, se aplicam outras leis por analogia
(v.g. Código de Processo Civil).
 Por outro lado, também importante lembrar da divisão
teórica do direito processual (do qual o processo penal faz parte):
18/02/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/8
1 - Teoria unitária: Os direitos subjetivos são criados pelo juiz ao exercer a
jurisdição;
2 - Teoria dualista: as normas já existem e o juiz apenas as reconhece no
exercício da jurisdição;
 Destarte, importante observação deve ser feita. O direito
processual penal não se confunde com o direito penal, pois este é o conjunto de
normas e princípios que regem as relações jurídicas entre o Estado e o particular
para a proteção da sociedade contra atos que ante a sua gravidade extrema foram
considerados como ilícitos penais. Já as normas processuais têm caráter
nitidamente instrumental.
 De qualquer forma, ambos têm em comum a premissa de serem
espécies do chamado Direito Público, ante a presença do Estado.
 
1. O Direito de Punir.
 Alguns bens, ante a sua condição essencial para a vida,
são tutelados pelo direito penal (v. g. direito à vida, patrimônio, honra, dignidade
sexual).
 Por outro lado, foi incumbida ao Estado a função de
reprimir as condutas indesejáveis, aplicando ao infrator as penas previstas em lei,
surgindo então o direito de punir.
 Este direito somente pode ser realizado por um órgão
estatal, na medida em que, a aplicação de pena é proibida a entes privados.
Destarte, somente pode aplicar a sanção penal um órgão componente do Poder
Judicial que seja dotado de poder jurisdicional.
 Sobre a jus puniendi, seja em abstrato ou em concreto,
trataremos nos próximos módulos.
 Por hora, necessário consignar que um conflito de
interesses pode ser solucionado de várias maneiras:
 Em primeiro lugar é possível a autocomposição em que as
partes solucionam a crise de relação através da:
a. Desistência de uma delas sobre o direito;
b. Submissão ou pagamento, quando não se oferece resistência à vontade da
outra;
c. Transação, quando existem concessões e ganhos recíprocos.
 A autocomposição, sem sede de direito penal, até pouco
tempo era proibida no Brasil. Contudo, com o advento da Lei 9.099/95 (para
crimes de menor potencial ofensivo), esta situação foi alterada, pois agora é
possível a chamada “transação penal”.
 Apesar do acima exposto, entendemos que em verdade
não há uma completa incidência da autocomposição em direito penal, pois
necessário se submeter ao juiz de direito a transação, a fim de que o mesmo
proceda a conferência da hipótese de incidência e homologue a transação.
18/02/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/8
 Também merece citação a chamada autotutela, que é a
defesa de um direito pelo próprio interessado sem a interferência do Estado ou de
terceira pessoa.
 A autotutela é proibida por lei, configurando inclusive
crime quando exercida. Mas, quando autorizada por lei é possível:
a. Hipótese de prisão em flagrante, artigo 302, do CPP;
b. Hipótese de estado de necessidade, art. 24, do CP;
c. Hipótese de legitima defesa, art. 25, do CP.
 Finalmente, a fim de se solucionar conflitos, ganha
destaque a heterotutela que é a intervenção de terceira pessoa para a solução do
conflito de interesses. Note-se que aqui há a substituição da vontade das partes
para uma terceira pessoa que pode ser:
a. O árbitro ou;
b. O Estado.
 Em matéria penal, a única forma de se realizar a
heterotutela é com a intervenção do Estado exercendo a atividade jurisdicional.
 A atividade jurisdicional consiste na aplicação da lei a um
dado caso concreto, a fim de obter a justa composição da lide.
 São características da jurisdição:
 
1 – Inércia: a atividade jurisdicional somente é exercida quando provocada, salvo
os casos previamente delimitados pela lei (v. g. habeas corpus e a tutela protetiva
emergencial nos casos de violência doméstica);
2 – Substitutividade: a atividade jurisdicional substitui a vontade das partes,
sendo proibida a atuação privada em sede de direito material penal;
3 – Investidura: somente tem poder, dever, função de exercer a atividade
jurisdicional pessoa investida conforme os preceitos constitucionais e legais para
tanto (o juiz togado e, em sede de Tribuna do Júri, os jurados);
4 – Indeclinabilidade: o juiz deve julgar; bem ou mal deve julgar. Não pode o
magistrado se recursar a analisar o feito e decidi-lo, pois importaria em negativa
de prestação jurisdicional, o que viola o artigo 5, XXXV, da C.F.;
5 – Indelegabilidade: a atividade em comento deve ser exercida somente por
órgão investido para tanto. Assim, não poderão os juízes delegar esta função à
pessoa estranha ao Poder Judiciário.Por outro lado, a atividade jurisdicional
obedece a uma ordem legal preestabelecida de divisão de jurisdição, o que se
denomina competência (princípio abaixo exposto). Nesse sentido, o juiz
competente para a prestação da atividade não poderá delegar o exercício a outro
magistrado, sob pena de violar o artigo 5, LIII, da CF.
6 - Juiz natural: a atividade somente pode ser exercida por um juiz competente
(aquele escolhido com base nas normas preestabelecidas), sendo proibida
constitucionalmente a criação de tribunais para julgamento de casos concretos -
tribunais de exceção, art. 5º, XXXVII.
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[1] Conceitos retirados do “Curso de Processo Penal”, Fernando Capez, São Paulo,
Ed. Saraiva, 18ª. Ed. P. 43.
 
Exercício 1:
Assinale a alternativa correta:
 
A)
O direito processual penal é o ramo do direito que define os delitos e as penas;
 
B)
O direito processual penal é o ramo do direito que define as relações privadas
do direito;
 
C)
O direito processual penal é o ramo do direito que instrumentaliza as relações
privadas;
 
D)
O direito processual penal é o ramo do direito que instrumentaliza as ações de
cunho privado;
 
E)
O direito processual penal é o ramo do direito que rege as relações jurídicas dos
sujeitos que participam do instrumento que viabiliza a ação que tenha por objeto
a realização de uma pretensão de natureza penal.
 
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Exercício 2:
Assinale a alternativa correta:
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A)
O direito de punir pode ser realizado por um órgão estatal e pela vítima;
 
B)
Um conflito de interesses só pode ser solucionado pela autotutela;
 
C)
Um conflito de interesse só pode ser solucionado pela heterotutela;
 
D)
Um conflito de interesse só pode ser solucionado pela autocomposição;
 
E)
A autotutela é autorizada: na hipótese de prisão em flagrante, estado de
necessidade e legitima defesa.
 
Comentários:
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Exercício 3:
Assinale a alternativa correta:
 
A)
Em matéria penal, a única forma de se realizar a heterotutela é com a
intervenção do Estado exercendo a atividade jurisdicional;
 
B)
A atividade jurisdicional consiste no ato de julgar conforme o juiz entender;
 
C)
Em sede de direito processual penal, se aplica a arbitragem;
 
D)
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A heterotutela é realizada sem a intervenção de terceira pessoa para a solução
do conflito de interesses;
 
E)
N.d.a.
 
Comentários:
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Exercício 4:
Não é característica da jurisdição:
 
A)
Inércia;
 
B)
Substitutividade;
 
C)
Investidura;
 
D)
Delegabilidade;
 
E)
Indeclinabilidade.
 
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Exercício 5:
Assinale a alternativa correta:
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A)
A Jurisdição é exercida pelo Congresso Nacional;
 
B)
A jurisdição tem como principal titular o Ministério Público;
 
C)
O ministério Público é o detentor do Poder Jurisdicional, mas para realizar tal
mister tem que ser provocado pelo Delegado de Polícia;
 
D)
O poder Jurisdicional é exercido pelo poder Judiciário e pelo Ministério Público
em conjunto;
 
E)
N.d.a.
 
Comentários:
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Exercício 6:
Assinale a alternativa correta:
 
A)
Caso o juiz não tenha conhecimento sobre a matéria posta à julgamento pode
deixar de julgar o feito;
 
B)
Caso o juiz não tenha conhecimento sobre a matéria posta à julgamento pode
transferir o processo para outra pessoa, desde que seja juiz também;
 
C)
Nos casos de menor complexidade, o feito pode ser julgado por quem não seja
investido pelo Poder Judiciário para julgar os processos criminais;
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D)
O princípio da indeclinabilidade está em consonância com o princípio da
inafastabilidade do Poder Judiciário (proibição da negativa de jurisdição);
 
E)
N.d.a.
 
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