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Anatomia Humana I. Aula 3 (Joelcy) Cabeça e Pescoço

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Anatomia Humana I 
 
Transcrição da Aula de 25/08/2018 – Prof. Joelcy (Aula 3 ) 
Pescoço 
 
1. Generalidades 
 
O pescoço é a área de transição entre a base do 
crânio superiormente e as clavículas inferiormente. Une 
a cabeça ao tronco e aos membros, atuando como 
importante conduto entre eles, por onde passam as 
estruturas. Além disso, aqui estão localizados vários 
órgãos importantes com funções específicas: a laringe e 
as glândulas tireoide e paratireoides, por exemplo. 
O pescoço é relativamente delgado a fim de 
permitir a flexibilidade necessária para posicionar a 
cabeça e maximizar a eficiência de seus órgãos 
sensitivos (sobretudo os olhos, mas também as orelhas, 
a boca e o nariz). Assim, muitas estruturas importantes 
estão aglomeradas no pescoço, como músculos, 
glândulas, artérias, veias, nervos, vasos linfáticos, 
traqueia, esôfago e vértebras. O pescoço é, portanto, 
uma região bem conhecida de vulnerabilidade. Várias 
estruturas vitais, entre elas a traqueia, o esôfago e a 
glândula tireoide, não têm a proteção óssea existente em 
outras partes dos sistemas aos quais elas pertencem. 
O principal fluxo sanguíneo arterial para a 
cabeça e o pescoço (as artérias carótidas) e a principal 
drenagem venosa (as veias jugulares) ocupam posição 
anterolateral no pescoço. Os vasos sanguíneos 
carotídeos/jugulares são as principais estruturas 
lesadas em feridas do pescoço por instrumentos 
penetrantes. Os plexos braquiais de nervos originam-se 
no pescoço, seguem em sentido inferolateral, entram nas 
axilas e continuam até os membros superiores, os quais 
suprem. 
No meio da face anterior do pescoço está a 
cartilagem tireóidea, a maior cartilagem da laringe, e a 
traqueia. A linfa proveniente de estruturas na cabeça e 
pescoço drena para linfonodos cervicais. 
Limite superior: margem inferior da mandíbula, 
ângulo da mandíbula e linha nucal inferior. 
Limite inferior: manúbrio do esterno, margem 
superior das clavículas e a vértebra T1. 
 
 
 
2. Anatomia de Superfície 
 
O pescoço é formado pelas vértebras 
cervicais (ossos irregulares) e é uma estrutura 
essencial para que a cabeça tenha o seu 
posicionamento. 
 
2.1. Relevos Cartilaginosos 
2.2. Relevos Ósseos 
2.3. Relevos Vasculares 
2.4. Relevos Musculares 
 
Uma característica superficial do pescoço 
são os seus relevos, que podem ser ósseos (vistos 
principalmente na área posterior, devido aos 
processos espinhosos das vértebras cervicais), 
cartilaginosos (observados, geralmente, na região 
posterior e um exemplo é a laringe), musculares 
(visto ao realizar o movimento de rotação do 
pescoço que deixará evidente o 
esternocleidomastoideo) e vasculares (visíveis, por 
exemplo, fazendo força ao cantar e deixando 
aparente a veia jugular externa, que apresenta uma 
aplicação clínica importante, pois é muito utilizada 
 
para acessos caso não tenha conseguido nos 
membros inferiores ou superiores). 
 
*Observação: Existem dois acessos venosos 
na região do pescoço: um na veia jugular externa 
(acesso periférico e simples) e outro na veia jugular 
interna (procedimento invasivo, centrado e que 
precisa de um médico para a sua realização). 
 
Normalmente conseguimos visualizar as 
veias mais superficiais que são os relevos vasculares 
do pescoço. 
 
3. Esqueleto Cervical 
 
Outra coisa importante ao ser observada no 
pescoço é que quando se “retira” a parte estrutural 
muscular e cartilaginosa, encontra-se as vértebras. 
 
3.1. Coluna Cervical 
 
 Temos a coluna vertebral e ela é formada de 32 a 
33 vértebras, dessas 7 são cervicais e cada uma têm 
um nome. Cervical começa com “C”, então tem-
se:C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7. 
 
Todas as vértebras possuem acidentes 
ósseos. Todas as cervicais tem uma “massa” na 
região anterior chamada de corpo. Todas as centrais 
apresentam uma “pontinha” na região posterior 
chamado processo espinhoso. E na região lateral há 
projeções laterais chamadas de processo 
transverso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todas as vértebras têm: corpo, processo 
espinhoso e processo transverso. Porém na região 
cervical há três vértebras que são atípicas, quais são: 
a C1, também chamada de ATLAS, a C2, também 
chamada de ÁXIS, e a C3, também chamada de 
proeminente. 
Desta forma tem-se: 
VÉRTEBRAS 
TÍPICAS 
VÉRTEBRAS 
ATÍPICAS 
C3; C4; C5; C6 C1; C2; C7 
 
A primeira vértebra é o Atlas, aquela que se 
articula com os côndilos do osso occipital (lembra 
 
que embaixo há o forame magno e os côndilos dele). 
E logo abaixo de C1 está o AXIS. 
O atlas é a única vértebra que não possui 
corpo e nem processo espinhoso. Qual motivo dessa 
vértebra não conter essas características? É porque 
a segunda vértebra é o axis (um eixo) que tem uma 
proeminência óssea. O atlas no lugar do corpo ele 
tem apenas um arco. 
 
O áxis apresenta em cima do corpo uma 
proeminência chamada de “processo odontóide” 
ou “dente do áxis”. Assim, o arco do atlas articula-
se com o dente do áxis, sendo isso importante para 
o movimento de rotação (articulação atlanto-axial)- 
movimento de negação. 
 Na parte superior do atlas têm-se uma 
cavidade mais delimitada com bordas irregulares e 
em cima dessa cavidade repousa os côndilos 
occipitais. Como tem um vértebra contrária é para 
que haja o movimento de rotação adequada. 
Temos a C7 a sétima vértebra cervical, 
também chamada de vértebra proeminente. Uma 
vértebra proeminente é aquela que tem o processo 
espinhoso maior que todas as outras cervicais. 
Isso não é regra, mas normalmente, a maior 
parte das vértebras cervicais, elas possuem essa 
pontinha que é o processo espinhoso bífido, mas 
isso não é regra. Achar uma cervical com processo 
espinhoso bífido é possível, porém, não tê-lo, 
também. A maioria apresenta essa especificidade, 
que acontece durante o desenvolvimento 
embrionário: a lâmina espinhal direita vai se 
encontrar com a esquerda para formar o processo 
espinhoso e elas se fundem, mas as pontinhas não se 
tocam, então fica bífido. 
Uma outra particularidade que somente 
encontra-se nas vértebras cervicais é que, uma 
vértebra cervical tem forame vertebral por onde 
passa a medula, normalmente tem que ter o 
corpo, processo espinhoso e processo transverso. 
Mas existem as particularidades das vértebras 
cervicais. 
No processo transverso há um buraquinho 
chamado forame transversário ou forame do 
processo transverso, somente as vértebras cervicais 
apresentam esse forame. E por que tem esse forame 
nas vértebras cervicais? Existe uma artéria chamada 
artéria vertebral, ela é um ramo direto da artéria 
subclávia, e essa artéria vertebral sobe em direção a 
minha cavidade craniana pra juntar com outra 
artéria chamada de carótida interna e formar um 
círculo arterial cerebral conhecido como folículo de 
Willis para vascularizar o cérebro, então essa artéria 
vai passando, começa no nível de C7 e sobe e passa 
no buraquinho de C6, C5, e assim sucessivamente, 
então esses forames transversais servem como uma 
via protetora que protege a artéria vertebral em todo 
o seu percurso. 
Não esquecer! Forame transversal é o 
forame do processo transverso, é um acidente 
anatômico exclusivo das vértebras cervicais. 
Toda vértebra cervical tem no processo 
transverso um buraco, que é o buraco do forame do 
processo transverso, porém, a sétima vértebra 
cervical, ela é proeminente, a única coisa que faz 
dela atípica é a proeminência. Além disso a artéria 
vertebral tem origem da artéria subclávia, e asubclávia quando se arqueia, sai da aorta e se 
arqueia para ir para o membro, ela passa acima da 
clavícula, no pontinho mais alto dela, é aquele ponto 
onde sai a artéria vertebral, esse ponto mais alto 
geralmente fica no nível da C7, então na maioria das 
vezes a C7 não apresenta buraco, a C7 tem o 
processo transverso, mas não tem o forame do 
processo transverso. 
Pra quê se ter um buraco se não vai passar 
nada lá dentro? Porém, o que torna ela diferente é 
que no lugar do buraco de passar a artéria, ela só 
dá uma aprofunda no processo transverso 
formando um Sulco. Então a artéria chega e 
repousa sobre aquele sulco e é direcionada para 
entrar no foral da C6,C5,C4 e assim 
sucessivamente… 
Na vértebra C7 (proeminente), na maioria 
das vezes não vamos encontrar um forame 
 
transversal e sim o Sulco Transversal (que é onde 
passa a artéria vertebral para ser direcionada 
para o forame que vamos encontrar na C6). 
Imagina aqui o Atlas e o Occipital aqui em 
cima, o forame magno se encontra aqui e olha só o 
forame vertebral aqui, Mas não existe dois buracos 
do lado do forame magno!! 
Mas, é necessário colocar a artéria vertebral 
para subir. Quando ela sobe e chega no occipital ,na 
primeira cervical do Atlas, ela não fura. Ela passa 
entre o Atlas e o Occipital. E porquê ela não 
machuca? O atlas, o ponto onde a vertebral chega 
nele e passa pelo seu transverso, ai ela posterioriza 
,passa no aprofundamento e chega lá no forame 
magno. Esse aprofundamento é chamado de 
Sulco da Artéria Vertebral. Ou seja é um sulco 
que direciona a artéria vertebral para que ela possa 
entrar no forame magno e a partir dali formar a 
racionalização cerebral. Esse Sulco é encontrado no 
ATLAS. 
 
Quais são as vértebras atípicas? 
 Atlas; 
 Axis; 
 C7. 
-A C7 principalmente, porque ela é a 
proeminente. 
-Axis porque tem o dente, processo 
odontóide. 
-E o Atlas porque não tem corpo e nem 
processo espinhoso. 
 
Essas vértebras aqui articulam entre si. Cada 
vértebra possui a articulação de um corpo todo, só 
que se vocês observarem todas as vértebras, elas vão 
apresentar: 
 Uma face articular superior; 
 Uma face articular inferior. 
 
Até porque elas são empilhadas, então 
precisa da face inferior da de cima se articulando 
com a superior da de baixo. E a inferior desta com a 
superior desta e assim sucessivamente. 
Então, tem-se uma articulação entre um 
corpo com outro, essa articulação possui um disco 
fibrocartilaginoso chamado de disco 
intervertebral, esse disco classifica essa 
articulação como sínfise. 
 
3.2. Discos intervertebrais 
 
O disco apresenta a seguinte estrutura: uma 
parte externa que é fibrocartilaginosa e uma parte 
interna que é o núcleo puboso, mais gelatinoso. Esse 
disco não é tão condensado nessa região porque a 
principal função dele é diminuir os impactos. Com 
isso, ele diminui a mobilidade, os atritos... então, 
esses discos aqui não são tão expressivos. 
Agora, se você pegar um disco intervertebral 
cervical e um lombar, você vai notara uma diferença 
gigantesca, pois na lombar ele deve ser maior, mais 
firme, mais robusto, mais forte, devido a descarga 
sobre ele ser bem mais forte. 
Então, se vocês observarem bem esse espaço 
é o espaço do disco, quando vocês olharem uma 
radiografia da coluna, o espaço branco é o osso e 
esse espaço escuro não é radiografado, nesse local é 
onde normalmente fica o disco. Normalmente, essa 
articulação é do tipo sínfise, mas entre a parte 
superior e uma inferior eu tenho faces articuladas, 
essas faces articulam a vértebra de cima com a 
vértebra de baixo e elas se articulam pranchando 
uma sobre a outra, ambas faces lisas. Quando se tem 
duas faces lisas, uma sobre a outra, tem-se uma 
 
articulação sinovial do tipo plana, o único 
movimento que ela realiza é o deslizamento. 
Então, entre a face articular superior de uma 
vértebra e a face articular inferior da outra, tem-se 
uma articulação sinovial. As pessoas pensam que a 
articulação da vértebra é entre um corpo e outro. 
Isso está errado, pois entre um corpo e outro tem-se 
um disco (articulação do tipo sínfise cartilaginosa). 
Entretanto, entre uma face articular e outra, tem-se 
região articular do tipo sinovial, ou seja, tem-se 
uma articulação sinovial do tipo plana. 
Essa articulação entre a face articular da 
vértebra de cima e a de baixo chamamos de 
articulações zigoapofisárias. 
 
 
Elas estão nas extremidades da coluna 
vertebral. Essas articulações permitem uma 
mobilidade mais evidente da coluna. Outra coisa, o 
movimento de uma articulação plana é pouco. 
Entretanto, a junção do movimento das sete 
cervicais, por exemplo, resulta num movimento 
grande. Isso porque, cada uma movimenta um 
pouco para que se consiga realizar o movimento 
adequado. 
 
3.3. Ligamentos Vertebrais 
 
Até agora falamos da parte óssea, mas 
existem ligamentos que seguram essas estruturas 
ósseas. Aqui vocês estão diante de uma coluna 
vertebral caricaturada. 
 
A parte ‘’massosa’’ é o corpo e a parte 
espinhosa é o processo espinhoso. Cada vértebra 
tem um buraco, chamado de forame vertebral. 
Quando junta todos os forames vertebrais 
encontramos um canal. Nesse canal, passa a medula 
que liga com o cérebro(sistema nervoso). 
Existe um ligamento que sai lá do sacro, 
passando anteriormente aos corpos vertebrais e 
chega ao corpo do áxis(Porque ele não vai até o 
atlas? Porque o atlas não tem corpo). Esse 
ligamento, é chamado de ligamento longitudinal 
anterior. 
O Ligamento longitudinal anterior, é um 
ligamento que sai do sacro anteriormente e vem até 
o corpo do áxis. Ele pega toda a coluna. E 
recordando: qual é a função do ligamento? Fazer a 
 
ligação de estruturas ósseas, estabilizar a articulação 
e limitar os movimentos para impedir as lesões. 
Então o primeiro ligamentos que nós temos 
é o longitudinal anterior. O segundo, atrás do corpo 
nós temos outro ligamento, o longitudinal 
posterior. Esse ligamento vem do sacro por dentro 
e sobe até o crânio. 
Obs: Ele sai lá do sacro e quando ele chega 
na região do forame magno ele continua para dentro 
do crânio, porém ele muda de nome. Portanto do 
forame magno para cima, ele entra pra cavidade e se 
expande. Isso ocorre para acomodar as estruturas 
intercranianas, nesse momento que ele se expandiu 
ele deixa de ser longitudinal posterior e passa a se 
chamar Membrana Tectória. 
Essa Membrana Tectória vai dar origem a 
uma zona de acomodação das estruturas basais do 
tecido encefálico (tronco encefálico, estrutura 
cerebelar). 
 
Entre os processos espinhosos se tem 
ligamentos chamados de Ligamentos 
Interespinhosos ou Interespinhais. Entre o atlas e 
o áxis não se tem esse tipo de ligamento pois o atlas 
não possui processo espinhoso. Acima dos 
processos espinhosos de todas as vértebras se tem 
um ligamento chamado de Supra-espinhal, esse 
ligamento vem do sacro até a C7 subindo, ele passa 
pelas vértebras lombares, pelas vértebras torácicas 
até a C7. Quando ele chega na C7 ele não vai mais 
ser supra-espinhal, pois nessa região ele tem que se 
abrir feito um leque para se fixar no osso occipital, 
aí a partir desse momento ele deixa de ser ligamento 
supra-espinhal e passa a ser ligamento nucal. Esse 
é um ligamento importante, que como o anterior 
limita o movimento de negação, esse ligamento 
limita o movimento de afirmação. Anteriormente: 
Longitudinal Anterior. Posteriormente: 
Longitudinal Nucal. 
 
 
O ligamento nucal tem origem na sétima 
vértebra cervicale inserção na região da crista nucal 
(no occipital). Esses são os principais ligamentos 
gerais. 
Temos também os ligamentos que se 
localizam entre o dente do áxis e o atlas. 
Os nervos que se localizam entre o dente do 
axis e o atlas permitem que o dente fique acoplado 
de maneira correta, que não saia dali, mas ao mesmo 
tempo tem mobilidade. A articulação entre o atlas e 
o dente do axis é do tipo sinovial trocóide/pivô, e é 
uma articulação que permite a rotação de um osso 
em relação ao outro. 
Existem três ligamentos importantes nessa 
articulação. Juntando o ligamento longitudinal com 
ligamento transversal forma uma cruz, então os dois 
são separados mas se unem, chamando de 
ligamento cruciforme. Então, o ligamento 
cruciforme é formado por longitudinal e transversal, 
é um ligamento de contenção. Quando tira o 
ligamento cruciforme, encontra-se dois ligamentos, 
os ligamentos alares (ligamento alar direito e 
ligamento alar esquerdo), eles estabilizam o dente 
do axis no atlas e, além disso, eles são os principais 
limitadores do movimento. 
 
 
4. Esqueleto Cervical 
 
Na região cervical há 7 vértebras e mais um 
osso solto que está na parte anterior, o osso hióide. 
 
4.1. Osso Hióide 
 
O osso hióide está relacionado diretamente 
com os músculos da deglutição, toda vez que 
acontece o movimento de deglutição o osso hióide é 
acionado. 
É um osso com formato de ''C''. Os músculos 
superiores e inferiores da deglutição fazem com que 
ele desça e suba, ele não é articulado com nenhum 
outro osso (desarticulado), porém ele é fixado por 
músculos e ligamentos. 
 
4.1.1.Corpo do osso hioide 
4.1.2. Corno maior 
4.1.3. Corno menor 
 
O osso hióide é dividido em parte anterior 
e corpo, na parte posterior tem um corno maior e 
um corno menor. 
Algumas pessoas durante o 
desenvolvimento da tireoide e das estruturas do 
pescoço apresentam a formação de um cisto que é 
um remanescente embrionário, esse cisto neste local 
recebe o nome de cisto tireoglosso, que 
normalmente é aderido na região do osso hioide, 
nesse caso retira-se o cisto e também o corpo de osso 
hioide, para não ter a possibilidade de ficar nenhum 
resquício do cisto, porque esses resquícios podem 
causar outros tipos de lesões. O osso hioide tem 
relação com a laringe, ele tem uma membrana 
chamada de tireo-hioidea que liga ele com a laringe, 
que não tem osso, mas tem um esqueleto 
cartilaginoso, o osso hioide firma esse esqueleto 
cartilaginoso da laringe. 
 
 
5. Fáscia Cervical 
 
No pescoço está presente uma fáscia que 
reveste toda a estrutura do pescoço, chamada de 
fáscia cervical, todo músculo, toda víscera tem uma 
fáscia, ela serve para ''segurar'', organizar as 
estruturas e pela região do pescoço ser tão 
complexa, cheia de acidentes ela vai ''compactar'' 
tudo. 
É preciso ter uma condensação das 
estruturas do pescoço para condensar tecido 
conjuntivo, fáscia cervical. 
 
5.1. Lâmina superficial 
5.2. Lâmina pré-traqueal 
5.3. Lâmina pré-vertebral 
 
A fáscia cervical é dividida em três lâminas: 
lâmina superficial, lâmina pré-traqueal (antes da 
traquéia) e lâmina pré-vertebral (antes das 
vértebras). 
 
 
 
A fáscia faz a compactação (junta). Porém, 
ao mesmo tempo que ela junta, ela separa. 
Suponhamos que temos um músculo, por exemplo, 
o quadríceps, que é formado por quatro músculos. O 
quadríceps todo é envolvido por uma fáscia, fáscia 
lata. Agora, quais são os músculos do quadríceps? 
Vasto medial, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e 
Reto Femoral. Cada músculo desse é envolvido por 
outra fáscia. Então vocês concordam que a fáscia do 
geral junta eles, mas a fáscia do individual separa 
eles? Então tem uma fáscia para cada músculo. 
Quando vocês estudaram o sistema muscular com o 
Prof. Márcio, vocês viram que tem o Endomísio, 
Perimísio e Epimísio? São as fáscias. No músculo 
temos a fáscia de revestimento da fibra muscular, do 
fascículo muscular (feixe muscular) e do músculo. 
Para deixar o músculo condensado, tem-se a mais 
externa, mas para fazer um músculo, tem-se vários 
feixes, aí eu tenho uma fáscia mais interna, que 
limita todos os feixes. 
 
Mas por que estou falando isso, que a fáscia 
junta, mas separa? A importância é que eu fico tendo 
regiões separadas. Então no esternocleidomastoideo 
tem uma bainha toda para ele e a importância disso 
é que se uma pessoa tiver uma lesão nele, depois de 
alguns dias essa lesão infecta, depois de uns dias 
essa lesão infecciona, tem proliferação de bactérias 
e dá pus. Vocês concordam comigo que se der pus 
nesse local que está fechado, o 
esternocleidomastoideo, a tendência desse pus é de 
ficar contido nesse mesmo lugar? Isso é muito bom! 
Imagina se não tivesse isso aqui? A pessoa 
teris pus no esternocleiomastoideo, que poderia 
expandir até o mediastino. 
 
 
 
Então é importantíssimo que tenha esse 
revestimento fascial no pescoço. Porque esse 
revestimento divide o pescoço em lojas. E isso é 
importante porque em uma formação de um 
abscesso ou um hematoma, as fáscias contêm esse 
pus por meio das lojas. 
Outra coisa importante é que durante o 
procedimento cirúrgico, você pode chegar no 
esternocleidomastoideo, cortá-lo com cuidado e 
chegar às estruturas que o delimitam. Você sabe que 
não pode passar daqui, porque senão você pode 
chegar na carótida, na jugular interna e por aí vai. 
Quando é que eu encontro as lâminas da face 
cervical? Primeira lâmina: lâmina superficial. 
Então é assim, quando se vai cortar o 
pescoço: pele, uma fininha camada de tecido celular 
subcutâneo e o músculo platisma. Quando se tira o 
platisma, a primeira coisa que encontra-se é a 
lâmina superficial da fáscia cervical. Aqui está mais 
esbranquiçado para mostrar que é fáscia. E aí eu 
preciso tirar a fáscia para ver a estrutura muscular 
na íntegra. 
Nessa imagem a seguir vocês estão olhando 
de cima para baixo. Aqui é a parte anterior do 
pescoço e aqui é a parte posterior. Eu tenho a pele, 
que é essa parte amarela, e logo abaixo dela eu tenho 
o músculo platisma. Abaixo dele eu tenho essa linha 
azul, que é a lâmina que faz o revestimento 
superficial. Ela é tanto anterior quanto posterior, e 
pega todas as estruturas superficialmente. Ela faz o 
revestimento superficial juntando tudo, mas além 
disso ela também faz o revestimento específico do 
músculo. Então ela junta mas ao mesmo tempo 
separa. 
 
 
 
 
Uma outra lâmina vista na parte superficial, 
aqui é a traqueia, as glândulas tireoides, o esôfago. 
Então encontra-se uma lâmina nessa região: a 
lâmina pré-traqueal. Ela vem antes da traqueia. 
Então olha só, gente, a importância no 
processo de traqueostomia, deve-se remover a 
lâmina pré traqueal, para que o acesso e a colocação 
da cânula de traqueostomia. Após a traqueia (atrás), 
nos encontramos as vértebras, e uma lâmina pré-
vertebral, que faz o envolvimento dos músculos que 
estão relacionados com as vértebras (para-
vertebrais, pré-vertebrais, pós-vertebrais). 
Existem uns vasos, com duas estruturas que 
sobem para a cabeça e descem da cabeça. O 
principal vaso de vascularização do cérebro, é a A. 
Carótida Comum. Ela vai se bifurcar em interna e 
externa, favorecendo a vascularização da cabeça 
toda, inclusive do cérebro. A principal veia de 
drenagem da cabeça, é uma veia, chamada Veia 
Jugular interna. Existe um nervo, que é o décimo 
par de nervo craniano, que inerva coração, vísceras 
abdominais, chamado de nervo vago. Assim, essas 
três estruturas: Artéria Carótidacomum, Jugular 
interna e Nervo vago, são envoltos por uma face, 
chamada Bainha carotídea. 
Artéria carótida comum, veia jugular interna 
e o nervo vago estão passando no pescoço uma 
porção de estruturas muito importante, e há uma 
fáscia pra revestir tudo junto, revestir as 3, e o nome 
dessa fáscia é bainha carotidea que é formada a 
partir da união da lâmina superficial com a lâmina 
pré traquial com a lâmina pré vertebral (palavra 
mais certa não é união e sim contribuição). Cada 
lâmina contribui para formação de um anel que 
circunda a artéria carótida comum, veia jugular 
interna e o nervo vago, porém mais ou menos no 
nível do ângulo da mandíbula a carótida comum se 
bifurca em artéria carótida interna e artéria carótida 
externa, a externa vai se anteriorizar e vascularizar 
a face e a interna vai seguir o seu trajeto até chegar 
no canal carótico. Porém, até chegar no canal 
carótico, encontra-se à bainha carotídea por que por 
perto tem o forame jugular, nervo vago e jugular 
interna, Portanto a bainha carotídea vai chegar até 
na base do crânio isso significa que se eu contar o 
seu início até a base do crânio eu vou acrescentar 
mais uma estrutura que é a artéria carótida interna. 
Se em algum lugar vocês observarem ou 
verem que tem, quem está dentro da bainha 
carotídea: jugular interna, carótida comum, 
nervo vago e carótida interna. Se for perguntado 
quais são as estruturas que são envolvidas pela 
bainha carotídea? aí são essas 4: jugular interna, 
carótida comum, nervo vago e carótida interna. 
A artéria carótida comum vai se bifurcar em 
carótida externa e carótida interna. Então, nessa 
parte mais inferior quem vai estar envolvido pela 
bainha é carótida comum, jugular interna, e nervo 
vago. Mas quando se chega na parte mais superior, 
quem está envolvido pela bainha é: carótida 
 
interna, jugular interna e nervo vago. Essas 
estruturas estão envolvidas pela bainha tendínea, 
porém, a carótida interna está envolvida apenas em 
um ponto específico. 
 
A bainha faz um formato espiralado para 
permitir que ali tenha uma bifurcação colaborando 
para a saída da carótida externa e porque naquele 
ponto de bifurcação tem o seio carotídeo (local da 
massagem). 
Na parte mais superior da bainha, a artéria 
carótida externa NÃO esta dentro da bainha (pois 
ela fura a bainha e sai), e SIM a carótida interna (que 
passa no canal carótico no crânio). 
A veia jugular interna não entra em nenhum 
“buraco” pois na verdade ela estar saindo - A artéria 
vai [irriga] e a veia volta [drena]. A lâmina 
superficial vai fazer o revestimento superficial, já a 
lâmina pré-traqueal faz o revestimento das 
estruturas do pescoço e desce da região cervical 
em direção ao tórax, onde vai chegar no nível do 
coração e se juntar com o pericárdio e a lâmina 
pré-vertebral vai descer até o tórax e vai se juntar 
com a região de parede posterior e não vai revestir 
nenhuma estrutura de tanta relevância contudo se 
junta com a membrana bucofaríngea (que vai da 
região oral à faringe) que é importante pois na sua 
formação, essa membrana favorece a formação 
de um espaço chamado recesso retrofaríngeo que 
é um local onde existem muitos casos de infecção 
por repetição em cavidade oral e “não cura 
nunca” podendo causar uma formação de abscesso 
devido à infecção. Ele teve uma bactéria tão forte 
que ele penetrou na região posterior da cavidade oral 
passou pela membrana pré-vertebral e se alojou no 
espaço retro parênquima, formou um abscesso retro 
parênquima, quando descobriram, trenaram, 3 dias 
depois houve melhora. 
Relembrando pescoço: Pele, subcutâneo, 
platisma, depois é lâmina superficial. 
Tira-se a lâmina superficial e vamos 
encontra-se a musculatura do pescoço. Inicialmente 
 
o osso hióide. Músculos acima do hióide e abaixo 
dele, os que estão acima são chamados de supra-
hióides e os que estão abaixo de infra-hióides. 
 
6. Musculatura Supra-Hióidea 
 
Os supra-hióides são 4. Eles se fixam na 
mandíbula, no crânio e vem pro hióide. A função 
deles está relacionada com a elevação do osso 
hióide. Na deglutição, por exemplo, quando ele 
eleva e deprime, é pra abrir a cavidade orofaringe 
e o alimento descer. 
Os músculos suprahióides são: digástrico 
(quando o músculo tem dois ventres musculares é 
digástrico, quando tem mais de dois ventres é 
poligástrico). O osso hióide está relacionado 
diretamente com o suprahióide. Digástrico, dois 
ventres. 
*MÚSCULO DIGASTRICO: Ele tem dois 
ventres um anterior e o outro posterior. Entre esses 
ventres tem um tendão que é segurado pela faixa 
tendínea direto no osso hióide. Cada ventre é 
enervado pelo um nervo diferente. O músculo 
digastrico, atuando com os músculos infra-hióides, 
abaixa a mandíbula contra a resistência, eleva e 
estabiliza o hióide durante a deglutição e fala. 
*MÚSCULO ESTILO HIÓIDE: sai do 
processo estiloide e vai para o osso hióide. Ele eleva 
e retrai o hióide, alongando assim o assoalho da 
boca. 
*MÚSCULO MILO HIÓIDE: Ele eleva o 
assoalho da boca e língua durante a deglutição e 
fala. Sai da linha mile hióide (que é o principal 
músculo do assoalho da boca) e vai para o osso 
hióide. 
*MÚSCULO GÊNIO HIÓIDE: Sai da 
espinha geniana da mandíbula e vai para o osso 
hióide. Ele puxa o hióide em sentido 
anterossuperior, encurta o assoalho da boca e alarga 
a faringe, a boca e a língua. 
 
Embaixo temos o músculo gênio-hioideo, a 
função dele geralmente é tracionar o hioideo, ele o 
anterioriza, abre a faringe para a descida do 
alimento, participa da deglutição (assim como todos 
os outros) e forma o assoalho da cavidade. 
 
Agora o músculo estilo-hioideo: 
 
 
Quem inerva esses músculos? 
 
 M. Milo-Hioideo → Nervo 
Milo-Hioideo (que é ramo do nervo 
mandibular que é ramo do nervo trigêmeo) 
 M. Digástrico Anterior → 
Nervo Milo-Hioideo 
 M. Digástrico Posterior → 
Ramo cervical do nervo facial 
 M. Estilo-Hioideo → Ramo 
cervical do nervo facial 
 M. Gênio- hiódeo → 
primeiro nervo cervical (C1), com 
contribuição do nervo hipoglosso ( XII do 
nervo craniano). 
 
 
 
 
 
É melhor saber inserção/origem ou a função 
do músculo? É melhor saber tudo, agora você 
sabendo localização, é melhor saber a sua inserção 
e origem. 
Exemplo: O bíceps ele tem fixação curta no 
processo coracóide e longa no tubérculo supra-
glenoidal e vai para a tuberosidade do rádio, assim 
fica mais fácil saber que movimento ele realiza e 
sua função. Por isso, é muito importante saber a 
inserção e origem do músculo, principalmente dos 
músculos dos membros. 
 
 Musculo Miloioide: Nervo Miloioide (ramo 
do Nervo Mandibular que é ramo do Nervo 
Trigêmio) 
 Musculo Digastrico Anterior: Nervo 
Miloide 
 
Obs: O nervo Mandibular (V3) recebe tal 
representação por ser V (5 par de nervo craniano) e 
3 (por ser o seu terceiro ramo). Há também os ramos 
oftálmico (V1), maxilar (V2). 
 Musculo Digastrico Posterior: Ramo 
cervical do nervo facial (VII) 
 
 Musculo Estiloioide: Idem ao Musculo 
Digastrico Posterior 
 Musculo Genioide: C1 (raízes dos primeiros 
nervos espinais) com contribuições do 
Nervo Hipoglosso (XII) 
 
Pergunta: É fundamental saber a função do 
musculo ou a sua inserção: 
Resposta: Tudo. Sabendo onde está, prioriza 
a origem e inserção que a função já é mais evidente. 
Pergunta: A fáscia cervical é composta de 
tecido fibroso? 
Resposta: Alguns são fibrosos, outros 
densos. A cervical é predominantemente denso, mas 
é delgado, tanto que o tecido fibrosoé firme e elas 
são facilmente lesadas. 
 
7. Musculatura Cervical 
 
7.1. Músculo Platisma 
7.2. Músculos Infra-Hióideos 
7.2.1. M. Esterno-hióideo 
7.2.2. M. Omo-Hióideo 
7.2.3. M. Tireo-Hióideo 
7.3. Músculo Esternocleidomastóideo 
7.4. Músculo Trapézio 
 
De C1 a C4 temos a inervação infra-hioide. 
A estrutura hioide favorece a deglutição. 
Teremos também ossos mais lateralizados e 
inferiorizados como: esternocleidomastóideo 
(EMC), que alguns autores chamam de 
esternocleidoccipitomastóideo. Tem esse nome por 
causa das suas fixações no esterno, na clavícula 
(cleido) e no processo mastoide. Ele tem uma 
cabeça que de fixa no esterno e uma cabeça que se 
fixa na clavícula. 
Exemplo: Um acesso venoso central deve 
ser feito pela subclávia ou pela veia jugular interna, 
e um dos pontos para se fazer é achar o 
esternocleidomastóideo e tentar dividir a cabeça 
clavicular da esternal, e colocar o dedo nelas. 
Normalmente, entre os seus dedos é um ponto que 
se encontra mais facilmente a veia jugular interna. 
 
 
 
 
 
 
(Acesso periférico é pela veia jugular externa) 
 
Outro músculo importante é o trapézio, que 
está na parte posterior, ele pega pescoço e parte 
dorsal. O esternocleidomastoide e o trapézio são 
inervados por nervos acessórios (10° par de nervos 
cranianos). 
 
8. Regiões do Pescoço – Trígonos Cervicais 
 
8.1. Generalidades 
8.2. Divisão anatômica 
8.2.1. Trígono Anterior 
8.2.2. Trígono Posterior 
8.3. Limites 
8.3.1. Trígono Anterior 
8.3.1.1. Superior 
8.3.1.2. Inferior 
8.3.1.3.Posterior 
8.3.2. Trígono Anterior 
8.3.2.1. Anterior 
8.3.2.2. Posterior 
8.3.2.3. Inferior 
 
 
Quando pegamos o pescoço como um todo é 
importante principalmente para casos clínicos que 
tenha uma divisão. Quando observa-se a região 
anterior até a região posterior, bem como a região 
inferior até a superior , nós vamos traçar linhas e tal 
área que está delimitada é o pescoço, este é dividido 
em trígonos, sendo o principal divisor o 
esternocleiodomastóideo , se eu pegar toda região e 
dividir pelo esternocleidomastóideo irá resultar em 
dois trígonos , anterior e o posterior . 
O trígono anterior tem limites (superior - 
margem inferior da mandíbula), (anterior- 
esternocleidomastoide), (posterior- trapézio), 
(inferior-clavícular).
 Por exemplo, se eu quero encontrar á artéria 
carótida temos que ir em qual trígono? No anterior , 
porém , existe um trígono específico para o encontro 
da carótida , o trígono carotídeo .Ou seja , cada 
trígono é subdividido . O anterior é subdividido em 
quatro (digástrico, submentual, carotìco e 
muscular). 
 
 
 
 
 
 
Cada trígono desses é subdividido, o trígono 
anterior é subdividido em quatro trígonos: trígono 
digástrico, submentual, carótico e trígono 
muscular. 
O trígono digástrico, conhecido, também, 
como submandibular, é formado pelo ventre 
anterior, posterior e a mandibular. Esse trígono é 
importante, porque quando temos acesso pelo 
trígono digástrico, deparamos com a glândula 
submandibular, artéria facial e o nervo hipoglosso. 
 
 
O trígono submentual é formado por dois 
ventres, dos dois digástricos, ventre anterior do 
digástrico esquerdo e ventre anterior do digástrico 
direito, e o corpo do osso hioide. “Esse trígono é o 
local onde tenho acesso a minha região de assoalho 
da boca, quando eu entro no trígono submentual, 
encontro o músculo milo-hioideo, e o músculo milo-
hioideo, os dois vão pro osso hióide. Só que na parte 
 
central, eles se unem por uma rafatendjnha”. Então, 
eu chego, através do submentual, no ponto de 
encontro dos dois milo-hioide. Além disso, é nessa 
região que localiza-se, também, o complexo venoso 
submentual, onde estão os vasos submentuais. 
 
 
 
O trígono carotídeo é o lugar onde localiza-
se a carótida, e encontra-se, também, os elementos 
que estão na bainha carótidea. Então, quando 
observo o trígono carotídeo, encontro uma via de 
acesso para chegar aos elementos da bainha. 
 
 
A forma correta de palpar a pulsação da 
carótida é virando a cabeça para o lado e palpar a 
carótida do lado para o qual a cabeça está virada 
porque do outro lado o esternocleidomastoideo 
enrijece sobre a carótida e atrapalha a palpação. Não 
é recomendável palpar carótida porque ao palpa-la 
varios receptores são estimulados e provoca mal-
estar no indivíduo 
Os limites do trígono carotídeo são: o 
esternocleidomastoideo, digástrico posterior e o 
ventre superior do músculo omo hióideo. A maior 
importância do trígono carotídeo é de ser uma via de 
acesso à região de bainha carotídea. 
Outro trígono que temos é o trígono 
muscular. Ele delimita o local mais 
superficialmente muscular e se entrar por ele chega-
se à traqueia, em regiões mais profundas do 
pescoço. Quem forma o trígono muscular (os 
limites) são: o ventre superior do omo hióideo, 
esternocleidomastoideo e a linha cervical mediana 
anterior. Normalmente o trígono muscular está 
relacionado com a região anterior. 
 
 
 
Os trígonos estão em duplas, os que estão de 
um lado do pescoço também são encontrados do 
outro. 
Então, imaginar que o trígono muscular de 
um lado com o trígono muscular do outro. Quando 
se faz uma traqueostomia tem-se que abrir no meio 
dos dois trígonos. Então é um ponto de referência 
para avisar dos procedimentos na traqueia, 
principalmente a traqueostomia. 
Então essa é a divisão do trígono anterior, 
mas nós sabemos que temos o trígono anterior e 
posterior. 
O trígono posterior possui somente uma 
estrutura de divisão. Então o trígono posterior é 
aqui: trapézio, esternocleido e clavícula. 
 
 
Aí eu tenho uma estrutura que divide ele no 
meio, que é o ventre inferior do omo – hióideo. 
Então o ventre inferior do omo – hióideo 
passa aqui, ele divide o trígono posterior em 
occipital e supra clavicular. 
Qual é a importância de nós sabermos isso!? 
Aqui no trígono occipital nós vamos encontrar 
algumas estruturas, por exemplo a origem do plexo 
braquial eu encontro no trígono occipital e o nervo 
acessório que inerva o esternocleido e o trapézio eu 
também encontro no trígono occipital. 
E o trígono supra clavicular!? Existe uma 
veia chamada de veia jugular externa, ela passa por 
cima do esternocleidomastoideo, ela é superficial, 
tendo que entrar para desembocar ou na jugular 
interna, ou na subclávia, enfim, ela tem que entrar 
para desembocar na veia mais interna. 
E por onde ela entra!? Ela passa pelo trígono 
supra clavicular e penetra na região supra clavicular 
internamente para poder desembocar na sua veia de 
drenagem. 
Uma outra coisa importante é os vasos 
subclávios (artéria subclávia, veia subclávia). Se é 
sub, passa abaixo da clavícula, então a subclávia 
passa abaixo da clavícula, porém quando eu tenho a 
aorta aqui e vão sair os vasos subclávios, antes de 
ele passar por baixo da clavícula, ele faz assim 
(professor mostra no slide) e isso aqui significa que 
se eu perfurar nesse sentido aqui, o que eu vou 
encontrar!? O arco dos vasos subclávios. 
Então se a pessoa tiver uma lesão aqui ele 
pode lesionar, uma perfuração nesse local aqui, ele 
pode lesionar os vasos subclávios, tanto a artéria 
quanto a veia. 
Pergunta: O subclávio fica abaixo da 
clavícula!? Resposta: Tudo bem, mas nós só 
estamos abaixo da clavícula a parte que passa, e a 
parte da origem? Tem que saber onde é que se 
origina, o que faz e qual o trajeto para poder passar 
embaixo da clavícula. 
Então, esses sãoos trígonos que vamos 
encontrar aqui no pescoço, trígono anterior e trígono 
posterior. 
Uma questão da prova está aqui: Trígono. 
Nossa P1 é só cabeça e pescoço. 
Para relembrar, trígono anterior, trígono 
posterior e suas respectivas subdivisões. 
 
Pergunta: [inaudível] 
Não passa. O nervo frênico enerva o 
diafragma. A origem do nervo frênico é C3, C4 e 
C5, ou seja, é descendente, e não passa por aí. Ele 
desce, passa perto do coração e finalmente chega ao 
diafragma. É claro que se eu procurar mais fundo eu 
vou encontrá-lo, mas esse não é o ponto que eu 
localizo esse nervo de imediato. 
Pergunta: [inaudível] 
Os principais: a origem do plexo braquial, o 
nervo acessório. 
-A jugular externa passa? 
Não, a jugular externa entra no supra 
clavicular. 
 
Além das estruturas que falamos, existe uma 
musculatura que está relacionada com a coluna, com 
a parte óssea cervical. Temos alguns músculos que 
estão relacionados apenas com a coluna cervical e 
 
outros que estão relacionados com a coluna e o 
crânio. Normalmente os que estão relacionados com 
o crânio são generalizados como Músculo X da 
cabeça, e os que são denominados Músculo Y do 
pescoço não tem ligação com o crânio, somente 
ligam uma vértebra à outra. 
Por exemplo, Músculo longo da cabeça e 
Músculo longo do pescoço (são pré-vertebrais). Se 
sair da torácica e for para a cervical, é denominado 
longo do pescoço; se sair do pescoço e for pra 
cabeça, é denominado longo da cabeça. 
Pergunta: O longo da cabeça sai do 
processo transverso? 
Resposta: Sim, normalmente ele sai do 
processo transverso. 
Nós vamos encontrar ainda na parte anterior 
dois músculos retos: um chamado de reto anterior e 
outro chamado de reto lateral. O músculo reto 
anterior faz a ligação das massas anteriores do atlas 
com o occipital, enquanto o músculo reto lateral faz 
a ligação do processo transverso do atlas com o osso 
occipital. São músculos importantes para a 
estabilização dessa região e para favorecer a 
configuração do movimento de flexão. Lembrando 
que o ligamento limita o movimento e o músculo 
realiza o movimento 
Além de todos aqueles apresentados, temos 
ainda mais estes (imagens no slide): 
M. Escalenos 
M. Elevador da Escápula 
M. Esplênio 
M. Semiespinhal da cabeça 
M. Obliquo Superior 
M. Obliquo Inferior 
M. Reto Maior Posterior 
M. Reto Menor Posterior 
 
 
 
 
 
 
Nós vamos encontrar neste os músculos 
escalenos, dos quais vou abordar os mais 
importantes. Os músculos escalenos são muito 
importantes, pois atrás do músculo 
esternocleidomastóide temos três músculos 
escalenos: o escaleno anterior, escaleno médio e 
escaleno posterior. 
Pergunta: Qual a importância de reconhecer 
os escalenos? 
Resposta: O escaleno anterior e médio se 
fixam na primeira costela, o escaleno posterior se 
fixa na segunda costela e a origem de todos os 
escalenos são os processos transversos das 
primeiras vértebras cervicais. Então ele sai da 
cervical e vem pra primeira e segunda costela. 
 
No meio dos escalenos anterior e médio 
passa a artéria subclávia e o plexo braquial. Então 
se tiver uma hipertrofia, uma lesão no escaleno, 
pode ocorrer a compressão da artéria subclávia e 
perder a vascularização do membro, pode 
comprimir o plexo braquial e com isso perder a 
inervação do membro. Isso é muito comum para 
quem tem uma costela extra numerária, quando faz 
um movimento a costela comprime tudo, com isso o 
indivíduo começa a sentir formigamento na mão, a 
mão fica fria, ou seja a vascularização e a inervação 
está sendo comprometida (está sendo comprimida 
devido a algum tipo de lesão ou algum material 
estranho). 
 
Muito importante reconhecer os escalenos. 
 
Na frente do escaleno anterior passa a veia 
subclávia, então quando se vai fazer o acesso venoso 
central, se chega na região de inserção dos 
escalenos, pois se sabe que onde estão se faz o 
acesso a fim de se chegar o mais próximo da veia 
possível, ou seja se baseia então pela inserção do 
escaleno anterior. 
 
 Outro músculo cervical, mas ele é do 
membro superior, chamado de músculo elevador 
da escápula, como o próprio nome já diz, sua 
função é elevar a escápula. O músculo esplênio da 
cabeça e o músculo semiespinhal da cabeça, são 
músculos que permitem manter essa posição ereta 
do pescoço e eles quando contraem permitem que 
eu faça movimento de extensão da cabeça. 
 
 Profundamente eu vou encontrar os 
músculos oblíquo inferior e oblíquo superior, reto 
posterior maior e reto posterior menor (lembrando 
que lá na frente temos os músculos reto anterior e o 
reto lateral). Quais são os oblíquos? R: músculos 
oblíquo superior e oblíquo inferior. Esses retos e 
esses oblíquos estão ligados apenas em três ossos: 
occipital, atlas e áxis. Significa então que eles são 
músculos importantes para iniciar os 
movimentos. Temos então músculo obliquo 
superior, ele sai do processo transverso do atlas e 
vem para o osso occipital (oblíquo superior). 
 
 
Aqui nós temos o músculo oblíquo inferior, 
ele sai do processo transverso do atlas e vem para o 
processo espinhoso do áxis. Oblíquo inferior e 
oblíquo superior. 
 
Pergunta: [inaudível] 
Resposta: Na frente a veia subclávia. 
 
Mais medialmente eu vou encontrar o reto 
posterior maior e o reto posterior menor. O reto 
posterior maior pula o atlas, sai do processo 
espinhoso do áxis, pula o atlas e vai para o osso 
occipital (reto posterior maior). Reto posterior 
menor sai do tubérculo posterior do atlas e vai para 
o osso occipital. Esses músculos favorecem a 
projeção da movimentação das articulações a 
atlanto-occipital e a atlantoaxial. Quando eu pego os 
dois oblíquos (oblíquo superior e oblíquo inferior) e 
eu pego o reto posterior maior, formo outro 
triângulo. Esse triângulo é chamado de trígono 
suboccipital. Nesse lugar aqui eu vou encontrar a 
saída do nervo que inerva a região occipital, que é o 
nervo occipital. Nesse lugar aqui eu também vou 
encontrar o ponto onde... lembra que nos falamos? 
A artéria vertebral vai subindo pelos forames 
vertebrais, forame do processo transverso, quando 
chega lá no occipital não fura, ela dobra, faz a 
curvatura para dentro por cima do atlas para entrar 
no forame magno. Se eu abrir nesse ponto aqui, é o 
ponto onde eu vou verificar, vou enxergar, onde vou 
ter o acesso a artéria vertebral passando no sulco da 
artéria vertebral, a parte superior do atlas. Então é 
importante ter o conhecimento desse trígono 
suboccipital. A limitação dele: oblíquo superior, 
oblíquo inferior e o reto posterior maior. 
Pergunta: Abaixo do esternocleido nós 
temos quais músculos? 
Resposta: Escalenos

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