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Anatomia Humana I Transcrição da Aula de 25/08/2018 – Prof. Joelcy (Aula 3 ) Pescoço 1. Generalidades O pescoço é a área de transição entre a base do crânio superiormente e as clavículas inferiormente. Une a cabeça ao tronco e aos membros, atuando como importante conduto entre eles, por onde passam as estruturas. Além disso, aqui estão localizados vários órgãos importantes com funções específicas: a laringe e as glândulas tireoide e paratireoides, por exemplo. O pescoço é relativamente delgado a fim de permitir a flexibilidade necessária para posicionar a cabeça e maximizar a eficiência de seus órgãos sensitivos (sobretudo os olhos, mas também as orelhas, a boca e o nariz). Assim, muitas estruturas importantes estão aglomeradas no pescoço, como músculos, glândulas, artérias, veias, nervos, vasos linfáticos, traqueia, esôfago e vértebras. O pescoço é, portanto, uma região bem conhecida de vulnerabilidade. Várias estruturas vitais, entre elas a traqueia, o esôfago e a glândula tireoide, não têm a proteção óssea existente em outras partes dos sistemas aos quais elas pertencem. O principal fluxo sanguíneo arterial para a cabeça e o pescoço (as artérias carótidas) e a principal drenagem venosa (as veias jugulares) ocupam posição anterolateral no pescoço. Os vasos sanguíneos carotídeos/jugulares são as principais estruturas lesadas em feridas do pescoço por instrumentos penetrantes. Os plexos braquiais de nervos originam-se no pescoço, seguem em sentido inferolateral, entram nas axilas e continuam até os membros superiores, os quais suprem. No meio da face anterior do pescoço está a cartilagem tireóidea, a maior cartilagem da laringe, e a traqueia. A linfa proveniente de estruturas na cabeça e pescoço drena para linfonodos cervicais. Limite superior: margem inferior da mandíbula, ângulo da mandíbula e linha nucal inferior. Limite inferior: manúbrio do esterno, margem superior das clavículas e a vértebra T1. 2. Anatomia de Superfície O pescoço é formado pelas vértebras cervicais (ossos irregulares) e é uma estrutura essencial para que a cabeça tenha o seu posicionamento. 2.1. Relevos Cartilaginosos 2.2. Relevos Ósseos 2.3. Relevos Vasculares 2.4. Relevos Musculares Uma característica superficial do pescoço são os seus relevos, que podem ser ósseos (vistos principalmente na área posterior, devido aos processos espinhosos das vértebras cervicais), cartilaginosos (observados, geralmente, na região posterior e um exemplo é a laringe), musculares (visto ao realizar o movimento de rotação do pescoço que deixará evidente o esternocleidomastoideo) e vasculares (visíveis, por exemplo, fazendo força ao cantar e deixando aparente a veia jugular externa, que apresenta uma aplicação clínica importante, pois é muito utilizada para acessos caso não tenha conseguido nos membros inferiores ou superiores). *Observação: Existem dois acessos venosos na região do pescoço: um na veia jugular externa (acesso periférico e simples) e outro na veia jugular interna (procedimento invasivo, centrado e que precisa de um médico para a sua realização). Normalmente conseguimos visualizar as veias mais superficiais que são os relevos vasculares do pescoço. 3. Esqueleto Cervical Outra coisa importante ao ser observada no pescoço é que quando se “retira” a parte estrutural muscular e cartilaginosa, encontra-se as vértebras. 3.1. Coluna Cervical Temos a coluna vertebral e ela é formada de 32 a 33 vértebras, dessas 7 são cervicais e cada uma têm um nome. Cervical começa com “C”, então tem- se:C1, C2, C3, C4, C5, C6 e C7. Todas as vértebras possuem acidentes ósseos. Todas as cervicais tem uma “massa” na região anterior chamada de corpo. Todas as centrais apresentam uma “pontinha” na região posterior chamado processo espinhoso. E na região lateral há projeções laterais chamadas de processo transverso. Todas as vértebras têm: corpo, processo espinhoso e processo transverso. Porém na região cervical há três vértebras que são atípicas, quais são: a C1, também chamada de ATLAS, a C2, também chamada de ÁXIS, e a C3, também chamada de proeminente. Desta forma tem-se: VÉRTEBRAS TÍPICAS VÉRTEBRAS ATÍPICAS C3; C4; C5; C6 C1; C2; C7 A primeira vértebra é o Atlas, aquela que se articula com os côndilos do osso occipital (lembra que embaixo há o forame magno e os côndilos dele). E logo abaixo de C1 está o AXIS. O atlas é a única vértebra que não possui corpo e nem processo espinhoso. Qual motivo dessa vértebra não conter essas características? É porque a segunda vértebra é o axis (um eixo) que tem uma proeminência óssea. O atlas no lugar do corpo ele tem apenas um arco. O áxis apresenta em cima do corpo uma proeminência chamada de “processo odontóide” ou “dente do áxis”. Assim, o arco do atlas articula- se com o dente do áxis, sendo isso importante para o movimento de rotação (articulação atlanto-axial)- movimento de negação. Na parte superior do atlas têm-se uma cavidade mais delimitada com bordas irregulares e em cima dessa cavidade repousa os côndilos occipitais. Como tem um vértebra contrária é para que haja o movimento de rotação adequada. Temos a C7 a sétima vértebra cervical, também chamada de vértebra proeminente. Uma vértebra proeminente é aquela que tem o processo espinhoso maior que todas as outras cervicais. Isso não é regra, mas normalmente, a maior parte das vértebras cervicais, elas possuem essa pontinha que é o processo espinhoso bífido, mas isso não é regra. Achar uma cervical com processo espinhoso bífido é possível, porém, não tê-lo, também. A maioria apresenta essa especificidade, que acontece durante o desenvolvimento embrionário: a lâmina espinhal direita vai se encontrar com a esquerda para formar o processo espinhoso e elas se fundem, mas as pontinhas não se tocam, então fica bífido. Uma outra particularidade que somente encontra-se nas vértebras cervicais é que, uma vértebra cervical tem forame vertebral por onde passa a medula, normalmente tem que ter o corpo, processo espinhoso e processo transverso. Mas existem as particularidades das vértebras cervicais. No processo transverso há um buraquinho chamado forame transversário ou forame do processo transverso, somente as vértebras cervicais apresentam esse forame. E por que tem esse forame nas vértebras cervicais? Existe uma artéria chamada artéria vertebral, ela é um ramo direto da artéria subclávia, e essa artéria vertebral sobe em direção a minha cavidade craniana pra juntar com outra artéria chamada de carótida interna e formar um círculo arterial cerebral conhecido como folículo de Willis para vascularizar o cérebro, então essa artéria vai passando, começa no nível de C7 e sobe e passa no buraquinho de C6, C5, e assim sucessivamente, então esses forames transversais servem como uma via protetora que protege a artéria vertebral em todo o seu percurso. Não esquecer! Forame transversal é o forame do processo transverso, é um acidente anatômico exclusivo das vértebras cervicais. Toda vértebra cervical tem no processo transverso um buraco, que é o buraco do forame do processo transverso, porém, a sétima vértebra cervical, ela é proeminente, a única coisa que faz dela atípica é a proeminência. Além disso a artéria vertebral tem origem da artéria subclávia, e asubclávia quando se arqueia, sai da aorta e se arqueia para ir para o membro, ela passa acima da clavícula, no pontinho mais alto dela, é aquele ponto onde sai a artéria vertebral, esse ponto mais alto geralmente fica no nível da C7, então na maioria das vezes a C7 não apresenta buraco, a C7 tem o processo transverso, mas não tem o forame do processo transverso. Pra quê se ter um buraco se não vai passar nada lá dentro? Porém, o que torna ela diferente é que no lugar do buraco de passar a artéria, ela só dá uma aprofunda no processo transverso formando um Sulco. Então a artéria chega e repousa sobre aquele sulco e é direcionada para entrar no foral da C6,C5,C4 e assim sucessivamente… Na vértebra C7 (proeminente), na maioria das vezes não vamos encontrar um forame transversal e sim o Sulco Transversal (que é onde passa a artéria vertebral para ser direcionada para o forame que vamos encontrar na C6). Imagina aqui o Atlas e o Occipital aqui em cima, o forame magno se encontra aqui e olha só o forame vertebral aqui, Mas não existe dois buracos do lado do forame magno!! Mas, é necessário colocar a artéria vertebral para subir. Quando ela sobe e chega no occipital ,na primeira cervical do Atlas, ela não fura. Ela passa entre o Atlas e o Occipital. E porquê ela não machuca? O atlas, o ponto onde a vertebral chega nele e passa pelo seu transverso, ai ela posterioriza ,passa no aprofundamento e chega lá no forame magno. Esse aprofundamento é chamado de Sulco da Artéria Vertebral. Ou seja é um sulco que direciona a artéria vertebral para que ela possa entrar no forame magno e a partir dali formar a racionalização cerebral. Esse Sulco é encontrado no ATLAS. Quais são as vértebras atípicas? Atlas; Axis; C7. -A C7 principalmente, porque ela é a proeminente. -Axis porque tem o dente, processo odontóide. -E o Atlas porque não tem corpo e nem processo espinhoso. Essas vértebras aqui articulam entre si. Cada vértebra possui a articulação de um corpo todo, só que se vocês observarem todas as vértebras, elas vão apresentar: Uma face articular superior; Uma face articular inferior. Até porque elas são empilhadas, então precisa da face inferior da de cima se articulando com a superior da de baixo. E a inferior desta com a superior desta e assim sucessivamente. Então, tem-se uma articulação entre um corpo com outro, essa articulação possui um disco fibrocartilaginoso chamado de disco intervertebral, esse disco classifica essa articulação como sínfise. 3.2. Discos intervertebrais O disco apresenta a seguinte estrutura: uma parte externa que é fibrocartilaginosa e uma parte interna que é o núcleo puboso, mais gelatinoso. Esse disco não é tão condensado nessa região porque a principal função dele é diminuir os impactos. Com isso, ele diminui a mobilidade, os atritos... então, esses discos aqui não são tão expressivos. Agora, se você pegar um disco intervertebral cervical e um lombar, você vai notara uma diferença gigantesca, pois na lombar ele deve ser maior, mais firme, mais robusto, mais forte, devido a descarga sobre ele ser bem mais forte. Então, se vocês observarem bem esse espaço é o espaço do disco, quando vocês olharem uma radiografia da coluna, o espaço branco é o osso e esse espaço escuro não é radiografado, nesse local é onde normalmente fica o disco. Normalmente, essa articulação é do tipo sínfise, mas entre a parte superior e uma inferior eu tenho faces articuladas, essas faces articulam a vértebra de cima com a vértebra de baixo e elas se articulam pranchando uma sobre a outra, ambas faces lisas. Quando se tem duas faces lisas, uma sobre a outra, tem-se uma articulação sinovial do tipo plana, o único movimento que ela realiza é o deslizamento. Então, entre a face articular superior de uma vértebra e a face articular inferior da outra, tem-se uma articulação sinovial. As pessoas pensam que a articulação da vértebra é entre um corpo e outro. Isso está errado, pois entre um corpo e outro tem-se um disco (articulação do tipo sínfise cartilaginosa). Entretanto, entre uma face articular e outra, tem-se região articular do tipo sinovial, ou seja, tem-se uma articulação sinovial do tipo plana. Essa articulação entre a face articular da vértebra de cima e a de baixo chamamos de articulações zigoapofisárias. Elas estão nas extremidades da coluna vertebral. Essas articulações permitem uma mobilidade mais evidente da coluna. Outra coisa, o movimento de uma articulação plana é pouco. Entretanto, a junção do movimento das sete cervicais, por exemplo, resulta num movimento grande. Isso porque, cada uma movimenta um pouco para que se consiga realizar o movimento adequado. 3.3. Ligamentos Vertebrais Até agora falamos da parte óssea, mas existem ligamentos que seguram essas estruturas ósseas. Aqui vocês estão diante de uma coluna vertebral caricaturada. A parte ‘’massosa’’ é o corpo e a parte espinhosa é o processo espinhoso. Cada vértebra tem um buraco, chamado de forame vertebral. Quando junta todos os forames vertebrais encontramos um canal. Nesse canal, passa a medula que liga com o cérebro(sistema nervoso). Existe um ligamento que sai lá do sacro, passando anteriormente aos corpos vertebrais e chega ao corpo do áxis(Porque ele não vai até o atlas? Porque o atlas não tem corpo). Esse ligamento, é chamado de ligamento longitudinal anterior. O Ligamento longitudinal anterior, é um ligamento que sai do sacro anteriormente e vem até o corpo do áxis. Ele pega toda a coluna. E recordando: qual é a função do ligamento? Fazer a ligação de estruturas ósseas, estabilizar a articulação e limitar os movimentos para impedir as lesões. Então o primeiro ligamentos que nós temos é o longitudinal anterior. O segundo, atrás do corpo nós temos outro ligamento, o longitudinal posterior. Esse ligamento vem do sacro por dentro e sobe até o crânio. Obs: Ele sai lá do sacro e quando ele chega na região do forame magno ele continua para dentro do crânio, porém ele muda de nome. Portanto do forame magno para cima, ele entra pra cavidade e se expande. Isso ocorre para acomodar as estruturas intercranianas, nesse momento que ele se expandiu ele deixa de ser longitudinal posterior e passa a se chamar Membrana Tectória. Essa Membrana Tectória vai dar origem a uma zona de acomodação das estruturas basais do tecido encefálico (tronco encefálico, estrutura cerebelar). Entre os processos espinhosos se tem ligamentos chamados de Ligamentos Interespinhosos ou Interespinhais. Entre o atlas e o áxis não se tem esse tipo de ligamento pois o atlas não possui processo espinhoso. Acima dos processos espinhosos de todas as vértebras se tem um ligamento chamado de Supra-espinhal, esse ligamento vem do sacro até a C7 subindo, ele passa pelas vértebras lombares, pelas vértebras torácicas até a C7. Quando ele chega na C7 ele não vai mais ser supra-espinhal, pois nessa região ele tem que se abrir feito um leque para se fixar no osso occipital, aí a partir desse momento ele deixa de ser ligamento supra-espinhal e passa a ser ligamento nucal. Esse é um ligamento importante, que como o anterior limita o movimento de negação, esse ligamento limita o movimento de afirmação. Anteriormente: Longitudinal Anterior. Posteriormente: Longitudinal Nucal. O ligamento nucal tem origem na sétima vértebra cervicale inserção na região da crista nucal (no occipital). Esses são os principais ligamentos gerais. Temos também os ligamentos que se localizam entre o dente do áxis e o atlas. Os nervos que se localizam entre o dente do axis e o atlas permitem que o dente fique acoplado de maneira correta, que não saia dali, mas ao mesmo tempo tem mobilidade. A articulação entre o atlas e o dente do axis é do tipo sinovial trocóide/pivô, e é uma articulação que permite a rotação de um osso em relação ao outro. Existem três ligamentos importantes nessa articulação. Juntando o ligamento longitudinal com ligamento transversal forma uma cruz, então os dois são separados mas se unem, chamando de ligamento cruciforme. Então, o ligamento cruciforme é formado por longitudinal e transversal, é um ligamento de contenção. Quando tira o ligamento cruciforme, encontra-se dois ligamentos, os ligamentos alares (ligamento alar direito e ligamento alar esquerdo), eles estabilizam o dente do axis no atlas e, além disso, eles são os principais limitadores do movimento. 4. Esqueleto Cervical Na região cervical há 7 vértebras e mais um osso solto que está na parte anterior, o osso hióide. 4.1. Osso Hióide O osso hióide está relacionado diretamente com os músculos da deglutição, toda vez que acontece o movimento de deglutição o osso hióide é acionado. É um osso com formato de ''C''. Os músculos superiores e inferiores da deglutição fazem com que ele desça e suba, ele não é articulado com nenhum outro osso (desarticulado), porém ele é fixado por músculos e ligamentos. 4.1.1.Corpo do osso hioide 4.1.2. Corno maior 4.1.3. Corno menor O osso hióide é dividido em parte anterior e corpo, na parte posterior tem um corno maior e um corno menor. Algumas pessoas durante o desenvolvimento da tireoide e das estruturas do pescoço apresentam a formação de um cisto que é um remanescente embrionário, esse cisto neste local recebe o nome de cisto tireoglosso, que normalmente é aderido na região do osso hioide, nesse caso retira-se o cisto e também o corpo de osso hioide, para não ter a possibilidade de ficar nenhum resquício do cisto, porque esses resquícios podem causar outros tipos de lesões. O osso hioide tem relação com a laringe, ele tem uma membrana chamada de tireo-hioidea que liga ele com a laringe, que não tem osso, mas tem um esqueleto cartilaginoso, o osso hioide firma esse esqueleto cartilaginoso da laringe. 5. Fáscia Cervical No pescoço está presente uma fáscia que reveste toda a estrutura do pescoço, chamada de fáscia cervical, todo músculo, toda víscera tem uma fáscia, ela serve para ''segurar'', organizar as estruturas e pela região do pescoço ser tão complexa, cheia de acidentes ela vai ''compactar'' tudo. É preciso ter uma condensação das estruturas do pescoço para condensar tecido conjuntivo, fáscia cervical. 5.1. Lâmina superficial 5.2. Lâmina pré-traqueal 5.3. Lâmina pré-vertebral A fáscia cervical é dividida em três lâminas: lâmina superficial, lâmina pré-traqueal (antes da traquéia) e lâmina pré-vertebral (antes das vértebras). A fáscia faz a compactação (junta). Porém, ao mesmo tempo que ela junta, ela separa. Suponhamos que temos um músculo, por exemplo, o quadríceps, que é formado por quatro músculos. O quadríceps todo é envolvido por uma fáscia, fáscia lata. Agora, quais são os músculos do quadríceps? Vasto medial, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e Reto Femoral. Cada músculo desse é envolvido por outra fáscia. Então vocês concordam que a fáscia do geral junta eles, mas a fáscia do individual separa eles? Então tem uma fáscia para cada músculo. Quando vocês estudaram o sistema muscular com o Prof. Márcio, vocês viram que tem o Endomísio, Perimísio e Epimísio? São as fáscias. No músculo temos a fáscia de revestimento da fibra muscular, do fascículo muscular (feixe muscular) e do músculo. Para deixar o músculo condensado, tem-se a mais externa, mas para fazer um músculo, tem-se vários feixes, aí eu tenho uma fáscia mais interna, que limita todos os feixes. Mas por que estou falando isso, que a fáscia junta, mas separa? A importância é que eu fico tendo regiões separadas. Então no esternocleidomastoideo tem uma bainha toda para ele e a importância disso é que se uma pessoa tiver uma lesão nele, depois de alguns dias essa lesão infecta, depois de uns dias essa lesão infecciona, tem proliferação de bactérias e dá pus. Vocês concordam comigo que se der pus nesse local que está fechado, o esternocleidomastoideo, a tendência desse pus é de ficar contido nesse mesmo lugar? Isso é muito bom! Imagina se não tivesse isso aqui? A pessoa teris pus no esternocleiomastoideo, que poderia expandir até o mediastino. Então é importantíssimo que tenha esse revestimento fascial no pescoço. Porque esse revestimento divide o pescoço em lojas. E isso é importante porque em uma formação de um abscesso ou um hematoma, as fáscias contêm esse pus por meio das lojas. Outra coisa importante é que durante o procedimento cirúrgico, você pode chegar no esternocleidomastoideo, cortá-lo com cuidado e chegar às estruturas que o delimitam. Você sabe que não pode passar daqui, porque senão você pode chegar na carótida, na jugular interna e por aí vai. Quando é que eu encontro as lâminas da face cervical? Primeira lâmina: lâmina superficial. Então é assim, quando se vai cortar o pescoço: pele, uma fininha camada de tecido celular subcutâneo e o músculo platisma. Quando se tira o platisma, a primeira coisa que encontra-se é a lâmina superficial da fáscia cervical. Aqui está mais esbranquiçado para mostrar que é fáscia. E aí eu preciso tirar a fáscia para ver a estrutura muscular na íntegra. Nessa imagem a seguir vocês estão olhando de cima para baixo. Aqui é a parte anterior do pescoço e aqui é a parte posterior. Eu tenho a pele, que é essa parte amarela, e logo abaixo dela eu tenho o músculo platisma. Abaixo dele eu tenho essa linha azul, que é a lâmina que faz o revestimento superficial. Ela é tanto anterior quanto posterior, e pega todas as estruturas superficialmente. Ela faz o revestimento superficial juntando tudo, mas além disso ela também faz o revestimento específico do músculo. Então ela junta mas ao mesmo tempo separa. Uma outra lâmina vista na parte superficial, aqui é a traqueia, as glândulas tireoides, o esôfago. Então encontra-se uma lâmina nessa região: a lâmina pré-traqueal. Ela vem antes da traqueia. Então olha só, gente, a importância no processo de traqueostomia, deve-se remover a lâmina pré traqueal, para que o acesso e a colocação da cânula de traqueostomia. Após a traqueia (atrás), nos encontramos as vértebras, e uma lâmina pré- vertebral, que faz o envolvimento dos músculos que estão relacionados com as vértebras (para- vertebrais, pré-vertebrais, pós-vertebrais). Existem uns vasos, com duas estruturas que sobem para a cabeça e descem da cabeça. O principal vaso de vascularização do cérebro, é a A. Carótida Comum. Ela vai se bifurcar em interna e externa, favorecendo a vascularização da cabeça toda, inclusive do cérebro. A principal veia de drenagem da cabeça, é uma veia, chamada Veia Jugular interna. Existe um nervo, que é o décimo par de nervo craniano, que inerva coração, vísceras abdominais, chamado de nervo vago. Assim, essas três estruturas: Artéria Carótidacomum, Jugular interna e Nervo vago, são envoltos por uma face, chamada Bainha carotídea. Artéria carótida comum, veia jugular interna e o nervo vago estão passando no pescoço uma porção de estruturas muito importante, e há uma fáscia pra revestir tudo junto, revestir as 3, e o nome dessa fáscia é bainha carotidea que é formada a partir da união da lâmina superficial com a lâmina pré traquial com a lâmina pré vertebral (palavra mais certa não é união e sim contribuição). Cada lâmina contribui para formação de um anel que circunda a artéria carótida comum, veia jugular interna e o nervo vago, porém mais ou menos no nível do ângulo da mandíbula a carótida comum se bifurca em artéria carótida interna e artéria carótida externa, a externa vai se anteriorizar e vascularizar a face e a interna vai seguir o seu trajeto até chegar no canal carótico. Porém, até chegar no canal carótico, encontra-se à bainha carotídea por que por perto tem o forame jugular, nervo vago e jugular interna, Portanto a bainha carotídea vai chegar até na base do crânio isso significa que se eu contar o seu início até a base do crânio eu vou acrescentar mais uma estrutura que é a artéria carótida interna. Se em algum lugar vocês observarem ou verem que tem, quem está dentro da bainha carotídea: jugular interna, carótida comum, nervo vago e carótida interna. Se for perguntado quais são as estruturas que são envolvidas pela bainha carotídea? aí são essas 4: jugular interna, carótida comum, nervo vago e carótida interna. A artéria carótida comum vai se bifurcar em carótida externa e carótida interna. Então, nessa parte mais inferior quem vai estar envolvido pela bainha é carótida comum, jugular interna, e nervo vago. Mas quando se chega na parte mais superior, quem está envolvido pela bainha é: carótida interna, jugular interna e nervo vago. Essas estruturas estão envolvidas pela bainha tendínea, porém, a carótida interna está envolvida apenas em um ponto específico. A bainha faz um formato espiralado para permitir que ali tenha uma bifurcação colaborando para a saída da carótida externa e porque naquele ponto de bifurcação tem o seio carotídeo (local da massagem). Na parte mais superior da bainha, a artéria carótida externa NÃO esta dentro da bainha (pois ela fura a bainha e sai), e SIM a carótida interna (que passa no canal carótico no crânio). A veia jugular interna não entra em nenhum “buraco” pois na verdade ela estar saindo - A artéria vai [irriga] e a veia volta [drena]. A lâmina superficial vai fazer o revestimento superficial, já a lâmina pré-traqueal faz o revestimento das estruturas do pescoço e desce da região cervical em direção ao tórax, onde vai chegar no nível do coração e se juntar com o pericárdio e a lâmina pré-vertebral vai descer até o tórax e vai se juntar com a região de parede posterior e não vai revestir nenhuma estrutura de tanta relevância contudo se junta com a membrana bucofaríngea (que vai da região oral à faringe) que é importante pois na sua formação, essa membrana favorece a formação de um espaço chamado recesso retrofaríngeo que é um local onde existem muitos casos de infecção por repetição em cavidade oral e “não cura nunca” podendo causar uma formação de abscesso devido à infecção. Ele teve uma bactéria tão forte que ele penetrou na região posterior da cavidade oral passou pela membrana pré-vertebral e se alojou no espaço retro parênquima, formou um abscesso retro parênquima, quando descobriram, trenaram, 3 dias depois houve melhora. Relembrando pescoço: Pele, subcutâneo, platisma, depois é lâmina superficial. Tira-se a lâmina superficial e vamos encontra-se a musculatura do pescoço. Inicialmente o osso hióide. Músculos acima do hióide e abaixo dele, os que estão acima são chamados de supra- hióides e os que estão abaixo de infra-hióides. 6. Musculatura Supra-Hióidea Os supra-hióides são 4. Eles se fixam na mandíbula, no crânio e vem pro hióide. A função deles está relacionada com a elevação do osso hióide. Na deglutição, por exemplo, quando ele eleva e deprime, é pra abrir a cavidade orofaringe e o alimento descer. Os músculos suprahióides são: digástrico (quando o músculo tem dois ventres musculares é digástrico, quando tem mais de dois ventres é poligástrico). O osso hióide está relacionado diretamente com o suprahióide. Digástrico, dois ventres. *MÚSCULO DIGASTRICO: Ele tem dois ventres um anterior e o outro posterior. Entre esses ventres tem um tendão que é segurado pela faixa tendínea direto no osso hióide. Cada ventre é enervado pelo um nervo diferente. O músculo digastrico, atuando com os músculos infra-hióides, abaixa a mandíbula contra a resistência, eleva e estabiliza o hióide durante a deglutição e fala. *MÚSCULO ESTILO HIÓIDE: sai do processo estiloide e vai para o osso hióide. Ele eleva e retrai o hióide, alongando assim o assoalho da boca. *MÚSCULO MILO HIÓIDE: Ele eleva o assoalho da boca e língua durante a deglutição e fala. Sai da linha mile hióide (que é o principal músculo do assoalho da boca) e vai para o osso hióide. *MÚSCULO GÊNIO HIÓIDE: Sai da espinha geniana da mandíbula e vai para o osso hióide. Ele puxa o hióide em sentido anterossuperior, encurta o assoalho da boca e alarga a faringe, a boca e a língua. Embaixo temos o músculo gênio-hioideo, a função dele geralmente é tracionar o hioideo, ele o anterioriza, abre a faringe para a descida do alimento, participa da deglutição (assim como todos os outros) e forma o assoalho da cavidade. Agora o músculo estilo-hioideo: Quem inerva esses músculos? M. Milo-Hioideo → Nervo Milo-Hioideo (que é ramo do nervo mandibular que é ramo do nervo trigêmeo) M. Digástrico Anterior → Nervo Milo-Hioideo M. Digástrico Posterior → Ramo cervical do nervo facial M. Estilo-Hioideo → Ramo cervical do nervo facial M. Gênio- hiódeo → primeiro nervo cervical (C1), com contribuição do nervo hipoglosso ( XII do nervo craniano). É melhor saber inserção/origem ou a função do músculo? É melhor saber tudo, agora você sabendo localização, é melhor saber a sua inserção e origem. Exemplo: O bíceps ele tem fixação curta no processo coracóide e longa no tubérculo supra- glenoidal e vai para a tuberosidade do rádio, assim fica mais fácil saber que movimento ele realiza e sua função. Por isso, é muito importante saber a inserção e origem do músculo, principalmente dos músculos dos membros. Musculo Miloioide: Nervo Miloioide (ramo do Nervo Mandibular que é ramo do Nervo Trigêmio) Musculo Digastrico Anterior: Nervo Miloide Obs: O nervo Mandibular (V3) recebe tal representação por ser V (5 par de nervo craniano) e 3 (por ser o seu terceiro ramo). Há também os ramos oftálmico (V1), maxilar (V2). Musculo Digastrico Posterior: Ramo cervical do nervo facial (VII) Musculo Estiloioide: Idem ao Musculo Digastrico Posterior Musculo Genioide: C1 (raízes dos primeiros nervos espinais) com contribuições do Nervo Hipoglosso (XII) Pergunta: É fundamental saber a função do musculo ou a sua inserção: Resposta: Tudo. Sabendo onde está, prioriza a origem e inserção que a função já é mais evidente. Pergunta: A fáscia cervical é composta de tecido fibroso? Resposta: Alguns são fibrosos, outros densos. A cervical é predominantemente denso, mas é delgado, tanto que o tecido fibrosoé firme e elas são facilmente lesadas. 7. Musculatura Cervical 7.1. Músculo Platisma 7.2. Músculos Infra-Hióideos 7.2.1. M. Esterno-hióideo 7.2.2. M. Omo-Hióideo 7.2.3. M. Tireo-Hióideo 7.3. Músculo Esternocleidomastóideo 7.4. Músculo Trapézio De C1 a C4 temos a inervação infra-hioide. A estrutura hioide favorece a deglutição. Teremos também ossos mais lateralizados e inferiorizados como: esternocleidomastóideo (EMC), que alguns autores chamam de esternocleidoccipitomastóideo. Tem esse nome por causa das suas fixações no esterno, na clavícula (cleido) e no processo mastoide. Ele tem uma cabeça que de fixa no esterno e uma cabeça que se fixa na clavícula. Exemplo: Um acesso venoso central deve ser feito pela subclávia ou pela veia jugular interna, e um dos pontos para se fazer é achar o esternocleidomastóideo e tentar dividir a cabeça clavicular da esternal, e colocar o dedo nelas. Normalmente, entre os seus dedos é um ponto que se encontra mais facilmente a veia jugular interna. (Acesso periférico é pela veia jugular externa) Outro músculo importante é o trapézio, que está na parte posterior, ele pega pescoço e parte dorsal. O esternocleidomastoide e o trapézio são inervados por nervos acessórios (10° par de nervos cranianos). 8. Regiões do Pescoço – Trígonos Cervicais 8.1. Generalidades 8.2. Divisão anatômica 8.2.1. Trígono Anterior 8.2.2. Trígono Posterior 8.3. Limites 8.3.1. Trígono Anterior 8.3.1.1. Superior 8.3.1.2. Inferior 8.3.1.3.Posterior 8.3.2. Trígono Anterior 8.3.2.1. Anterior 8.3.2.2. Posterior 8.3.2.3. Inferior Quando pegamos o pescoço como um todo é importante principalmente para casos clínicos que tenha uma divisão. Quando observa-se a região anterior até a região posterior, bem como a região inferior até a superior , nós vamos traçar linhas e tal área que está delimitada é o pescoço, este é dividido em trígonos, sendo o principal divisor o esternocleiodomastóideo , se eu pegar toda região e dividir pelo esternocleidomastóideo irá resultar em dois trígonos , anterior e o posterior . O trígono anterior tem limites (superior - margem inferior da mandíbula), (anterior- esternocleidomastoide), (posterior- trapézio), (inferior-clavícular). Por exemplo, se eu quero encontrar á artéria carótida temos que ir em qual trígono? No anterior , porém , existe um trígono específico para o encontro da carótida , o trígono carotídeo .Ou seja , cada trígono é subdividido . O anterior é subdividido em quatro (digástrico, submentual, carotìco e muscular). Cada trígono desses é subdividido, o trígono anterior é subdividido em quatro trígonos: trígono digástrico, submentual, carótico e trígono muscular. O trígono digástrico, conhecido, também, como submandibular, é formado pelo ventre anterior, posterior e a mandibular. Esse trígono é importante, porque quando temos acesso pelo trígono digástrico, deparamos com a glândula submandibular, artéria facial e o nervo hipoglosso. O trígono submentual é formado por dois ventres, dos dois digástricos, ventre anterior do digástrico esquerdo e ventre anterior do digástrico direito, e o corpo do osso hioide. “Esse trígono é o local onde tenho acesso a minha região de assoalho da boca, quando eu entro no trígono submentual, encontro o músculo milo-hioideo, e o músculo milo- hioideo, os dois vão pro osso hióide. Só que na parte central, eles se unem por uma rafatendjnha”. Então, eu chego, através do submentual, no ponto de encontro dos dois milo-hioide. Além disso, é nessa região que localiza-se, também, o complexo venoso submentual, onde estão os vasos submentuais. O trígono carotídeo é o lugar onde localiza- se a carótida, e encontra-se, também, os elementos que estão na bainha carótidea. Então, quando observo o trígono carotídeo, encontro uma via de acesso para chegar aos elementos da bainha. A forma correta de palpar a pulsação da carótida é virando a cabeça para o lado e palpar a carótida do lado para o qual a cabeça está virada porque do outro lado o esternocleidomastoideo enrijece sobre a carótida e atrapalha a palpação. Não é recomendável palpar carótida porque ao palpa-la varios receptores são estimulados e provoca mal- estar no indivíduo Os limites do trígono carotídeo são: o esternocleidomastoideo, digástrico posterior e o ventre superior do músculo omo hióideo. A maior importância do trígono carotídeo é de ser uma via de acesso à região de bainha carotídea. Outro trígono que temos é o trígono muscular. Ele delimita o local mais superficialmente muscular e se entrar por ele chega- se à traqueia, em regiões mais profundas do pescoço. Quem forma o trígono muscular (os limites) são: o ventre superior do omo hióideo, esternocleidomastoideo e a linha cervical mediana anterior. Normalmente o trígono muscular está relacionado com a região anterior. Os trígonos estão em duplas, os que estão de um lado do pescoço também são encontrados do outro. Então, imaginar que o trígono muscular de um lado com o trígono muscular do outro. Quando se faz uma traqueostomia tem-se que abrir no meio dos dois trígonos. Então é um ponto de referência para avisar dos procedimentos na traqueia, principalmente a traqueostomia. Então essa é a divisão do trígono anterior, mas nós sabemos que temos o trígono anterior e posterior. O trígono posterior possui somente uma estrutura de divisão. Então o trígono posterior é aqui: trapézio, esternocleido e clavícula. Aí eu tenho uma estrutura que divide ele no meio, que é o ventre inferior do omo – hióideo. Então o ventre inferior do omo – hióideo passa aqui, ele divide o trígono posterior em occipital e supra clavicular. Qual é a importância de nós sabermos isso!? Aqui no trígono occipital nós vamos encontrar algumas estruturas, por exemplo a origem do plexo braquial eu encontro no trígono occipital e o nervo acessório que inerva o esternocleido e o trapézio eu também encontro no trígono occipital. E o trígono supra clavicular!? Existe uma veia chamada de veia jugular externa, ela passa por cima do esternocleidomastoideo, ela é superficial, tendo que entrar para desembocar ou na jugular interna, ou na subclávia, enfim, ela tem que entrar para desembocar na veia mais interna. E por onde ela entra!? Ela passa pelo trígono supra clavicular e penetra na região supra clavicular internamente para poder desembocar na sua veia de drenagem. Uma outra coisa importante é os vasos subclávios (artéria subclávia, veia subclávia). Se é sub, passa abaixo da clavícula, então a subclávia passa abaixo da clavícula, porém quando eu tenho a aorta aqui e vão sair os vasos subclávios, antes de ele passar por baixo da clavícula, ele faz assim (professor mostra no slide) e isso aqui significa que se eu perfurar nesse sentido aqui, o que eu vou encontrar!? O arco dos vasos subclávios. Então se a pessoa tiver uma lesão aqui ele pode lesionar, uma perfuração nesse local aqui, ele pode lesionar os vasos subclávios, tanto a artéria quanto a veia. Pergunta: O subclávio fica abaixo da clavícula!? Resposta: Tudo bem, mas nós só estamos abaixo da clavícula a parte que passa, e a parte da origem? Tem que saber onde é que se origina, o que faz e qual o trajeto para poder passar embaixo da clavícula. Então, esses sãoos trígonos que vamos encontrar aqui no pescoço, trígono anterior e trígono posterior. Uma questão da prova está aqui: Trígono. Nossa P1 é só cabeça e pescoço. Para relembrar, trígono anterior, trígono posterior e suas respectivas subdivisões. Pergunta: [inaudível] Não passa. O nervo frênico enerva o diafragma. A origem do nervo frênico é C3, C4 e C5, ou seja, é descendente, e não passa por aí. Ele desce, passa perto do coração e finalmente chega ao diafragma. É claro que se eu procurar mais fundo eu vou encontrá-lo, mas esse não é o ponto que eu localizo esse nervo de imediato. Pergunta: [inaudível] Os principais: a origem do plexo braquial, o nervo acessório. -A jugular externa passa? Não, a jugular externa entra no supra clavicular. Além das estruturas que falamos, existe uma musculatura que está relacionada com a coluna, com a parte óssea cervical. Temos alguns músculos que estão relacionados apenas com a coluna cervical e outros que estão relacionados com a coluna e o crânio. Normalmente os que estão relacionados com o crânio são generalizados como Músculo X da cabeça, e os que são denominados Músculo Y do pescoço não tem ligação com o crânio, somente ligam uma vértebra à outra. Por exemplo, Músculo longo da cabeça e Músculo longo do pescoço (são pré-vertebrais). Se sair da torácica e for para a cervical, é denominado longo do pescoço; se sair do pescoço e for pra cabeça, é denominado longo da cabeça. Pergunta: O longo da cabeça sai do processo transverso? Resposta: Sim, normalmente ele sai do processo transverso. Nós vamos encontrar ainda na parte anterior dois músculos retos: um chamado de reto anterior e outro chamado de reto lateral. O músculo reto anterior faz a ligação das massas anteriores do atlas com o occipital, enquanto o músculo reto lateral faz a ligação do processo transverso do atlas com o osso occipital. São músculos importantes para a estabilização dessa região e para favorecer a configuração do movimento de flexão. Lembrando que o ligamento limita o movimento e o músculo realiza o movimento Além de todos aqueles apresentados, temos ainda mais estes (imagens no slide): M. Escalenos M. Elevador da Escápula M. Esplênio M. Semiespinhal da cabeça M. Obliquo Superior M. Obliquo Inferior M. Reto Maior Posterior M. Reto Menor Posterior Nós vamos encontrar neste os músculos escalenos, dos quais vou abordar os mais importantes. Os músculos escalenos são muito importantes, pois atrás do músculo esternocleidomastóide temos três músculos escalenos: o escaleno anterior, escaleno médio e escaleno posterior. Pergunta: Qual a importância de reconhecer os escalenos? Resposta: O escaleno anterior e médio se fixam na primeira costela, o escaleno posterior se fixa na segunda costela e a origem de todos os escalenos são os processos transversos das primeiras vértebras cervicais. Então ele sai da cervical e vem pra primeira e segunda costela. No meio dos escalenos anterior e médio passa a artéria subclávia e o plexo braquial. Então se tiver uma hipertrofia, uma lesão no escaleno, pode ocorrer a compressão da artéria subclávia e perder a vascularização do membro, pode comprimir o plexo braquial e com isso perder a inervação do membro. Isso é muito comum para quem tem uma costela extra numerária, quando faz um movimento a costela comprime tudo, com isso o indivíduo começa a sentir formigamento na mão, a mão fica fria, ou seja a vascularização e a inervação está sendo comprometida (está sendo comprimida devido a algum tipo de lesão ou algum material estranho). Muito importante reconhecer os escalenos. Na frente do escaleno anterior passa a veia subclávia, então quando se vai fazer o acesso venoso central, se chega na região de inserção dos escalenos, pois se sabe que onde estão se faz o acesso a fim de se chegar o mais próximo da veia possível, ou seja se baseia então pela inserção do escaleno anterior. Outro músculo cervical, mas ele é do membro superior, chamado de músculo elevador da escápula, como o próprio nome já diz, sua função é elevar a escápula. O músculo esplênio da cabeça e o músculo semiespinhal da cabeça, são músculos que permitem manter essa posição ereta do pescoço e eles quando contraem permitem que eu faça movimento de extensão da cabeça. Profundamente eu vou encontrar os músculos oblíquo inferior e oblíquo superior, reto posterior maior e reto posterior menor (lembrando que lá na frente temos os músculos reto anterior e o reto lateral). Quais são os oblíquos? R: músculos oblíquo superior e oblíquo inferior. Esses retos e esses oblíquos estão ligados apenas em três ossos: occipital, atlas e áxis. Significa então que eles são músculos importantes para iniciar os movimentos. Temos então músculo obliquo superior, ele sai do processo transverso do atlas e vem para o osso occipital (oblíquo superior). Aqui nós temos o músculo oblíquo inferior, ele sai do processo transverso do atlas e vem para o processo espinhoso do áxis. Oblíquo inferior e oblíquo superior. Pergunta: [inaudível] Resposta: Na frente a veia subclávia. Mais medialmente eu vou encontrar o reto posterior maior e o reto posterior menor. O reto posterior maior pula o atlas, sai do processo espinhoso do áxis, pula o atlas e vai para o osso occipital (reto posterior maior). Reto posterior menor sai do tubérculo posterior do atlas e vai para o osso occipital. Esses músculos favorecem a projeção da movimentação das articulações a atlanto-occipital e a atlantoaxial. Quando eu pego os dois oblíquos (oblíquo superior e oblíquo inferior) e eu pego o reto posterior maior, formo outro triângulo. Esse triângulo é chamado de trígono suboccipital. Nesse lugar aqui eu vou encontrar a saída do nervo que inerva a região occipital, que é o nervo occipital. Nesse lugar aqui eu também vou encontrar o ponto onde... lembra que nos falamos? A artéria vertebral vai subindo pelos forames vertebrais, forame do processo transverso, quando chega lá no occipital não fura, ela dobra, faz a curvatura para dentro por cima do atlas para entrar no forame magno. Se eu abrir nesse ponto aqui, é o ponto onde eu vou verificar, vou enxergar, onde vou ter o acesso a artéria vertebral passando no sulco da artéria vertebral, a parte superior do atlas. Então é importante ter o conhecimento desse trígono suboccipital. A limitação dele: oblíquo superior, oblíquo inferior e o reto posterior maior. Pergunta: Abaixo do esternocleido nós temos quais músculos? Resposta: Escalenos
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