Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Adolescência 1 “Não vejo esperança para o futuro do nosso povo se ele depender da frívola mocidade de hoje, pois todos os jovens são, por certo, indizivelmente frívolos... Quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos e a respeitar os mais velhos, mas os moços de hoje são excessivamente sabidos e não toleram restrições.” Hesíodo, século VIII a.C. Puberdade e Adolescência Puberdade Puber Processo biológico com determinações diversas. Adolescência Adolescentia Adolescens Adolescere Fenômeno psicossocial – século XX Puberdade e Adolescência Determinada pela cultura elasticidade em seus limites de começo e fim. De modo geral, Adolescência inicial: transformações corporais e alterações psíquicas consequentes. Adolescência média: sexualidade. Adolescência final: novas modalidades de relacionamento com as figuras parentais, escolha profissional, aceitação do novo corpo. A Síndrome da Adolescência Normal Busca de si mesmo e da identidade Tendência grupal Necessidade de intelectualizar e fantasiar Crises religiosas Deslocalização temporal A Síndrome da Adolescência Normal Evolução sexual do autoerotismo à heterossexualidade Atitude social reivindicatória Contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta Separação progressiva dos pais Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo A busca pela identidade Elaboração de lutos O luto pelo corpo infantil As modificações corporais são vivenciadas como uma invasão → retenção das conquistas infantis como defesa ao mesmo tempo em que deseja ser adulto Refúgio no mundo interno O corpo adolescente, com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, põe fim à onipotência da bissexualidade A busca pela identidade “Só quando o adolescente é capaz de aceitar simultaneamente os dois aspectos, o de criança e o de adulto, pode começar a aceitar de maneira flutuante as mudanças do seu corpo, e começa a surgir a sua nova identidade.” (Aberastury, 1981, p.66) A busca pela identidade O luto pela identidade infantil Um novo corpo leva o sujeito à estruturação de uma nova imagem corporal, um novo Ego/Eu corporal, à busca de uma nova identidade e o cumprimento de novos papéis – “quem sou eu”? Separação dos pais e novas identificações Flutuações de identidades A busca pela identidade O luto pelos pais infantis Desvalorização das figuras parentais Busca de figuras substitutivas dos pais para servirem à necessidade de cisão dos afetos “A rebeldia frente aos pais só é possível quando flutuam com o submeter-se a outras figuras que os substituam” (Aberastury, 1981, p.68) Adolescência Inicial Busca vigorosa por objetos de investimento libidinal extrafamiliares como reação ao afastamento progressivo das figuras parentais Perda da força do Superego Desinvestimento dos pais internalizados Comprometimento da identificação Atuações delinquentes Sentimento de vazio Amigos idealizados baseados no modelo narcisista (meninos) e paixões platônicas (meninas) Adolescência propriamente dita A principal tarefa desta fase é o desligamento das figuras parentais (elaboração edípica) É uma fase marcada pela ambivalência: busca por relações com pessoas fora do círculo familiar X evitação das relações com pessoas de fora do círculo familiar. Adolescência propriamente dita Há uma retirada do investimento das figuras parentais e seu deslocamento e redirecionamento para o Eu aumento do narcisismo Uso do mecanismo de intelectualização como proteção contra decepção, rejeição e fracasso na relação com o outro Engrandecimento exacerbado do Eu às custas da prova de realidade Adolescência propriamente dita Desinvestir os pais não implica em automaticamente investir em relações estáveis extrafamiliares. Ao contrário, há relações fugazes, apegos e identificações superficiais Pais subvalorizados = adolescente superinvestido narcisicamente, com postura rebelde, arrogante, desafiadora e questionadora da autoridade. Adolescência propriamente dita Enfraquecimento do Superego = empobrecimento do Ego, que reage: Identificações transitórias Superexigência do corpo, levando-o ao extremo Esmagadora modificação afetiva e sua liberação explosiva Percepção aguda da vida interior Adolescência propriamente dita Parte da tensão pulsional é liberada para fora (agitação) e parte contida no indivíduo (autocontrole, atuação de acordo com o esperado socialmente) De maneira intermediária, o Eu é superinvestido e todas as suas funções são supervalorizadas, o que pode criar uma falsa vivência de onipotência no adolescente
Compartilhar