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Adolescência 1º2015

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Adolescência
1
 
“Não vejo esperança para o futuro do nosso povo se ele depender da frívola mocidade de hoje, pois todos os jovens são, por certo, indizivelmente frívolos... Quando eu era menino, ensinavam-nos a ser discretos e a respeitar os mais velhos, mas os moços de hoje são excessivamente sabidos e não toleram restrições.”
 Hesíodo, século VIII a.C.
Puberdade e Adolescência
Puberdade 
Puber
Processo biológico com determinações diversas. 
Adolescência
Adolescentia
Adolescens
Adolescere
Fenômeno psicossocial – século XX
Puberdade e Adolescência
Determinada pela cultura  elasticidade em seus limites de começo e fim.
De modo geral,
Adolescência inicial: transformações corporais e alterações psíquicas consequentes.
Adolescência média: sexualidade.
Adolescência final: novas modalidades de relacionamento com as figuras parentais, escolha profissional, aceitação do novo corpo.
A Síndrome da Adolescência Normal 
Busca de si mesmo e da identidade
Tendência grupal
Necessidade de intelectualizar e fantasiar
Crises religiosas
Deslocalização temporal
A Síndrome da Adolescência Normal 
Evolução sexual do autoerotismo à heterossexualidade
Atitude social reivindicatória
Contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta
Separação progressiva dos pais
Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo
A busca pela identidade
Elaboração de lutos
O luto pelo corpo infantil
As modificações corporais são vivenciadas como uma invasão → retenção das conquistas infantis como defesa ao mesmo tempo em que deseja ser adulto
Refúgio no mundo interno
O corpo adolescente, com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, põe fim à onipotência da bissexualidade
A busca pela identidade
“Só quando o adolescente é capaz de aceitar simultaneamente os dois aspectos, o de criança e o de adulto, pode começar a aceitar de maneira flutuante as mudanças do seu corpo, e começa a surgir a sua nova identidade.” (Aberastury, 1981, p.66)
A busca pela identidade
O luto pela identidade infantil
Um novo corpo leva o sujeito à estruturação de uma nova imagem corporal, um novo Ego/Eu corporal, à busca de uma nova identidade e o cumprimento de novos papéis – “quem sou eu”?
Separação dos pais e novas identificações
Flutuações de identidades
A busca pela identidade
O luto pelos pais infantis
Desvalorização das figuras parentais
Busca de figuras substitutivas dos pais para servirem à necessidade de cisão dos afetos
“A rebeldia frente aos pais só é possível quando flutuam com o submeter-se a outras figuras que os substituam” (Aberastury, 1981, p.68)
Adolescência Inicial
Busca vigorosa por objetos de investimento libidinal extrafamiliares como reação ao afastamento progressivo das figuras parentais
Perda da força do Superego
Desinvestimento dos pais internalizados
Comprometimento da identificação
Atuações delinquentes
Sentimento de vazio
Amigos idealizados baseados no modelo narcisista (meninos) e paixões platônicas (meninas)
Adolescência propriamente dita
A principal tarefa desta fase é o desligamento das figuras parentais (elaboração edípica)
É uma fase marcada pela ambivalência: busca por relações com pessoas fora do círculo familiar X evitação das relações com pessoas de fora do círculo familiar.
Adolescência propriamente dita
Há uma retirada do investimento das figuras parentais e seu deslocamento e redirecionamento para o Eu  aumento do narcisismo
Uso do mecanismo de intelectualização como proteção contra decepção, rejeição e fracasso na relação com o outro
Engrandecimento exacerbado do Eu às custas da prova de realidade
Adolescência propriamente dita
Desinvestir os pais não implica em automaticamente investir em relações estáveis extrafamiliares. Ao contrário, há relações fugazes, apegos e identificações superficiais
Pais subvalorizados = adolescente superinvestido narcisicamente, com postura rebelde, arrogante, desafiadora e questionadora da autoridade.
Adolescência propriamente dita
Enfraquecimento do Superego = empobrecimento do Ego, que reage:
Identificações transitórias
Superexigência do corpo, levando-o ao extremo
Esmagadora modificação afetiva e sua liberação explosiva
Percepção aguda da vida interior
Adolescência propriamente dita
Parte da tensão pulsional é liberada para fora (agitação) e parte contida no indivíduo (autocontrole, atuação de acordo com o esperado socialmente)
De maneira intermediária, o Eu é superinvestido e todas as suas funções são supervalorizadas, o que pode criar uma falsa vivência de onipotência no adolescente

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