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RECURSOS TERAPÊUTICOS BIOHÍDRICOS PROFESSORA GISELE GUTJAHR DE GÓES MESTRE EM REABILITAÇÃO E INCLUSÃO PÓS-GRADUADA EM ACUPUNTURA MEMBRO DA SBED PORTO ALEGRE 2019 Ambiente Virtual do Aluno (AVA) Acesso semanal Acesso de todas as disciplinas Avaliação Continuada HIDROTERAPIA Conceitos: Hidroterapia é o tratamento que utiliza água como recurso terapêutico. Hidro = água Terapia = tratamento ✓ 70% peso corporal é composto de água. ✓ Formas de aplicação: banhos térmicos, turbilhão, ducha, compressas de bolsas térmicas, crioterapia. ✓ Crioterapia: lesão aguda de 24 até 72 horas, intervalo de 2 horas entre cada aplicação. Tempo de aplicação 15 e 30 minutos. HISTÓRIA DA HIDROTERAPIA Origem Grega Iniciou A.C. Hipócrates Pai da medicina prescrevia tto com água fria ou quente. Em Viena Neurologista Winternitz Pai da Hidroterapia Científica 1882 primeiro centro de hidroterapia. Efeitos Fisiológicos da Água Efeitos Terapêuticos da Água Indicações Contraindicações PREFEITURA DE NAVEGANTES - SP UNIFACEMA - MA FEEVALE - NH SANTA CRUZ DO SUL CLÍNICA MARANTES - CANOAS ULBRA - CANOAS HIDRO – ACM - ANHANGUERA CUIDADOS NA TERAPIA AQUÁTICA ✓ Atenção a higiene (temperatura alta colabora para proliferação de micro-organismos que podem causar doenças). ✓ Ozônio para tratar a água, age mais rápido que o cloro, não irrita os olhos, a pele e as mucosas. ✓ Afogamento ✓ Dificuldade de visualizar o fundo da piscina INDICAÇÕES DA TERAPIA AQUÁTICA ✓ Dor ✓ Pós-operatórios ✓ Melhorar equilíbrio ✓ Melhorar coordenação ✓ Aumento de força muscular ✓ Redução de edemas ✓ Melhorar circulação sanguínea ✓ Espasticidade ✓ Limitação de ADM ✓ Relaxamento muscular CONTRA-INDICAÇÕES DA TERAPIA AQUÁTICA Relativas Absolutas Período Menstrual Feridas Infectadas Tímpano Perfurado (Orientar Cuidado) Infecções Na Pele Medo de Água Trombose Venosa Profunda (TVP) (Aguda Repouso Total) Incontinência Urinária (Calça Látex Carci) Infecção Urinária Incontinência Fecal Úlceras Varicosas Insuficiência Cardíaca Convulsões Acessórios que podem ser utilizados na terapia aquática Calça de Látex Fralda Ecológica Fralda adulto para piscina FISIOLOGIA DA IMERSÃO Princípios Físicos da Água: 1- Hidrostática (ação da água com o corpo imerso em repouso). 2- Hidrodinâmica (ação da água com o corpo imerso em movimento); 3- Termodinâmica (troca de calor entre corpo e meio líquido). HIDROSTÁTICA ✓ FLUTUAÇÃO (Princípio de Arquimedes): indivíduos imersos estão submetidos a duas força: GRAVIDADE e a FLUTUAÇÃO que atuam em sentido contrário. ✓ PESO HIDROSTÁTICO (peso aparente): reduzido na água, pois é o resultado da diferença da força entre o peso corporal e o empuxo. ✓ DENSIDADE RELATIVA: aceita como uma proporção de um. Qualquer objeto com uma densidade menor que 1, irá flutuar. Criança: densidade relativa 0,86 Adolescência e idade adulta: 0,97 Idoso: retorno próximo dos 0,86 Densidade da água 830 vezes maior que a densidade do ar. PRESSÃO HIDROSTÁTICA (Lei de Pascal) Definida como a força exercida por unidade de área horizontalmente e é igualmente exercida sobre toda a superfície de um corpo submerso em repouso em uma dada profundidade. Pressão varia conforme a profundidade e a densidade. Melhora edemas. Melhora da função respiratória: água exerce resistência para os músculos inspiratórios e auxilia na expiração (DPOC). PRESSÃO HIDROSTÁTICA DESCARGA DE PESO METACENTRO ✓ Um corpo submerso na água está sujeito a duas forças, GRAVIDADE E FLUTUAÇÃO. ✓ Gravidade força de cima para baixo, empuxo de baixo para cima, forças iguais sem movimento, ou seja corpo em equilíbrio. Quando uma dessas forças se modificam ocorrem movimentos rotacionais, na tentativa de adquirir o equilíbrio denominado METACENTRO. ✓ Cuidar os movimentos rotacionais com os indivíduos submersos, o mínimo deslocamento de água, desequilibra o metacentro podendo ocorrer movimentos rotacionais. REFRAÇÃO Refração é a deflexão de um raio luminoso. Mudança da direção dos raios, quando ultrapassam meios de diferentes densidades. EXEMPLOS: Piscina parece mais rasa; Membros distorcidos quando submersos; Dificuldade em enxergar o fundo da piscina. Resistência do Fluído ✓ É a força exercida durante o movimento na água. (8 vezes maior que a do ar). ✓ Ocorre devido a Coesão que é a força de moléculas do mesmo tipo de matéria. ✓ Ou através da Adesão força de moléculas de diferentes matérias. ✓ VISCOSIDADE: Atrito interno do líquido. O Ar menos viscoso que a água. Temperatura altera a viscosidade da água, água quente possui uma viscosidade menor que a água fria. HIDRODINÂMICA O corpo imerso está em movimento e este gera um fluxo laminar ou turbulento. Tensão Superficial: fenômeno que ocorre em todos os líquidos, ela se caracteriza pela formação de uma espécie de membrana elástica em suas extremidades. Tomemos como exemplo a água, que por sua vez tem a maior Tensão Superficial dentre os outros líquidos. Esteira, redemoinhos e arrasto: objeto se move imerso gera uma diferença de pressão à frente e na parte de trás, sendo essa menor que a anterior. Fluxo Laminar (alinhado): ocorre nos movimentos lentos, a velocidade é constante e produz um fluxo alinhado. A resistência gerada é diretamente proporcional à velocidade, portanto quando mais lento for o movimento, menor a resistência. Fluxo Turbulento: ocorre nos movimentos rápidos, devido á alta velocidade a água não consegue ter um fluxo regular. A resistência nesse caso é o quadrado da velocidade. TERMODINÂMICA Transferência de calor dentro da água. Existem diferentes formas de transmitir calor: ✓ IRRADIAÇÃO: se a temperatura corporal for maior do que a ambiente, haverá perda de calor na forma de raios térmicos infravermelhos. ✓ CONDUÇÃO: transferência de calor entre o corpo e um objeto ao ar. ✓ CONVECÇÃO: quando a perda de calor pelo contato do vento com a pele. ✓ EVAPORAÇÃO: quando á água evapora a partir da superfície corporal ou através dos pulmões. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ✓Lippert-Grüner, M. Paresis, historical therapy in the perspective of Caelius Aurelianus, with reference to the use of hydrotherapy in antiquity. J. Hist. Neurosci. 2002; 11(2):105-109. ✓ACCACIO, L. M. P.; SACCHELLI, T. Propriedades físicas da água. In: MONTEIRO, C. G.; GAVA, M. V. (Org.). Fisioterapia aquática. São Paulo: Manole, 2007a. cap.1, p.1-12 ✓McNAMARA, C.; THEIN, L. Reabilitação aquática de pacientes com disfunções musculoesqueléticas da coluna vertebral. In: RUOTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE, A. J. Reabilitação aquática. São Paulo: Manole, 2000. cap. 6, p. 95-115 ✓Michelle Cristina de Souza Molina Gomes e Rosamaria Rodrigues Garcia. COMPARAÇÃO ENTRE O TRATAMENTO NO SOLO E NA HIDROTERAPIA PARA PACIENTES COM OSTEOPOROSE: REVISÃO DA LITERATURA COMPARISON BETWEEN HYDROTHERAPY AND GROUND TREATMENT FOR OSTEOPOROSIS PATIENTS: A LITERATURE REVIEW. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano III, no 7, jan/mar 2006 ✓CUNHA, M.C.B.; LABRONINI, R.H.D.D.; OLIVEIRA, A.S.B. & GABBAI, A.A. – Hidroterapia Rev. Neurociências 6(3): 126-130, 1998 ✓ RESENDE SM ,RASSI CM ,VIANA FP. Efeitos da hidroterapia na recuperação do equilíbrio e prevenção de quedas em idosas Effects of hydrotherapy in balance and prevention of falls among elderly women. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 12, n. 1, p. 57-63, jan./fev. 2008 ✓Lippert-Grüner, M. Paresis, historical therapy in the perspective of Caelius Aurelianus, with reference to the use of hydrotherapy in antiquity. J. Hist. Neurosci. 2002; 11(2):105-109.✓ Degani, A.M. Hidroterapia: os efeitos físicos, fisiológicos e terapêuticos da água. Fisioterapia em Movimento 11(1): 93- 105, 1998. ✓ Skinner, A.T.; Thomson, A.M. Duffield - Exercícios na água. 3 a edição. Ed. Manole, 1985. ✓ Cunningham. Método Halliwick. In: Ruoti RG, Morris DM, Cole AJ. Reabilitação Aquática. 1ª edição, São Paulo, Ed. Manole , 2000, p. 337-366. ✓ Garrett G. Método dos anéis de Bad Ragaz. In: Ruoti RG, Morris DM, Cole AJ. Reabilitação Aquática. 1ª edição. São Paulo, Ed. Manole, 2000, p 319-322. ✓ Dull, H. Watsu. In: Ruoti RG, Morris DM, Cole AJ. Reabilitação Aquática. 1ª edição. São Paulo, Ed. Manole, 2000, p. 367-388. ✓ Moschetti, M. Projeto de instalações. In: Ruoti RG, Morris DM, Cole AJ. Reabilitação Aquática. 1ª edição, São Paulo , Ed. Manole, 2000, p. 391-410. OBRIGADA E-MAIL: giseleggoes.fisio@gmail.com
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