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13) O movimento periódico Um corpo que executa movimento periódico encontra-se sempre em uma posição de equilíbrio estável. Quando ele é deslocado dessa posição e libertado, surge uma força ou um torque que o faz retornar à sua posição de equilíbrio. Tal força pode ser chamada de força restauradora. Uma oscilação ocorre somente quando existe uma força restauradora que obriga o sistema a voltar para a sua posição de equilíbrio. A amplitude do movimento, A, é o módulo máximo do vetor deslocamento do corpo a partir da posição de equilíbrio. É sempre positiva. Para uma mola ideal, a amplitude total é 2A. O ciclo é quando, por exemplo, vai de A até –A, retornando para A. O período, T, é o tempo correspondente a um ciclo. É sempre positivo. A frequência, , é o número de ciclos, por unidade de tempo. É sempre positiva.f A frequência angular, , é ω πf.2 f = 1T O tipo mais simples de oscilação ocorre quando a força restauradora é diretamenteF x proporcional ao deslocamento x da posição de equilíbrio. Quando isso ocorre, a oscilação denomina-se MHS. xF x = − k Supondo que não exista atrito, a equação acima, fornece a força resultante sobre o corpo. A aceleração de um corpo que executa um MHS é dada por: − xax = km O sinal negativo indica que a aceleração sempre tem sentido contrário ao do deslocamento. Essa aceleração não é constante. Um corpo que executa um MHS constitui um oscilador harmônico. O MHS é a projeção de um MCU sobre um diâmetro do círculo. O círculo, ao longo do qual a bola se move de modo que sua projeção se superpõe à do movimento oscilatório do corpo, denomina-se circulo de referencia. cosθx = A xax = − ω2 ω =√ km π T = 2 √ km No MHS, o período e a frequência não dependem da amplitude. Quando encontrar um corpo oscilando com um período que dependa da amplitude, a oscilação não corresponderá a um MHS. cos(ωt )x = A + ϕ denomina-se ângulo de fase. Ela nos informa em que ponto do ciclo o movimento seϕ encontrava em t = 0. − Asen(ωt )vx = ω + ϕ − Acos(ωt )ax = ω2 + ϕ No MHS, o deslocamento é uma função senoidal periódica. mv kx kA onstanteE = 2 1 x 2 + 2 1 2 = 2 1 2 = c *colocar diagrama de energia A força que a mola ideal exerce sobre um corpo é uma força conservativa, e As forças verticais não realizam trabalho, de modo que a energia mecânica total é conservada. Suponha também que a massa da mola seja desprezível. O MHS pode ocorrer em qualquer sistema no qual exista uma força restauradora diretamente proporcional ao deslocamento a partir da posição de equilíbrio. MHS na direção vertical K*deltal =mg Essencialmente análogo ao MHS horizontal. A única diferença real é que a posição de equilibro (ponto x=0) não corresponde mais ao ponto em que a mola não está deformada. MHS angular Uma mola helicoidal exerce um torque restaurador Tz proporcional ao deslocamento angular teta a partir da posição de equilíbrio. Escreve-se Tz= -k teta, onde k é uma constante de torção. -k teta= I alfa Omega= raiz (k /I) Freqüência = 1/2pi raiz (k/I) É vantajoso que uma roda catarina seja um MHS. Caso não fosse, a freqüência dependeria da amplitude, e o relógio poderia adiantar ou atrasar quando a mola se desgastasse. Pendulo simples É um modelo idealizado constituído por um corpo puntiforme suspenso por um fio inextensível de massa desprezível. A trajetória é um arco de circunferência de raio L igual ao comprimento do fio. A força restauradora F é o componente tangencial da força resultante. F teta= -mgsen teta A força restauradora é fornecida pela gravidade; a tensão T atua meramente para fazer o peso puntiforme se deslocar ao longo de um arco. A força restauradora não é proporcional a teta, mas sim a sen teta; logo, o movimento não é MHS. Contudo, quando o angulo teta é pequeno, sen teta é aproximadamente igual ao angulo teta em radianos. Assim, com essa aproximação: F teta = -mgx/L A força restauradora é então proporcional à coordenada para pequenos deslocamentos, e a constante da força é dada por k=mg/L. Omega = raiz (g/L) T = 2pi raiz (L/g) FOTO A utilidade de um pendulo para medir o tempo depende do fato de o período ser aproximadamente independente da amplitude, desde que a amplitude seja pequena. Pêndulo físico É qualquer pendulo real, que usa um corpo com volume finito, em contraste com o modelo idealizado do pendulo simples, que usa um corpo cuja massa está concentrada em um único ponto. FOTO Na posição de equilíbrio, o centro de gravidade está diretamente abaixo do pivô. Quando o corpo é deslocado conforme indicado, o peso mg produz um torque restaurador Tz = -(mg)(d sen teta) O sinal negativo mostra que o torque restaurador possui sentido anti horário quando o deslocamento possui sentido horário, e vice-versa. O movimento não é MHS, porque o torque restaurador não é proporcional a teta, mas sim a sen teta. Contudo, quando teta é pequeno, pode se fazer a mesma aproximação do pendulo simples. Assim, o movimento é aproximadamente harmônico simples. Tz = -(mgd) teta Omega = raiz (mgd/I) T=2pi raiz (I/mgd) FOTO Oscilações amortecidas Os sistemas oscilantes ideais que foram discutidos até o momento não possuíam atrito. Nesses sistemas as forças são conservativas, a energia mecânica total é constante e, quando o sistema começa a oscilar, ele continua oscilando sem diminuição da amplitude. Os sistemas reais sempre possuem alguma força não conservativa, assim, a amplitude das oscilações vai diminuindo com o tempo. A diminuição da amplitude provocada por uma força dissipativa denomina-se amortecimento e o movimento correspondente denomina-se oscilação amortecida. Exemplo: escoamento de um fluido viscoso, tal como em um amortecedor ou no caso do atrito entre superfícies lubrificadas com óleo. Com o amortecimento pequeno: X= A e^ -(b/2m)t X cos (omega linhat + fi) Omega linha = raiz ( k/m - b^2/ 4m^2) A amplitude Ae... nao é constante e diminui por causa do fator decrescente e... . Quanto maior o valor de b, mais rapidamente diminuirá a amplitude. Quando FOTO é satisfeita, ocorre o amortecimento crítico. O sistema não oscila mais, e ao ser deslocado e libertado, retorna para a posição de equilíbrio. A condição n maior do que 2raiz(km) corresponde ao superamortecimento. Novamente o sistema não oscila, porém retorna para sua posição de equilíbrio mais lentamente do que no caso do amortecimento crítico. Para o caso de superamortecimento: FOTO Para b menor que o valor crítico, há subamortecimento. O sistema oscila com uma amplitude que diminui continuamente. FOTO Oscilações forçadas e ressonância Você pode manter constante a amplitude das oscilações se fornecer a ele um pequeno empurrão ao final de cada ciclo. Essa força adicional é chamada de força propulsora. Quando uma força propulsora que varia senoidalmente atua sobre um oscilador harmônico amortecido, o movimento resultante denomina-se oscilação forçada. A amplitude é dada em função da frequência angular omega d da força propulsora, e atinge um pico quando a frequência da força propulsora possui um valor próximo da frequência da oscilação natural do sistema. Esse fenômeno denomina-se ressonância. FOTO 14) Mecânica dos fluidos Denomina-se fluido qualquer substância que pode fluir; o termo pode ser usado para um gás ou para um líquido. Geralmente, considera-se gás o fluido que pode ser facilmente comprimido e um líquido, o fluido que é quase incompreensível, embora existam alguns casos excepcionais. A estáticados fluidos se pauta na primeira e na terceira leis de Newton. Densidade: massa por unidade de volume. ρ = mV A densidade relativa de um material ou massa específica relativa é a razão entre a densidade do material e a densidade da água a 4ºC, 1000 kg/m³. A densidade de alguns materiais varia de um ponto ao outro no interior do material. Um exemplo disso é o corpo humano, que inclui gordura (baixa densidade) e ossos (alta densidade). Quando um fluido (um gás ou um líquido) está em repouso, ele exerce uma força perpendicular sobre qualquer superfície que esteja em contato com ele, tal como a parede do recipiente ou um corpo imerso no fluido. Embora o fluido como um todo esteja em repouso, as moléculas que o constituem estão em movimento; as forças exercidas pelo fluido são oriundas das colisões moleculares com as superfícies vizinhas. A pressão do fluido atua sempre ortogonalmente sobre qualquer superfície orientada em qualquer direção. A pressão não tem nenhuma direção própria, trata-se de uma grandeza escalar. Quando se despreza o peso do fluido, a pressão no interior do fluido é a mesma em todos os pontos do seu volume. (pressão em fluido com densidade constante)gh P = P 0 + ρ A pressão em qualquer dos dois pontos do fluido é sempre igual em todos os pontos que possuem a mesma altura. A forma do recipiente não altera essa pressão. Lei de Pascal: A pressão aplicada a um fluido no interior de um recipiente é transmitida sem nenhuma diminuição a todos os pontos do fluido e para as paredes do recipiente. A1 F1 = A2 F2 O excesso da pressão acima da pressão atmosférica denomina-se pressão manométrica, e a pressão total denomina-se pressão absoluta. O empuxo é um fenômeno familiar: um corpo imerso na água parece possuir um peso menor do que no ar. Quando o corpo possui densidade menor do que a do fluido, ele flutua. O corpo humano normalmente flutua na água, e um balão cheio de hélio flutua no ar. O princípio de Arquimedes afirma: quando um corpo está parcial ou completamente imerso no fluido, o fluido exerce sobre o corpo uma força de baixo para cima igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo. Essa força de baixo para cima denomina-se força de empuxo sobre o corpo sólido. A linha de ação da força de empuxo passa pelo centro de gravidade do fluido deslocado (que não coincide necessariamente com o centro de gravidade do corpo). Tensão superficial: a superfície do liquido se comporta como uma membrana submetida à tensão. As moléculas de um liquido exercem forças de atração mútuas; a força resultante sobre qualquer molécula situada no interior do volume do líquido é igual a zero, porém , uma molécula na superfície é puxada para dentro do volume. Ou seja, o líquido tende a minimizar a área da superfície, da mesma forma que uma membrana. A tensão superficial dificulta a penetração da água entre fendas pequenas. A pressão da água P necessária pode ser reduzida usando-se água quente com sabão, que possui tensão superficial menor. Um fluido ideal é um fluido incompreensível (cuja densidade não varia) e sem nenhum atrito interno (chamado de viscosidade). Pode-se considerar um gás incompreensível quando as diferenças de pressão de uma região para outra não forem muito elevadas. A trajetória de uma partícula individual durante o escoamento de um fluido denomina-se linha de escoamento ou linha de fluxo. Quando a configuração global do escoamento de um fluido não varia com o tempo, ele se chama de escoamento estacionário. Nesse tipo de escoamento, todo elemento que passa por determinado ponto segue sempre a mesma linha de escoamento. (eq. da continuidade, fluido incompreensível)v vA1 1 = A2 2 (eq. da continuidade, fluido compreensível)A v v ρρ1 1 1 = A2 2 2 (eq. de Bernoulli)gy ρv gy ρvP 1 + ρ 1 + 2 1 2 1 = P 2 + ρ 2 + 2 1 2 2
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