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O Classicismo em Portugal e a obra de Camões

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Profª Maria Auxiliadora 
Classicismo 
Classicismo: Camões 
 O CLASSICISMO: 
 O Classicismo em Portugal teve início, em 1527, com a vinda do 
escritor Sá de Miranda da Itália para Península Ibérica, trazendo todo 
ideário renascentista. Tal momento baseava-se na concepção de arte 
greco-latina de perfeição estética, no racionalismo (nítida influência do 
pensamento dos filósofos sofistas que criam ser o conhecimento algo 
puramente humano), na visão universalista e impessoal da arte e da vida 
(equilíbrio entre razão e emoção). Todos os renascentistas procuravam a 
Beleza, o Bem e a Verdade. 
 Momento Histórico: 
 A Igreja católica estava sofrendo grandes abalos: primeiramente o 
Humanismo, que já havia injetado o pensamento antropocêntrico nas 
academias; em um segundo momento, a Reforma Protestante, 
caracterizada pelo Luteranismo e Calvinismo, isto é, a criação e a 
expansão da religião protestante. O feudalismo estava em explícita 
decadência. 
 Mas o fator mais importante para traduzir o perfil da época foi o 
Renascimento, que foi a continuação e o incremento das ideias 
humanistas; na realidade, o Renascimento leva as ideias humanistas ao 
extremo e a todas as áreas do conhecimento humano. Tivemos, portanto, 
renascimento cultural, científico e econômico. Este é que vai inspirar 
sobremaneira a epopeia “Os Lusíadas”, de Camões. 
 Portugal, devido a sua estratégia posição geográfica, a um poder 
centralizado precocemente e ao desenvolvimento do conhecimento 
marítimo na Escola de Sagres, ganhou relevo na expansão marítima, 
vivendo portanto um momento de fausto. Tal prosperidade econômica é 
decorrente da posição fundamental de Portugal nos relacionamentos 
comerciais entre Europa e as Índias. 
 
 
LUÍZ VAZ DE CAMÕES 
 Nascido por volta de 1524, em local desconhecido, Camões, 
possivelmente, descendeu de família aristocrática, tendo passado sua 
juventude junto à vida palaciana, cenário de sua formação intelectual. 
 Leitor dos clássicos gregos e extremamente culto, Camões, com seu 
talento, foi notório na corte, especialmente entre as mulheres, sendo elas 
o motivo de seu exílio como soldado raso em Ceuta(1459), de onde 
retorna após perder um olho. Ainda volta ao exílio, sob pena de ser 
engajado no serviço ultramarino, com o qual chega, em 1553, à Índia. 
Após passagem em Goa, onde teria escrito parte de “Os Lusíadas”, 
envolveu-se em novas pendências judiciárias. Camões leva, a partir de 
então, uma vida miserável, até ser, sob os cuidados de Diogo do Couto, 
repatriado. Em Portugal, publica “Os Lusíadas”, recebendo como 
recompensa uma pequena pensão anual que não o impede de morrer 
pobre e abandonado, em 1580.

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