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1 2 3 4 CINEMÁTICA Cinemática é o ramo da Física que se ocupa da descrição dos movimentos dos corpos, sem se preocupar com a análise de suas causas PONTO MATERIAL: é todo corpo cujas dimensões não interferem no estudo de um determinado fenômeno. É também chamado de partícula. CORPO EXTENSO: é todo corpo cujas dimensões interferem no estudo de um determinado fenômeno. REFERENCIAL: é o ponto ou corpo tomado como referência para o estudo do movimento. REPOUSO E MOVIMENTO: Um ponto material está em movimento quando sua posição varia no decorrer do tempo em relação a um referencial. Se a posição não muda, então o corpo está em repouso. Ex.: uma pessoa sentada dentro de um ônibus encontra-se em repouso em relação à outra pessoa sentada ao seu lado, ou a outra que também esteja dentro do mesmo ônibus. O movimento existe quando o corpo analisado muda de posição no decorrer do tempo, em relação a um dado referencial. Ex.: um ônibus encontra-se em movimento em relação à uma pessoa sentada em um banco de praça, ou aguardando atravessar a rua. Questões: 1. Um ônibus está andando à velocidade de 40 km/h. Seus passageiros estão em movimento ou repouso? Por que? 5 2. Uma pessoa, em um carro, observa uma árvore na calçada de uma rua, ao passar por ela. A árvore está em repouso ou em movimento? Explique. 3. Considere o livro que você está lendo. A)Ele está em repouso em relação a você? B) E em relação a um observador no Sol? TRAJETÓRIA: é a linha determinada pelas diversas posições que um corpo ocupa no decorrer do tempo. A trajetória depende do referencial adotado. 4. Sobre o chão de um elevador coloca-se um trenzinho de brinquedo, em movimento circular. O elevador sobe com velocidade constante. Que tipo de trajetória descreve o trenzinho, em relação: A) Ao elevador? B) Ao solo? ESPAÇO (POSIÇÃO ESCALAR): é a medida da distância do corpo até a origem das posições, num determinado instante. . as posições à direita da origem tem sinal positivo . as posições à esquerda da origem tem sinal negativo DESLOCAMENTO E CAMINHO PERCORRIDO: Deslocamento de um móvel num dado intervalo de tempo é a diferença entre a posição final e a posição inicial que ocupa nos extremos desse intervalo de tempo. Caminho percorrido, também chamado, espaço percorrido é e distância efetivamente percorrida (andada) pelo móvel. 6 3) Numa pista circular de 1600 metros de comprimento, um carro dá uma volta completa partindo de um certo ponto da pista. Determine 7 o seu deslocamento e a distância percorrida por ele. EXERCÍCIOS SOBRE TRAJETÓRIA Exercício 1 (PUC-SP) A afirmação "todo movimento é relativo" significa que: A) Todos os cálculos de velocidade são imprecisos. B) Não existe movimento com velocidade constante. C) A velocidade depende sempre de uma força. D) A velocidade depende sempre de uma aceleração. E) A descrição de qualquer movimento requer um referencial. Exercício 2 (UFU-MG) De um avião que voa de leste para oeste com velocidade constante, abandona-se uma bomba. Despreze o atrito com o ar e esboce a trajetória da bomba quando vista: A) em relação a um observador fixo no solo. B) em relação a um observador no avião. Exercício 3 (UFMG) Júlia está andando de bicicleta com velocidade constante, quando deixa cair uma moeda. Tomás está parado na rua e vê a moeda cair. Considere desprezível a resistência do ar. Assinale a alternativa em que melhor estão representadas as trajetórias da moeda, como observadas por Júlia e por Tomás. Exercício 4 Observe o ponto P, marcado em vermelho, na extremidade da hélice de um avião que voa em linha reta. 54 Como é a trajetória desse ponto durante o voo? 8 Exercício 5 (UFMG) João, Pedro e Marcos observam um ponto P na borda de um disco que gira em um plano horizontal (ver figura). João se encontra acima do disco, sobre seu eixo. Pedro está no mesmo plano do disco e Marcos, entre João e Pedro. As trajetórias do ponto P, observadas por João, Marcos e Pedro respectivamente, são melhor apresentadas pelas figuras da alternativa: Exercício 6 (UEM-PR) Um trem se move com velocidade horizontal constante. Dentro dele estão um observador A e um garoto, ambos parados em relação ao trem. Na estação, sobre a plataforma, está o observador B, parado em relação a ela. Quando o trem passa pela plataforma, o garoto joga uma bola verticalmente para cima. Desprezando-se a resistência do ar, podemos afirmar que: 01) o observador A vê a bola se mover verticalmente para cima e cair nas mãos do garoto. 02) o observador B vê a bola descrever uma parábola e cair nas mãos do garoto. 04) os dois observadores vêem a bola se mover numa mesma trajetória. 08) o observador B vê a bola se mover verticalmente para cima e cair atrás do garoto. 16) o observador A vê a bola descrever uma parábola e cair atrás do garoto. Dê como resposta a soma dos números associados às proposições corretas. Exercício 7 (UFB) Uma bicicleta está se deslocando horizontalmente para o leste com velocidade constante. Pede-se: A) O selim (banco) está em repouso ou em movimento em relação ao pneu? B) Esboce a trajetória de um ponto do pneu, vista por um observador fixo no solo. 9 VELOCIDADE A velocidade é dada pela razão entre espaço percorrido e o intervalo de tempo. Indica a rapidez com que um corpo de movimenta. Geralmente as unidades de medias adotadas são : m/s ou km/h. Mas a unidade padrão do sistema internacional (SI) é dada em m/s. VELOCIDADE MÉDIA Indica a rapidez que um corpo se desloca em um tempo médio. Usamos a seguinte fórmula para calcular a velocidade média: 10 11 smV /4 20 80 12 13 OS MOVIMENTOS DA TERRA E AS ESTAÇÕES DO ANO A Terra se movimenta no espaço. Como exemplo de movimentos da Terra no espaço, podemos citar o de rotação e o de translação, cujos efeitos sentimos no nosso dia a dia. O movimento de rotação é aquele que a Terra faz ao girar em torno do seu próprio eixo. Esse movimento é realizado de oeste para leste e tem duração aproximadamente de 24 horas. É graças a ele que existe o dia e a noite, uma vez que o movimento rotativo expõe gradativamente partes do planeta ao Sol, na mesma medida em que oculta as partes que lhes são opostas. As estações do ano decorrem durante cerca de três meses, nos quais as diferentes regiões da Terra recebem menor ou maior quantidade de irradiação solar, de acordo com a inclinação do planeta em sua órbita ao redor do Sol. Toma-se como ponto de referência a linha do Equador para se observaronde e com que intensidade os raios solares incidem sobre os diferentes locais da superfície terrestre. As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam o tipo de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul). Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Da mesma maneira, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em função da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo. Durante o inverno, as noites são tanto mais longas, quanto mais o Sol se afasta da linha do 14 Equador. É esse afastamento que faz as temperaturas abaixarem. Já durante o verão, os dias são tanto mais longos, quanto mais o Sol se aproxima da linha do Equador e dos trópicos. Por isso, as temperaturas se elevam. No outono e na primavera, os dias e as noites têm a mesma duração. A velocidade que a Terra gira ao redor do Sol (translação) é cerca de 107 000 quilômetros por hora e a velocidade do movimento em torno de seu próprio eixo (rotação) é cerca de 1 700 quilômetros por hora na região do Equador, diminuindo quanto mais se aproxima dos pólos. MRUV-MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO ACELERAÇÃO 15 Em qualquer instante de tempo é possível localizar o móvel durante o seu movimento. Por se tratar de uma função do segundo grau, seu gráfico terá como curva uma parábola com concavidade voltada para ou para baixo dependendo do sinal da aceleração. 2 2 00 at tVSS taVV .0 16 EXERCÍCIOS MOVIMENTO UNIFORME 1. Uma partícula move-se em linha reta, obedecendo à função horária s = -5 + 20t, no S.I. Determine: A) a posição inicial da partícula; B) a velocidade da partícula; C) a posição da partícula no instante t = 5 s. 2. A função horária s = 50 - 10t (no S.I) é válida para o movimento de um ponto material. A) Determine em que instante o ponto material passa pela origem da trajetória. 3. Dois móveis, A e B, movimentam-se de acordo com as equações horárias sA = -20 + 4t e sB = 40 + 2t, no S.I. Determine o instante e a posição de encontro dos móveis. COMO É COBRADO NOS VESTIBULARES: 1. (PUC-RJ 2009) Um pacote do correio é deixado cair de um avião que voa horizontalmente com velocidade constante. Podemos afirmar que (desprezando a resistência do ar): a) um observador no avião e um observador em repouso no solo vêem apenas o movimento vertical do objeto. b) um observador no avião e um observador em repouso no solo vêem apenas o movimento horizontal do objeto. c) um observador no solo vê apenas um movimento vertical do objeto, enquanto um SaVV ..220 2 17 observador no avião vê o movimento horizontal e vertical. d) um observador no solo vê apenas um movimento horizontal do objeto, enquanto um observador no avião vê apenas um movimento vertical. e) um observador no solo vê um movimento horizontal e vertical do objeto, enquanto um observador no avião vê apenas um movimento vertical. gabarito e 2. (IESAM 2006) Antes eram os nazistas com ódio aos judeus. Hoje, são os homens se voltando contra a natureza, como, diariamente, se observa a derrubada das matas e a humilhação do solo, atacado pelo fogo, ao longo da rodovia PA-150, que liga Belém ao sul do Pará. Suponha-se que um grupamento de soldados bombeiros seja transportado de helicóptero para uma operação de combate a um incêndio em uma cidade A do interior, distante 250 km de Belém. Após voar 125 km em linha reta, o piloto descobre que a rota está errada e, para corrigi-la, ele altera a direção do voo de um ângulo de 90°. Se a rota não tivesse sido corrigida, a que distância ele estaria de A, após ter voado os 250 km previstos? a) 130 km b) 230 km c) 260 km d) 250 km e) 125 km gabarito d 3. (UEPA 2007) No gráfico abaixo, estão representadas as posições do movimento do carteiro em seu trajeto durante quatro intervalos de tempos iguai. Analise as seguintes afirmativas sobre esse movimento: I. A velocidade do carteiro foi maior no intervalo 3 do que no 1. II. A máxima velocidade for atingida no intervalo 2. III. O único intervalo no qual o movimento for acelerado foi o 4. IV. No primeiro intervalo, a velocidade permaneceu constante e diferente de zero. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II b) II e III c) II e IV d) III e IV 18 e) I e IV gabarito d 4. (UFPA 1996) Um rapaz e uma moça saem de suas casas um ao encontro do outro, caminhando sempre com velocidades respectivamente de 3,5 km/h e 2,5 km/h. Estando a 100 m da moça , em linha reta, o rapaz, ao avistá-la, aciona o seu cronômetro, travando-o apenas no instante em que os dois se encontram. O intervalo de tempo, em minuto, registrado pelo cronômetro vale a) 1 b) 6 c) 9 d) 10 e) 12 5. (AMAN) Um automóvel percorre a primeira metade de um trecho retilíneo de extensão total 400 m com velocidade escalar média de 120 km/h. Para que a velocidade escalar média, em todo o trecho, seja de 80 km/h, a velocidade escalar média na segunda metade do trecho deverá ser de: a) 20 km/h b) 48 km/h c) 56 km/h d) 60 km/h e) 80 km/h gabarito d 6. (UFES) Um atirador ouve o ruído da bala atingindo um alvo 3s após dispará-la com velocidade de 680 m/s. Sabendo que a velocidade do som é de 340 m/s, a distância, em metros, entre o atirador e o alvo é de : a) 340 b) 680 c) 1020 d) 1530 e) 2040 gabarito b MOVIMENTO VARIADO 1.(PUCCAMP 95) A função horária da posição s de um móvel é dada por s=20-4t-3/2t2, com unidades do Sistema Internacional. Nesse mesmo sistema, a função horária da velocidade do móvel é a) 4 - 3t b) -6t c) 4 - 6t d) -4 - 3t e) 4 - 1,5t 2.(PUCCAMP 2001) Um automóvel parte do repouso no instante t=0 e acelera uniformemente com 2,0m/s2, durante 10s. A velocidade escalar média do automóvel entre os instantes t=5,0s e t=10s, em m/s, foi de a) 40 b) 35 c) 16 d) 15 e) 20 3. (UFSE) A função horária das posições de uma partícula é dada, no Sistema Internacional de Unidades, por s = 40 – 25 t + 3,0 t2. A velocidade da partícula no instante t = 5,0 s é, em m/s: 19 a) 43 d) – 7 b) 5 e) – 16 c) 8 4. (UNEB-BA) Uma partícula, inicialmente a 2 m/s, é acelerada uniformemente e, após percorrer 5 m, alcança a velocidade de 6 m/s. Nessas condições, sua aceleração, em metros por segundo ao quadrado, é: a) 1 c) 3,2 e) 5,2 b) 2 d) 4,2 5. (UEL 95) A função horária da posição de um móvel que se desloca sobre o eixo dos x é, no Sistema Internacional de Unidades, x = -10 - 4t + 1/2t2. A função horária da velocidade para o referido movimento é a) v = -4 + 2t b) v = -4 + t c) v = -4 + 0,5t d) v = -10 + 4t e) v = -10 + 2t 6. (UFPE 2004) O gráfico da velocidade em função do tempo de um ciclista, que se moveao longo de uma pista retilínea, é mostrado a seguir. Considerando que ele mantém a mesma aceleração entre os instantes t = 0 e t = 2 segundos, determine a distância percorrida no segundo segundo de tempo. Expresse sua resposta em metros. a) 12 m b) 16 m c) 42 m d) 32 m 7. (PUCCAMP 2000) Um móvel se desloca numa certa trajetória retilínea obedecendo à função horária de velocidades V=20-4,0.t, com unidades do Sistema Internacional. Pode-se afirmar que no instante t=4,0s, a velocidade instantânea, em m/s, e a aceleração instantânea, em m/s2, do móvel são, respectivamente, a) zero e zero b) zero e -4,0 c) 4,0 e -4,0 d) 8,0 e - 2,0 e) 4,0 e 4,0 8. (PUCCAMP 97) O gráfico a seguir representa a velocidade escalar de um móvel durante 15 s de movimento. Com base no gráfico é correto afirmar que a) o móvel está parado entre os instantes 5,0 s e 10 s. b) o movimento do móvel é sempre acelerado. c) o móvel percorreu 225 m nos primeiros 10 s. d) a velocidade inicial do móvel é 10 m/s e) o móvel percorreu 110 m nos primeiros 5,0 s. 9. (UNESP 96) A figura representa o gráfico velocidade x tempo do movimento retilíneo de 20 um móvel. Qual o deslocamento desse móvel nos primeiros 30 segundos? a) 950 m b) 450 m c) 750 m d) 75 m e) 95 m 10. (VUNESP) O gráfico ao lado mostra como varia a velocidade v em função do tempo t de um corpo que se desloca sobre uma trajetória retilínea e horizontal. O espaço percorrido por este corpo, no intervalo de tempo de 0 a 8 s, vale a) 180 m. d) 270 m. b) 210 m. e) 420 m c) 250 m. 11. (UECE 96) Um móvel desloca sobre uma reta, segundo o gráfico: No intervalo t=0 a t=3, o espaço percorrido foi de: a) 4m b) 8,5m c) 12,5m d) 11,5m 12. Durante as experiências no laboratório, um grupo de alunos verificou que, entre os instantes 2s e 10s, a velocidade de um carrinho varia de 3 m/s a 19 m/s. Calcule o valor da aceleração desse movimento. a) 4 m/s2 b) 8 m/s2 c) 2 m/s2 d) 6 m/s2 13. (UFAM) Dois automóveis A e B partem simultaneamente de um mesmo ponto e suas velocidades em função do tempo são mostradas no mesmo gráfico a seguir. A distância que separa os móveis depois de 8 segundos é a) 12 m b) 8 m c) 42 m d) 32 m 21 14. (FUVEST) Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera com aceleração escalar constante e igual a 2,0 m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade escalar e a distância percorrida, após 6,0 segundos, valem, respectivamente: a) 6,0 m/s e 9,0 m b) 6,0 m/s e 18,0 m c) 3,0 m/s e 12,0 m d) 12 m/s e 36,0 m e) 2,0 m/s e 12,0 m 15. Durante as experiências no laboratório, um grupo de alunos verificou que, entre os instantes 2s e 10s, a velocidade de um carrinho varia de 3 m/s a 19 m/s. Calcule o valor da aceleração desse movimento. a) 4 m/s2 b) 8 m/s2 c) 2 m/s2 d) 6 m/s2 MOVIMENTO CIRCULAR Movimento circular uniforme (MCU) GRANDEZAS ANGULARES RELAÇÕES PERÍODO E FREQUÊNCIA Período T É o menor intervalo de tempo para um fenômeno periódico se repetir. Unidades: segundo (s), minuto (min), hora (h), etc. Frequência f num fenômeno periódico É o número de vezes que o fenômeno se repete na unidade de tempo. Unidades: hertz (Hz) (ciclos/segundo), rpm (rotações/minuto), etc. RELAÇÕES 22 Velocidade angular: A velocidade angular é formulada como: 2 2 T f. onde: ω = velocidade angular ΔΘ = deslocamento angular Δt = variação no tempo Outra forma para calcular a velocidade angular é relacionando-a com a velocidade linear de forma que: Rv . OBSERVAÇÃO: O espaço angular tem como unidade no sistema internacional o grau. Já a velocidade angular tem como unidade o radiano por segundo (rad/s). Aceleração centrípeta: A aceleração centrípeta aponta sempre para o centro da circunferência e é calculada da forma: a v R R c 2 2 . onde: ac = aceleração centrípeta v = velocidade linear R = raio da trajetória ω = velocidade angular Equação horária da posição: Θ = Θo + ωt Onde: Θ = posição angular final Θo = posição angular inicial = velocidade angular APLICAÇÕES: 23 Mesmo eixo EXERCÍCIOS, 1. Uma polia está girando, no sentido horário, a uma freqüência de 600rpm. Determine: a) a freqüência em Hz; b) o período em segundos; c) a velocidade angular do movimento em °/s; d) a velocidade de um ponto a 10cm do eixo da polia 2. Imaginando que a Terra apresente apenas movimento de rotação, determine: a) a velocidade angular desse movimento. Dê a resposta em °/h; b) a velocidade escalar de um ponto do equador terrestre, sabendo que o raio do equador terrestre é de, aproximadamente, 6400km. 3. A polia A, de raio 60cm, está ligada à polia B, de raio 20cm, por meio de uma correia inextensível. Se a polia A gira no sentido indicado, com freqüência 1200rpm, determine a freqüência e o sentido do movimento da polia B, sabendo que não há escorregamento. 24 4. A relação r1/r2 entre os raios das engrenagens da figura é 1,5. Pede-se: a) a relação entre as freqüências (f1/f2); b) o sentido da rotação da engrenagem 2, se a engrenagem 1 gira no sentido anti- horário. ACELERAÇÃO CENTRÍPETA 1. Determine as características da aceleração centrípeta de um corpo que percorre uma circunferência de raio 40cm com velocidade escalar constante de 10m/s, no instante em que passa pelo ponto A, indicado na figura. 2. Determine a intensidade da aceleração centrípeta de um corpo que percorre uma circunferência de raio 0,50 m com freqüência de 600rpm. FORÇA CENTRÍPETA 1. Um corpo de massa 50g desliza sobre um plano horizontal sem atrito, em MCU, preso por meio de um fio, de comprimento 20cm, a um 25 ponto fixo. Determine a intensidade da força de tração no fio, se a freqüência do movimento é de 300rpm. (Considere π² = 10) MOVIMENTO VERTICAL NO VÁCUO Quando um corpo é abandonado ele cai (Queda Livre), devido à atração gravitacional que todos os corpos exercem entre si. Nos movimentos verticais, lançamentos verticais e queda livre, os corpo fossem um movimento uniformemente variado devido ao efeito da gravidade. A aceleração deste movimento uniformemente variado possui o nome de aceleração da gravidade. Queda livre Na queda livre a velocidade inicial do corpo é nula (V0 = 0), o corpo sai sempre do repouso. A aceleração é a aceleração da gravidade (g). V0 - velocidade inicial VF - velocidade final h - altura t - tempo de queda g - aceleração da gravidade As equações ficam reduzidas quando a velocidade inicial é nula. Função horária da velocidade Função horária da posição Equação de Torricelli 26 Resumindo temos as seguintes fórmulas na queda livre. Lançamento Vertical Já no lançamento vertical as fórmulas não variam muito, mas tem que ficar ligado nos sentidos do movimento(para cima e para baixo) que podem alterar os sinais das grandezasfísicas envolvidas. A velocidade do corpo na altura máxima é nula quando o corpo está subindo. Função horária da velocidade Função horária da posição Equação de Torricelli Resumindo temos as seguintes fórmulas no lançamento vertical. 27 EXERCÍCIOS, QUEDA LIVRE 1. Um objeto cai do alto de um edifício, gastando 7s na queda. Calcular com que velocidade atinge o solo (g=10 m/s2). 2. Uma menina, na margem de um rio, deixa cair uma pedra que demora 5s para chegar à superfície da água. Sendo a aceleração local da gravidade igual a g=10 m/s2, determine a distância percorrida pela pedra.. 3. Num planeta fictício, a aceleração da gravidade vale g=25 m/s2. Um corpo é abandonado de certa altura e leva 7s para chegar ao solo. Qual sua velocidade no instante que chega ao solo? 4. Em um brinquedo de um parque de diversão o carrinho cai em queda livre por 3 segundos. Considerando a aceleração no local igual a 9,8 m/s2, que distância o carrinho percorre nesse intervalo de tempo? LANÇAMENTO OBLIQUO A distância horizontal percorrida pelo corpo desde o lançamento é chamada alcance 28 máximo. Podemos determinar o alcance máximo pela equação: Alcance máximo ocorre quando sen 2Ɵ = 1 A altura máxima pode ser calculada usando a equação: Após atingir a altura máxima, o corpo move-se em queda livre sob ação da gravidade, e sua velocidade aumenta com o tempo. EXERCÍCIOS, LANÇAMENTOS 1. (PUC-RJ 2009) Uma bola é lançada verticalmente para cima. Podemos dizer que no ponto mais alto de sua trajetória: a) a velocidade da bola é máxima, e a aceleração da bola é vertical e para baixo. b) a velocidade da bola é máxima, e a aceleração da bola é vertical e para cima. c) a velocidade da bola é mínima, e a aceleração da bola é nula. d) a velocidade da bola é mínima, e a aceleração da bola é vertical e para baixo. e) a velocidade da bola é mínima, e a aceleração da bola é vertical e para cima. gabarito d 2. (PUC-RJ 2009) Um objeto é lançado verticalmente para cima de uma base com velocidade v = 30 m/s. Considerando a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 e desprezando-se a resistência do ar, determine o tempo que o objeto leva para voltar à base da qual foi lançado. a) 3 s b) 4 s 29 c) 5 s d) 6 s e) 7 s gabarito d 3. (IESAM 2007) Um atleta "cadeirante" arremessa uma bola de basquete, com velocidade constante de 8 m/s. Desprezando a resistência do ar e considerando a gravidade no valor 10(dez) em unidade SI, podemos concluir que esta bola será capaz de subir a) 3,2 m b) 1,6 m c) 0,8 m d) 0,4 m e) 0,2 m gabarito a 4. (UNIFOR-CE) Atira-se uma pedra verticalmente. Ela sobe e, a seguir, volta ao ponto de partida. Desprezando-se a resistência do ar, o gráfico que pode representar a velocidade da pedra em função do tempo é o: a) b) c) d) e) gabarito a 5. (PELOTAS-RS) Uma pedra é lançada para cima, como mostra na figura e, após 6 s, retorna ao solo. Desprezando a resistência do ar e considerando g = 10 m/s2, o gráfico que representa a posição da pedra em função do tempo é: a) 30 b) c) d e) gabarito c 6. (UPF 2008) Um estudante lança uma esfera de metal por sobre a mesa plana e horizontal. Desprezando a resistência oferecida pelo ar, pode-se afirmar que, durante o movimento de queda da esfera, após abandonar a superfície da mesa, permanecem constantes: a) a aceleração e a força que age na esfera b) a aceleração e a quantidade de movimento da esfera c) a velocidade e a força que age na esfera d) a velocidade e a quantidade de movimento da esfera e) a velocidade e a aceleração da esfera gabarito a 7. (FUVEST) Um motociclista de motocross move-se com velocidade v = 10 m/s, sobre uma superfície plana, até atingir uma rampa (em A), inclinada de 45° com a horizontal, como indicado na figura. A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a rampa a uma distância horizontal D (D = H), do ponto A, aproximadamente igual a: a) 20 m b) 15 m c) 10 m d) 7,5 m e) 5 m gabarito a 31 8. (AFA 2009) Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser arremessada por um jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso. A bola é lançada com uma velocidade de 10 m/s e, ao cair na cesta, sua componente horizontal vale 6,0 m/s. Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2. Pode-se afirmar que a distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros, vale a) 3,0 b) 3,6 c) 4,8 d) 6,0 gabarito d 9 (UPE 2009) Um projétil é lançado em certa direção, partindo do ponto A com velocidade inicial de módulo V0, formando com a horizontal um ângulo de tiro igual a θ, cujas componentes vertical e horizontal são iguais, respectivamente, a 8 m/s e 6 m/s. O projétil descreve uma trajetória parabólica e atinge o solo no ponto E. Despreze a resistência do ar. Dado: g = 10 m/s2 De acordo com as informações e a figura acima, analise as afirmativas abaixo. I. O movimento no eixo X é uniforme, e o módulo da velocidade inicial V0 é igual a 10 m/s. II. No ponto C, o módulo da velocidade da partícula é igual a 6 m/s. III. O movimento no eixo Y é uniformemente variado, e o módulo da velocidade do projétil, ao atingir o ponto E, é menor do que o módulo da velocidade de lançamento no ponto A. IV. Em um ponto qualquer da trajetória entre A e E, o vetor velocidade terá módulo mínimo igual a 6 m/s e máximo igual a 8 m/s. É CORRETO afirmar que a) todos os itens estão corretos. b) apenas os itens I e III estão corretos. c) apenas os itens II e IV estão corretos. d) os itens III e IV estão incorretos. 32 e) os itens I e II estão incorretos. gabarito d 10. (PUC-SP 2000) Suponha que em uma partida de futebol, o goleiro, ao bater o tiro de meta, chuta a bola, imprimindo- lhe uma velocidade v0 cujo vetor forma, com a horizontal, um ângulo α. Desprezando a resistência do ar, são feitas as afirmações abaixo. I. No ponto mais alto da trajetória, a velocidade vetorial da bola é nula. II. A velocidade inicial v0 pode ser decomposta segundo as direções horizontal e vertical. III. No ponto mais alto da trajetória é nulo o valor da aceleração da gravidade. IV. No ponto mais alto da trajetória é nulo o valor vy da componente vertical da velocidade. Estão corretas: a) I, II e III b) I, III e IV c) II e IV d) III e IV e) I e II gabarito c 11. (FUVEST 2009) O salto que conferiu a medalha de ouro a uma atleta brasileira, na Olimpíada de 2008, está representado no esquema ao lado, reconstruído a partir de fotografias múltiplas. Nessa representação, está indicada, também, em linha tracejada, a trajetória do centro de massa da atleta (CM). Utilizando a escala estabelecida pelo comprimento do salto, de 7,04 m, é possível estimar que o centro de massa da atleta atingiu uma altura máxima de 1,25 m (acima de sua altura inicial), e que isso ocorreu a uma distância de 3,0 m, na horizontal, a partir doinício do salto, como indicado na figura. Considerando essas informações, estime: a) O intervalo de tempo t1, em s, entre o instante do início do salto e o instante em que o centro de massa da atleta atingiu sua altura máxima. b) A velocidade horizontal média, VH, em m/s, da atleta durante o salto. c) O intervalo de tempo t2, em s, entre o instante em que a atleta atingiu sua altura máxima e o instante final do salto. gabarito a) t1 = 0,50 s; b) VH = 6,0 m/s; c) t2 = 0,67 s 33 dicas de matemática: 34 35 DINÂMICA A dinâmica é a parte da mecânica que se dedica ao estudo dos movimentos levando em conta as suas causas: as forças. Força: É uma interação entre dois corpos. O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, podemos estudar os efeitos causados por ela, como: Aceleração: faz com que o corpo altere a sua velocidade, quando uma força é aplicada. a v t Deformação: faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força. FORÇA RESULTANTE: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um corpo. Dadas várias forças aplicadas a um corpo qualquer, a força resultante será igual a soma vetorial de todas as forças aplicadas: Note que podemos representar a situação acima através de uma única força (Fr), que corresponde a resultante de F1 e F2, produzindo o mesmo efeito na caixa. 1 CASO – Forças de mesma direção e sentidos opostos. (θ =180°) 2 CASO – Forças de mesma direção e sentidos iguais. (θ = 0°) 3 CASO – Forças com direções perpendiculares entre si. (θ = 90°) 36 4 CASO – Situação geral. (Ângulo qualquer) AS LEIS DE NEWTON A 1ª LEI DE NEWTON ( PRINCÍPIO DA INÉRCIA) " Se a resultante das forças que atuam sobre um corpo, for nula, este permanece em repouso (se já estiver em repouso) ou em movimento retilíneo uniforme (se já estiver em movimento)”. O exemplo mais simples, do ponto de vista da observação da inércia dos corpos, é aquele dos passageiros num ônibus. Quando o veículo é brecado, os passageiros tendem a manter-se no seu estado de movimento. Por isso, as pessoas "vão para a frente" do ônibus quando este breca. Inércia é a propriedade comum a todos os corpos materiais, mediante a qual eles tendem a manter o seu estado de movimento ou de repouso. 37 Quanto maior a massa de um corpo maior a sua inércia. A 2ª LEI DE NEWTON A segunda lei de Newton é o princípio fundamental da Mecânica. “A resultante das forças que agem sobre um ponto material é igual ao produto de sua massa pela aceleração adquirida” F = força (N) m = massa (kg) a = aceleração (m/s2) Unidade de força no S.I: (N) Newton A 3ª LEI DE NEWTON “A toda ação corresponde uma reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários” Obs: As forças de ação e reação nunca se anulam uma vez que sempre atuam em corpos diferentes. amFR . 38 . O movimento de um foguete (ou de um avião a jato) é causado pela força de reação exercida pelos gases que ele expele. PROPRIEDADES: . Tem mesma intensidade . Tem mesma direção . Tem sentidos opostos . Tem mesma natureza, isto é, ambas são forças de contato ou ambas são de campo. Se uma pessoa empurra uma mesa, a mesa empurra a pessoa com uma força igual e contrária. "Para se deslocar, o nadador empurra a água para trás, e, esta por sua vez, o empurra para frente. . Uma pessoa consegue andar graças a força que o solo exerce sobre o seu pé. COMPONENTES DE UMA FORÇA: Fx = F . cos θ Fy = F . sen θ FORÇA PESO O peso de um corpo é a força de atração gravitacional que a Terra, a Lua ou qualquer planeta exerce sobre ele. P = peso (N) m = massa (kg) g = aceleração da gravidade (m/s2) QUESTÕES: 1. Calcule a força com que a Terra puxa um corpo de 20kg de massa quando ele está em sua superfície. (Dado: g=10 m/s2) 2. Na Terra, a aceleração da gravidade é em média 9,8 m/s2, e na Lua 1,6 m/s2. Para um corpo de massa 5 kg, determine: A) o peso desse corpo na Terra. B) a massa e o peso desse corpo na Lua. P mg 29,8 /g m s 39 EXERCÍCIOS 1. (IMES 2008) Leia a tirinha abaixo: Assinale a alternativa correta. a) O peso do Garfield no outro planeta citado continuará o mesmo. b) A massa do Garfield será maior nesse outro planeta. c) A massa do Garfield será menor nesse outro planeta. d) O Garfield está certo, em um planeta com aceleração da gravidade menor seu peso será menor. e) O peso e a massa do Garfield não dependem da aceleração da gravidade. 2. (UEL-PR 1989) Na figura abaixo, os blocos A e B estão sobre um plano horizontal sem atrito. Sendo F igual a 45 N, MA igual a 8 kg e MB igual a 7 kg, a força que A exerce sobre B, em newtons, vale: a) 15 b) 21 c) 24 d) 45 3. (PUCMG 2004) De acordo com a terceira lei de Newton, a toda força corresponde outra igual e oposta, chamada de reação. A razão por que essas forças não se cancelam é: a) elas agem em objetos diferentes. b) elas não estão sempre na mesma direção. c) elas atuam por um longo período de tempo. d) elas não estão sempre em sentidos opostos. 4. (UFV 2003) Uma partícula de massa igual a 10 kg é submetida a duas forças perpendiculares entre si, cujos módulos são 3,0 N e 4,0 N. Pode- se afirmar que o módulo de sua aceleração é: a) 5,0 m/s2 b) 50 m/s2 c) 0,5 m/s2 d) 7,0 m/s2 e) 0,7 m/s2 40 5. (PUCMG 2004) A respeito do conceito de inércia, pode-se dizer que: a) inércia é uma força que mantém os objetos em repouso ou em movimento com velocidade constante. b) inércia é uma força que leva todos os objetos ao repouso. c) um objeto de grande massa tem mais inércia que um de pequena massa. d) objetos que se movem rapidamente têm mais inércia que os que se movem lentamente. 6. (PUC-RJ 2008) A primeira Lei de Newton afirma que, se a soma de todas as forças atuando sobre o corpo é zero, o mesmo a) terá um movimento uniformemente variado. b) apresentará velocidade constante. c) apresentará velocidade constante em módulo, mas sua direção pode ser alterada. d) será desacelerado. e) apresentará um movimento circular uniforme. 7. (UEL 2007) Um garoto, apoiando-se em uma bengala, encontra-se em cima de uma balança que marca 40 Kg. Se o garoto empurrar fortemente a bengala contra a balança e, se durante essa ação, ele não tirar os pés da balança, mantendo o corpo numa posição rígida, como mostra a figura, podemos afirmar que: a) É a lei da Gravitação Universal que rege o funcionamento da balança. b) A balança marcará menos de 40 Kg. c) A balança marcará mais de 40 Kg. d) Nada se pode concluir, pois não sabemos o valor da força que a bengala faz sobre a balança. e) A balança marcará os mesmos 40 Kg. 8. (PUC-RJ 2007) Um pára-quedista salta de um avião e cai em queda livre até sua velocidade de queda se tornar constante. Podemos afirmar que a força total atuando sobre o pára-quedistaapós sua velocidade se tornar constante é: a) vertical e para baixo. b) vertical e para cima. c) nula. d) horizontal e para a direita. e) horizontal e para a esquerda. 9. (CEFET-SP 2007) A aceleração da gravidade na superfície dos astros é determinada em função de sua massa e de seu raio médio. Como esses valores são distintos, de astro para astro, tem-se 41 acelerações também distintas. Observe alguns valores para as acelerações da gravidade. Analisando os dados da tabela, pode-se afirmar que um corpo que apresenta massa de 60 kg sobre a superfície do pequeno Plutão apresenta, a) na Terra, massa maior. b) na Lua, massa menor. c) em Júpiter, massa igual. d) em Netuno, peso igual. e) em Vênus, peso menor. 10. (FATEC 2006) Dois blocos A e B de massas 10 kg e 20 kg, respectivamente, unidos por um fio de massa desprezível, estão em repouso sobre um plano horizontal sem atrito. Uma força, também horizontal, de intensidade F = 60N é aplicada no bloco B, conforme mostra a figura. O módulo da força de tração no fio que une os dois blocos, em newtons, vale a) 60 b) 50 c) 40 d) 30 e) 20 11. (PUC-RJ 2008) João e Maria empurram juntos, na direção horizontal e mesmo sentido, uma caixa de massa m=100 kg. A força exercida por Maria na caixa é de 35 N. A aceleração imprimida à caixa é de 1 m/s2. Desprezando o atrito entre o fundo da caixa e o chão, pode-se dizer que a força exercida por João na caixa, em Newtons, é: a) 35 b) 45 c) 55 d) 65 e) 75 12. (PUCMG 2004) A respeito do conceito de inércia, pode-se dizer que: a) inércia é uma força que mantém os objetos em repouso ou em movimento com velocidade constante. b) inércia é uma força que leva todos os objetos ao repouso. c) um objeto de grande massa tem mais inércia que um de pequena massa. d) objetos que se movem rapidamente têm mais inércia que os que se movem lentamente. 42 13. Um caminhão com massa de 4000kg está parado diante de um sinal luminoso. Quando o sinal fica verde, ele parte em movimento acelerado e sua aceleração é de 2m/s2. Qual o valor da força aplicada pelo motor? a) 20000N b) 30000N c) 8000N d) 10000N e) 7000N 14. Dois blocos de massas mA = 3 kg e mB = 2 kg, apoiados sobre uma superfície horizontal perfeitamente lisa, são empurrados por uma força, qual a aceleração do conjunto e a força que A exerce sobre B. a) 5m/s2 e 8N b) 6m/s2 e 18N c) 5m/s2 e 3N d) 4m/s2 e 8N e) 8m/s2 e 8N Deformação Elástica Em regime elástico, a deformação sofrida por uma mola é diretamente proporcional à intensidade da força que a provoca. F k x . F = força elástica (N) k = constante elástica da mola (N/cm) x = deformação da mola (cm) QUESTOES: 1. Uma mola tem constante elástica de 10 N/cm. Determine a força que deve ser aplicada para que a mola sofra uma deformação de 5cm. 2 2 el kx E 43 2. A constante elástica de uma mola é de 30 N/cm. Determine a deformação sofrida pela mola ao se aplicar nela uma força de 120 N. 3. Uma mola de suspensão de carro sofre deformação de 5 cm sob ação de uma força de 2000 N. Qual a constante elástica dessa mola? Força de Atrito Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este se deslocaria sem parar. Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será totalmente livre de atrito. Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando. É isto que caracteriza a força de atrito: Oposição ao movimento; Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito); É proporcional à força normal de cada corpo; Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio. A força de atrito é calculada pela seguinte relação: NFat . Onde μ é coeficiente de atrito (adimensional); N é Força normal (N) Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que se aplique uma força maior do que a força 44 necessária quando o carro já está se movimentando. Isto acontece pois existem dois tipo de atrito: o estático e o dinâmico (cinético). QUESTÕES: 1. Um bloco de massa 8 kg é puxado por uma força horizontal de 20N. Sabendo que a força de atrito entre o bloco e a superfície é de 2N, calcule a aceleração a que fica sujeito o bloco. Dado: g = 10 m/s2. 2. Um bloco de massa 10 kg movimenta-se numa mesa horizontal sob a ação de uma força horizontal de 30 N. A força de atrito entre o bloco e a mesa vale 20 N. Determine a aceleração do corpo. 3. Um corpo de massa m = 5 kg é puxado horizontalmente sobre uma mesa por uma força F = 15 N. O coeficiente de atrito entre o corpo e a mesa é = 0,2. Determine a aceleração do corpo. Considere g = 10 m/s3. 4. Um bloco de massa 2 kg é deslocado horizontalmente por uma força F = 10 N, sobre um plano horizontal. A aceleração do bloco é 0,5 m/s2. Calcule a força de atrito TRABALHO DE UMA FORÇAPARALELA AO DESLOCAMENTO Quando aplicamos uma força sobre um corpo, provocando um deslocamento, estamos gastando energia, estamos realizando um trabalho. δ = F.d δ = trabalho (J) F = força (N) d = distância (m) Unidade de trabalho no S.I: (J) Joule Casos particulares: Fd 45 • A força F tem a mesma direção e o mesmo sentido do deslocamento d (θ = 0º) τ = +F.d • A força F tem a mesma direção e sentido oposto ao do deslocamento d (θ = 180º) τ = -F.d • A força F é perpendicular ao deslocamento d (θ = 90º) τ = 0 QUESTÕES: 1. Calcular o trabalho realizado por uma força de 28 N que desloca um objeto numa distância de 5 m na mesma direção e sentido da força. 2. Uma força constante de 20 N produz, em um corpo, um deslocamento de 0,5 m no mesmo sentido da força. Calcule o trabalho realizado por essa força. 3. Um carrinho é deslocado num plano horizontal sob a ação de uma força horizontal de 50 N. Sendo 400 J o trabalho realizado por essa força, calcule a distância percorrida. TRABALHO DE UMA FORÇA NÃO PARALELA AO DESLOCAMENTO = F.d.cos cosFd 46 = trabalho (J) F = força (N) d = distância (m) = ângulo formado entre a força e a horizontal QUESTÕES: 1. Um corpo é puxado sobre uma superfície plana e horizontal por uma força F = 600 N. O ângulo entre essa força e o sentido do movimento é 30o . Sendo o deslocamento do corpo igual a 50 m, calcule o trabalho realizado pela força F. Dado: cos 30o = 0.9 2. Uma mala é puxada sobre um plano horizontal por uma força de 50 N. Essa força forma ângulo de 37o com o deslocamento do corpo, que é de 4 m. Calcule o trabalho da força. Dado: cos 37o = 0,8. PROPRIEDADE: O trabalho é numericamente igual a área, num gráfico da força em função do deslocamento 3. (UFPE) O gráfico da figura mostra a variação da intensidade da força F que atuasobre um corpo, paralelamente à sua trajetória, em função de seu espaço (x). Qual é o trabalho, em joules, realizado pela força quando o corpo vai de x = 4 m para x = 10 m? a) 6 b) 10 c) 32 d) 64 e) 84 4. (UEMS)Um carro parte do repouso em uma trajetória retilínea sofrendo ação de uma forca 47 que, em função do deslocamento, tem o seguinte comportamento : Com base nesses dados, pode-se dizer que o trabalho realizado pela forca F no deslocamento de 0 a 300 m é de: a) 5,0x104 J b) 4,0x104 J c) 3,5x104 J d) 3,0x104 J e) 2,5x104 J Trabalho da Força Peso Consideremos um corpo de massa m lançado do solo, verticalmente para cima, atingindo uma altura h, ou abandonado dessa mesma altura em relação ao solo, num local onde a aceleração da gravidade é igual a g. Como o corpo fica sujeito à força P, ele realiza um trabalho resistente durante a subida e um trabalho motor durante a descida. (> 0) : A força tem o sentido do movimento. (< 0): A força tem sentido contrario ao sentido do movimento. QUESTÕES: 1. Uma pessoa realizou um trabalho de 9 J para levantar verticalmente uma caixa que pesa 4 N. Quantos metros atingiu a altura da caixa? 2. Para elevar um livro que pesa 5 N, do chão até uma altura de 2m, qual o valor do trabalho necessário? mgh 48 3. Um bloco de massa 2 kg é tirado do solo e colocado a uma altura de 5 m. Determine o trabalho da força peso. Potência A potência relaciona o trabalho realizado por uma força, com o tempo gasto para realizar esse trabalho t P vFP . P = potência (W) = trabalho (J) t = tempo (s) Unidade de potência no S.I: W (watt) QUESTÕES: 1. Calcule a potência de um motor, sabendo que ele é capaz de produzir um trabalho de 180 J em 20 s. 2. Uma máquina a vapor realiza um trabalho de 20000 J em 50 s. Qual é sua potência? 3. Em quanto tempo um motor de potência igual a 1500 W realiza um trabalho de 4500 J? Energia Potencial Gravitacional Energia que o corpo adquire quando é elevado em relação a um determinado nível. Ep = energia potencial (J) m = massa (kg) h = altura (m) g = aceleração da gravidade (m/s2) QUESTÕES: 1. Um corpo com massa de 2 kg está a uma altura de 160 m do solo. Calcular a energia potencial gravitacional desse corpo em relação ao solo, considerando g=10 m/s2. gE mgh 49 2. Determine a energia potencial gravitacional, em relação ao solo, de uma bola de futebol, de massa 1 kg, que está a 4 m de altura, num local onde g= 9,8 m/s2 Energia Cinética Energia que o corpo adquire devido a sua velocidade. Ec = energia cinética (J) m = massa (kg) v = velocidade (m/s) QUESTÕES: 1. Qual a energia cinética de um veículo de 700 kg de massa, quando sua velocidade é de 20m/s? 2. Qual a energia cinética de um carro com massa 1500 kg que viaja a 20 m/s? 3. Qual a massa de uma pedra que foi lançada com uma velocidade de 5 m/s, sabendo-se que nesse instante ele possui uma energia cinética de 25 J? 4. A energia cinética de um corpo é 1800 J e sua massa é 2 kg. Determine sua velocidade. Teorema da Energia Cinética Se aplicarmos uma força sobre um corpo nós podemos variar sua velocidade, ou seja, variar sua energia cinética. = trabalho (J) Ec = energia cinética (J) 2 2 c mv E 22 0 2 2 R c mvmv E 50 = F.d Ec = 1/2 m.v2 v = velocidade (m/s) QUESTÕES: 1. Qual o trabalho realizado por uma força que varia a velocidade de um corpo de massa 3 kg de 8 m/s a 10 m/s? 2. Qual o trabalho realizado pela força que age sobre um corpo de massa 40 kg, cuja velocidade variou de 30 m/s a 50 m/s? 3. Calcule o trabalho realizado pela força que varia a velocidade de um corpo de massa 2 kg desde vA = 5 m/s a vB = 1 m/s. ENERGIA MECÂNICA E SUA CONSERVAÇÃO A energia mecânica (Em) é a soma da energia cinética e potencial em um ponto. A energia mecânica permanece constante (EmA = EmB) enquanto o corpo sobe ou desce. QUESTÕES: 1. Uma pedra é abandonada de uma certa altura chegando ao solo com uma velocidade de 10 m/s. 2. Calcule essa altura. Admita g = 10 m/s2 e despreze a resistência do ar. 3. Uma pedra é libertada de uma altura de 15 m em relação ao solo. Sabendo que sua massa vale 5 kg e g = 10 m/ss, determine sua energia cinética ao atingir o solo. 4. Um esquiador desce uma pista de esqui a partir do repouso. Qual a sua velocidade ao chegar no ponto B 2 2 c mv E gE mgh o oc p c p E E E E cte 51 5. Um carrinho está em movimento sobre uma montanha russa, como indica a figura acima. Qual a velocidade do carrinho no ponto C? Quantidade de Movimento Sempre que houver uma interação entre dois corpos‚ sendo que‚ ao menos um deles esteja em movimento‚ ou adquira movimento‚ a determinação da quantidade de movimento e do impulso é importante para o estudo dessa interação. A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial determinada pela massa do corpo multiplicada pelo seu vetor velocidade: Q m v . Como a massa é uma grandeza escalar‚ o vetor quantidade de movimento será paralelo ao vetor velocidade‚ tendo a mesma direção e sentido. Impulso O impulso é uma grandeza física que estuda a interação de uma força aplicada a um corpo com o tempo de aplicação. A aplicação do impulso determina a variação da quantidade de movimento (Teorema do Impulso). Para uma força de módulo constante agindo em um intervalo de tempo o impulso é: I F t . Como a variação do tempo é uma grandeza escalar‚ o vetor impulso terá sempre a mesma direção e sentido do vetor força que o ocasiona. PROPRIEDADE 52 Observação: Se a força F tiver direção constante e intensidade variável em função do tempo, a intensidade do impulso da força, num certo intervalo de tempo, é numericamente igual à área no diagrama F x t: 3. Teorema do Impulso O impulso mede a variação da quantidade de movimento de um corpo‚ e pode ser deduzido: I Q Como anteriormente formulado‚ o impulso é igual a variação da quantidade de movimento. Como exemplo‚ podemos citar uma situação bastante comum: um projétil que sai de um armamento provocando um recuo da arma. No caso de um sistema em que as forças externas são nulas ou a resultante delas é nula‚ o impulso do sistema é nulo: ´ Zzzzz Choque (Colisão) A aplicação imediata dos conceitos de quantidade de movimento e impulso‚ e do teorema do impulso é no estudo do choque entre corpos. Em qualquer choque entre dois ou mais corpos‚ se considerarmos o sistema composto apenas por eles ? portanto‚ sem a existência de forças externa ao sistema ? haverá sempre a conservação da quantidade de movimento. No entanto‚ diferentes situações podem ocorrer: Quando‚ por exemplo‚ dois corpos se chocam e continuam o movimento unidos‚ verifica-se o chamado choque perfeitamente inelástico. Neste caso‚ embora a quantidade de movimento se conserve‚ existe uma significativa perda de energia cinética do sistema.Se‚ por outro lado‚ o choque ocorre sem deformações permanentes‚ pode ser classificado como choque perfeitamente elástico. Neste caso 53 existe a conservação da quantidade de movimento bem como da energia cinética do sistema. Existem ainda os choques parcialmente elásticos‚ que abrangem toda a gama de possibilidades entre os extremos do choque elástico e do inelástico. Tipos de Choque Uma esfera desloca-se com velocidade de módulo vA e colide frontalmente com outra esfera B, que se desloca com velocidade de módulo vB, conforme indica a figura. Sejam VA e VB as velocidades das esferas imediatamente após o choque. Define-se coeficiente de restituição a grandeza e dada por: e = velocidade relativa de afastamento / velocidade relativa de aproximação ou seja: e = (VB – VA)/(vA – vB) O numerador representa a velocidade de afastamento entre os corpos (ou seja‚ a velocidade com que se afastam um em relação ao outro). O denominador representa a velocidade de aproximação relativa entre eles. De acordo com o valor de e temos três tipos de choques: e = 1 : choque perfeitamente elástico. 0 < e < 1: choque parcialmente elástico. e = 0: choque perfeitamente inelástico. Nos choques perfeitamente elásticos a energia cinética se conserva, o que não ocorre nos choques parcialmente elástico e perfeitamente inelástico.. 54 Exercícios 1. (Fuvest-SP) Considere as seguintes afirmações acerca de uma colisão inelástica de um sistema constituído por dois corpos. I. Existe conservação de energia cinética imediatamente antes e imediatamente após a colisão. II. Existe conservação da quantidade de movimento imediatamente antes e imediatamente após a colisão. III. Conserva-se a velocidade relativa dos corpos‚ antes e após a colisão. Destas afirmações: a) apenas I é correta. b) apenas II é correta. c) apenas III é correta. d) I e II são corretas. e) II e III são corretas. 2. (Fuvest-SP) Um carro de massa 800 kg‚ em repouso‚ é abalroado por trás por um outro de 1 200 kg que se movimenta com velocidade 72 km/h. Supondo que a colisão tenha sido totalmente inelástica‚ determinar: a) a velocidade do conjunto constituído pelos dois carros imediatamente após a colisão (em km/h). b) a variação de energia cinética do sistema. 3. (Unicamp-SP) Um objeto de massa m1=4‚0 kg e velocidade v1=3‚0 m/s choca-se com um objeto em repouso‚ de massa m2=2‚0 kg. A colisão ocorre de forma que a perda de energia cinética é máxima‚ mas consistente com o princípio da conservação da quantidade de movimento. a) Quais as velocidades dos objetos imediatamente após a colisão? b) Qual a variação da energia cinética do sistema? 4. Um corpo se desloca sob ação de uma força de direção constante. Qual é a intensidade do impulso que age no corpo no intervalo de tempo de 0 a 10 s? Considere os casos: Respostas: 1. b 2. a) 12 m/s b) 96000 J 55 3. a) 2 m/s b) 6 J GRAVITAÇÃO Lei da Gravitação Universal de Newton F = força gravitacional (N) M, m = massas dos objetos (kg) d = distância entre as massas (m) 2 21.. d mm GF 2 2 11 .10.67,6 kg mN G 56 Imponderabilidade no interior de satélite: A ausência aparente do peso dentro de satélites faz com que os corpos flutuem, não querendo, entretanto, significar que a força gravitacional FFcp 2 2 . r mM G r v m r MG v . R GM ve 2 57 seja nula. Isso é devido ao fato de a força gravitacional fazer o papel da resultante centrípeta para manter o satélite e os corpos de seu interior em trajetória elíptica.
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