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ARTIGO SIMP_SIO ESPORTES COLETIVOS

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1
O jogo como meio de desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem dos 
esportes coletivos
Joyce Ribeiro Caetano€
Orientador: Neilon Carlos**
Resumo – Este artigo mostra algumas possibilidades pedag‚gicas para o desenvolvimento do processo 
de ensino aprendizado dos esportes coletivos nas aulas de Educaƒ„o F…sica, considerando as 
caracter…sticas l†dicas do jogo. Baseando-se na import‡ncia do ensino dos esportes na escola, buscou-se 
nos jogos uma forma prazerosa de ajudar no desenvolvimento das competˆncias e habilidades dos 
esportes coletivos como o Futebol, o Basquetebol e o Handebol. Concluiu-se que a utilizaƒ„o dos jogos 
como ferramenta pedag‚gica para o processo de ensino aprendizagem dos esportes coletivos possibilita a 
participaƒ„o de todos, promovendo a partilha, a confianƒa em si mesmo e no outro, eliminando 
comportamentos destrutivos, desenvolvendo diversas competˆncias inerentes ao esporte, aproximando 
alunos e professores num ambiente de espontaneidade.
Palavras chaves: Basquetebol, competˆncias, desenvolvimento, esporte, futebol, 
habilidades, handebol, jogos, ludicidade.
1 INTRODU€O
Os jogos s„o atividades ricas em situaƒ‰es imprevistas, Šs quais o indiv…duo tem 
de responder prontamente assumindo responsabilidades e riscos (D’ANGELO, 
JŒNIOR, JŒNIOR ET AL, 2009). Entende-se que os jogadores devem resolver 
sozinhos as situaƒ‰es e que necessitam de adaptaƒ„o imediata, sendo capazes de criar e 
superar diversas situaƒ‰es que ocorrem nos jogos, trabalhando em equipe e alcanƒando 
os objetivos propostos.
Para Hildebrandt (2003) apud Sara (2009), os esportes s„o tratados como forma 
de movimento humano, onde hŽ uma relaƒ„o de diŽlogo da prŽtica com 
significado/sentido para a vida do aluno. E trazer as possibilidades de jogo e 
movimento para o mundo cotidiano dos alunos atravs da Educaƒ„o F…sica (EF)  uma 
maneira de provocar uma ampliaƒ„o das possibilidades de jogo e movimento. 
Assim, jogo e esporte s„o instrumentos educacionais que contribuem para a 
construƒ„o de valores morais e ticos, coibindo a competiƒ„o exacerbada e a conquista 
de resultados a qualquer custo (D’ANGELO, JŒNIOR, JŒNIOR ET AL, 2009).
2
Leva-se em consideraƒ„o que na escola  preciso que o coletivo privilegie sobre 
o individual, defendendo o compromisso da solidariedade e respeito humano, a 
compreens„o de que jogo se faz “a dois”, e que  diferente jogar “com” o companheiro 
e jogar “contra” o adversŽrio. O seu conhecimento na escola deve promover a 
compreens„o que a prŽtica esportiva deve ter o significado de valores e normas que 
assegurem o direito Š prŽtica do esporte (COLETIVO DE AUTORES, 2009).
Assim como o esporte, os jogos s„o fen‘menos sociais que desenvolvem um 
papel fundamental na sociedade agregando valores e colaborando com a formaƒ„o do 
indiv…duo como cidad„o (D’ANGELO, JŒNIOR, JŒNIOR ET AL, 2009).
Para tanto, a prŽtica dos jogos  uma peƒa fundamental para o processo de 
ensino aprendizagem dos esportes coletivos na escola (LEONARDO, SCAGLIA e 
REVERDITO, 2009).
2 METODOLOGIA
Este artigo se baseou numa revis„o de literatura, sendo caracterizado, como 
te‚rico-conceitual. Foram lidos e estudados livros e artigos que abordam sobre a prŽtica 
do ensino dos esportes e dos jogos enquanto conte†dos da Educaƒ„o F…sica Escolar 
(EFE). 
3 REFERENCIAL TE‚RICO
Com o surgimento oficial da Educaƒ„o F…sica na escola (1851) surgiram diversas 
concepƒ‰es pedag‚gicas ao longo dos anos. Dentre elas est„o higienismo / militarismo, 
recreacionismo, psicomotricidade, desenvolvimentista, esportivismo, cultura corporal e 
outras. Neste estudo  de nosso interesse citar a princ…pio o esportivismo que teve seu 
in…cio em marƒo de 1964, quando o governo militar comeƒou a investir no esporte 
tentando fazer da EF um meio para a promoƒ„o do pa…s (DARIDO E RANGEL, 2005).
Esse modelo de EF foi muito criticado por seu perfil mec‡nico, em que o 
professor apenas repetia ao aluno tcnicas espec…ficas de cada modalidade em busca da 
perfeiƒ„o e rendimento. Mesmo sendo t„o criticada, principalmente nas duas †ltimas 
dcadas, essa concepƒ„o  a mais encontrada nas escolas. Talvez por sua “facilidade”, 
uma vez que os professores e alunos n„o precisam refletir sobre o que fazem, sendo 
necessŽrio apenas repetir os gestos tcnicos e aperfeiƒoŽ-los buscando alto rendimento. 
3
Para Daolio (2007), a educaƒ„o f…sica s‚ deixou de ser vista como uma Žrea 
exclusivamente biol‚gica a partir da dcada de 80, quando estudiosos comeƒaram a 
questionar em busca de explicaƒ‰es atravs das ciˆncias humanas.
Devido a esses questionamentos, existe na Educaƒ„o F…sica uma diversidade de 
concepƒ‰es, tendo ent„o diversas formas de pensar e ministrar essa disciplina na escola. 
(DARIDO E RANGEL, 2005). Pensando em todo o conte†do da Educaƒ„o F…sica e na 
prŽtica dos esportes coletivos, nos deparamos com o fato de que o esporte n„o pode 
simplesmente ser deixado de lado na escola, mas deve ser repensada a forma de aplicŽ-
lo, n„o dando ˆnfase ao seu perfil tecnicista, uma vez que a Educaƒ„o F…sica atual tem 
como objetivo formar um cidad„o reflexivo.
Assim, entender o esporte como uma perspectiva pedag‚gica significa valorizar 
o processo de aprendizagem que o mesmo fornece aos alunos, como tambm as bases 
educativas que possibilitam a vivˆncia do jogo nas suas dimens‰es, permitindo 
estabelecer relaƒ‰es do aprendizado com a realidade. Neste processo s„o vŽrias as 
atividades que podem ser aplicadas para colaborar e aprimorar o ensino dos esportes 
coletivos.
Diante disso, buscou-se investigar os procedimentos didŽticos e metodol‚gicos 
poss…veis e adequados para ajudar no ensino do esporte na escola, sobretudo dos 
esportes coletivos. Foi necessŽrio analisar e refletir sobre o esporte enquanto conte†do 
pedag‚gico, as necessidades dos alunos e a prŽtica pedag‚gica do professor, para que 
pudssemos apontar encaminhamentos metodol‚gicos poss…veis para o desenvolvimento 
do esporte nas aulas de EF.
Dessa forma, decidiu-se apontar possibilidades metodol‚gicas para o ensino dos 
esportes coletivos nas aulas de EF, com o desenvolvimento dos jogos, levando em 
consideraƒ„o um ensino com caracter…sticas envolventes, inclusivas e que incentivem a 
participaƒ„o de todos os alunos.
O esporte nas aulas de educaƒ„o f…sica
4
Para Darido e Rangel (2005), as aulas de EF devem acontecer de forma com que 
todos participem, baseando-se no princ…pio da inclus„o que busca garantir o acesso de 
todos os alunos.
O responsŽvel por esse princ…pio  o professor, que deve saber como desenvolver 
os conte†dos da Educaƒ„o F…sica para que n„o ocorra a exclus„o, em especial na prŽtica 
dos esportes coletivos, para que n„o aconteƒa inclusive a evas„o dos alunos por se 
sentirem menos que os outros que se sobressaem.
Assim, o professor deve buscar uma metodologia adequada, relacionando-a 
sempre Š formaƒ„o do aluno. Atravs do l†dico pode obter resultados nos aspectos da 
integraƒ„o, express„o, criaƒ„o, desenvolvimento de atitudes e habilidades. Pode-se 
buscar nos jogos tradicionais e na adaptaƒ„o de regras feitas pelos pr‚prios alunos, uma 
forma de ensinar mais prazerosa, fazendo ent„o com que os alunos participem e se 
interessem cada vez mais pelas atividades.
O jogo como ferramenta pedag†gica no processo de ensino aprendizagem dos 
esportes coletivos
Para uma proposta do ensino dos esportes coletivos atravs dos jogos e suas 
estratgias devem-se considerar os objetivos das modalidades abordadas, relacionando-
os aos objetivos dos jogos selecionados. Sendo jogos que possuam as estratgias e 
movimentos comuns aos esportes coletivos, podendo citar: passe (cooperaƒ„o, divis„o 
das responsabilidades); organizaƒ„o de espaƒo (decis‰es individuais e em grupo,interaƒ„o); atacar e defender (aƒ‰es coletivas); estratgias de finalizaƒ„o (decis‰es do 
grupo); ˆnfase no desenvolvimento de valores (cooperaƒ„o, respeito Šs limitaƒ‰es 
individuais e dos outros. superaƒ„o dos obstŽculos, persistˆncia, resiliˆncia).
Trata-se da prŽtica do esporte educacional que tem como princ…pios ensinar 
esporte para todos, ensinar esporte bem para todos e ensinar mais que esporte para todos 
(D’ANGELO, JŒNIOR, JŒNIOR ET AL, 2009). Tendo ent„o o compromisso com a 
inclus„o e a participaƒ„o, sendo necessŽrio alterar, adaptar, reduzir ou aumentar a 
complexidade dos jogos para que todos participem e realizem.
O professor deve ensinar bem, atravs de planejamento, aƒ„o e reflex„o, tendo 
paciˆncia com cada aluno, acreditando em suas limitaƒ‰es e potencialidades. N„o 
esquecendo que o jogo enquanto esporte educacional deve ultrapassar o ensino de 
fundamentos e tcnicas, acrescentando tambm as dimens‰es atitudinais e conceituais. 
5
Deve haver uma organizaƒ„o no processo de aprendizagem que busque a concepƒ„o 
construtivista favorecendo o desenvolvimento da autonomia, incentivando a 
participaƒ„o ativa de todos, aprendendo ent„o mais do que o esporte (D’ANGELO, 
JŒNIOR, JŒNIOR ET AL, 2009).
Dos critrios para a escolha de bons jogos D’ANGELO, JŒNIOR, JŒNIOR ET 
AL (2009) aponta que um bom jogo para ser ensinado  aquele que possibilita a 
participaƒ„o de todos, o sucesso dos participantes, o gerenciamento dos jogadores, 
favorece adaptaƒ‰es e novas aprendizagens, e mantem a imprevisibilidade.
JŽ em sua utilizaƒ„o D’ANGELO, JŒNIOR, JŒNIOR ET AL (2009) afirma que 
a organizaƒ„o do tempo, espaƒo e dos materiais, conhecer os alunos, a aprendizagem 
significativa, a flexibilidade de regras, a quebra de automatismos e a ajuda ajustada s„o 
fatores imprescind…veis para uma intervenƒ„o qualificada.
Sobre a estrutura de uma aula, D’ANGELO, JŒNIOR, JŒNIOR ET AL (2009) a 
divide em trˆs momentos: a roda de conversa sobre o jogo do dia, o momento de 
vivˆncias e prŽticas e a roda de conversa sobre o que foi feito na aula. Desta forma 
sendo capaz de alcanƒar os objetivos propostos, observando sempre a posiƒ„o de cada 
aluno sobre o que foi feito nas aulas. 
Jogos para o desenvolvimento de compet‡ncias no futebol, handebol e basquetebol
Aqui ser„o citados jogos que ajudam no processo de ensino aprendizagem das 
habilidades necessŽrias do futebol, handebol e basquetebol. Jogos estes que s„o capazes 
de ensinar alm das habilidades e competˆncias nos esportes coletivos (D’ANGELO, 
JŒNIOR, JŒNIOR ET AL 2009).
1 Pega Pega: possui in†meras variaƒ‰es. O professor deve conversar com 
as crianƒas e combinar o espaƒo para a fuga, as maneiras de tocar os amigos para serem 
pegos, dentre outras regras.
 O que estˆ em “jogo”: Cognitivo - atenƒ„o para n„o ser pego, comparar 
velocidade dos participantes, identificar os mais rŽpidos e memorizar os pegadores.
Psicomotor - estruturaƒ„o espacial (dist‡ncia e aproximaƒ„o) nos deslocamentos de 
fuga e ao desviar dos demais participantes, correr ou saltar ao fugir, quicar a bola (na 
variaƒ„o). S†cio afetivo - respeito Šs regras estabelecidas pelo grupo, disciplina: n„o 
sair do espaƒo delimitado para a atividade, autoconfianƒa nas tentativas de fuga e de 
6
pegar e cooperaƒ„o quando tiver de ajudar os companheiros a pegarem a turma de 
fugitivos.
 Discuss„o: esses jogos possibilitam in†meras combinaƒ‰es de 
habilidades motoras, pois os alunos podem correr quicando a bola, chutando, rebatendo, 
etc. tais habilidades aproximam-se muito das necessŽrias Š prŽtica do basquete, do 
handebol e do futebol: deslocar-se em velocidade em direƒ‰es variadas, com mudanƒas 
de ritmo e controlando a bola com atenƒ„o a todos os obstŽculos (pegadores, outros 
fugitivos, espaƒos em alteraƒ„o).
2 Cerca: professor delimita o espaƒo, riscando uma linha para marcar o 
meio. Uma crianƒa (cerca) permanece em p sobre a linha e o seu deslocamento dŽ-se 
apenas lateralmente. Os demais permanecem em um dos lados da linha. O professor 
comanda a brincadeira. “Preparar... Passar”. Ao comando, todas as crianƒas devem 
tentar tocar um ou mais colegas, que assumir„o tambm a posiƒ„o de cerca e passar„o a 
auxiliar o pegador.
 O que estˆ em “jogo”: Cognitivo – concentraƒ„o no comando do 
educador e nos movimentos dos pegadores, transferir os conhecimentos de outras 
brincadeiras para esta, analisar e identificar estratgias de passagem de um lado para o 
outro. Psicomotor - deslocamento lateral na movimentaƒ„o do pegador (semelhanƒa 
com o deslocamento defensivo do basquete), saltitar para atravessar o espaƒo 
determinado, equil…brio em p, esquivar-se para n„o ser tocado pelo pegador. S†cio 
afetivo - esp…rito de equipe dos pegadores para se deslocarem todos na mesma direƒ„o, 
elaboraƒ„o das estratgias de ambos os grupos, honestidade para indicar-se como cerca 
ap‚s ser pego e autonomia para avaliar o melhor momento de transpor a cerca.
 Discuss„o: observam-se duas habilidades do basquetebol, handebol e 
futebol: drible e marcaƒ„o. Para aumentar a aproximaƒ„o com o basquete e o handebol, 
solicita-se que os pegadores roubem a bola em vez de apenas tocŽ-la no colega.
3 Queimada: as crianƒas se dividem em duas equipes e espalham-se pelo 
campo de jogo a fim de dificultar a aƒ„o do adversŽrio, que tentarŽ “queimŽ-las”, 
arremessando a bola em seu corpo. Os atingidos pela bola de forma direta (sem receber 
com as m„os e sem que a bola toque antes o ch„o ou outro companheiro) ser„o 
considerados “queimados”, passando a ocupar o cemitrio, onde poder„o queimar os 
adversŽrios da equipe oponente.
7
 O que estˆ em “jogo”: Cognitivo – analisar a estratgia adversŽria, 
comparar os oponentes, a fim de identificar os de arremesso mais potente, aqueles 
poss…veis de recepƒ„o, com atenƒ„o total, principalmente se forem vŽrias bolas.
Psicomotor – arremessar para queimar os adversŽrios, segurar a bola, correr para 
distanciar-se do adversŽrio com a bola, esquivar-se e balanƒar o corpo para desviar-se 
dos arremessos em sua direƒ„o. S†cio afetivo – respeito aos outros, lanƒando a bola no 
corpo e n„o no rosto, respeito Šs regras estabelecidas pelo grupo, participaƒ„o e trabalho 
em equipe ao trabalhar para superar a equipe contrŽria, reconhecendo as virtudes e 
dificuldades suas e dos colegas.
 Discuss„o: a prŽtica da queimada possibilita vivenciar arremessos com a 
complexidade do basquetebol e do handebol: rŽpidos, precisos e com um alvo m‚vel.
4 Controle: VŽrios jogadores se posicionam frente a uma meta defendida 
por um goleiro. O objetivo  fazer gols, mas, antes de finalizar, a bola tem que ser 
tocada por trˆs ou mais jogadores, sem cair no ch„o. A finalizaƒ„o pode ser feita com 
qualquer parte do corpo, menos com as m„os. A cada trˆs bolas chutadas para fora, o 
jogador que realizou o †ltimo chute vai para a meta no lugar do goleiro. Pode-se 
delimitar uma Žrea onde os jogadores da linha n„o podem entrar para finalizar. 
 O que estˆ em “jogo”: Cognitivo – planejar sequˆncias de passes em 
que todos possam participar, definir estratgias corretas de troca de passes para se 
chegar ao gol com frequˆncia, criar alternativas de finalizaƒ„o que possam surpreender 
o goleiro. Psicomotor – controlar a bola com habilidade e seguranƒa, organizar-se no 
espaƒo de forma que todos possam tocar a bola, finalizar ao gol com forƒa e precis„o e 
passar a bola com qualidade para possibilitar a continuidade do jogo. S†cio afetivo –
dialogar com os colegas para definir e planejar as estratgias de ataque, demonstrar-se 
dispon…vel para passar a bola com qualidade aos colegas, respeitar as regras combinadas 
– quando da troca do goleiro – ser paciente com os erros dos colegas e perseverar na 
realizaƒ„odo desafio de passar a bola sem deixa-la cair no ch„o.
 Discuss„o: o jogo do controle possibilita Šs crianƒas aprender bem a 
habilidade do passe, que torna o futebol um jogo coletivo, e exercitar em diferentes 
formas de finalizaƒ„o, desenvolvendo inteligˆncia criativa para chegar ao gol, o grande 
objetivo do futebol.
5 Bola Œ torre: No centro de um c…rculo, no solo ou sobre um cavalete/caixa, 
estŽ colocada uma bola (um pino, um pau ou algo parecido). Um jogador “guarda” o 
8
“castelo”. Os participantes, em c…rculo, jogam a bola entre si e tentam atingir o castelo. 
O guardi„o, deslocando-se sobre a linha do c…rculo, pode desviar os “projteis” com as 
m„os e os ps. Quem atingir o castelo, substitui o guardi„o no limite do c…rculo.
 O que estˆ em “jogo”: Cognitivo – concentraƒ„o na movimentaƒ„o dos 
passadores, conhecer as fintas e identificar as estratgias de enganar a defesa adversŽria.
Psicomotor – arremessar e receber com a movimentaƒ„o rŽpida da bola, estruturaƒ„o 
espacial e temporal nos deslocamentos, correr e saltar para realizaƒ„o do jogo. S†cio 
afetivo – organizaƒ„o do grupo na elaboraƒ„o da estratgia de ataque, resultando em 
esp…rito de equipe, respeito Šs regras estabelecidas para o jogo e participaƒ„o ativa para 
cumprir as tarefas, em benef…cio do grupo.
 Discuss„o: os movimentos do guardi„o s„o de fechar os espaƒos, os 
mesmos da defesa do basquetebol, e realizados no ritmo real do jogo esportivo, 
promovendo de forma l†dica, o desenvolvimento da competˆncia defensiva e a troca de 
passes rŽpida entre os atacantes. Caso contrŽrio, n„o conseguem chegar Š meta.
6 Rebatida: Utilizando traves ou metas improvisadas, os jogadores, em duplas, 
tentam fazer gols, finalizando contra a meta da dupla adversŽria. Cada jogador tem 
direito a trˆs jogadas da marca do pˆnalti para fazer o gol ou conseguir a rebatida. Caso 
a bola seja rebatida pelo goleiro, a dupla que defende tenta levar a bola at uma Žrea 
pr‚xima do gol (combinaƒ„o entre as duplas), para pegŽ-la com as m„os e parar a 
jogada, enquanto a dupla que ataca procura dominar e passar a bola at finalizar para 
fazer o gol. Se a dupla que ataca faz o gol, marca 2 pontos. Em caso de nova rebatida, o 
jogo continua e mais 2 pontos s„o acrescidos ao placar. Rebatidas da bola na trave 
valem 3 pontos e no travess„o, 5 pontos.
 O que estˆ em “jogo”: Cognitivo – conhecer e dominar as regras e a 
sequˆncia l‚gica do jogo (momento de atacar e defender), planejar as estratgias de 
ataque e defesa, antecipando as aƒ‰es da dupla adversŽria, contar e registrar os pontos 
de cada equipe nas diferentes fases do jogo. Psicomotor – chutar a bola com forƒa e 
precis„o, passar a bola, em movimento, com precis„o para o companheiro, deslocar-se 
no espaƒo para receber a bola em condiƒ‰es de defender ou atacar e driblar com 
habilidade para se esquivar da defesa e marcar o gol. S†cio afetivo – respeitar as regras 
combinadas pelo grupo, gerenciar a brincadeira no encaminhamento dos conflitos e 
discuss‰es, cooperar para resolver os desafios motores propostos pelo jogo, demonstrar 
autoconfianƒa e arriscar-se para tentar a jogada com rebatida.
9
 Discuss„o: a brincadeira da rebatida possibilita a combinaƒ„o das 
principais habilidades envolvidas no jogo de handebol e o seu aprendizado num 
contexto significativo e prazeroso.
4 RESULTADOS E DISCUSSO
O esporte mostra interesse em vŽrios segmentos sociais, dentre eles o pol…tico. 
Na escola a EF foi submetida a buscar estratgias deste segmento, destacando sua 
import‡ncia como promotora de melhoria da sa†de e qualidade de vida, que deveriam 
ser contempladas pela prŽtica esportiva, dando ˆnfase Š esportivizaƒ„o e rendimento.
Acontece que nos †ltimos tempos o esporte na escola passou a ser visto como 
uma prŽtica para o desenvolvimento dos objetivos educacionais, devendo as aulas de EF
n„o ser desenvolvidas como base de performance e rendimento. Ao passo que o mesmo 
n„o deve ser exclu…do das aulas, devendo ser abordado de forma ampla, significativa e 
contextualizada. 
Dessa forma, sua prŽtica sistematizada, criativa e consciente, atravs do l†dico 
desenvolve o interesse e a participaƒ„o dos alunos bem como suas qualidades, 
capacidades f…sicas e morais. 
5 CONSIDERA€ES FINAIS
O esporte ou qualquer outro conte†do da EF deve ser trabalhado com os alunos 
de forma adequada Šs suas realidades, culturas e seus desenvolvimentos cognitivos e 
psicol‚gicos. Dessa forma teremos uma EF prazerosa e ao mesmo tempo pode-se 
aumentar a possibilidade dos alunos participantes, se tornarem futuramente pessoas 
fisicamente ativas.
Se nas aulas o objetivo for o rendimento, certamente haverŽ exclus„o, 
juntamente com o afastamento das atividades, sendo o esporte nessa concepƒ„o inviŽvel 
Šs aulas de EF. Assim o aluno n„o terŽ entendimento cr…tico sobre o mesmo.
Conclui-se que a utilizaƒ„o dos jogos como ferramenta pedag‚gica para o 
processo de ensino aprendizagem dos esportes coletivos possibilita a participaƒ„o de
todos, promovendo a partilha, a confianƒa em si mesmo e no outro, eliminando 
comportamentos destrutivos, desenvolvendo diversas competˆncias inerentes ao 
esporte, aproximando alunos e professores num ambiente de espontaneidade.
10
REFERŽNCIAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de EducaÄÅo FÇsica. 2’ ed. S„o 
Paulo: Cortez, 2009. 200 p.
DAOLIO, J. Educaƒ„o F…sica e o conceito de cultura. 2’ ed. Campinas, SP: Autores 
Associados, 2007 – (Coleƒ„o polˆmicas do nosso tempo).
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. EducaÄÅo fÇsica na Escola: ImplicaÄÉes para a 
PrÑtica PedagÖgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
D’ANGELO, F.; JUNIOR, A. J. R.; JUNIOR, A. A.; ET AL. Jogos Educativos: 
estrutura e organizaÄÅo da prÑtica. S„o Paulo: Ed. Phorte, 2009. 96 p.
LEONARDO, L.; SCAGLIA, A. J.; REVERDITO, R. S. O ensino dos esportes 
coletivos: metodologia pautada na fam…lia dos jogos. Motriz, Rio Claro, v. 15, n. 2, p. 
236-246, abr./jun. 2009.
S“ARA, E. C.R. A vis„o pedag‚gica e antipedag‚gica dos esportes coletivos na escola.
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - N” 136 –
Set/2009. Acesso em: 18/05/11.

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