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SOCIEDADE DE RISCO E A EVOLUÇÃO DAS ABORDAGENS DE GESTÃO AMBIENTAL
Profº Rubens Menha
 Educador Físico
CREF 025714/G-SP
Unidade Interlagos
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Visão Empresarial (anos 70/80)
Custos adicionais comprometiam a lucratividade
Externalização dos custos ambientais
Visão tradicional de responsabilidade social
*
Acidentes Industriais
Union Carbide - Bhopal (1984)
 Vazamento de 41 mil toneladas de metil isocianato (2500 vítimas)
 Faturamento da empresa recuou de US$ 12 bilhões para US$ 5 bilhões 
Chernobyl - Ex-URSS (1985)
 Vazamento de material radiotivo 
Exxon-Valdez - Alaska (1992)
 Vazamento de óleo (prejuízos de US$ 1 bilhão)
*
Sociedade de Risco
Risco socioambiental é uma característica inerente à modernidade
Produção social da riqueza é acompanhada pela produção social do risco
Exposição da humanidade a riscos crescentes
Riscos não se limitam às gerações atuais
Clássica sociedade industrial está sendo substituída pela sociedade de risco
*
Risco
Visão romântica do risco: aventura, coragem, superar desafios.
O risco na sociedade industrial ameaça as pessoas independente da vontade ou decisão
Desenvolvimento de instrumental racional de controle para conviver com os riscos contemporâneos
Medidas mitigadoras e compensadoras.
*
Sociedade de Risco
Continuidade do processo de modernização e aumento dos riscos tornam as técnicas de calcular e compensar riscos menos eficazes
Globalização dos riscos: “redução das fronteiras ambientais”.
Riscos socioambientais: não podem ser limitados no tempo e espaço; dificuldade de encontrar o nexo causal e não podem ser compensados. 
*
Sociedade de Risco
Modernização reflexiva: efeito sobre o sujeito e a autocrítica
Riscos ambientais afetam também os agentes geradores
Surgimento de um processo de questionamento
Desenvolvimento de uma moral ecológica que afeta autonomia das empresas em seus processos de tomada de decisão.
*
Impactos sobre as Organizações Empresariais
Aumento da intervenção governamental
Definição de padrões de poluição e multas
Estados Unidos: instituição do “Superfund” - 
US$ 20 bilhões para recuperar áreas degradadas e evitar contaminação
Campanhas “right to know” e NIMBY
Japão: responsabilização das empresas pelos danos ambientais 
Brasil - Nova Lei de Crimes Ambientais (1998). Multas de até R$ 50 milhões, possibilidade de interdição da fábrica e processos contra dirigentes
*
Caso McDonald´s
Troca de embalagens de papel por embalagens de isopor nos anos 70 (redução de custos)
20 mil toneladas de poliestireno
Início de um grande processo de reciclagem dos resíduos gerados nas 450 lojas na Nova Inglaterra (custo US$ 100 milhões)
Transformação da poliestireno em resina plástica, reaproveitável nas bandejas utilizadas nas lojas.
1990 - Depois de enfrentar uma série de boicotes e manifestações, a empresa decide substituir as embalagens de isopor por papel. 
*
Evolução das abordagens de gestão ambiental empresarial
Período
Abordagem
Valor
Concepção
Atitude
Até 1970
Sem controle de poluição
Lucro
Indiferença aos problemas ambientais
Poluir e degradar (externalizar custos)
Até 1985
Controle da poluição
Lucro e respeito à regulação
O controle da poluição diminui os lucros
Poluir no limite que a regulação permite
Atual
Prevenção da poluição
Lucro, respeito à regulação e eficiência
Aumento dos lucros
Reduzir resíduos no processo produtivo e desenvolver maior política de segurança
?
Análise do Ciclo Vida (Product Stewardship)
Lucro, eficiência e qualidade ambiental
Aumento dos lucros e de vantagens competitivas no longo prazo
Gerenciar o produto da produção a sua disposição final
?
Desenvolvimento
Sustentável
Lucro e preservação da qualidade ambiental no longo prazo
Aumento da produção e de vantagens competitivas no longo prazo
Produzir produtos que não agridam o meio ambiente
*
Estratégias Empresariais
Predominante reativa: ênfase no emprego de tecnologias de fim-de-tubo
Visão dicotômica entre meio ambiente e competitividade
Crítica de Michael Porter: estratégia válida em um mundo estático, onde tecnologia, produtos, processos e necessidades de consumidores fossem todos fixos
Questionamento da eficiência ecológica e econômica desta alternativa
US$ 500 bilhões/ano do setor empresarial para se adequar a legislação
*
Desenvolvendo a proatividade
Atuação Responsável@
ISO 14001
Responsabilidade Social
*
Major Accident Reporting System: (Mars)
 Freqüência de acidentes segundo o setor industrial
(1984 - 1993)
Tipo de Indústria
Número de acidentes
%
Indústrias Químicas Gerais
57
32
Atividades de Armazenamento
22
12,4
Refinação de Petróleo
22
10,7
Indústria Petroquímica 
19
13
Indústria Farmacêutica
13
7,3
Pesticidas
8
4,5
Indústria de enxofre, fósforo, álcali e halogênio
7
3,9
Indústria de metal, cimento e cerâmica
5
2,8
Indústria de Papel e Celulose
4
2,2
Indústrias de Tratamento e Disposição de Resíduos
4
2,2
Outros Setores
17
9
Total
178
100
Fonte: Rasmussen , 1996
*
Pesquisa de opinião em 10 setores produtivos (EUA)
Gráfico1
		78		73		61		68		59		58		36		33		27		15
		78		72		57		62		51		51		39		35		25		12
		79		73		60		62		42		42		41		38		26		14
		83		57		57		44		42		42		35		25		20		12
		82		69		62		52		50		50		44		26		21		11
Computador
Alimentícia
Papel e Celulose
Aviação
Automobilística
Farmacéutica
Petróleo
Nuclear
Químico
Tabaco
Plan1
		Opinião favorável em relação a dez setore industriais				1
		Indústria		1991		1992		1993		1994		1995
		Computador		78		78		79		83		82
		Alimentícia		73		72		73		57		69
		Papel e Celulose		61		57		60		57		62
		Aviação		68		62		62		44		52
		Automobilística		59		51		42		42		50
		Farmacéutica		58		51		42		42		50
		Petróleo		36		39		41		35		44
		Nuclear		33		35		38		25		26
		Químico		27		25		26		20		21
		Tabaco		15		12		14		12		11
Plan1
		0		0		0		0		0		0		0		0		0		0
		0		0		0		0		0		0		0		0		0		0
		0		0		0		0		0		0		0		0		0		0
		0		0		0		0		0		0		0		0		0		0
		0		0		0		0		0		0		0		0		0		0
Computador
Alimentícia
Papel e Celulose
Aviação
Automobilística
Farmacéutica
Petróleo
Nuclear
Químico
Tabaco
Plan2
		
Plan3
		
*
Efeitos de acidentes industriais em países desenvolvidos 
 e em desenvolvimento (1945 - 1991)
País
Acidentes
Mortes
Mortes por Acidentes
Número
Ranking
Número
Ranking
Número
Ranking
Estados Unidos
144
1
2.241
2
15.6
9
Japão
30
2
526
6
17.5
7
Índia
18
3
4.430
1
246.1
1
Alemanha
18
3
158
11
8.8
11
México
17
4
848
4
49.9
4
França
15
5
236
9
15.7
8
Itália
14
6
260
8
18.6
6
Brasil
13
7
815
5
62.7
3
China
13
7
454
7
34.9
5
Inglaterra
13
7
170
10
13.1
10
Ex-URSS
-
-
882
3
137
2
Fonte: Porto et al., 1995; ABIQUIM, 1999
*
Atuação Responsável
Mostrar que o conjunto de empresas do setor químico mundial está comprometido com uma nova postura de responsabilidade socioambiental
Melhorar a imagem junto ao público e evitar que a legislação se torne ainda mais restritiva
Participam cerca de 50 países representando quase 90% da produção química mundial
Programa voluntário, não impondo objetivos quantitativos para a redução da poluição
*
Atuação Responsável no Brasil
Códigos
de Práticas Gerenciais: manuais de apoio à implementação do programa
Procedimentos para segurança de processos (1994)
Procedimentos para saúde e segurança do trabalhador ( 1994)
Procedimentos para meio ambiente (1995)
Procedimentos para transporte e distribuição (1995)
Procedimentos para diálogo com a comunidade e preparação de atendimentos de emergência (1997)
Procedimentos para gerenciamento de produtos (1997)
*
ISO 14001
ISO International Organization for Standardization
Série ISO 9000
Série ISO 14000
Aplicáveis a qualquer setor, atividade e regiões
Programa voluntário
*
ISO 14001
Plantas Certificadas no Mundo
1995 257
1997 4433
1999 14108
2000 22897 
Fonte IS0
Plantas certificadas no Brasil
1995 2
1997 32
1999 145
2000 250
2001 323
2002 600
*
ISO 14001
Procedimentos para implementação de Sistema de Gestão Ambiental
Política Ambiental
Identificação de aspectos e impactos ambientais
Priorização de objetivos e metas e programas de ação.
Auditoria dos procedimentos
Melhoria contínua
*
ISO 14001
Não certifica produtos
Não mede o desempenho ambiental da organização
Potencialmente espera-se reduzir custos, diminuir o impacto ambiental associado às atividades da empresa, reduzir as possibilidades de acidentes e melhorar a comunicação com as partes interessadas.
*
Responsabilidade Social
Visão clássica: compromisso com acionistas (lucro), trabalhadores (salário), governo (impostos ) e comunidade (ações filantrópicas)
Visão contemporânea: Responsabilidade Social Empresarial é a capacidade desenvolvida pelas organizações de ouvir, compreender e satisfazer expectativas/interesses legítimos de seus diversos públicos
*
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMPRESA
GOVERNO
CONSUMIDORES
ACIONISTAS
FUNCIONÁRIOS
FORNECEDORES
COMUNIDADE3. SETOR
MEIO AMBIENTE
ÉTICA
QUALIDADE
TRANSPARÊNCIA
*
Percepções do consumidor 
Qual das seguintes atitudes de uma empresa estimularia você a comprar mais os seus produtos e recomendar aos seus amigos?
 Contrata deficientes físicos 46%
 Adota práticas efetivas de combate à poluição 27%
 Mantém excelente programa de atendimento ao consumidor 24%
 Propaganda de ética 23%
 Apoia campanha de erradicação de trabalho infantil 22%
*
Pesquisa IPEA
AÇÃO SOCIAL DAS EMPRESAS - Principais dados
Das 445 mil empresas pesquisadas, 67% realizam algum tipo de atividade social para a comunidade
 57% assistência social
 39% alimentação
 17% investimento em segurança
 16% esportes
 14% educação
*
Considerações
Gerenciamento socioambiental: desafio complexo que exige uma mudança de atuação das empresas.
Principais razões para a maior preocupação socioambietnal: pressão da sociedade, aumento da legislação, aumento de custos e preocupação com a imagem.
No cenário contemporâneo a gestão socioambiental é também uma ferramenta de competitividade para as organizações.
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