Buscar

11 A 12 (ABARROS)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Regular Online 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Civil 
 Professor: André Barros 
Aulas: 11 e 12 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
1. Transmissão das obrigações 
 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
1. Transmissão das obrigações: (continuação) 
 
1.1. Cessão de crédito: (aulas 09 e 10) 
 
1.1.1. Validade da cessão de crédito: 
 
a. Sujeitos da cessão (aulas 09 e 10) 
 
b. Objeto da cessão: (na regra geral, deverá ser lícito, possível, determinado/determinável - art. 
104/CC) a princípio, todo tipo de crédito comporta cessão. 
 
Exceções: 
o Quando a natureza da obrigação não admitir cessão do direito (exemplo: obrigações relativas 
aos direitos da personalidade, crédito alimentar, crédito trabalhista, etc.); 
o Quando houver previsão legal ou contratual proibindo a cessão de crédito (exemplo: crédito 
relativo a herança de pessoa viva/art. 426/CC - pacta corvina, ou ainda créditos já penhorados, 
ou pactum de non cedendo - esta cláusula só pode ser oposta ao cessionário de boa-fé se 
constava do instrumento da obrigação); 
 
Atenção: a cessão poderá ter por objeto a totalidade ou apenas uma parte do crédito, atual ou 
futuro, litigiosos, e até mesmo representados por precatório; 
 
O Princípio da Gravitação Jurídica ou Acessoriedade também é aplicável a cessão de crédito. O bem 
principal é o crédito. A cessão do crédito é acompanhada dos acessórios: direitos potestativos, juros, 
cláusulas penais, privilégios, garantias pessoais e reais, etc. 
 
(*) Garantias: poderão ser pessoais (garantidor deve manifestar consentimento, e na ausência, a 
garantia será ineficaz) ou reais (hipoteca – averbada a cessão no registro da hipoteca); 
 
c. Forma da cessão de crédito: em regra, a cessão de crédito é negócio não solene/informal. Exceção: 
se o crédito tem origem em negócio jurídico solene (exemplo: compra e venda de imóvel cujo valor 
ultrapasse 30 salários mínimos) deverá respeitar, na cessão de crédito, a mesma solenidade. 
 
 
 
 
1.1.2. Eficácia da cessão: 
 
 
 
 Página 2 de 3 
 
 
a. Eficácia perante o cedido: 
 
Notificação do cedido: no CC/16 a notificação era requisito de validade, no CC/02 passou a ser 
requisito de eficácia. O cedido passa a ter ciência o negócio realizado, e eventualmente poderá opor 
alguma exceção (exemplo: ilegalidade da cessão/impossibilidade/pagamento). A lei não estabelece 
prazo para a oposição de exceção, que poderá ser extrajudicial (cartório ou carta com A.R.) ou 
judicial. Segundo entendimento doutrinário, a exceção deve ser oposta imediatamente pelo cedido, 
sob pena de não poder fazê-lo mais tarde. 
 
b. Eficácia perante terceiros: 
 
Para que tenha eficácia erga omnes a cessão de crédito deve ser realizada de duas formas: mediante 
instrumento/escritura pública ou instrumento particular (que deve ser levado a registro no CRTD). Se 
a dívida do cedente era pretérita, a cessão será considerada fraude contra credores. A escritura será, 
portanto, uma garantia; 
 
 
1.1.3. Classificação da cessão: 
 
Quanto a onerosidade: 
 
a. Onerosa: aquela em que o cessionário remunera o cedente. Equivale a uma compra e venda. O 
cedente possui responsabilidade pela existência do crédito. O cedente não possui responsabilidade 
pela solvência do crédito (regra). Excepcionalmente as partes podem dispor em sentido contrário. 
 
b. Gratuita: aquela em que não há remuneração. Equivale a uma doação. A regra é a de que o cedente 
não possui responsabilidade civil nem pela existência e nem pela solvência do crédito. 
 
Quanto a responsabilidade: 
 
c. Cessão pro soluto: também conhecida como cessão in veritas nominis. É aquela em que o cedente é 
exonerado de responsabilidade pela solvência (é a regra, tanto para a cessão onerosa quanto para a 
gratuita). 
 
d. Cessão pro solvendo: também conhecida como in bonitas nominis. É aquela em que o cedente 
assume expressamente a responsabilidade pela solvência (se assemelha ao avalista ou fiador). É 
exceção. Para que ocorra é necessária a existência de cláusula expressa. 
 
 
1.2. Cessão de débito: é sinônimo de assunção de dívida. 
 
1.2.1. Conceito: é o negócio jurídico bilateral ou trilateral em que terceiro recebe o débito de uma 
obrigação anterior. O cedente (devedor) transmitirá o débito ao cessionário, que será o novo 
devedor do cedido (credor). Diferentemente da cessão de créditos, o cedido participará da relação 
entre cedente e cessionário. 
 
 
 
 Página 3 de 3 
 
 
1.2.2. Objeto: em regra, todo e qualquer tipo de débito é passível de cessão, exceto obrigações 
personalíssimas. 
 
Assim como na cessão de crédito, é aplicável o Princípio da Gravitação da Jurídica (assume-se o 
débito + todos os deveres e consectários da dívida, como juros, cláusula penal, etc.). 
 
 
1.2.3. Consentimento do cedido: diversamente do que ocorre na cessão de crédito, na assunção de 
dívidas, o consentimento expresso do cedido é um requisito de validade. 
 
 
1.2.4. Solvência do cessionário (novo devedor): para que a assunção de dívida seja válida, exige-se a 
solvência do cessionário no momento da celebração do negócio. 
 
Se o cessionário já era insolvente e o credor (cedido) não tinha conhecimento, o cedente (devedor 
originário) continuará responsável pelo adimplemento/solvência da dívida. 
 
 
1.2.5. Classificação da assunção quanto aos efeitos: 
 
a. Assunção Liberatória: (regra) aquela em que o cedente (devedor originário) deixa de ter 
responsabilidade pela dívida (é a verdadeira assunção de dívida); 
 
b. Assunção Cumulativa: o cedente continua como responsável. Trata-se somente de uma ampliação 
do polo passivo da obrigação. 
 
 
1.2.6. Classificação quanto à forma ou meio de substituição: ambas as espécies são validas. 
 
a. Assunção por delegação: aquela em que o cedente deu o seu consentimento (negócio jurídico 
trilateral) 
 
b. Assunção por expromissão: o cedente não participa do negócio (negócio jurídico bilateral). Exemplo: 
o filho, devedor originário, tem sua dívida assumida pelo pai diante do banco. O filho, portanto, é 
expulso da relação. Trata-se de hipótese de novação. 
 
 
1.3. Cessão contratual: é a hipótese em que uma mesma pessoa transfere os créditos e débitos (direitos e 
deveres) que titulariza em uma mesma relação jurídica. Não há capítulo especifico no CC/02. A solução é 
aplicar as regras tanto da cessão de crédito quando da assunção de dívida. 
 
2. Pagamento: próxima aula;

Outros materiais

Perguntas Recentes