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Resumo da primeira prova de Penal II

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Das penas
Penal ii – Micaela scheffer
CONCEITO
A pena (sanção ao indivíduo que não seguiu os preceitos) é composta por:
Retribuição: castigar quem já cometeu um crime.
Privação/restrição: privar de bens jurídicos.
Readaptação: reeducar para a sociedade.
Prevenção: mostrar sanções antes mesmo do crime acontecer.
PRINCIPIOLOGIA
Estão espalhadas pela CF/88, e são dividias entre 6:
Anterioridade/legalidade.
Humanidade.
Pessoalidade.
Proporcionalidade.
Individualização
Inderrogabilidade. 
FINALIDADE DA PENA
O Estado tem o direito/dever de punir, castigando aquele que pratica uma conduta reprovável, contra os valores primordiais e básicos da convivência social. A pena é a forma de prevenir e reprimir mais enérgica que existe, sendo formada por três fundamentos:
Teoria absoluta ou retributiva: tem por escopo castigar e retribuir o mal.
Teoria relativa ou preventiva: aplicação da pena para intimidação, para que aqueles que ainda não cometeram o crime não o consuma. 
Teoria mista ou conciliatória: é a mistura das anteriores, ela retribui o mal feito para quem já fez, e previne para aqueles que ainda não cometeram. Neste caso a preventiva se divide entre a prevenção geral (da sociedade) e a prevenção especial (individual). 
CLASSIFICAÇÃO
As penas são divididas por:
Privativas de liberdade
Privativas de direitos 
Penas privativas de liberdade
Reclusão (mais grave):
Até 4 anos: regime abeto, se for reincidente vai para o semiaberto. 
+ 4 anos: regime semiaberto.
+ 8 anos: regime fechado.
Detenção (menos grave):
Até 4 anos: regime aberto.
+ 4 anos: regime semiaberto.
Regime fechado: cumprem pena neste regime os presos de periculosidade extrema, assim considerados devido a valoração de fatores objetivos como a quantidade de crime, presos reincidente, etc. É a execução de pena em estabelecimento de segurança máxima ou média, estabelecimento este denominado Penitenciária (art. 87/90 LEP).
Regime semiaberto: deve ser cumprido em colônia agrícolas, industrial ou estabelecimentos similares, observando os mesmos requisitos de salubridade de ambiente exigidos na penitenciária (art. 91/93 LEP).
Regime aberto: aqueles que não apresentam periculosidade, não desejem fugir, que possuam autodisciplina e senso de responsabilidade. Deverá ele, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, estudar ou exercer outra atividade autorizada, recolhendo-se a prisão no período noturno ou de folga.
O regime inicial de cumprimento de pena é dividido em 5:
Detenção/reclusão.
Montante da pena.
Primário/reincidente.
Favorável/desfavorável.
Tempo de prisão (desconto).
Cumprimento de pena no regime fechado (art. 34 CP): Saída, que pode ser negada perante explicações formais (art. 120 LEP). E RDD, regime disciplinar diferenciado, que na verdade é uma forma e não um regime (art. 52 LEP).
Cumprimento de pena no regime semiaberto (art. 35 CP): Saídas temporárias, ¼ da pena para reincidente e 1/6 da pena para primário, (art. 122/125 LEP). E monitoramento eletrônico (art. 146 LEP).
Cumprimento de pena no regime aberto (art. 36 CP): domiciliar (art. 117 LEP). 
Reclusão antes da detenção: se cometer dois crimes e for condenado na reclusão e na detenção, será cumprido primeiro a mais grave, art. 69 e 76 CP.
Progressão: será transferido para regime menos gravoso se seu mérito assim indicar, preenchido os requisitos legais, irá do fechado para o semiaberto, e deste para o aberto.
Regressão: transferência para um regime mais rigoroso, após o transito em julgado da sentença condenatória e o exame criminológico realizado, o condenado irá para o regime fechado, e facultativo para os que estão no regime semiaberto desde o início. 
Detração: é o abatimento da pena, do tempo que o agente ficou preso antes da prolação da sentença condenatória definida. 
Remissão: para ada dia estudado ou trabalhado será diminuído sobre a pena.
Regime especial para mulheres: prestação de assistência ao filho desamparado da presa (art. 5, L, CF/88).
Penas restritivas de direitos 
As penas restritivas de direitos são divididas em 3: alternativas, restritivas e obrigações, art. 43/49 CP).
A perda de bens e valores: art. 45 CP, precisa ser individual e determinado, consiste na perda de bens e valores do condenado, em favor do Fundo Penitenciário Nacional. Seu valor terá como teto o que for maior, o montante do prejuízo causado ou o montante obtido pelo agente ou por terceiro decorrente da prática do crime.
Prestação pecuniária: pagamento em dinheiro a vítima, a seus dependentes ou entidades públicas e privadas (nesta ordem), com destinação social e específica, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 salário mínimo sem superior a 360 salários mínimos. 
Prestação de serviço a comunidade: será aplicada sempre que a pena for superior a 6 meses, e constitui no serviço gratuito e comunitário do preso a entidade assistências, como hospitais, escolas e etc. O cumprimento das tarefas deverá obedecer á razão de 1hr por dia, nos feriados ou finais de semana, salvo o interesse do condenado em substituir por outro dia de semana, desde que não seja superior a 8hrs, fixadas a modo de não prejudicar a jornada normal de trabalho do condenado. A pena fixada não poderá ser inferior a metade da pena de liberdade fixada, caso esta seja maior que um ano. 
Interdição temporária de direito: art. 47, são divididas entre penas específicas, art. 47, I e II CP, “I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo; e II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público”. E penas
Genéricas, art. 47, “IV - proibição de frequentar determinados lugares.”. 
Limitação de fim de semana: art. 48, obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5hrs diárias, em casa de albergados ou outro estabelecimento adequado.
Da pena de multa: art. 49, sempre que tiver no artigo a opção “ou multa”, aplica-se a pena, por ser considerada mais grave. 
Fixação: art. 50.
Espécies:
Originária: fixadas nos tipos penais, “E”.
Substitutivas: possibilidade das penas a baixo de 1 anos ser substituída, “OU”. 
Transitada em julgamento a sentença condenatória – PAGAMENTO:
Ato o condenado: prazo de 10 dias para pagar ou parcelar.
Desconto nos vencimentos: bloqueio de bens e contas, é retirado os vencimentos que entrar para o pagamento da multa.
Não pagamento: vira dívida de valor e será considerada dívida ativa da Fazenda Pública, com destinação da Fazenda Estadual ou da União. O réu não pode ser preso pelo não pagamento da multa.
A substituição das penas privativas de liberdade pelas penas privativas de direitos está condicionada a determinados requisitos, alguns objetivos e outros subjetivos.
Requisitos objetivos: a pena privativa de liberdade não pode ser superior a 4 anos, e a natureza do crime, isto é, quando este não for praticado com violência ou grave ameaça.
Requisitos subjetivos: culpabilidade do agente e as circunstancias do crime. Devendo ser examinados a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstancias do crime.
Crime culposo (sem intenção de produzir o resultado): sempre substitui a pena.
Crime doloso (quando o agente prevê e mesmo assim produz o resultado): verificar tempo e ausência. 
Crime doloso para NÃO reincidente: não haverá substituição.
Infração de menor potencial ofensivo: crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos ou pena de multa.
Jecrim: é o juizado especial criminal, trata dos crimes de menor potencial ofensivo.
Duração das penas: art. 45/55 CP, via de regra duram o mesmo tempo da pena restritiva de liberdade, com exceção das penas de caráter patrimonial/pecuniário. 
DA APLICAÇÃO DA PENA
Dosimetria da pena: forma de regulamentar o princípio da individualização da pena.
Pena abstrata no tipo penal: limite mínimoe máximo.
Procedimento para fixação: limitação do juiz.
Método trifásico: 
Pena base – art. 59 CP.
Pena provisória, atenuantes (art. 61/64) e agravantes (art. 65/66).
Pena definitiva, majorantes (art. 171) e minorantes (art. 14), estão espelhadas no CP.
Ideia I: na primeira e na segunda fase o juiz nunca poderá fixar a pena acima do máximo previsto no tipo penal. Súmula 231 – preso nas balizas.
Ideia II: na terceira fase o juiz pode fixar abaixo e/ou acima previsto no tipo penal.
Art. 59 CP, “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social (família, trabalho, e vida social), à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima.” – todos eles são vetores e são neutros.
Culpabilidade: Responsabilidade (saber o que está fazendo), imputabilidade, exigibilidade (não ter opção), potencial consciência (conhecer a ilicitude), grau de comprovação da conduta, intensidade do dolo (exemplo: 1 facada é diferente de 10 facadas). 
Premeditação: “imaginar o crime”. Ex.: a madrasta do caso Bernardo. 
Organização: organizar o crime. Ex.: comprar luvas, cordas, sacos plásticos, e após crime consumado enterrar tudo. 
Antecedentes: anteriores ao fato, precisa estar transitado em julgado, e não vale inquérito policial ou processos em curso. Se enquadram somente em crimes e contravenções, e não se enquadram na agravante de reincidência (crimes repetidos em menos de 5 anos a partir de transitado em julgado). 
Conduta social: comportamento, maneira de agir e quem é a pessoa perante a família, trabalho e vida social. Art. 187 CPP. Testemunhas abonatórias: falam bem da conduta social do acusado. 
Personalidade: demonstrar que o acusado tem personalidade voltada para o crime. O juiz não tem muitos meios pois não consegue provar isso sozinho, tendo em vista que precisa de algum tipo de laudo psicológico ou psiquiátrico.
Motivos: o que levou determinada pessoa a praticar determinado crime. “Non Bis Idem” - não pode se valorar duas vezes o mesmo crime. Ex.: prender por roubo, depois valorar também por lucro fácil. 
Consequências: modos operantes, de que forma. Ex.: art. 157, uma coisa é furtar uma bolsa, outra coisa é furtar uma bolsa e espancar a vítima. Divide-se em grave, leve e gravíssima, tendo penas diferentes entre elas, art. 129 CP. 
Comportamento da vítima: favorece o acusado. É quando a vítima “facilita” o crime. Ex.: deixar o carro com portas abertas e pertences dentro.

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