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Analise das Demonstracoes Contabeis e Financeiras

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______________________________________________________________________ 
 
 
 
Nome da Disciplina 
 ______________________________________________________________________ 
2 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E 
FINANCEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Dra. Anna Cristina Pascual Ramos 
 
2015 
 ______________________________________________________________________ 
3 
 
 
 
 
 
 
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno (a), esta apostila de Análise 
das Demonstrações Contábeis e Financeiras, parte integrante de um conjunto de materiais de 
pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal 
objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da 
disciplina. 
 
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de 
recursos multidisciplinares, como fóruns, aulas narradas, material de apoio e outros. 
 
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: 
www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem 
acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. 
 
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são 
o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, 
concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida 
profissional e pessoal. 
 
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! 
 
 
 
 
Unisa Digital 
 
 ______________________________________________________________________ 
4 
 
 
 
 
1. Introdução.............................................................................................................................01 
2. Estrutura das Demonstrações Contábeis e Financeiras........................................................03 
2.1. Balanço Patrimonial...................................................................................................03 
2.2. Demonstração do Resultado do Exercício.................................................................07 
2.3. Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados e Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido.....................................................................................................09 
3. Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras............................................................13 
3.1. Análise Vertical e Horizontal......................................................................................14 
3.2. Indicadores Financeiros.............................................................................................18 
3.2.1.Liquidez ou Solvência.............................................................................................18 
3.2.2. Ciclo ou Eficácia Operacional.................................................................................19 
3.2.3. Endividamento ou Estrutura de Capital.................................................................20 
3.2.4. Rentabilidade e Lucratividade...............................................................................21 
3.2.5. Alavancagem.........................................................................................................23 
3.2.6. Valor de Mercado..................................................................................................25 
4. Fluxo de Caixa.........................................................................................................................29 
 4.1. Fluxo de Caixa pelo Método Direto................................................................................29 
 4.2. Fluxo de Caixa pelo Método Indireto..............................................................................30 
 4.3. Indicadores de Caixa e Capital de Giro...........................................................................32 
 5. Análise de Valor Agregado......................................................................................................37 
 5.1. EVA e MVA......................................................................................................................38 
 6. Previsão Geral de Insolvência..................................................................................................42 
 6.1. Parecer Geral dos Resultados.........................................................................................44 
Respostas Comentadas.................................................................................................................50 
Referências Bibliográficas.............................................................................................................60 
 
 ______________________________________________________________________ 
 
1 
 
 
 
 
 
 Você poderia perguntar por que as empresas elaboram e divulgam suas informações 
contábeis e financeiras. A obrigatoriedade para algumas empresas não é o único motivo para 
publicarem seus demonstrativos. Entre os motivos para elaboração e divulgação das 
Demonstrações Contábeis e Financeiras estão: a necessidade de mostrar os resultados alcançados, 
atraindo investidores para o negócio; e a prestação de contas do uso dos recursos econômicos e 
financeiros aos interessados na empresa: proprietários, clientes, fornecedores, funcionários e o 
governo. 
 Entender a estrutura das Demonstrações Contábeis e Financeiras é fundamental para a 
extração de informações que irão subsidiar a tomada de decisão nas empresas. Portanto, o 
objetivo da Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras é extrair informações para o 
processo decisório das organizações. 
 Os analistas financeiros criaram ao longo dos anos, técnicas e indicadores para resumir as 
informações contábeis e avaliar a situação econômica e financeira das empresas. Para calcular e 
analisar estes indicadores é necessário primeiro conhecer a estrutura das Demonstrações 
Contábeis e Financeiras. 
 Entre as Demonstrações Contábeis e Financeiras obrigatórias, atualmente reguladas pelas 
Leis 6.404/76, 11.638/07 e 11.941/09, estão: o Balanço Patrimonial - BP, a Demonstração de 
Resultado do Exercício – DRE, a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA, a 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, a Demonstração do Fluxo de Caixa - 
DFC, a Demonstração do Valor Adicionado - DVA e as Notas Explicativas. 
 Vamos entender a estrutura destas demonstrações e verficar que informações podemos 
coletar e avaliar sobre a saúde financeira das empresas. Os interessados na empresa estão 
continuamente verificando o desempenho e os resultados para tomarem decisões. Entre as 
decisões, estão: o investimento, o crédito, o endividamento, a valorização das ações e até a 
cobrança de impostos. 
 
 ______________________________________________________________________ 
 
2 
 
 
 Também iremos aprender a aplicar os indicadores padronizados para levantamento da 
Liquidez, Endividamento, Eficiência Operacional, Rentabilidade, Lucratividade, Situação 
Financeira, Riqueza e até a possibilidade de Falência da empresa. 
 
 Explore seu Conhecimento 
 
1) (Adaptado de CESGRANRIO-TRANSPETRO, 2011). As demonstrações contábeis preparadas 
objetivam fornecer informações que sejam úteis. Tais demonstrações contábeis são úteis 
porque: 
 
Alternativa A: permitem avaliar as variações patrimoniais, econômicas e financeirasocorridas no exercício social; 
Alternativa B: fornecem informações para a tomada de decisão e a avaliação por parte dos 
usuários em geral; 
Alternativa C: facilitam a determinação de políticas públicas; 
Alternativa D: ajudam a desregulamentar as atividades das entidades; 
Alternativa E: determinam a contenção de investimentos para a aplicação em mercado 
futuro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
3 
 
 
Estrutura das Demonstrações 
Contábeis e Financeiras 
 
 A análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras permitem obter informações mais 
precisas das empresas a partir de demonstrativos e indicadores padronizados. Sem a padronização 
das demonstrações e das técnicas aplicadas não seria possível extrair conclusões sobre o 
desempenho das empresas. 
 Esta unidade tem o objetivo de apresentar as estruturas gerais das Demonstrações 
Contábeis e Financeiras do Balanço Patrimonial - BP, da Demonstração de Resultado do Exercício – 
DRE, a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA, a Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido - DMPL, a Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC e a Demonstração do 
Valor Adicionado – DVA. 
 O entendimento dos demonstrativos permitirão sua análise e a elaboração de um parecer 
sobre a situação econômica e financeira de uma empresa. 
 As informações são úteis para que os gestores tomem decisões adequadas a partir de 
dados estatísticos apurados de forma sistematizada. 
 Vamos iniciar o entendimento das Demonstrações Contábeis e Financeiras pelo Balanço 
Patrimonial – BP, fundamental para avaliar a situação financeira e econômica acumulada pelas 
atividades da empresa. 
 
 
Balanço Patrimonial 
 
 O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que resume as fontes e aplicações de 
recursos financeiros de forma quantitativa e qualitativa, em um determinado momento, como se 
fosse uma fotografia do patrimônio acumulado da empresa. O Balanço Patrimonial é considerado 
o demonstrativo mais importante da empresa. 
2.1 
 ______________________________________________________________________ 
4 
 
 A apresentação do Balanço Patrimonial busca simplificar a compreensão das fontes e 
aplicações de recursos financeiros, classificando-os em dois grupos: do lado esquerdo o Ativo – as 
aplicações em bens e direitos; e do lado direito o Passivo – as fontes ou obrigações com terceiros 
e proprietários. 
 
La
d
o
 E
sq
u
er
d
o
 
ATIVO PASSIVO 
Lad
o
 D
ireito
 
Aplicações de 
recursos 
Fontes de recursos 
Bens e Direitos Obrigações com 
Terceiros e 
Proprietários 
 
 As aplicações de recursos são também chamadas de “Ativo”. O ativo está organizado em 
grupos de bens e direitos que estão disponíveis no curto e longo prazos. Entre os grupos dos ativo 
em ordem de disponbilidade estão: caixa, duplicatas a receber, contas correntes em bancos, 
aplicações financeiras, estoques de mercadorias, equipamentos, máquinas, veículos, imóveis, 
instalações, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO 
Circulante  Disponibilidades (caixa e 
bancos) 
 Aplicações Financeiras 
 Duplicatas a receber 
 Estoques (mercadorias e 
produtos) 
Realizável de Longo Prazo  Aplicações Financeiras de 
A disponibilidade significa o tempo em que o ativo pode ser 
convertido em moeda. Quanto mais rápida a conversão, mais 
disponível está o ativo. 
 
 ______________________________________________________________________ 
5 
 
Longo Prazo 
Permanente  Investimentos 
 Imobilizado (máquinas, 
móveis, instalações, etc) 
 Depreciação Acumulada 
 Intangível 
 
 
 As fontes de recursos são também chamadas de “Passivo”. O passivo está organizado em 
grupos de financiamento de acordo com a exigibilidade, além do financiamento dos proprietários 
– o Patrimônio Líquido. Entre os grupos do passivo estão: o capital social, as ações ordinárias e 
preferenciais, as reservas de capital, as reservas de lucro, os lucros prejuízos acumulados, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASSIVO 
Circulante  Salários a pagar 
 Fornecedores a pagar 
 Impostos a pagar 
Exigível de Longo Prazo  Financiamentos 
 Empréstimos de Longo 
Prazo 
Patrimônio Líquido  Capital Social ou Ações 
 Reservas 
 Lucros ou prejuízos 
acumulados 
A exigibilidade significa o tempo em que o passivo pode ser 
exigido. Quando os recursos são exigidos no curto prazo, o 
grupo é o circulante. Quando os recursos são exigidos no 
longo prazo, o grupo é o exigível. 
 ______________________________________________________________________ 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Balanço Patrimonial, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, nº 6.404/76, em seu 
artigo 178, é um relatório obrigatório gerado pela contabilidade e representa a equação de 
equilíbrio entre as fontes e aplicações de recursos da empresa. A estrutura do Balanço Patrimonial 
é normalmente organizada da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os recursos investidos dos proprietários estão classificados no grupo do 
Patrimônio Líquido e podem ter origem: no capital social – para empresas 
limitadas; e nas ações – para empresas de capital aberto. O mesmo grupo 
também demonstra os lucros e prejuízos acumulados da empresa. Os lucros 
ou prejuízos são apurados pela diferença entre as receitas e despesas a cada 
período contábil, ou seja, pelo resultado da aplicação em bens e direitos - 
ativo, que tiveram origem nas fontes de recursos e financiamento da 
empresa - passivo. 
 ______________________________________________________________________ 
7 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Circulante  Disponibilidad
es (caixa e 
bancos) 
 Aplicações 
Financeiras 
 Duplicatas a 
receber 
 Estoques 
(mercadorias 
e produtos) 
Circulante  Salários a pagar 
 Fornecedores a 
pagar 
 Impostos a 
pagar 
Realizável de 
Longo Prazo 
 Aplicações 
Financeiras de 
Longo Prazo 
Exigível de 
Longo Prazo 
 Financiamentos 
 Empréstimos de 
Longo Prazo 
Permanente  Investimentos 
 Imobilizado 
(máquinas, 
móveis, 
instalações, 
etc) 
 Depreciação 
Acumulada 
 Intangível 
Patrimônio 
Líquido 
 Capital Social ou 
Ações 
 Reservas 
 Lucros ou 
prejuízos 
acumulados 
 
 
 
Demonstração do Resultado do 
Exercício 
 
 A Demonstração de Resultado do Exercício - DRE é a demonstração contábil que resume as 
operações da empresa que levam ao lucro ou prejuízo, de forma quantitativa e qualitativa, em um 
determinado exercício social (um ano). A DRE fornece a informação do resultado da empresa no 
ano, de forma mais detalhada, permitindo demonstrar o lucro acumulado no Balanço Patrimonial. 
 A DRE é organizada em grupos: de receitas, custos, despesas e os respectivos encargos 
relativos às receitas e aos resultados da empresa. 
2.2 
 ______________________________________________________________________ 
8 
 
 É bom lembrar que conforme a legislação vigente as receitas e despesas devem ser 
registradas na DRE no regime de competência, ou seja, quando ocorrem, independente do 
recebimento ou pagamento. 
 A DRE, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, nº 6.404/76, em seu artigo 187, é 
um relatório obrigatório gerado pela contabilidade e representa o resultado da empresa em umexercício social. A estrutura da DRE é normalmente organizada da seguinte forma: 
 
DRE 
Receitas Receitas de Vendas 
( - ) Deduções 
= Receita Líquida 
Custos ( - ) Custos das Vendas 
= Lucro Bruto 
 
Despesas ( - ) Despesas 
= Lucro Antes dos Encargos 
 
Encargos ( - ) Imposto de Renda 
( - ) Outros encargos 
= Lucro Líquido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O regime de competência é aquele em as receitas e depesas são registradas 
na contabilidade quando da sua ocorrência, independente de seu 
recebimento ou pagamento. Já o regime de caixa é aquele em que se 
registra a entrada ou saída de dinheiro. A contabilidade é responsável pelo 
registro das operações da empresa em regime de competência. O financeiro 
é responsável pela gestão das entradas e saídas de dinheiro, no regime de 
caixa. 
 ______________________________________________________________________ 
9 
 
 
 Os demostrativos em conjunto buscam apresentar de forma simplificada a situação 
econômica e financeira da empresa. 
 Os gestores da empresa devem conhecer profundamente estes demonstrativos, 
analisando-os para a tomada de decisão e melhor alocação dos recursos financeiros da empresa. 
 
 
 
Demonstração dos Lucros e Prejuízos 
Acumulados e Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido 
 
 A Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA mostra como foi realizada a 
distribuição dos resultados de um exercício social (um ano). A DLPA detalha a conta dos Lucros ou 
Prejuízos Acumulados que constam do Balanço Patrimonial. 
 Entre os grupos que constam da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA, 
estão: o saldo do inicio do período, aumento de capital, constituição, ajustes e reversões de 
reservas e reavaliações, destinação e distribuição dos lucros, incorporação de lucros ao capital e o 
saldo do final do período. 
 Já a Demontração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, pode ser incorporada a 
DLPA, pois tem o objetivo de ampliar o detalhamento da movimentação das contas do Patrimônio 
Líquido – PL, grupo do Passivo que inclui a conta de Lucros e Prejuízos Acumulados. 
 A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL mostra as movimentações 
das contas do Patrimônio Líquido no Balanço Patrimonial: Capital Social ou Ações, Lucros e 
Prejuízos Acumulados e Reservas. Os grupos que constam desta demonstração incorporam as 
contas avaliadas pela Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados - DLPA. 
 Portanto, as demonstrações contábeis aqui mencionadas são publicadas de forma 
consolidada, evidenciando as movimentações em todas as contas do Patrimônio Líquido. A 
movimentação e destinação do lucro ou prejuízo da empresa é um fator de muita importância 
para todos os interessados na empresa, especialmente os investidores e proprietários. 
2.3 
 ______________________________________________________________________ 
10 
 
 De acordo com a legislação vigente, a estrutura da DLPA e DMLP está normalmente 
organizada da seguinte forma: 
 
Demontração de Lucros e Prezuízos Acumulados – DLPA e Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido 
Contas do 
Balanço 
Patrimonial 
Capital 
Social 
Reservas 
de Capital 
Reservas de 
Reavaliação 
Reservas 
de Lucros 
Lucros ou 
Prejuízos 
Total 
PL em 
31/12/X1 
 
Aumento de 
Capital 
 
Realização de 
Reservas 
 
Lucro ou 
Prejuízo do 
Exercício 
 
Constituição 
de Reservas 
 
Distribuição 
de 
Dividendos 
 
Saldo em 
31/12/X2 
 
 
 
Em conjunto as Demonstrações Contábeis e Financeiras do Balanço Patrimonial – BP, 
Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados 
– DLPA e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, subsidiam a maior parte 
das análises das Demonstrações Contábeis e Financeiras da empresa. A Demonstração de Fluxo de 
Caixa – DFC e a Demonstração de Valor Agregado – DVA, serão abordadas em capítulos específicos 
deste material. 
 ______________________________________________________________________ 
11 
 
 
 Explore seu Conhecimento 
 
 Agora vamos explorar e exercitar nosso conhecimento sobre a estrutura das 
Demonstrações Contábeis e Financeiras. Realize os exercícios e consolide seu conhecimento! 
 
1) (Adaptado de ENADE 2006). A Concorde Aérea S.A., uma das mais importantes 
empresas na vida empresarial recente do país, viveu, durante o ano de 2014, um 
processo de insolvência, como se pode observar pelos seguintes grupos de contas em 
seu Balanço de 31 de dezembro de 2014. 
 
 em R$ milhões 
 Ativo Circulante ................................ 1.310 
 Realizável a Longo Prazo .................... 798 
 Ativo Permanente .............................. 248 
 Passivo Circulante ............................. 2.111 
 Exigível a Longo Prazo ....................... 8.146 
 
 O Patrimônio Líquido da Concorde Aérea S.A, em 31 de dezembro de 2014, em R$ 
 milhões, era de: 
 
 Alternativa A: 12.593 
 Alternativa B: 7.921 
 Alternativa C: 7.901 
 Alternativa D: − 7.901 
 Alternativa E: − 7.921 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
12 
 
2) (Adaptado de VUNESP-UNESP, 2012). O chamado capital de terceiros é composto por: 
 
 Alternativa A: Obrigações com fornecedores em curto e longo prazo; 
 Alternativa B: Obrigações com fornecedores em curto prazo; 
 Alternativa C: Obrigações com fornecedores em longo prazo; 
 Alternativa D: Obrigações totais, ou seja, passivo exigível; 
 Alternativa E: Obrigações com os sócios. 
 
3) (Adaptado de VUNESP-UNESP, 2012). O chamado Patrimônio Líquido é composto por: 
 
 Alternativa A: Obrigações com fornecedores em curto e longo prazo; 
 Alternativa B: Obrigações com fornecedores em curto prazo; 
 Alternativa C: Obrigações com fornecedores em longo prazo; 
 Alternativa D: Obrigações totais, ou seja, passivo exigível; 
 Alternativa E: Obrigações com os sócios. 
 
4) (Adaptado de ANPAD, 2005). O regime em que todos os custos e receitas incorridos, 
mesmo que pagos ou recebidos em diferentes períodos, são atribuídos àqueles em que 
efetivamente ocorrer o fato gerador da receita ou da despesa é o de: 
 
 Alternativa A: Caixa; 
 Alternativa B: Competência; 
 Alternativa C: Econômico Efetivo; 
 Alternativa D: Custo real ou Efetivo; 
 Alternativa E: Mensuração real. 
 
 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
13 
 
 
Análise das Demonstrações 
Contábeis e Financeiras 
 
 O Planejamento Financeiro é essencial para a sobrevivência das empresas e para planejar é 
preciso avaliar as Demonstrações Contábeis e Financeiras, extraindo do passado, indicadores úteis 
para a tomada de decisão no presente e no futuro. 
 Neste capítulo vamos estudar como analisar as Demonstrações Contábeis e Financeiras 
utilizando indicadores ou coeficientes que relacionam os grupos e contas do Balanço Patrimonial - 
BP e da Demonstração de Resultado do Exercício – DRE. 
 Os indicadores ou coeficientes financeiros apontam para a situação financeira da empresa, 
resumindo e sintetizando estas informações. As medidas de desempenho e resultados da empresa 
podem ser extraídas a partir da análise destes indicadores, sendo que alguns destes são calculados 
na formade coeficientes e outros na forma de valor. 
 O objetivo deste tópico é que conheçamos os indicadores financeiros essenciais para: a 
avaliação de desempenho, a avaliação de resultados e a tomada de decisão nas empresas. 
 Os indicadores e coeficientes financeiros podem ser organizados nos seguintes grupos: 
Liquidez, Eficiência, Estrutura de Capital, Endividamento e Alavancagem, Rentabilidade, Retorno 
dos Investimentos e Valor de Mercado. 
 Para conhecermos os indicadores partiremos da efetiva análise das Demonstrações 
Financeiras, assim, poderemos entender na prática com realizar as análises e emitir pareceres 
sobre a situação financeira da empresa. 
 Utilizaremos como exercício um Balanço Patrimonial – BP e uma Demonstração de 
Resultado do Exercício – DRE fictícios, aplicando e comentando os indicadores que podem ser 
utilizados para analisar qualquer demonstrativo contábil e financeiro real. 
 Os indicadores e coeficientes serão calculados e comentados para que você os entenda e 
coloque em prática a análise no seu dia a dia. 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
14 
 
 
Análises Vertical e Horizontal 
 
 Os demonstrativos propostos para o nosso entendimento são da EMPRESA VALUATION 
S/A, como é prática, o Balanço Patrimonial - BP apresenta os resultados dos dois últimos anos (X2 
e X1) e a Demonstração de Resultado do Exercício - DRE apresenta o resultado do último ano (X2). 
 
 
3.1 
 ______________________________________________________________________ 
15 
 
 As análises vertical e horizontal buscam avaliar e comparar a representatividade de cada 
grupo e conta dos demonstrativos contábeis. A análise vertical indica a representatividade de cada 
grupo e conta em relação aos valores totais do ativo e do passivo do mesmo ano. A análise 
horizontal compara a evolução dos mesmos grupos e contas dos dois anos apresentados. 
 
 
 Para a Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, neste caso, aplicamos somente a 
análise vertical, ou seja, os grupos e contas relacionados ao total da receita. A análise horizontal 
também pode ser aplicada quando estão disponíveis os resultados de mais de um ano social. 
 
3.2 
 ______________________________________________________________________ 
16 
 
 A análise horizontal do Balanço Patrimonial permite avaliar a evolução de todos os grupos 
e contas do ativo e passivo do ano X2 em relação ao ano X1. 
 
 Por exemplo: 
 
 Em relação ao Balanço Patrimonial: 
 No ano X2 – o total do ativo foi de $ 1.879 
 No ano X1 – o total do ativo foi de $ 1.742 
 
 Aplicando a análise horizontal, relacionamos ou dividimos, o resultado do ano X2 pelo 
resultado do ano X1, obtendo assim, o percentual de evolução de um ano em relação ao outro, ou 
seja: 
 
 
 
 
 
 O resultado indica previamente que houve em X2 um aumento de 7,86% do total do ativo 
em relação ao mesmo grupo em X1. O cálculo é aplicado a todos os grupos e contas do ativo e 
passivo, permitindo uma avaliação da evolução de um ano para outro. 
 Entre os resultados preliminares que podemos obter a partir da análise horizontal aplicada 
ao Balanço Patrimonial e a DRE da Valuation S/A, estão: 
 
a) O aumento de 7,86% do ativo em X2; 
b) O aumento de 7,00% do ativo circulante e o aumento de 6,81% do passivo circulante em X2; 
c) A diminuição dos valor dos estoques de 3,93% em X2; 
d) O aumento de 71,88% do valor das ações ordinárias em X2; 
e) O aumento de 11,03% do valor do Patrimônio Líquido em X2. 
 
1879 =
1742
7,86%
 ______________________________________________________________________ 
17 
 
 Portanto, a análise horizontal indica a situação financeira atual da empresa em relação ao 
ano anterior. Cada um dos grupos e contas pode ser avaliado desta forma. A análise horizontal em 
conjunto com a análise vertical e o cálculo dos indicadores financeiros permitirá uma avaliação 
mais apurada da saúde financeira da empresa. 
 
 A análise vertical do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício 
permite avaliar a representatividade de cada grupo e conta em relação ao total do grupo no ano 
X2. 
 Por exemplo: 
 
 Em relação ao Balanço Patrimonial: 
 No ano X2 – o total do ativo foi de $ 1.879 
 No ano X2 – o total do ativo circulante foi de $ 703 
 
 Aplicando a análise vertical, relacionamos ou dividimos, o resultado do grupo do ativo 
circulante pelo resultado do total do ativo, obtendo assim, a representatividade de um grupo em 
relação ao total, ou seja: 
 
 
 
 
 
 O resultado indica previamente que o Ativo Circulante representa 37,41% do Total do 
Ativo da Valuation S/A. O cálculo é aplicado a todos os grupos e contas em relação ao total do 
ativo e do passivo, permitindo uma avaliação da representatividade das contas no ano X2. 
 Entre os resultados preliminares que podemos obter a partir desta análise, estão: 
 
a) O Ativo Circulante representa 37,41% do Total do Ativo em X2, enquanto o Passivo Circulante 
representa 25,86% do Total do Passivo em X2; 
703 =
1879
37,41%
 ______________________________________________________________________ 
18 
 
b) O Ativo Permanente representa 59,50% do Total do Ativo em X2; 
c) O Patrimônio Líquido representa 42,84% do Total do Passivo em X2; 
d) Os Custos e Despesas Operacionais representam 91,60% do Total das Receitas em X2; 
e) O Lucro Líquido representa 3,80% do Total das Receitas em X2. 
 
 Portanto, a análise vertical avalia os recursos financeiros alocados em diferentes grupos e 
contas em relação aos totais destes grupos. Cada um dos grupos e contas pode ser avaliado desta 
forma. 
 
 
Indicadores Financeiros 
 
 
 Os indicadores ou coeficientes de análise das Demonstrações Financeiras são utilizados 
para medir o desempenho e situação financeira das empresas. Eles também são chamados de 
índices financeiros, sua utilização tem o propósito de sintetizar e extrair informações da análise 
das Demonstrações Contábeis e Financeiras. 
 Os indicadores podem ser organizados em grupos de avaliação: Liquidez ou Solvência; Ciclo 
ou Eficácia Operacional; Endividamento ou Estrutura de Capital; Rentabilidade e Lucratividade; 
Alavancagem; e Valor de Mercado. 
 
 3.2.1 Liquidez ou Solvência 
 
 Os indicadores de Liquidez ou Solvência buscam avaliar a situação financeira da empresa, 
evidenciando a capacidade de cumprir os compromissos exigíveis de curto e longo prazos. 
 Os grupos relacionados do Balanço Patrimonial são: o Ativo Circulante – AC; o Realizável – 
RLP; o Passivo Circulante – PC; e o Exigível de Longo Prazo – ELP. A avaliação indica o quanto a 
empresa possui de ativos circulantes para pagamento dos passivos exigíveis. 
 
3.2 
 ______________________________________________________________________ 
19 
 
 
 Os indicadores de Liquidez ou Solvência da Valution S/A demonstram que a empresa 
apresenta recursos insuficientes para cumprir seus compromissos de curto e longo prazos. No 
caso da Liquidez Geral, por exemplo, para cada $1 de dívida a empresa possui $0,71 disponível 
para quitar a obrigação. 
 
 3.2.2 Ciclo ou Eficácia Operacional 
 
 Os indicadores do Ciclo ou Eficácia Operacional buscam avaliar a situação financeira da 
empresa, evidenciando os prazos médios de estocagem, recebimento, pagamento e o giro do 
Ativo. Estes indicadores devem ser interpretados na perspectiva do tipo de negócio, inclusive 
comparando-os com outras empresas do mesmo ramo. 
 As contas relacionadas do Balanço Patrimoniale da Demonstração de Resultado do 
Exercício são: o Estoque; as Duplicatas a receber; os Fornecedores ou Contas a Pagar; a Receita 
Operacional ou Líquida; e o Custo do Produto Vendido – CPV. A avaliação indica a quantidade ou o 
tempo que a empresa gasta para recompor o estoque, os prazos de pagamento e os prazos de 
recebimento. Para indicação dos prazos relacionamos os indicadores a quantidade de dias do 
exercício social – 360 dias. 
 
 ______________________________________________________________________ 
20 
 
 
 Os indicadores do Ciclo Operacional da Valuation S/A demonstram a eficácia da empresa 
no número de vezes em que o ativo girou no exercício social em relação às vendas; qual o prazo 
médio de estocagem, o prazo médio dos recebimentos; e o prazo médio dos pagamentos. No caso 
do Giro dos Fornecedores, por exemplo, após calcular as Compras – a partir do CPV e Estoques de 
X1 e X2, fica evidente que o prazo de pagamento de 103 dias é bem superior ao prazo de 
recebimento de 46 dias, o que parece bem razoável para a empresa, visto que o melhor é receber 
antes de pagar. 
 
 3.2.3 Endividamento ou Estrutura de Capital 
 
 Os indicadores de Endividamento ou Estrutura de capital buscam avaliar a situação 
financeira da empresa, evidenciando a composição das fontes de financiamento. Estes indicadores 
devem ser interpretados na perspectiva dos tipos de capital: de terceiros – Passivo Circulante e 
Exigível de Longo Prazo; e do capital próprio – Capital Social ou Ações. 
 As contas relacionadas do Balanço Patrimonial são: Passivo Circulante – PC; Exigível de 
Longo Prazo – ELP; Ativo Total; Ativo Permanente; e o Patrimônio Líquido - PL. A avaliação indica a 
representatividade das fontes de investimentos exigíveis, ou seja, de terceiros – PE = PC + ELP; ou 
do Patrimônio Líquido – capital próprio. 
 
 ______________________________________________________________________ 
21 
 
 
 Os indicadores de Estrutura de Capital da Valuation S/A demonstram a composição das 
fontes de financiamento da empresa. No caso da Composição do Endividamento, por exemplo, 
após relacionar as fontes de financiamento de curto prazo (PC) em relação ao Passivo Exigível (PC 
+ ELP), podemos observar que 45% do endividamento com terceiros é de curto prazo. Já no caso 
da Composição do Capital, por exemplo, após relacionar os recursos terceiros (PE) em relação ao 
Passivo Líquido (PL), podemos observar os recursos de terceiros são 1,33 vezes o valor do 
Patrimônio Líquido, o que significa que o investimento em capital de terceiros é maior o que valor 
total do Patrimônio Líquido. 
 
 3.2.4 Rentabilidade e Lucratividade 
 
 Os indicadores de Rentabilidade e Lucratividade buscam avaliar a situação financeira da 
empresa, evidenciando as margens de lucratividade; o lucro gerado a partir da aplicação de 
recursos nos ativos da empresa; e o lucro gerado em relação aos recursos investidos na empresa. 
 As contas relacionadas do Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício, 
são: Ativo Total; Patrimônio Líquido – PL; Receita Operacional ou Líquida; e Margens de 
Lucratividade. A avaliação indica a rentabilidade e a lucratividade em relação aos recursos 
financiados e aplicados na empresa. 
 
 ______________________________________________________________________ 
22 
 
 
 
 Os indicadores de Rentabilidade e Lucratividade da Valuation S/A demonstram as margens 
de rentabilidade e lucratividade da empresa, a partir da aplicação dos ativos e considerando as 
fontes de financiamento. No caso da Margem Operacional, por exemplo, após relacionar a Receita 
Operacional ou Líquida e o Lucro Antes dos Juros e do Imposto de Renda – LAJIR, podemos 
observar que os LAJIR representa somente 10% das Receitas Líquidas Totais da empresa. Já no 
caso do Retorno Operacional, por exemplo, após relacionar o LAJIR em relação ao Ativo Médio 
 ______________________________________________________________________ 
23 
 
(Média do Total dos Ativos dos anos X1 e X2), podemos observar que a aplicação de recursos no 
Ativo gerou uma margem de lucratividade de 17% antes dos Juros, Impostos, Depreciação e 
Amortização (EBITDA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3.2.5 Alavancagem 
 
 Os indicadores de Alavancagem buscam avaliar a situação financeira da empresa, 
evidenciando a viabilidade do negócio por meio das possíveis variações nos resultados em relação 
a variação de vendas (operacional) e a captação de recursos de terceiros (juros de capital de 
terceiros). Os graus de alavancagem indicam a lucratividade em relação às variações nas vendas e 
decisões de investimento da empresa. A alavancagem pode ser medida em termos operacionais e 
financeiros, assim como, na sua totalidade. 
 O grau de alavancagem operacional - GAO mede a variação dos resultados operacionais 
em relação à variação do volume de atividade ou vendas e custos da empresa. 
 O grau de alavancagem financeira - GAF mede a variação dos resultados em relação à 
influência das despesas de endividamento da empresa. 
O EBITIDA – Earning before Interest, Taxes, Depreciaton and Amortization, 
é equivalente ao conceito de Fluxo de Caixa Operacional da empresa, 
medido antes dos juros ou despesas financeiras, impostos, depreciação e 
amortização. O EBITIDA não considera os gastos não operacionais e ignora as 
variações do capital de giro. Esta é uma medida operacional que tem se 
tornado padrão internacionalmente. O Balanço Patrimonial e a DRE são a 
base para o cálculo do EBTIDA. 
 ______________________________________________________________________ 
24 
 
 O grau de alavancagem total - GAT mede a variação dos resultados líquidos em relação à 
variação do volume de atividade ou vendas e custos da empresa. 
 
 
 Os indicadores de Alavancagem da Valuation S/A demonstram os índices de influência das 
vendas e despesas financeiras na geração de lucratividade. No caso da Alavancagem Operacional, 
por exemplo, considerando que as Vendas e consequentemente o CPV (Atividades) em X1 fossem 
maiores em 20%, a geração de lucro operacional ou bruto seria também maior em 64%, portanto, 
o grau de alavancagem dos lucros é de 3,20 vezes para cada 1% de variação nas vendas. 
 No caso da Alavancagem Financeira, por exemplo, o lucro líquido tem grau de 
alavancagem de 1,35 em relação às despesas financeiras geradas a partir do financiamento de 
capital de terceiros, portanto, para cada 1% de despesas financeiras, há uma variação de 1,35 
vezes no lucro líquido. A alavancagem financeira também pode ser verificada pela relação entre a 
variação do Lucro Operacional e a variação do Lucro Líquido. 
 O grau de Alavancagem Total mede a variação das vendas e custos em relação à geração 
de Lucro Líquido, para a Valuation S/A, por exemplo, considerando que as vendas e respectivos 
custos aumentaram em 20% e consequentemente o lucro líquido teve um aumento de 122%, 
temo que para cada 1% de variação nas vendas e custos o grau de Alavancagem Total é de 6,10 
vezes o lucro líquido. 
 ______________________________________________________________________ 
25 
 
 3.2.6 Valor de Mercado 
 
 Os indicadores de Valor de Mercado buscam avaliar a situação financeira da empresa, 
evidenciando os resultados da empresa em relação aos valores de mercado das ações. Os 
indicadores são calculados para empresas de capital aberto, com ações cotadas em bolsa de 
valores. Os índices de mercado indicam o preço por ação em relação ao lucro por ação; e o preço 
por ação em relação ao valor patrimonial da ação. 
 
 
 Os indicadoresde Mercado da Valuation S/A demonstram o preço que os investidores 
pagariam por ação em relação ao Lucro contábil e ao valor do Patrimônio Líquido. No caso do 
Preço por Lucro – P/L, por exemplo, considerando que a empresa oferta um número de 100 ações 
e o valor da ação na bolsa de valores é de $ 10,00, os investidores poderiam pagar até $11,63 pela 
ação quando relacionada ao lucro da empresa. Já a razão entre o preço da ação no mercado e o 
valor do Patrimônio Líquido é de 1,24 para cada ação cotada na bolsa de valores. 
 O conjunto de indicadores auxilia na avaliação da situação econômica e financeira da 
empresa, a partir dos demonstrativos publicados, permitindo-nos emitir uma parecer mais 
apurado da: capacidade de pagamento; prazos de estocagem, pagamento e recebimento; 
endividamento; rentabilidade e lucratividade; alavancagem; e o valor de mercado. A 
comparabilidade dos indicadores em diferentes períodos de apuração é necessária para a precisão 
nos pareceres sobre a situação financeira da empresa, além da comparação entre empresas do 
mesmo ramo de negócios. 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
26 
 
 
 Explore seu Conhecimento 
 
1) (Adaptado de CFC-EXAME DE SUFICIÊNCIA, 2011). Relacione o Indicador Econômico 
Financeiro descrito a seguir com exemplos de indicadores na segunda coluna: 
 
a) Indicadores de Capacidade de Pagamento 
b) Indicadores de Atividade ou Ciclo Operacional 
c) Indicadores de Rentabilidade 
 
 ( ) Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez Imediata, Liquidez Geral e Endividamento 
 ( ) Prazo Médio de Recebimento, Prazo Médio de Pagamento, Giro de Estoques e Giro do 
 Ativo Total 
 ( ) Margem Operacional, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo, Rentabilidade do 
 Patrimônio Líquido 
 
2) (Adaptado de FUNIVERSA, 2010). Ao processo comparativo entre valores de uma mesma 
conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais dá-se o nome de: 
 
Alternativa A: análise horizontal 
Alternativa B: ciclo operacional 
Alternativa C: alavancagem operacional 
Alternativa D: liquidez corrente 
Alternativa E: análise vertical 
 
 
3) (Adaptado de FCC-NOSSA CAIXA, 2011). Utilize as informações a seguir, extraídas das 
Demonstrações Contábeis de uma Companhia Aberta: 
 Receitas Líquidas: R$ 625.000,00 
 Custo das Mercadorias Vendidas: R$ 300.000,00 
 Lucro Líquido do Exercício: R$ 120.000,00 
 Patrimônio Líquido: R$ 800.000,00 
 Estoque Médio do Exercício: R$ 125.000,00 
 ______________________________________________________________________ 
27 
 
 
 O prazo médio de renovação de estoques (considere o ano comercial de 360 dias) é de: 
 
Alternativa A: 150 dias; 
Alternativa B: 180 dias; 
Alternativa C: 165 dias; 
Alternativa D: 120 dias; 
Alternativa E: 210 dias. 
 
4) (Adaptado de CESGRANRIO-TRANSPETRO, 2011). Dados extraídos da contabilidade de uma 
empresa: 
 Receitas Líquidas: R$ 150.000,00 
 Custo das Mercadorias Vendidas: R$ 25.000,00 
 Lucro Operacional do Exercício: R$ 125.000,00 
 Encargos Financeiros: R$ 35.000,00 
 
 Considerando-se exclusivamente as informações acima, a alavancagem financeira da 
 empresa, no período, foi: 
 
Alternativa A: 1,18; 
Alternativa B: 1,22; 
Alternativa C: 1,33; 
Alternativa D: 1,38; 
Alternativa E: 1,56. 
 
 
5) (Adaptado de CFC-EXAME DE SUFICIÊNCIA, 2012). Indicadores extraídos da contabilidade 
de uma empresa: 
 
Indicadores 2009 2010 2010 
Indicador de Endividamento 1,0 2,0 3,0 
Rentabilidade sobre PL 18% 21% 24% 
Rentabilidade sobre Ativo 15% 15% 15% 
Margem Líquida 10% 6% 5% 
 
 ______________________________________________________________________ 
28 
 
 
 A partir da análise de indicadores é CORRETO afirmar que: 
 
Alternativa A: a elevação do endividamento ao longo dos anos tem reduzido a 
rentabilidade proporcionada aos proprietários; 
Alternativa B: a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na 
margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo; 
Alternativa C: do ponto de vista dos proprietários, a empresa está a cada dia menos 
lucrativa e menos arriscada; 
Alternativa D: o custo médio do capital de terceiros é inferior a 15% a.a., uma vez que, a 
rentabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
29 
 
 
 Fluxo de Caixa 
 
A Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC é um demonstrativo obrigatório para empresas 
de capital aberto ou que tenham um faturamento maior que R$ 2.000.000,00 (dois milhões de 
reais), conforme a Lei 11.638/2007. O Fluxo de Caixa tem duas funções primordiais: demonstrar o 
financiamento e as aplicações do caixa da empresa; e possibilitar a previsão de fluxos de caixa 
futuros. O Fluxo de Caixa está para além de uma obrigação, o demonstrativo pode ser uma 
ferramenta bastante eficaz na gestão financeira da empresa. 
O Fluxo de Caixa pode ser elaborado pelo Método Direto ou pelo Método Indireto. O 
Método Direito apresenta as movimentações operacionais de caixa por meio do registro de 
recebimentos e pagamentos diários, esta forma de apresentação é bastante útil para a gestão 
financeira no dia a dia da empresa. O Método Indireto é menos utilizado e busca apurar os saldos 
de caixa a partir da análise do Lucro Líquido, ajustada por contas que não afetam o caixa, 
apurando-se assim, o saldo de caixa ao final do exercício, partindo das informações 
disponibilizadas pelo Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado do Exercício e outras 
informações contábeis. 
 
Fluxo de Caixa pelo Método Direto 
 
O Método Direto consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de uma empresa 
utilizando as movimentações (entradas e saídas) do caixa. A vantagem deste método é que 
permite gerar as informações com base em critérios e técnicas adequadas ao negócio da empresa, 
eliminando, assim, qualquer interferência da legislação fiscal. Neste método as informações para 
composição de fluxo de caixa são obtidas diretamente dos registros das operações da empresa: 
recebimento de clientes, pagamento de fornecedores, pagamento de impostos, pagamento de 
salários, etc. As atividades operacionais da empresa são registradas no Fluxo de Caixa 
considerando o regime de caixa (recebimento e desembolso). As vantagens na elaboração da DFC 
pelo Método Direto são: utilizar a classificação dos recebimentos e desembolsos seguindo critérios 
4.1 
 ______________________________________________________________________ 
30 
 
técnicos e não fiscais; permitir que a cultura do regime de caixa seja introduzida mais rapidamente 
na empresa; e prover informações diárias do caixa da empresa. É claro que há um custo adicional 
para classificar e controlar os recebimentos e pagamentos diariamente, no entanto, as 
informações para a tomada de decisão financeira estão sempre disponíveis. 
No exemplo abaixo temos uma demonstração simplificada do Método Direto de Apuração 
do Fluxo de Caixa Operacional da empresa: 
 
Fluxo de Caixa – Método Direto (Regime de Caixa) 
= Saldo Incial Disponibilidade no inicio do período 
( = ) Caixa e Bancos (contas correntes) 
 
+ Entradas Recebimento de Vendas 
 + Recebimentos à vista 
 + Recebimentos à prazo 
 
( - ) Saídas Pagamento de Fornecedores 
( - ) Pagamento de Salários 
( - ) Pagamento de Fornecedores= Saldo Final Disponbilidade no fim do período 
( = ) Caixa e Bancos (contas correntes) 
 
 
 
Fluxo de Caixa pelo Método Indireto 
 
O Método Indireto apura o saldo de caixa a partir do registro do Lucro Líquido verificado na 
Demonstração de Resultado do Exercício – DRE. O Lucro Líquido é ajustado pelas operações que 
não impactam no caixa, tais como: depreciação, amortização, provisão e investimentos e 
financiamentos que não afetam o caixa. Entre as vantagens do Método Indireto estão: o baixo 
custo e a redução de tempo de controle. Para elaborar a DFC pelo Método Indireto basta utilizar 
dois balanços patrimoniais (o do início e do final do período), a demonstração de resultados e 
algumas informações adicionais obtidas na contabilidade. Este método também concilia o lucro 
contábil com o fluxo de caixa operacional líquido mostrando como se compõe a diferença. A 
4.2 
 ______________________________________________________________________ 
31 
 
desvantagem é que as informações são geradas pelo regime de competência e só depois 
convertemos para o regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos ter 
surpresas desagradáveis e tardiamente. 
 
Fluxo de Caixa – Método Indireto (Regime de Competência) 
= Lucro Líquido ( + ) Lucro Líquido 
Valor apurado na DRE 
 
( - ) Ajustes ( - ) Ajuste de contas sem 
impacto no Caixa 
Valores apurados no Balanço 
Patrimonial e outras 
informações contábeis, como: a 
depreciação e as provisões 
 
+ / (-) Variação dos 
Saldos de Caixa 
Saldos de Caixa 
( + ) Saldo em X2 
( - ) Saldo em X1 
 
= Saldo Final de Caixa ( = ) Caixa e Bancos 
Registrado no Balanço 
Patrimonial de X2 
 
 
Ao final do período o saldo final do Fluxo de Caixa elaborado pelo Método Direto deve ser 
o mesmo saldo final do Fluxo de Caixa apurado pelo Método Indireto. No caso da Valuation S/A 
estimando outros ajustes que poderiam ser informados pela Contabilidade teríamos as 
Demonstrações de Caixa da seguinte forma: 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
32 
 
 
Indicadores de Caixa e Capital de Giro 
 
A gestão do caixa é essencial para a perenidade das empresas. Para gerir adequadamente o 
caixa precisamos ter recursos suficientes para cumprir os compromissos da empresa. Os 
indicadores de caixa devem determinar: o Capital Circulante Líquido – CCL; a Necessidade de 
Capital de Giro da empresa – NCG; e o Saldo em Tesouraria - ST. 
O Capital Circulante Líquido - CCL pode ser definido pela diferença entre os Ativos 
Circulantes e os Passivos Circulantes. Estes dados podem ser obtidos a partir do Balanço 
Patrimonial – BP. O CCL determina a liquidez de curto prazo da empresa. 
A Necessidade de Capital de Giro - NGC pode ser definida pela diferença entre os Ativos e 
os Passivos Operacionais. Os ativos operacionais podem ser obtidos a partir do Ativo Circulante 
diminuídos das provisões, adiantamentos de fornecedores, estoques e despesas antecipadas. Os 
passivos operacionais podem ser obtidos a partir do Passivo Circulante. 
O Saldo em Tesouraria - ST pode ser definido pela diferença entre os Ativos e os Passivos 
Financeiros. Os ativos financeiros podem ser obtidos a partir das Disponibilidades. Os passivos 
financeiros podem ser obtidos a partir do Passivo Circulante. 
Podemos utilizar o Balanço Patrimonial da Valuation S/A para cálculo do CCL e da NCG. No 
caso do Saldo em Tesouraria - ST podemos calcular a partir do Fluxo de Caixa pelo Método Direto 
ou pela conta de Disponibilidades no Balanço Patrimonial - BP. 
 
 
4.3 
 ______________________________________________________________________ 
33 
 
A análise do CCL, NCG e ST pode ser realizada de forma conjugada. O gestor pode avaliar a 
situação do caixa para os três indicadores da seguinte forma: 
 
 
 Fonte: Adaptado de Marques e Braga (1995). 
 
No tipo I – Temos uma situação de caixa excelente, um CCL positivo, não há NCG e a ST 
 também é positiva. 
No tipo II – Temos uma situação de caixa sólida, o CCL positivo, a ST também é positiva, no 
 entanto, há NCG. 
No tipo III – Temos uma situação de caixa insatisfatória, ainda que o CCL seja positivo, há 
 NCG e a ST é negativa. 
No tipo IV – Temos uma situação de caixa péssima, o CCL e a ST são negativos e há NCG. 
No tipo V – Temos uma situação de caixa muito ruim, não há NCG, no entanto, o CCL e a ST 
 são negativos. 
No tipo VI – Temos uma situação de caixa de alto risco, ainda que a ST seja positiva, há 
 NCG e o CCL é negativo. 
 
Para análise da situação financeira, em especial o caixa podemos enquadrar os indicadores 
nas situações mencionadas. No caso da Valuation S/A notamos que temos a situação do tipo III, ou 
seja, insatisfatória, pois ainda que o CCL seja positivo, há NCG (valor negativo para o indicador) e a 
ST também é negativa. 
O parecer geral da situação financeira deve ser descrita na forma de parecer geral, 
avaliando cada um dos grupos de indicadores: análises vertical e horizontal; liquidez; 
endividamento; eficácia operacional; rentabilidade e lucratividade; mercado; e caixa. 
 
 ______________________________________________________________________ 
34 
 
 
 Explore seu Conhecimento 
 
 
 Agora vamos explorar e exercitar nosso conhecimento sobre a situação de caixa da 
empresa. Realize os exercícios e consolide seu conhecimento! 
 
1) (Adaptado de UFF, 2012). Na elaboração do Demonstrativo de Fluxo de Caixa pelo 
Método Indireto, uma variação nas: duplicatas a receber; nos empréstimos obtidos; e 
na aquisição de imobilizado; são considerados respectivamente: 
 
Alternativa A: de investimento, de pagamento e de financiamento; 
Alternativa B: de financiamento, de pagamento e operacionais; 
Alternativa C: operacionais, de financiamento e de investimento; 
Alternativa D: de desconto, de financiamento e operacionais; 
Alternativa E: de compensação, de investimento e de financiamento. 
 
2) (Adaptado de CFC-EXAME DE SUFICIÊNCIA, 2011). Uma empresa possui as seguintes 
informações extraídas de seu Balancete de Verificação em 30 de junho de 2014: 
 
Grupos de Contas Janeiro de 2014 Junho de 2014 
Ativo Circulante $ 17.500.000 $ 39.625.000 
Passivo Circulante $ 9.500.000 $ 20.500.000 
 
Em relação à variação do Capital Circulante Líquido – CCL da empresa, no primeiro 
semestre de 2014, assinale a opção CORRETA. 
 
Alternativa A: A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no 
montante de $ 11.125.000; 
Alternativa B: A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no 
montante de $ 11.125.000; 
Alternativa C: A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no 
montante de $ 19.125.000; 
Alternativa D: A empresa teve uma variação positiva no Capital Circulante Líquido no 
montante de $ 19.125.000; 
 ______________________________________________________________________ 
35 
 
Alternativa E: A empresa teve uma variação negativa no Capital Circulante Líquido no 
montante de $ 19.625.000; 
 
3) Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balanço Patrimonial em 
31 de dezembro de 2014: 
 
Grupos de Contas $ 
Ativo Circulante $ 50.000.000 
Estoques $ 20.500.000 
Passivo Circulante $ 40.000.000 
 
Em relação à Necessidade de Capital de Giro – NCG da empresa, assinale a opçãoCORRETA. 
 
Alternativa A: $ 40.500; 
Alternativa B: $ 10.500; 
Alternativa C: $ 9.500; 
Alternativa D: $ 30.500; 
Alternativa E: $ 30.000; 
 
4) (Adaptado ENADE, 2012). Uma das decisões mais relevantes quando se trata da política 
de capital de giro de uma empresa é a decisão de como os ativos correntes devem ser 
financiados. Disso é possível derivar seis possíveis estruturas financeiras, conforme 
proposto por Fleuriet, Kehdy e Blanc (2003) e Assaf Neto e Tibúrcio Silva (2002). 
 
Estrutura 
 
Capital 
Circulante 
Líquido (CCL) 
Necessidade de 
Investimento em 
Giro (NIG) 
 
Tesouraria 
(T) 
I + - + 
Il + + + 
III + + - 
IV - + - 
V - - - 
VI - - + 
 CCL =Ativo Circulante- Passivo Circulante 
 NCG = Necessidade de Capital de Giro 
 ST = Saldo em Tesouraria 
 ______________________________________________________________________ 
36 
 
 
 Com base nas estruturas financeiras apresentadas,avalie as afirmações abaixo. 
 
 I. Organizações que exibem estrutura do tipo IV estão em uma situação em 
 que recursos de curto prazo financeiros e operacionais financiam investimentos de 
 maior prazo, o que evidencia uma estrutura inadequada de gestão financeira de 
 capital de giro. 
 
 II. Organizações que exibem estrutura do tipo V estão em situação financeira 
 confortável, embora tenham saldo de tesouraria negativo em decorrência da 
 necessidade de captação de recursos de longo prazo para investimento no CCL. 
 
 III. Organizações que exibem estrutura do tipo I estão em excelente situação 
 financeira em razão do elevado nível de liquidez praticado, pois têm recursos 
 permanentes aplicados no ativo circulante. 
 
 Alternativa A: I e II apenas 
 Alternativa B: I e III apenas 
 Alternativa A: II apenas. 
 Alternativa B: III apenas. 
 Alternativa E: I, II e III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
37 
 
 
Análise de Valor Agregado 
 
O valor agregado ou adicionado demonstra quanto a empresa gerou de riqueza em um 
determinado período de apuração. A análise de valor agregado é uma exigência a partir da Lei nº 
11.638/07 para empresas de capital aberto. A técnica para apuração do Valor Agregado pode 
partir dos dados do Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício e outras 
informações contábeis. 
O valor agregado demonstrado a partir do BP e da DRE utiliza as Receitas Operacionais 
deduzindo os gastos com fornecedores, apurando o Valor Adicionado Bruto. Deduzindo ainda a 
Depreciação, Amortização e Exaustão, apura-se o Valor Adicionado Líquido. Para o valor agregado 
consideramos ainda as Receitas Financeiras e os Resultados de Equivalência Patrimonial. Temos 
um exemplo da estrutura da Demonstração de Valor Agregado a partir do BP e DRE, indicando 
inclusive a Distribuição do Valor Agregado. 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
38 
 
 
 
EVA e MVA 
 
Existem diversas maneiras de se medir o aumento da riqueza de uma empresa, mas poucas 
são as que o fazem de modo eficaz. Neste contexto, surge a ideia da busca pela maximização do 
valor da empresa, que se destaca como o meio que melhor gera eficiência administrativa. O 
conceito de criação de valor está associado à ideia de empregar recursos de modo mais produtivo 
e lucrativo possível. Para tanto, é necessário mensurar este valor criado (ou adicionado) ao 
negócio. Dentre as metodologias mais eficazes e atuais de se medir a criação de valor de um 
negócio está o Economic Value Added (EVA®). 
Este indicador foi registrado pela empresa Stern Steward & Co. O EVA é uma medida de 
desempenho que considera todos os custos de operação, inclusive os de oportunidade. De modo 
mais simplificado, o EVA é o resultado operacional após os impostos da empresa menos o encargo 
pelo uso do capital fornecido por terceiros e por acionistas. Assim, o EVA é uma ferramenta que 
mede a diferença entre os lucros operacionais e o custo de todo o capital empregado para 
produzir algum rendimento. 
 
O EVA é calculado pela seguinte fórmula: 
 
 
Onde: 
 
NOPAT = Net Operating Profit After Tax = medida do lucro operacional produzido pelo 
capital operacional; 
 
WACC ou CMPC = Weighted Average Cost of Capital ou Custo Médio Ponderado de Capital = 
média ponderada do custo do capital próprio e de terceiros, baseada na estrutura de capital 
da empresa. 
 
I = capital total de investimentos. 
EVA = NOPAT - (WACC x I)
5.1 
 ______________________________________________________________________ 
39 
 
 
No caso da Valuation S/A, se considerarmos um WACC de 20% e o NOPAT = EBITDA, temos o 
seguinte cálculo para apuração do EVA: 
O Market Value Added - MVA mede o valor adicionado de mercado de uma corporação ao 
longo do tempo ou de um período de tempo determinado. O MVA é a diferença entre o valor de 
mercado de uma firma (incluindo passivo e patrimônio líquido) e o total de capital ainda investido 
da firma, isto é: 
 
 
 
 
Embora o MVA seja a melhor medida de valor corporativo, ele apresenta três problemas 
para medir o desempenho: volatilidade, difícil relacionamento com métricas operacionais ou 
financeiras e impossibilidade de se medir desempenho de departamentos, projetos ou unidades 
de negócios separadamente. 
No caso da Valuation S/A ao aplicarmos os indicadores de EVA e MVA, temos os seguintes 
resultados para a riqueza gerada: 
 
 
Neste caso, a Valuation S/A, ainda que tenha demonstrado lucratividade, não demonstra 
agregar valor ou riqueza ao longo do período, tanto nas atividades operacionais (EVA), quanto no 
valor de mercado (MVA). 
 
 
MVA = valor de mercado - capital investido
 ______________________________________________________________________ 
40 
 
 
 Explore seu Conhecimento 
 
1) (Adaptado de CESGRANRIO – PETROBRAS 2011). A Demonstração Contábil que tem por 
objetivo evidenciar o valor da riqueza econômica gerada pelas atividades da empresa como 
resultante de um esforço coletivo e sua distribuição entre os elementos que contribuíram 
para sua criação é a demonstração denominada. 
 
 Alternativa A: Balanço Patrimonial 
 Alternativa B: Balanço Social 
 Alternativa A: Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 Alternativa B: Resultado do Exercício 
 Alternativa E: Valor Adicionado 
 
2) (Adaptado de CESPE – INMETRO, 2010). Entre as críticas que se faz ao ROI está a de poder 
desestimular investimentos que estejam abaixo do ROI habitual, mas acima do custo de 
capital da empresa. Para contornar esse problema, foi desenvolvido o conceito de lucro 
residual, do qual deriva o: 
 
 Alternativa A: balanced scorecard (BSC) 
 Alternativa B: economic value added (EVA) 
 Alternativa A: activity-based costing ou custeio ABC 
 Alternativa B: custo padrão 
 Alternativa E: target costing ou custo meta 
 
3) (Adaptado de CESGRANRIO – PETROBRAS 2011). No estudo da alavancagem financeira, a 
fórmula do ROA – Retorno Operacional sobre Ativo Médio divide o lucro antes dos 
encargos financeiros sobre o Ativo Médio. Tal fato ocorre porque, no conceito de 
administração financeira, o lucro antes dos encargos financeiros representa: 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
41 
 
 Alternativa A: geração brutade caixa obtida pela diferença entre as receitas e 
 despesas operacionais e não operacionais. 
 Alternativa B: geração de recursos oriundos de operações que não transitam no 
 resultado 
 Alternativa A: valor agregado pela empresa no período, quer seja operacional, quer 
 seja de outra fonte 
 Alternativa B: valor efetivo que os ativos conseguem gerar, independente da forma 
 como são financiados 
 Alternativa E: lucro antes dos juros, da depreciação, da amortização e do imposto 
 de renda, isto é, o EBITDA. 
 
4) (Adaptado de CESGRANRIO-PETROBRAS, 2011). Dados extraídos da contabilidade de uma 
empresa: 
 
Ativos 2009 2010 
Custo de Capital ou Oportunidade 
– WACC 
8% 10% 
Lucro Líquido 1.500.000 2.500.000 
Ativo Operacional 8.500.000 9.800.000 
Patrimônio Líquido 10.000.000 12.000.000 
 
 
 Considerando exclusivamente os dados informados, o indicador EVA (Economic Value 
 Added) ou VEA (Valor Econômico Agregado), o resultado o EVA, em 2009 e 2010, 
 respectivamente, foi de: 
 
Alternativa A: 920.000 e 1.450.000; 
Alternativa B: 800.000 e 1.200.000; 
Alternativa C: 700.000 e 1.300.000; 
Alternativa D: 680.000 e 980.000; 
Alternativa E: 120.000 e 250.000. 
 
 ______________________________________________________________________ 
42 
 
 
Previsão Geral de Insolvência 
 
Os analistas financeiros de mercado e os gestores financeiros das empresas desenvolveram 
ao longo do tempo modelos de previsão de insolvência ou potencial falência das empresas. Estes 
modelos apresentam graus de previsão de insolvência para o futuro, a partir de estudos dos 
problemas financeiros apresentados em empresas reais. 
Existem diversos modelos utilizados para medir o grau de insolvência das empresas, cada 
autor avalia as relações dos grupos do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do 
Exercício ponderados por um peso estimado a partir de análises realizadas com empresas reais. Os 
estudos incluíram modelos matemáticos, modelos estatísticos de correlação, análise discriminante 
e análise de concessão de crédito. 
O modelo de Insolvência do autor Elizabetsky, utilizou modelos estatísticos de correlação e 
análise discriminante aplicados à um grupo de empresas, com o objetivo de avaliar a concessão de 
crédito a clientes, utilizando o seguinte cálculo: 
 
Z = (1,93 * X1) – (0,20 * X2) + (1,02 * X3) + (1,33 * X4) – (1,12 * X5) 
 
Sendo: 
X1 = lucro líquido / vendas 
X2 = disponível / ativo permanente 
X3 = contas a receber / ativo total 
X4 = estoque / ativo total 
X5 = passivo circulante / ativo total 
 
O modelo de Insolvência do autor Matias, utilizou também a análise discriminante 
aplicadas em empresas solventes e insolventes na mesma proporção, utilizando o seguinte 
cálculo: 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
43 
 
Z = (23,792 * X1) – (8,26 * X2) – (9,868 * X3) – (0,764 * X4) + (0,535 * X5) + (9,912 * X6) 
 
Sendo: 
X1 – patrimônio líquido / ativo total 
X2 – financiamentos e empréstimos bancários / ativo circulante 
X3 – fornecedores / ativo total 
X4 – ativo circulante / passivo circulante 
X5 – lucro operacional / lucro bruto 
X6 – disponível / ativo total 
 
O modelo de Insolvência do autor Kanitz, desenvolvido em 1978, ainda é um dos mais 
utilizados para avaliar a incapacidade de solver os compromissos da empresa. O modelo utiliza 
análises estatísticas de regressão múltipla e discriminante, definindo um fator de insolvência para 
o futuro da empresa. O resultado do fator calculado é avaliado na forma de um termômetro 
prevendo as seguintes situações: Solvência, Penumbra e Insolvência. O fator é calculado da 
seguinte forma: 
 
FI = (0,05 * X1) + (1,65 * X2) + (3,55 * X3) – (1,06 * X4) – (0,33 * X5) 
 
Sendo: 
X1 – lucro líquido / patrimônio líquido 
X2 – (ativo circulante + realizável a longo prazo) / exigível total 
X3 – (ativo circulante – estoques) / passivo circulante 
X4 – ativo circulante / passivo circulante 
X5 – exigível total / patrimônio líquido 
 
Os fatores são classificados da seguinte forma: 
Insolvente: -7 a -4 
Penunbra: -3 a -1 
Solvente: 0 a 7 
 
 ______________________________________________________________________ 
44 
 
No caso da Empresa Valuation S/A, aplicando o cálculo para apuração do Fator de 
Insolvência de Kanitz, temos o seguinte resultado: 
 
 
 
O Fator de Insolvência da Valuation S/A é de 2,37, isto significa, que mesmo que a situação 
financeira da empresa não seja ótima, a possibilidade de insolvência ou falência não é grande. A 
situação geral é de solvência ou capacidade de cumprir os compromissos da empresa. 
 
 
Parecer Geral dos Resultados 
 
Os pareceres dos resultados gerais da empresa são escritos a partir da análise de cada 
grupo de indicadores calculados. Os pareceres descrevem os resultados obtidos a partir das 
análises: vertical e horizontal; Liquidez, Eficiência, Estrutura de Capital, Endividamento e 
Alavancagem, Rentabilidade, Retorno dos Investimentos, Valor de Mercado, Situação Financeira, 
Valor Agregado (EVA e MVA) e Insolvência Geral (Fato de Insolvência). 
No caso da empresa Valuation S/A, o exemplo utilizado neste material, podemos avaliar os 
Demonstrativos Contábeis e Financeiros da seguinte forma: 
 
Parecer da Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras da Valuation S/A 
 
Os indicadores da Análise Vertical e Horizontal apontam para uma evolução pouco 
 significante na relação entre X1 e X2. A análise vertical também registra a concentração dos 
 ativos no grupo do permanente e no caso do passivo no grupo do Patrimônio Líquido. 
6.1 
 ______________________________________________________________________ 
45 
 
Os indicadores de Liquidez demonstram que a Valuation S/A registra baixos indicadores de 
 solvência, seus recursos de curto prazo não suprem os compromissos de também de curto 
 prazo. 
Os indicadores de Eficiência apontam que a empresa tem a seu favor um prazo menor de 
 recebimento em relação ao prazo de pagamento, no entanto, o giro de estoque parece 
 alto, no entanto, deve ser avaliador na comparação com negócios do mesmo ramo e porte. 
Os indicadores de Estrutura de Capital registram que o Passivo Exigível, ou seja, o 
 endividamento com terceiros é 57% do total dos ativos aplicados da empresa e 1,33 do 
 Patrimônio, ainda que a Alavancagem Operacional seja bem maior que a Alavancagem 
 Financeira. 
Os indicadores de Rentabilidade e Retorno dos Investimentos apontam lucratividade e 
 rentabilidade, no entanto, estes indicadores devem ser comparados com negócios do 
 mesmo ramos e com o WACC ou Custo Médio Ponderado de Capital. Quando 
 consideramos que o WACC é de 20% os indicadores de retorno e rentabilidade podem 
 significar pequena capacidade de geração de lucros e retorno dos ativos. 
O Valor de Mercado das ações está abaixo da relação do valor da ação em relação ao 
 Patrimônio Líquido da empresa. Este indicador pode apontar para uma percepção 
 desfavorável da empresa no longo prazo, ou seja, o mercado não atribui ao valor da ação 
 na mesma proporção apurada em relação ao Patrimônio Líquido. 
A situação financeira e de caixa da empresa no curto prazo também parece desfavorável, a 
 empresa apresenta Capital Circulante Líquido – CCL positivo, no entanto, há Necessidade 
 de Capital de Giro – NCG e a Situação da Tesouraria é negativa. 
Os indicadores de Valor Adicionado ou Agregado – EVA e MVA registram que a Valuation 
 S/A não tem criado valor operacional e de mercado para os proprietários.Em uma análise geral de Insolvência, o Fator de Insolvência da Valuation S/A é positivo, o 
 que significa que a empresa tem baixa probabilidade de descumprir seus compromissos no 
 futuro. 
O Parecer Geral dos Resultados é de que a Valuation S/A precisa equalizar sua situação 
 financeira, mas tem capacidade operacional de geração de resultados, é importante que a 
 empresa equilibre os custos de financiamento e crie valor a partir da aplicação eficiente de 
 seus ativos. 
 
 ______________________________________________________________________ 
46 
 
 
 Explore seu Conhecimento 
 
1) Analise as Demonstrações Contábeis e Financeiras da TRANSPORT S/A e utilize as técnicas: 
Análise Horizontal, Análise Vertical, Indicadores de Liquidez, Ciclo Operacional, 
Endividamento, Rentabilidade, Retorno, Alavancagem, Caixa, Valor Agregado (EVA e MVA) 
e Insolvência (Kanitz). Calcule os indicadores e emita um parecer sobre a situação 
financeira da empresa. 
 
 
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47 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
48 
 
 
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49 
 
 
 
 
Parecer da Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras da Transport S/A 
 
 
 
 
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50 
 
 
 Respostas Comentadas – Unid. 1 
 
1) A alternativa correta é a alternativa B, as Demonstrações Contábeis e Financeiras visam 
fornecer informações para a tomada de decisão e a avaliação por parte dos usuários em 
geral. 
 
 Respostas Comentadas – Unid. 2 
 
 
1) O Patrimônio Líquido da Concorde S/A pode ser calculado pela diferença do Total do Ativo 
(Circulante, Realizável e Permanente) diminuindo os valores dos dois grupos do Passivo 
(Circulante e Exigível), restando apenas o valor do PL. Ratificando que o valor do PL é 
negativo, caracterizando a situação de insolvência da empresa. A alternativa correta é a D, 
ou seja, o valor do PL = − 7.901. 
 
2) O chamado capital de terceiros é composto por obrigações totais (Circulante e Exigível), ou 
seja, passivo exigível, a alternativa correta é a D. 
 
3) O chamado Patrimônio Líquido é composto por obrigações com sócios, a alternativa 
correta é a E. 
 
4) O regime em que todos os custos e receitas incorridos, mesmo que pagos ou recebidos em 
diferentes períodos, são atribuídos àqueles em que efetivamente ocorrer o fato gerador da 
receita ou da despesa é o de Competência, a alternativa correta é a B. 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
51 
 
 
 Respostas Comentadas – Unid. 3 
 
 
1) Relacionando os Indicadores Econômicos Financeiros descritos com exemplos de 
indicadores, temos: 
 
 ( a ) Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez Imediata, Liquidez Geral e Endividamento 
 ( b ) Prazo Médio de Recebimento, Prazo Médio de Pagamento, Giro de Estoques e Giro do 
 Ativo Total 
 ( c ) Margem Operacional, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo, Rentabilidade do 
 Patrimônio Líquido 
 
2) Ao processo comparativo entre valores de uma mesma conta ou grupo de contas em 
diferentes exercícios sociais dá-se o nome de análise horizontal, a alternativa correta é A. 
 
3) Utilizando as informações extraídas das Demonstrações Contábeis de uma Companhia 
Aberta, considerando o Valor do Estoque Médio divido pelo valor do CMV, multiplicando o 
resultado por 360 dias, temos que o prazo médio de renovação dos estoques é 150 dias, a 
alternativa correta é A. 
 
4) Considerando os dados extraídos da contabilidade de uma empresa a partir do Lucro 
Operacional dividido por ele mesmo menos os Encargos Financeiros, temos que a 
Alavancagem Financeira é de 1,38, a alternativa correta é D. 
 
5) A partir da análise dos Indicadores extraídos da contabilidade de uma empresa é CORRETO 
afirmar que a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na 
margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo, a alternativa correta é 
a B. 
 
 
 
 
 
 ______________________________________________________________________ 
52 
 
 
 Respostas Comentadas – Unid. 4 
 
 
1) Na elaboração do Demonstrativo de Fluxo de Caixa pelo Método Indireto, uma variação 
nas: duplicatas a receber; nos empréstimos obtidos; e na aquisição de imobilizado; são 
considerados respectivamente: operacionais, de financiamento e de investimento, a 
alternativa correta é a C. 
 
2) Avaliando as informações extraídas de seu Balancete de Verificação em 30 de junho de 
2014 e calculando o CCL pela diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, 
no primeiro semestre de 2014, a empresa teve uma variação positiva no Capital 
Circulante Líquido no montante de $ 11.125.000, a alternativa correta é a B. 
 
3) Para calcular a Necessidade de Capital de Giro – NCG é preciso diminuir do Ativo 
Circulante, o Estoques e o Passivo Circulante, o resultado é um valor negativo de 
10.500, ou seja, uma NCG de 10.500, a alternativa correta é B. 
 
4) Com base nas estruturas financeiras apresentadas, e a análise dos indicadores de CCL, 
NCG e ST, somente as afirmações I e III estão corretas, a alternativa correta é B. 
 
 
 Respostas Comentadas – Unid. 5 
 
 
1) A Demonstração Contábil que tem por objetivo evidenciar o valor da riqueza econômica 
gerada pelas atividades da empresa é a Demonstração do Valor Adicionado, a alternativa 
correta é E. 
 
2) O conceito desenvolvido a partir do lucro residual é o Economic Value Added (EVA), que 
indica a riqueza gerada pelas atividades da empresa, a alternativa correta é B. 
 
3) A fórmula do ROA – Retorno Operacional avalia o Lucro antes dos encargos financeiros 
sobre o Ativo Médio. Tal fato ocorre porque, no conceito de administração financeira, o 
lucro antes dos encargos financeiros representa o valor efetivo que os ativos conseguem 
gerar, independente da forma de como são financiados, a alternativa correta é D. 
 ______________________________________________________________________ 
53 
 
 
4) Considerando o Lucro antes do Impostos, Juros e a Depreciação relacionado com o custo 
médio do capital aplicado aos investimentos da empresa, no caso do exercício, temos LL – 
(WACC * PL), o resultado o EVA, em 2009 e 2010, respectivamente, foi de: 700.000 e 
1.300.000, a alternativa correta é C. 
 
 Respostas Comentadas – Unid. 6 
 
 
1) Analisando as Demonstrações Contábeis e Financeiras da TRANSPORT S/A, aplicando as 
técnicas: Análise Horizontal, Análise Vertical, Indicadores de Liquidez, Ciclo Operacional, 
Endividamento, Rentabilidade, Retorno, Alavancagem, Caixa, Valor Agregado (EVA e MVA) 
e Insolvência (Kanitz). Os indicadores e parecer sobre a situação financeira da empresa é a 
que segue: 
 
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56 
 
 
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Parecer da Análise das Demonstrações Contábeis e Financeiras da Transport

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