Buscar

Sistema Respiratório: Anatomia e Funções

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Respiratório 
Transporte de ar para dentro e para fora dos pulmões. Funções: respiração, fonação, olfação. 
Porção condutora: nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios e bronquíolos. 
Porção respiratória: bronquíolos respiratórios, sacos alveolares, alvéolos. 
Anatomia 
 
 
 
- ​Traqueia: via respiratória de primeira geração. Brônquios principais (direito e esquerdo) = 2a 
geração. Cada divisão é uma geração adicional, 20 a 25 gerações antes do ar alcançar os 
alvéolos. Múltiplos anéis cartilaginosos -> impedem o colapso da traquéia. Paredes compostas 
por músculos liso. 
- Artérias pulmonares: dividem-se em ramos direito e esquerdo. Espessura da parede = 2x a da 
veia cava e ⅓ da aorta. Grande complacência -> acomodam ⅔ do débito sistólico do ventrículo 
direito. - ​Veias pulmonares: curtas. - ​Vasos brônquicos: 1 a 2% do débito cardíaco total. - ​Vasos 
linfáticos​: Remoção de partículas que penetram nos alvéolos e de proteínas do interstício. 
 
 
 
Unidade respiratória - bronquíolo + dutos alveolares e alvéolos. 
- Alvéolos: 300 milhões nos 2 pulmões, 0,2mm de diâmetro. Paredes: formada por uma rede 
extensa de capilares. Trocas gasosas entre o ar alveolar e o sangue capilar pulmonar ocorrem 
através das membranas. Área total 70m^2, Máx de sangue 140mL. 
Os ​brônquios são estruturas tubulares flexíveis e elásticas, formadas por anéis de cartilagem 
hialina, semelhante à da traqueia. Além da cartilagem são compostos de tecido fibroso, 
glândulas e fibras musculares, que fazem com que se abram e fechem. Estes ligam a traquéia 
até os alvéolos onde ocorre a troca gasosa. Sua principal função é o transporte do ar até os 
pulmões. A partir dos brônquios segmentares surgem novas ramificações chamadas 
bronquíolos​, cujas paredes são constituídas de músculo liso e sem cartilagem. O diâmetro 
interno de um bronquíolo é menor do que um milímetro. O seu tecido é formado por tecido 
conjuntivo e é muito parecido com os alvéolos e junto com esses já não são considerados vias 
de condução e sim de zona de troca gasosa. 
 
Revestimento das vias respiratórias 
Epitélio ciliado: movem o muco para a faringe, deglutição ou tosse, desde o nariz até os 
bronquíolos. Muco: secretado por células caliciformes e glândulas submucosas, umedece e 
retira partículas do ar inspirado, impedindo que chegue aos alvéolos. 
Respiração: troca gasosa, equilíbrio ácido-base. Dependente da expansão e retração dos 
pulmões. Dependente da entrada e saída 
de ar, pressão dos líquidos, gases e 
complacência (grau de expansão dos 
pulmões). 
Movimentação: diafragma para baixo 
(relaxa) e para cima (contrai), aumenta e 
diminui altura da cavidade torácica. 
Costelas elevam e abaixam, aumenta e 
diminui diâmetro ântero-posterior da 
cavidade torácica. Respiração normal 
dependente do diafragma. 
Respiração forçada: auxiliada pelos 
músculos abdominais. Inspiração > eleva. 
Expiração > traciona caixa torácica. 
Pulmão: estrutura elástica, sofre colapso 
sem pressão para manter insuflado, 
flutua na caixa torácica, circundado pelo 
líquido pleural, para lubrificação. 
 
Influência a entrada e saída de ar: 
pressão pleural (existente entre pleura 
pulmonar e torácica, vasos linfáticos 
succionam líquido pleural para manter 
pulmões abertos - pressão intersticial negativa), alveolar (no interior dos alvéolos, para entrar 
ar, deve cair inferior a atmosférica propicia entrada 0.5L), transpulmonar (diferença entre 
alveolar e pleural), complacência pulmonar (grau de expansão dos pulmões, determinada pelas 
forças elásticas do tecido pulmonar e tensão superficial no interior dos alvéolos, substância 
surfactante reduz a tensão superficial alveolar, permite adequada abertura dos alvéolos, 
composta por fosfolpídios, proteínas e íons). ​Cavidade pleural​: espaço entre as pleuras visceral e 
parietal, onde pulmões deslizam, pleuras são membranas serosas e porosas. 
 
Indicação do funcionamento pulmonar: Volume pulmonar determinado por: volume corrente 
VC (volume de ar inspirado e expirado). Volume de reserva inspiratório VRI (volume inspirado 
além do corrente). Volume de reserva expiratório VRE (volume expirado pela expiração 
forçada). Volume residual VR (volume de ar que ainda permanece nos pulmões após expiração 
forçada). 
Capacidade inspiratório CI (quantidade de ar que pessoa pode inspirar, VC + VRI), capacidade 
funcional residual CFR (quantidade de ar que permanece nos pulmões após expiração normal, 
VRE + VR). Capacidade vital CV (quantidade máx que pessoa consegue expelir após encher ao 
máx os pulmões, VRI + VRE). Capacidade pulmonar total CPT (volume máx de extensão dos 
pulmões após inspiração máx, CV + VR). Capacidade residual funcional CRF dos pulmões: 
quantidade de ar restante após respiração normal. 
 
Volume minuto respiratório: quantidade total de novo ar que se movimenta pelas vias aéreas a 
cada novo minuto. VM = VC x FV (volume corrente x frequência ventilatória). 
Ventilação alveolar: intensidade que o ar alcança a porção respiratória. VA = Freq x (VC - VD) 
Volume do espaço morto VD. Ar do espaço morto: ar que não participa das trocas gasosas, pode 
ser na via condutora ou no alvéolo. 
Na expiração sai primeiro, sendo desvantajoso para remover gases de troca. 
Pressões no sistema pulmonar: arterial sistólica e diastólica, pressão capilar pulmonar, pressão 
venosa pulmonar e atrial esquerda. 
Volume de sangue nos pulmões > 9% do total. Insuficiência cardíaca, estenose mitral e 
regurgitamento mitral podem alterar volume de sangue dos pulmões. 
Fluxo nos pulmões = débito cardíaco. Calibre dos vasos aumenta ou diminui com aumento ou 
diminuição da PA. Durante exercício, fluxo aumenta, capilares abrem. > Diminui a resistência 
vascular pulmonar > PA aumento pouco > Preserva coração > reduz risco de edema por elevação 
da PA. 
Troca de líquidos: por difusão. Pressão capilar empurra líquido para fora. Pressão líquido 
intersticial é mais negativa. Permeabilidade é alta, proteínas extras podem vazar dos capilares. 
Paredes alveolares são delgadas e permite entrada do líquido no interstício. Forças para fora do 
capilar são ligeiramente maiores do que para dentro. 
Edema pulmonar: ​fluxo aumentado de líquidos (acúmulo) para o espaço intersticial e alveolares 
provenientes dos capilares pulmonares após ultrapassarem a capacidade de drenagem dos 
vasos linfáticos, comprometendo a adequada troca gasosa alvéolo-capilar. . Rompimento das 
membranas > morte por sufocação. Causado por aumento da pressão do líquido intersticial, por 
conta da insuficiência cardíaca esquerda (aumento da pressão capilar pulmonar) ou lesão da 
membrana dos capilares (infecções ou substâncias nocivas). 
Derrame pleural: edema da cavidade pleural, grande quantidade de líquido entre as pleuras. 
Causas: bloqueio da drenagem linfática, insuficiência cardíaca (aumento das pressões periféricas 
e pulmonares), redução da pressão coloidosmótica do plasma (líquido dos capilares para a 
pleura), infecções ou inflamação da pleura (aumento da permeabilidade ou ruptura dos 
capilares), produção excessiva de fluido ou problemas na reabsorção.Remoção lenta do ar alveolar​: 
prevenção de alterações súbitas 
de gases no sangue. Evita aumentos 
ou diminuições excessivas de O2 e 
CO2, e do pH, quando a 
respiração é temporariamente 
interrompida. 
 
Difusão de gases​: pressão 
causada pelo impacto constante 
de moléculas em movimento 
cinético contra a membrana. 
Aumento da ventilação pulmonar 
aumenta a capacidade de difusão 
da membrana. 
 
Os fatores que influenciam a intensidade da difusão gasosa são: 
- Aumento da espessura da membrana, em caso de fibrose; 
- Rompimento da membrana, por pneumonia; 
- Diminuição da área superficial da membrana, em casos de ressecção ou enfisema (confluência 
dos alvéolos, dissolução dos septos alveolares); 
- O coeficiente de difusão do gás na substância da membrana, de acordo com a solubilidade na 
membrana e o seu peso molecular; 
- A diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana, nos alvéolos e no 
sangue. 
 
Fluxo expiratório máximo: débito máximo de expiração. Uma forma de se avaliar a função 
pulmonar é utilizando-se da medida do pico de fluxo expiratório máximo (PEF). Alguns fatores 
influenciam seu volume, como a resistência aérea, limite de pressão alveolar, tamanho do 
pulmão, resistência da caixa torácica, limite de tração elástica das paredes externas, capacidade 
de compressão, tais fatores influenciam na pressão. 
Doenças restritivas​: redução da CPT e do VR. Pressão positiva impede saída de ar, pulmão não 
pode se expandir ao seu volume máximo, fluxo expiratório máximo não consegue aumentar 
para se igualar à curva normal. Tuberculose, cifose, escoliose. 
Doenças obstrutivas​: mais difícil expirar do que inspirar, visto que a tendência ao fechamento 
das vias aéreas é bastante aumentada pela pressão positiva extra necessária ao tórax para 
expirar, o ar fica aprisionado, devido a tendência ao fechamento das vias aéreas, CPT e VR 
aumentam, o fluxo respiratório máximo fica reduzido. Asma. 
 
Transporte de O2 e CO2 no sangue depende da difusão gasosa e da circulação sanguínea, 
combinação com hemoglobina. 
 
Diagnóstico Funcional 
Sintomas: tosse, chiado, dispnéia. 
Espirometria:​ mede o ar que entra e sai dos pulmões através da boca. 
Espirômetro volumétrico: 
Reservatório de ar isolado da atmosfera, paciente conectado por meio de tubo, varia seu 
volume interno dependendo da movimentação respiratória do paciente. Registro da variação 
volumétrica em função do tempo. 
Espirômetro de fluxo: Registro do fluxo de ar que passa através de sensor. Portátil. 
Sensores 
Transdutores diferenciais de pressão: medição da diferença de pressão entre 2 pontos de um 
tubo de resistência conhecida por onde o ar passa. 
Turbinômetros: contagem da frequência de rotação de uma pequena hélice no seu interior, na 
medida do fluxo de ar. 
Termistores: medição da intensidade de corrente elétrica necessária para manter constante a 
temperatura de um fio de cobre aquecido, que perde calor na medida em que o fluxo de ar. 
Manobra da capacidade vital forçada (CVF): inspiração rápida e máxima até a CPT, seguida de 
expiração forçada máxima até atingir VR. Utilização plena da musculatura expiratória. Volume 
total de ar exalado corresponde à capacidade vital (extensão máxima de variação volumétrica. 
Registro do volume ou fluxo por tempo. 
 
O VEF1 é o volume expiratório forçado do primeiro segundo, e seu valor numérico corresponde 
ao fluxo expiratório médio do primeiro segundo da expiração forçada. Pacientes com asma ou 
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) têm as vias aéreas obstruídas, o que produz um 
aumento da resistência das vias aéreas, logo, diminuição dos fluxos expiratórios máximos, 
eliminando menos de 80% do volume. 
 
Distúrbio Restritivo é aquele em que ocorre dificuldade na expansão pulmonar ou que promove 
excessivo recolhimento passivo dos pulmões, gerando baixa complacência pulmonar. Apesar de 
não haver redução do expiratório, há uma diminuição dos volumes pulmonares que pode ser 
decorrente de uma distensão insuficiente do tecido pulmonar. Com CVF < 80%. 
Complacência pulmonar reduzida = ↓das capacidades e volumes pulmonares (CVF < 80%) 
 
Distúrbio Obstrutivo: aumento da resistência ao fluxo aéreo =↓ VEF1 e↓VEF1/CVF (<70%) em 
algumas situações podemos ter uma diminuição da CVF (consequente ao aumento do VR) e com 
isso, observarmos uma relação VEF1/CVF artificialmente normal. Para desmascarar este artefato 
devemos sempre comparar também a CPT do doente com o seu valor predito. 
 
 
Diagnóstico por imagem 
Radiofrequência convencional 
Baixo custo, baixa dose de radiação, maior disponibilidade, facilidade de realização. Indicações: 
sinais e sintomas, avaliação pré operatória. 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) refere-se a um grupo de doenças pulmonares que 
bloqueiam o fluxo de ar, tornando a respiração difícil, como bronquite e o enfisema, e estão 
ligadas ao tabagismo. O paciente com DPOC retém um maior volume residual nos pulmões, 
causando a falta de ar. Na radiografia (b), verifica-se que o tórax do paciente se encontra 
pressionado pelo volume de ar remanescente nos pulmões e a imagem radiográfica do pulmão 
é mais atenuado do que em (a), evidenciando o volume de ar remanescente maior do que o 
normal. Além disso há maior afastamento do diafragma e orientação do coração. 
Tomografia computadorizada 
Alta resolução. Avaliação de parênquima pulmonar, aneurisma, dissecção da aorta, 
tromboembolismo pulmonar. Contraste, avaliação de patologias vasculares. 
Ressonância magnética 
Maior resolução de contraste do que TC, dificuldades por conta da movimentação das 
estruturas torácicas 
A ​ressonância magnética em relação à tomografia ​computadorizada possui maior resolução 
espacial, consequente da maior quantidade de cortes possíveis. Diferente da TC, a Ressonância 
Magnética oferece imagens em diversos planos de corte, não apenas axiais, mas também 
coronais e oblíquos. Outra diferença entre as duas tecnologias está no contraste utilizado. Na 
tomografia, o contraste é a base de iodo, o que restringe sua utilização quando se trata de 
pacientes que possuem alergia a frutos do mar. Já o utilizado na ressonância, é chamado de 
Gadolínio, e pode prejudicar as funções renais, além de causar mal-estar em alguns casos. A 
ressonância magnética, porém, é mais suscetível a artefatos de movimento causados pela 
movimentação torácica. Por outro lado, tomografia computadorizada é vantajosa pois sua 
disponibilidade em clínicas e hospitais é maior, além disso, conta com um menor custo e tempo 
de aquisição. A resolução temporal é melhor na TC em comparação à RM. 
 
Medicina Nuclear 
-Cintilografia com gálio, PET-CT. 
Indicado para tromboembolismo pulmonar, processos inflamatórios e infecciosos, tumores. 
-Tomografia por emissão de pósitrons PET-CT 
Permite localização anatômica. Indicado para tumores. 
-USG 
Não usa radiação ionizante, rápido, maior disponibilidade, natureza dinâmica. 
 
Monitoração Respiratória 
Na UTI 
Detecção precoce de alterações respiratórias: sepse, doença neurológicas, cardiopatias, 
pós-operatórios diversos. 
Detecção de alterações já existentes no sistema respiratório ou que venham a se desenvolverdurante a internação. 
Na insuficiência respiratória aguda: diagnóstico da causa, gravidade e acompanhamento da 
evolução. 
 
 
O que monitorar? 
SpO2 = saturação arterial de O2, PO2, PCO2, pH, Produção / consumo O2 e CO2 , Temperatura, 
Frequência respiratória, Volume corrente. 
 
Oximetria de pulso 
Obtenção não-invasiva da saturação arterial de O2 (SpO2) 
Mecanismo: mudanças na absorção da luz vermelha e infravermelha durante o pulso arterial. 
Acurácia boa. 
Normoxia: quantidade de O2 difundido por unidade de tempo 
Hipoxia: queda na difusão de O2 
Hipoxemia: queda na pO2 
Aplicações: monitoração durante ventilação mecânica e procedimentos anestésicos, endoscopia 
e broncoscopia, ecocardiografia, hemodiálise, desmame de ventilação mecânica. 
O que interfere na leitura: hipotensão, hipoperfusão, pele escurecida, mau posicionamento do 
sensor, presença de carboxihemoglobina. 
Durante a leitura: verificar qualidade da onda de pulso antes da leitura numérica. Avaliar PA, 
pO2, SpO2 por gasometria arterial. 
 
Gasometria arterial 
Indicações:paciente crítico com insuficiência respiratória. 
Como é feito: punção da artéria femural ou radial, amostras isentas de ar, encaminhamento por 
seringa com quantidade mínima de heparina, encaminhamento rápido. 
O que é analisado: PO2, PCO2, pH, SpO2. 
Calorimetria indireta 
Detecção de: produção de CO2, consumo de O2, gasto energético, fornece medidas de VCO2 e 
VO2. 
 
Diabetes 
Aumento anormal das taxas de glicose no sangue, gera complicações neuropáticas e vasculares. 
Doença multifatorial. Falta da insulina, pode gerar aumento da glicose no sangue e na urina. 
Tipo 1: dependente de insulina, ausência de produção de insulina pelas células beta do 
pâncreas. Sequelas principais: (1) glicose sanguínea aumentada, (2) aumento da utilização dos 
lipídios como fonte de energia e para formação de colesterol pelo fígado, (3) depleção das 
proteínas do organismo. Doença autoimune, destruição das células beta. 
Tipo 2: não dependente de insulina, diminuição da sensibilidade à insulina pelos órgãos, ou seja, 
resistência aos efeitos metabólicos da insulina. Características; (1) obesidade, especialmente 
acúmulo de gordura abdominal, (2) resistência a insulina, (3) hiperglicemia de jejum, (4) 
anormalidades lipídicas, tais como aumento dos triglicerídeos no sangue e redução da 
lipoproteína de alta densidade, (5) hipertensão. 
A diabetes não traz sintomas ​claros para o paciente, porém alguns sinais que alertam para os 
sintomas do diabetes são: vontade de urinar excessivamente, muita sede, fome constante, 
cansaço, desânimo, perda de peso, fadiga e mudanças de humor. 
Para um diagnóstico assertivo do diabetes são necessários exames que atestem o nível de 
glicose no sangue. 
Dentre eles, a hemoglobina glicada é o que faz uma medição do controle glicêmico em um 
período de 90 dias, o que o torna confiável por não considerar o nível de glicose pontual. 
O diagnóstico de diabetes mellitus pode em geral ser estabelecido com base na curva de 
tolerância a glicose, os tipos 1 e 2 podem ser diferenciados por meio do nível de dosagem da 
insulina plasmática, sendo que no diabetes tipo 1 a insulina se encontra baixa ou indetectável, e 
aumentada no tipo 2. 
 
Efeito desidratante da glicose 
✓Em níveis de glicemia até 1200 mg/dl -> desidratação das células devido à diferença de 
pressão osmótica 
✓Diurese osmótica: presença de glicose nos túbulos diminui a reabsorção tubular de líquido 
Sinais: Poliúria (urina), polidipsia (sede) 
Cérebro é sempre permeável à glicose (principal fonte de energia) 
Choque hipoglicêmico -> irritabilidade, perda de consciência, convulsões e coma. 
 
Pâncreas (glândula endócrina) 
Ácinos: produção e secreção de enzimas digestivas. 
Ilhotas de Langerhans: produção e secreção de insulina (pelas células beta) e glucagon (pelas 
células alfa) 
Insulina 
Hormônio hipoglicêmico, secretada pelas células beta do pâncreas, diminuição da glicose no 
sangue, promove entrada de glicose nas células do corpo -> controla o metabolismo dos 
carboidratos. Estímulos pela concentração de lisina e arginina, além de hormônios 
gastrointestinais. 
↑ carboidrato > ↑ insulina plasmática. Carboidrato convertido para glicogênio no fígado e nos 
músculos. Armazenamento de gordura no tecido adiposo, converte aminoácido em proteínas, 
inibe degradação de proteínas nas células. 
Fígado: ↑ glicose no sangue -> secreção de insulina -> armazenamento na forma de glicogênio 
↓ glicose no sangue -> inibe secreção da insulina -> conversão de glicogênio em glicose 
 
Glucagon 
Hormônio hiperglicêmico, aumento da glicose no sangue por liberação hepática de glicose. 
Promove a conversão de aminoácido em glicose. Estímulos pela atividade física e alguns 
hormônios. 
Nível de glicose alto no sangue -> secreção de insulina -> glicose disponibilizada para os órgãos 
Nível de glicose baixo -> secreção de glucagon -> fígado converte glicogênio em glicose e libera 
para o sangue. 
 
 
 
Efeito da insulina no metabolismo dos lipídeos 
Como a insulina promove o uso da glicose, acaba inibindo o uso de lipídeos, sendo um 
‘poupador de gordura’. Também aumenta a produção de ácidos graxos e fornecimento de 
glicerol, realizando o armazenamento da forma de gordura no tecido adiposo. 
A falta de insulina libera ácidos graxos e glicerol no sangue e pode causar aterosclerose. 
Efeito da insulina no metabolismo de proteínas. 
Estimula o transporte de muito dos aminoácidos para as células, e reduz a liberação de aa. das 
mesmas. 
 
Sistema endócrino 
Funções: regulação das funções corporais, como metabolismo, crescimento e desenvolvimento, 
balanço hidroeletrolítico, reprodução e comportamento. 
Hormônio: substância produzida por glândulas endócrinas mistas, transportadas pelo sangue 
para o tecido alvo, sendo que cada tecido tem o seu receptor específico correspondente, são 
controladas por moléculas sinalizadoras. 
Tipos de glândulas 
Endócrina: não possuem ductos, liberam para o sangue, para ser levado ao alvo. 
Exócrina: possuem ductos, liberam diretamente no alvo. 
- Tireóide: elemento mais importante do sistema endócrino, está situada na parte superior e 
anterior do pescoço, aos lados da traqueia, vizinha da cartilagem tiróide. 
- Pineal: Formam sistema neuroendócrino responsável pela organização temporal dos diversos 
eventos fisiológicos comportamentais necessários à adaptação do indivíduo à modificações 
cíclicas do meio ambiente 
- Paratiroides: são quatro (ou mais) pequeninas 
glândulas endócrinas, duas de cada lado da tiróide, 
com a qual muitas vezes se fundem. Cabe ao 
respectiva hormônio regular a concentração do 
cálcio no sangue. 
- Cápsulas Suprarrenais: uma à direita e outra à 
esquerda, as cápsulas suprarrenais se encontram 
na cavidade abdominal, sobre os rins, com os quais 
mantém apenas relações de vizinhança, sem 
nenhuma dependência funcional. 
- Hipófise: também conhecida como glândula 
pituitária, é uma pequena glândula do sistema 
endócrino humano que é do tamanho de um feijão 
controlada pelo hipotálamo, responsável pela 
secreção dos hormônios do corpo. Esta pequena 
glândula também é conhecida como “glândula 
mestra”, pois secreta hormônios que controlam o 
funcionamento de outras glândulas 
- Pâncreas: Encontram-se, disseminados no tecidopancreático, pequenos corpúsculos arredondados 
ou ovalares, as ilhotas de Langerhans, de 100 a 200 
mícrons de diâmetro, e representando, em 
conjunto, cerca da centésima parte da massa total 
do órgão. As ilhotas de Langerhans são glândulas 
de secreção interna e fabricam um hormônio denominado insulina. 
- Glândulas Sexuais: — ovário e testículo — além de fabricarem as células reprodutoras 
respectivas, ainda segregam hormônios de grande importância. 
Tipo de feedback 
Resposta do funcionamento celular 
Negativo: glândula tem a tendência de secretar excesso, hormônio secretado controla alvo, por 
excesso da função. 
Positivo: indução de secreção adicional de hormônio, atingindo concentração adequada, ocorre 
feedback negativo. 
Hipotálamo: atua na adeno-hipófise e controlam a neuro-hipófise, ele sintetiza e secreta os 
hormônios liberadores e inibidores que controlam a secreção de hormônios na porção anterior 
da hipófise/adeno-hipófise. 
A hipófise é divisível em duas porções distintas: a hipófise 
anterior, conhecida como adeno-hipófise, e a hipófise 
posterior, também conhecida como neuro-hipófise. A 
hipófise anterior se origina da bolsa de Rathke, uma 
invaginação embrionária do epitélio faríngeo, por isso, suas 
células possuem natureza epitelioide. A hipófise posterior 
deriva do crescimento de tecido neural do hipotálamo, isso 
explica a presença de grande número de células de tipo glial 
nessa glândula. 
 
Hormônios secretados pela hipófise anterior: ​desempenham papéis importantes no controle 
das funções metabólicas do organismo: 
Atua em tecidos diretamente - não trófico 
• O hormônio do crescimento promove o crescimento de todo o organismo, afetando a 
formação de proteínas, a multiplicação e a diferenciação celular. 
Prolactina PRL 
Atua em outras glândulas 
• A adrenocorticotropina (corticotropina) ACTH controla a secreção de alguns dos hormônios 
adrenocorticais que afetam o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras. 
• O hormônio estimulante da tireoide (tireotropina) TSH controla a secreção da tiroxina e da 
triiodotironina pela glândula tireoide, e esses hormônios controlam a velocidade da maioria das 
reações químicas intracelulares no organismo. 
• A prolactina promove o desenvolvimento da glândula mamária e a produção do leite. 
• Dois hormônios gonadotróficos distintos, o hormônio folículo-estimulante FSH e o hormônio 
luteinizante LH, controlam o crescimento dos ovários e dos testículos, bem como suas 
atividades hormonais e reprodutivas. 
 
Hormônios secretados pela hipófise posterior: 
• O hormônio antidiurético (também chamado de vaso-pressina) controla a excreção da água na 
urina, ajudando, assim, a controlar a quantidade da água nos líquidos do organismo. 
• A ocitocina auxilia na ejeção de leite pelas glândulas mamárias para o mamilo, durante a 
sucção e, possivelmente, desempenha papel de auxílio durante o parto e no final da gestação. 
 
Doenças: 
A acromegalia é causada pelo distúrbio do hormônio de crescimento, quando a glândula 
hipófise libera esse hormônio em excesso. Inicialmente, um tumor benigno se desenvolve na 
hipófise, chamado tumor acidofílico ou adenoma. Após cessar a fase de crescimento, as partes 
moles continuam a crescer e os ossos ficam mais espessos. As mãos e o nariz podem dobrar de 
tamanho e os pés chegam ao tamanho 45 ou mais. 
O hipertireoidismo pode ser causado por excesso de T4 ou por anticorpos contra o receptor de 
TSH na glândula tireoide, que induzem a ativação contínua dos sistemas celulares, como 
desenvolvimento resultante de hipertireoidismo. Também pode ser resultado do do adenoma 
localizado no tecido tireoidiano. Os sintomas podem ser: estado de alta excitabilidade, 
intolerância ao calor, redução de sudorese, perda de peso ligeira, graus variáveis de diarreia, 
fraqueza muscular, nervosismo ou outros transtornos psíquicos, fadiga extrema, insônia, tremor 
nas mãos. 
Hipotireoidismo: falta de T4 
Tireóide secreta: T3, tiroxina T4 (sintetizado a partir do iodo, alta concentração inibe TSH 
(controlado pela hipófise, feedback negativo)) e calcitonina (altera metabolismo de Ca e P, 
estimulada pelo estrogênio). 
Paratireóide secreta paratormônio. 
Níveis de cálcio no sangue alto -> secreção calcitonina -> aumenta a deposição de cálcio nos 
ossos e eliminação de cálcio na urina 
Níveis de cálcio na sangue baixo -> secreção de paratormônio -> libera cálcio dos ossos para o 
sangue e diminui sua eliminação pelos rins.

Outros materiais